Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dulce pediu um lanche e um suco, Mariana queria batatas fritas. Sentaram-se em uma mesa perto da pista e Dulce ajudava Mariana e o filho da mulher a comer, estava começando a se irritar profundamente com o papinho de Poncho, que estava animado demais.
Dulce: Alfonso, dá uma olhadinha na Mariana que eu vou ao banheiro.
Poncho: Ok amor. – ele sorri e volta a conversar com Elise.
Dulce caminhou a passos pesados até o banheiro, entrou com as mãos na cabeça batendo a porta.
Dulce: Ah! – ela coloca as mãos nos olhos rápido quando vê um bando de homens que urinavam, olhando pra ela. – Droga, droga!- ela sai depressa dali. – Dulce, sua desatenta! – ela entra no outro banheiro, acertando dessa vez. Parou em frente ao espelho arrumando os cabelos, respirou fundo, estava com dor de cabeça. - Culpa do babaca do Poncho! Ai que ódio! – ela dá um soco na pia. - Ai! -  ela não tinha visto a saboneteira de alumínio e fez um pequeno corte na palma da mão. -  Mais que beleza Dulce Maria! – ela bate o pé esquerdo no chão com força, lava o ferimento e pega um bolo de papel enxugando as mãos e colocando sobre o ferimento, sai do banheiro, furiosa e para observando Poncho de longe, balança a cabeça e caminha até a mesa.
Poncho: Demorou Dul!- ele sorri comendo umas batatinhas, Elise já havia partido.
Dulce: É ?! Nossa você reparou? – ela diz ironicamente.
Poncho: Que isso? – ele aponta pro papel.
Dulce: Cortei a mão.
Poncho: Cortou?! Muito? Deixe-me ver! – ele segura a mão dela.
Dulce: Não foi nada! – ela puxa a mão.
Poncho: Ok! – ele a encara.
Dulce: Florzinha você já comeu? Vamos bem...Mariana? – ela olha para o lugar de Mariana, que estava vazio. - Mariana?

Poncho: O que foi Dulce?
Dulce: Cadê a Mariana? – ela olha embaixo da mesa.
Poncho: Ah ela, não esta com você?!
Dulce: NÃO! Eu disse pra você dar uma olhada nela.
Poncho: Eu não ouvi, pensei que ela estivesse com você! – ele se levanta olhando ao redor.
Dulce: CLARO!!! SE VOCÊ NÃO ESTIVESSE TODO ANIMADO CONVERSANDO COM AQUELA AGUADA! – ela fala alto.
Poncho: Não precisa gritar! A culpa não é minha se...
Dulce: CLARO QUE PRECISA GRITAR! A CULPA É SUA SIM! IDIOTA! – ela avança em Poncho, batendo nele, que se defende segurando os pulsos dela, as pessoas começavam a olhar.
Poncho: CALMA DULCE! – ele grita. - Calma ok! – ele volta a falar normalmente. – Sem escândalo, todos estão nos olhando!
Dulce: QUE SE DANE TODO MUNDO! – ela se solta dele. – Alfonso, a Mariana sumiu! SUMIU!
Poncho: Mas não é gritando que vamos encontra-la !
Dulce: Oh!! Que esperto! AGORA QUE A MERDA ESTÁ FEITA!
Poncho: Sem descer do salto Dulce, você não é assim! – ele a encara.
Dulce: CALA BOCA ALFONSO! Minha vontade agora é de...ah!  - ela dá um tapa no braço dele. - Matar você! Acha que podemos encontrar a Mai e o Christian sem a Mariana? O que vamos dizer a eles? Ah o bocó do Alfonso estava batendo um papo com uma loira e não viu quando a filha de vocês sumiu, ah e você Dulce onde estava? – ela fazia gestos com as mãos. - No banheiro masculino!
Poncho: Você entrou no banheiro errado? – ele ri. Dulce se vira pra ele com um olhar fulminante. – Ok, não teve graça, vamos procurar Mariana..
Dulce: Ok! – ela respira fundo. - Você procura desse lado e eu desse.
Poncho: Certo! – ele sai pelo lado imposto por Dulce.

Dulce procurou por todos os cantos, nos banheiros (os rapazes ficaram felizes em vê-la novamente), na cozinha da lanchonete, no guarda-volumes, e nada, começou a chorar, sentando-se de novo na mesa em que estavam. Poncho logo se aproximou, tinha procurado na pista, no cantinho de crianças, no aluguel de patins, havia falado com os funcionários, mas também não encontrou.
Poncho: E ai?
Dulce: Nada! – ela soluçava, com uma das mãos na testa, aquela dor de cabeça estava de matar.
Poncho: Dul, calma nós vamos encontra-la.
Dulce: Não peça pra ter calma Alfonso! Ela estava em nossa responsabilidade! A Mai e o Christian confiam em nós! Deus, não quero nem imaginar se...
Poncho: Se...?
Dulce: Alguém a levou.
Poncho: Sequestro? Claro que não Dulce,  não fale besteiras.
Dulce: Essas coisas acontecem até em países de primeiro mundo!
Poncho: Mas não aconteceu ok?!
Dulce: Será que ela saiu pra rua? Poncho? – ela chorava. - Ela é pequena, deve estar com medo! E vou ligar pro Christian! – ela pega o celular.
Poncho: Não! Ficou louca? – ele pega o celular das mãos dela.
Dulce: Poncho, e se aconteceu alguma coisa!
Poncho: Não aconteceu nada! Já disse que vamos encontra-la!
Dulce: Ah é? Onde? – ela fecha os olhos colocando uma mão na testa. - Ai.
Poncho: O que?
Dulce: Dor de cabeça, não estou aguentando.
Poncho: Eu vou pegar uma água com açúcar pra você. - Poncho pediu uma água com açúcar do balcão e entregou a Dulce. -  Aqui amor.
Dulce: Isso tinha que acontecer? Droga que azar! –ela bebe de golada a água.
Poncho: Amor eu sei que você vai me xingar mas, fique calma! Esse nervosismo não faz bem pra você e nem pro bebê.
Mariana: Por que a tia Dul está chorando? – ela estava atrás de Dulce, sorrindo.
Poncho e Dulce: MARIANA! – eles gritam ao mesmo tempo, abraçando Mariana.
Mariana: Ai! Ai! Eu vou virar paçoca! – Poncho ri soltando-a.
Dulce: Onde você se meteu?
Mariana: Eu...
Dulce: Estávamos preocupados! Quase morri de susto! - Mariana olhava para Dulce assustada.
Poncho: Dulce, calma! – ele fala baixo próximo a ela.
Mariana: Eu... - os olhos negros brilhavam se enchendo se lágrimas. – A moça loira estava comprando um pirulito azul pro filho dela, ai eu fui com ela.
Dulce: Nunca mais faça isso ok! - Mariana começa a chorar, balançando a cabeça positivamente. - Não florzinha, não precisa chorar. A tia Dul só ficou preocupada. – ela se abaixa limpando as lágrimas da pequena.

Mariana: Desculpa! – ela diz, limpando as lágrimas de Dulce também.
Dulce: Claro que desculpo. – ela sorri dando um beijo no rosto de Mariana. - Mas promete pra tia que nunca mais vai fazer isso.
Mariana: Prometo!
Dulce: Ok, agora vamos comprar esse pirulito que você quer.
Mariana: Eba!  - ela sorria. Poncho a pega no colo, e Mariana mostra onde vendia o bendito pirulito.
Mariana se lambuzava com o pirulito, junto com Poncho que tinha comprado um pra ele também.
Dulce: Com essa loucura toda eu até me esqueci de usar o banheiro.
Poncho: Vai lá amor.
Dulce: Poncho, não desgrude os olhos dela ouviu?!
Poncho: Pode deixar. Agora eu ouvi. – ele sorri.
Dulce: Alias ainda vamos conversar mais tarde!- ela o encara seriamente e sai.
Alguns minutos tinham se passado, Mariana comia o doce e às vezes olhava para Poncho de esguelha.
Mariana: Tio Pancho!
Poncho: Oi?
Mariana: Posso perguntar uma coisa?
Poncho: Claro! Pergunte gatinha! – ele sorri.
Dulce que voltava parou perto deles, observando tudo.
Mariana: É que eu perguntei pra mamãe porque o bebê era seu também se ele só está dentro da tia Dul.
Poncho: E o que ela te disse? – ele sorri, prestando atenção na pequena.
Mariana: Que era seu também porque você ajudou colocar ele lá dentro. - Poncho ri, Dulce também.
Poncho: E qual é a pergunta? – ele tenta ficar sério.
Mariana: Você é mágico?
Poncho: Mágico? Não, por que?
Mariana: Então como conseguiu colocar o bebê lá dentro?
Poncho fica sem graça com a pergunta, coça a cabeça, olhando para garotinha.
Mariana: Hein?
Poncho: É, hum. – ele coça o rosto. - Como vou te explicar?! – ele respira fundo e olha ao redor até seu olhar se encontrar com o de Dulce, que manda um beijinho pra ele do tipo “Sai dessa, garanhão!”, Poncho sorri. -  Olha Má, é difícil explicar. – ele sorri pegando-a no colo. - É que quando duas pessoas se amam, chega um certo momento que sim uma mágica acontece e conseguimos colocar o bebê lá dentro.
Mariana: Não entendi! – ela o olha confusa. -  Como que faz essa mágica? Quero aprender.
Poncho: NÃO! – ele ri encarando-a. -  É que, só os adultos conseguem faze-la.
Mariana: Hum, então quando eu ficar adulta vou poder ter um bebê também?
Poncho: Vai, mas só quando encontrar alguém que ama de verdade. - Dulce se aproxima sorrindo.
Mariana: Como eu peço pro papai em colocar na barriga da mamãe então? Eles se amam de verdade?
Poncho: Sim mas, depois que o bebê sai da barriga da mamãe ele não pode mais voltar, é uma viagem sem volta.
Mariana: Mas eu não vim da barriga da mamãe, então se eu entrar eu não vou poder mais sair?
Poncho: Não, e vamos ficar com saudade. – ele sorri beijando o rosto dela. - Você tem que ficar aqui.
Mariana: Ok, então eu fico. – ela sorri.
Dulce: Então! – ela sorri.
Poncho: Acho que chega de patinar por hoje. – ele sorri. – Acho que dá tempo de irmos ao passeio de barco com o pessoal.