Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

No apartamento de Any...

Mai: Não vai ligar coisa nenhuma né Any? Desembucha, por que me trouxe aqui?
Any: O que achou desse detetive?
Mai: Normal! – ela dá de ombros. - Ele parece saber o que faz.
Any: Não sei, sendo indicado por essa Cecília. – ela faz careta. - Eu não sei!
Mai: O que foi? Ela me parece ser gentil, não é qualquer pessoa que se envolveria em assuntos como esse...
Any: Maizita! Você ainda não se tocou?
Mai: De que?
Any: Essa é a tal Cecília, que a Dulce nos falou!
Mai: Ah! É essa? Nossa!- ela coloca as mãos no rosto. – Então, o Poncho...
Any: Claro que não! Só acho muito estranho essa mulher ter aparecido de uma hora pra outra oferecendo ajuda!
Mai: Pior é o Poncho contar tudo pra ela!
Any: Pois é!

Mais tarde daquele mesmo dia, Any, Ucker, Mai e Christian se vão, deixando Alfonso sozinho com Armando e Cecília.
Cecília: Poncho, onde é a cozinha? Vou preparar um café pra gente.
Poncho: Pra lá! –ele aponta.
Cecília: Ok! - ela saindo.

Alfonso também sai, entra no quarto e encosta a porta, vai até uma de suas gavetas do closet e tira um envelope de dentro, eram fotos de Dulce, as mesmas que tirou quando saiu de turnê sem ela. Em uma delas Dulce estava com as mãos na barriga, mostrando a língua pra ele, com um brilho de felicidade no olhar, em outra estavam os dois, ele sentado na cama, fazendo cócegas nela, que sentada em seu colo, ria. Poncho fechou os olhos, podia ouvir as gargalhadas de Dulce no quarto. Deixou as fotos encima da cama e pegou a imagem da Virgem de Guadalupe, que Dulce deixava sobre o criado mudo.
Poncho: Virgenzinha! Eu sei que faz um tempo que não rezo ou acendo uma vela para senhora mas, por favor me escute! – ele olhava para a imagem. - Só a senhora e Deus sabem, o tamanho amor que eu sinto pela Dulce, e o quanto estou preocupado. Eu te imploro virgenzinha, ajude-me a encontra-la. Traga a Dulce de volta pra mim, eu amo muito essa mulher. Não sei como é possível amar tanto uma pessoa! Eu morro se acontecer alguma coisa com ela e nosso bebê! – ele limpa as lágrimas com a costa da mão. - Estou sofrendo tanto! Por favor mande um sinal, uma pista, por favor!

Cecilia: Poncho? – ela abre devagar a porta do quarto.
Poncho: O que faz aqui? – ele limpa as lágrimas do rosto.
Cecilia: Eu só vim trazer o seu café! – ela se aproxima, com uma xícara nas mãos.
Poncho: Ah, obrigado! – ele pega a xícara, Cecilia se senta na cama, ao lado dele.
Cecilia: Estava chorando?
Poncho: Sim! –ele sorri de lado respirando fundo.

Cecilia: Poncho! Tudo vai dar certo você vai ver! –ela o abraça, Poncho  retribui, chorando mais no ombro dela. Cecilia acaricia a cabeça dele. O telefone toca, Poncho se levanta, indo com pressa em direção à sala, Cecilia vai atrás.
Armando: São eles! – ele entrega o telefone a Poncho.
Poncho: Sim?
Zope: Herrera, sabe o que é?
Poncho: Não, não sei!
Zope: Eu recebi uma ordem e...
Poncho: Que ordem? Quem está por trás disso?
Zope: Como eu ia dizendo! – ele fala alto. - Eu recebi uma ordem e, receio que sua querida Dulce terá que sofrer, pequenos arranhões! – ele ri.
Poncho: Não! NÃO! – ele anda eufórico pelo apartamento.- Eu te mato desgraçado!
Zope: Mesmo? – ele ria ironicamente, Poncho pode ouvir o choro de Dulce do outro lado da linha e ficou mias desesperado.
Poncho: Eu juro...
Zope: Então...- ele ri dando uma bofetada na cara de Dulce, o estalo passa para o outro lado da linha.
Dulce: AI! – ela chorava ainda mais.
Poncho: Desgraçado! Maldito! Larga ela! – ele ouve o estalo mais uma vez.
Zope: Tchau Herrera! Nós vamos brincar aqui! – ele desliga.
Poncho: Não! – ele joga o telefone no sofá. - Filho da mãe! – ele chuta na mesa de centro, deixando tudo cair ao chão, furioso.
Cecilia: Poncho! Para! Acalme-se!
Armando: Se o que eles querem é dinheiro, não farão nada com ela!
Poncho: Esse é o problema, idiota! Não é dinheiro que querem!
Cecilia: O que será então?
Poncho: NÃO SEI! SE SOUBESSE ACHA QUE EU ESTARIA PARADO AQUI?!

No cativeiro...

Zope: Seu marido é tão bocó! – ele ria.
Dulce: Não fale assim dele, seu verme! – ela gritava, com as mãos no rosto, que estava vermelho.
Zope: Cala boca! – ele a empurra contra a parede.
Dulce: Não! Eu não vou calar! É isso mesmo que você é! Um verme! Um marginal! Um patife! Canalha!
Zope: Calada! Calada! – ele estava com raiva, coloca as mãos no ouvido. - Estou avisando!
Dulce: Você vai apodrecer na cadeia! – ela diz, ainda chorando.
Zope: E você no inferno! – ele se aproxima furioso, segura um dos braços de Dulce com força e volta a bater nela. – SUA VADIA DESGRAÇADA!  - ele a derruba no chão, Dulce põe as mãos na barriga, pensando em seu filho, ele não o machucaria, ela não deixaria, fecha os olhos, enquanto grossas lágrimas molhavam seu rosto. Zope continua a agredi-la, desabotoa o zíper da calça e sobe encima dela. – QUEM É O VERME AGORA?- ele gritava, nesse momento Cachito entra no quarto.
Cachito: O que está fazendo? – ele se aproxima de Zope, tirando-o de cima de Dulce. - Sai de cima dela seu animal! – ele o empurra no chão.
Zope: Não me atrapalhe seu bosta!
Cachito: Você prometeu não machuca-la! – ele fica entre Dulce e Zope.
Zope: Dane-se!
Cachito: Vou dar o fora daqui e entregar tudo pra policia!
Zope: Se eu for preso, você vai junto! - Cachito empurra Zope para fora do quarto.
Cachito: Você, está bem moça? O Zope não abusou da senhora?
Dulce: Não! – ela chorava tanto, que mal conseguia falar, seu nariz e sobrancelha sangravam. – Obrigada! – ela olha para Cachito. – Por - por favor, me tire daqui! – ela o encarava com as lágrimas rolando por seu rosto. - Não aguento mais.
Cachito: Eu não posso! – ele a olhava com pena. - Não dá! Eu, gastei a grana que o Zope me pagou e...
Dulce: O Zope recebe ordens de quem?
Cachito: Não, não me obrigue a falar! Zope me mata se eu fizer isso! – ele ajuda Dulce a se levantar. - Desculpe, não posso ajuda-la mais que isso. – ele se retira.

Dulce: Não! - ela coloca as mãos no rosto e abaixa a cabeça.

No apartamento, Armando estava quase dormindo ao lado do telefone.

Cecilia: Aqui Poncho, beba! Você vai se sentir melhor! – ela entrega uma dose de whisky a ele, que bebeu tudo num gole só. - Olha Poncho, eu estive pensando! – ela estava atrás dele, coloca as mãos nos ombros de Poncho. - Você não suspeita de ninguém? Digo, não sei! Sabe de alguém que não gostava de vocês, essas coisas?
Poncho: Minha primeira suspeita seria você. – ele diz sem rodeios.
Cecilia: Eu?!
Poncho: É, mas depois de tudo o que me contou...
Cecilia: Ufa! Eu não seria capaz! –ela sorri. - Eu tenho minhas suspeitas também! - começa a massagear as costas de Alfonso.
Poncho: Que suspeitas?
Cecilia: Pra mim é o Mariano.
Poncho: Ele? Mas por que faria isso?
Cecilia: Ah, ele estava muito obcecado pela Dulce e, não sei, talvez seja inveja!
Poncho: Pode ser.- ele para pra pensar.
Cecilia: Acho melhor você dormir um pouco, está cansado e tenso.
Poncho: Eu não quero!
Cecilia: Tenho certeza que não voltarão a ligar hoje!

Poncho: Você está certa! Vou deitar um pouco, qualquer coisa me acorde!