Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

No dia seguinte, Poncho acordou tarde, tomou um copo de suco na cozinha e estava saindo quando Armando chegou.
Armando: Oi Alfonso! De saída?
Poncho: E com pressa! –ele encara o detetive.
Armando: Não vai querer saber sobre o tal Zope?
Poncho: Agora não! – ele sai, estava tão ansioso para conversar com Mariano que nem deu ouvidos a Armando, entrou no carro e foi direto para gravadora, chegou em dez minutos, Ucker e Christian já o esperavam.
Poncho: Entrem!
Os dois entraram no carro e Poncho saiu pisando fundo em direção ao barzinho, quando chegou Mariano já estava lá, vestia uma camisa branca, bermudão jeans e óculos escuros.
Poncho: Fiquem aqui no carro, ele pode reagir me vendo com alguém.
Christian: Ok, vamos ficar de olho!
Alfonso sai do carro e caminha em direção a Mariano, que tira os óculos ao velo se aproximar.
Mariano: Oi Poncho, como vai? - ele estende a mão, Poncho não o cumprimenta.
Poncho: O que tem de tão urgente para me dizer?
Mariano: Eu queria saber se está tudo bem, com você e com a Dulce.
Poncho: Não! Não está e você sabe muito bem disso! –ele puxa a cadeira e se senta.
Mariano: Como assim?
Poncho: Não se faça de idiota!
Mariano: Do que está falando cara?!
Poncho: Da Dulce seu palhaço! Onde ela está?
Mariano: Eu, não sei! – ele o olha confuso. - Deveria saber? – Poncho balança a cabeça rindo.
Poncho: Abra o jogo! Foi você quem mandou sequestra-la! – ele falava baixo.
Mariano: O QUE?!
Poncho: Isso mesmo que ouviu! A Cecilia me contou tudo sobre você! Bem que eu suspeitava.
Mariano: A Cecilia? Onde a viu?
Poncho: Não interessa!
Mariano: Não Alfonso! –ele o encara. – Olha, é sobre ela mesmo que queria conversar!
Poncho: Conversar o que?
Mariano: Lembra aquela vez que eu liguei perguntando se estava tudo bem e a Dulce atendeu?
Poncho: Lembro.
Mariano: Então! Como a Dulce disse que estava tudo bem, eu achei que estava tudo bem! Mas não estava!
Poncho: Como assim? Não estou entendendo nada!
Mariano: Eu estava com viagem marcada para a Europa, por isso não passei por aqui pra conversar com vocês. Um dia antes de parti liguei pra saber se estava tudo bem.
Poncho: E por que tanto interesse? – ele o encarava confuso.
Mariano: Porque! Poncho acorda cara! Olham primeiro me conta o que a Cecilia te disse sobre mim?
Poncho: Primeiro, que você não é gay.
Mariano: Mas eu sou gay! – ele revira os olhos.
Alfonso repete toda a história de Cecilia para Mariano.
Mariano: O que? Mas que piranha! Eu não conheço Londres! Poncho abre os olhos cara! Eu te disse que encontrei com ela na Itália!
Poncho: Desculpe mas minha memória não é das melhores!
Mariano: Mais que cachorra! Poncho isso é tudo mentira, o rapaz que sumiu é mentira. A empresa Italiana é mentira! Eu disse! Trabalho em uma corretora.
Poncho: Mas... – ele o encarava. – Por que ela inventaria essa historia toda? Como vou saber que você não esta mentindo?
Mariano: Poncho escute-me. Olha quando eu encontrei a Cecilia, ela tinha acabado de sair de um relacionamento com um homem casado, esse lance de não ser despedido por causa da minha opção sexual é verdade, mas eu nunca matei ninguém! Ela mentiu! Mentiu descaradamente! E você caiu! Quando eu a pedi em casamento ela estava numa situação muito delicada, com o ex. Envolveu-se em alguns rolos que na época eu não liguei,  precisava me casar com alguém! Eu fui um idiota!
Poncho: É, você sempre foi. – ele sorri de lado.
Mariano: Sem gracinhas. Como eu ia dizendo, eu precisava me casar com alguém. Cecilia e eu, nunca tivemos um casamento de contos de fadas, tanto eu como ela sabíamos que não deixávamos de nos envolver com outras pessoas..
Poncho: Pode ir direto ao ponto.
Mariano: Ok, você não está muito interessado na nossa história. Depois do que aconteceu lá em casa, naquele almoço, eu pedi o divorcio, cansei de viver uma vida cheia de segredos e mentiras e resolvi assumir. Eu contei pra Dulce, aquela noite que você sofreu o acidente, três dias depois eu me encontrei com a Cecilia por causa de toda papelada do divorcio ela estava com uma cara horrível, disse que se vingaria da Dulce, que ainda ficaria com você. – ele olhava seriamente para Poncho. - No inicio eu não dei muita bola, ela sempre foi de falar da boca pra fora mas, quando voltei para Europa e descobri o que durante anos não quis saber.

Poncho: O que descobriu?
Mariano: A Cecilia era a principal suspeita do assassinato da mulher do ex-amante.
Poncho: O que?!
Mariano: Isso mesmo que ouviu! Poncho, ela só aceitou casar comigo pra se livrar de todas as acusações. Ela matou a mulher do cara! Quando ele disse que não queria mais ficar com ela, ela simplesmente entrou na casa dele uma noite e enforcou a moça, achando que a culpada de tudo era a esposa! - Poncho olhava para Mariano horrorizado. – Mas como ele se envolvia com a empregada também, a pobre mulher levou toda culpa. Quando eu voltei da Europa eu procurei a Cecilia, mas não a encontrei, foi então que um amigo me disse que ela andava meio sumida mas a viu quando ela voltou pra nossa casa, para pegar alguns pertences, estava acompanhada de um homem, alto, forte!
Poncho: Armando?
Mariano: Não, não! Mas eu conheço um Armando, trabalha na polícia.
Poncho: Trabalhava, o contratei como detetive.
Mariano: Ele é muito bom.
Poncho: Cecilia também disse isso!
Mariano: Ela o conhece? Como?
Poncho: Disse que era amigo dela.
Mariano: Caramba, será que o Armando...
Poncho: Olha Mariano! –ele interrompe os pensamentos de Mariano. - É uma história muito boa, mas a Cecilia me contou uma tão convincente como a sua.
Mariano: Ah, e vai acreditar nela depois do que fez?
Poncho: As pessoas merecem uma segunda chance.
Mariano: Não pessoas como ela! Ela teve a segunda chance Poncho! E acho que se você der uma primeira, dessa vez quem morre é a Dulce.
Poncho: É difícil escolher em quem acreditar.
Mariano: Alfonso! Acredite em mim! Eu nunca faria mal a Dulce, nunca! Nem a você, somos amigos a anos. E eu posso ajudar a encontra-la. Eu pesquisei muito sobre a vida da Cecilia e sei de alguns segredos e contatos que ela tem.
Poncho: Mesmo?
Mariano: Mesmo! Sério cara! Faz um tempão que estou ligando pra saber se está tudo bem com vocês! Depois do que fiquei sabendo sobre a Cecilia, vi que não era tão difícil ela cumprir com a palavra. Eu tenho provas se você quiser. – ele encarava Poncho
Poncho: Não precisa, eu vou acreditar em você.
Mariano: Que bom! Poncho olha, quero te dizer uma coisa,  não para te assustar mas é melhor começar a procurar a Dulce agora mesmo.
Poncho: Como? Sem pistas! Sem nada! Os sequestradores nem resgate pediram!
Mariano: Claro que não! Cecilia deve ter dado um jeito de pagar o serviço a eles, ela não quer dar um susto Poncho, ela quer vingança. Sério, essa mulher é louca! Como eu disse não quero te assustar, mas temos que achara Dulce rápido. Cecilia não hesitara em matar novamente, ela é fria.
Poncho: Ok! – ele o encara, tentando não se apavorar. - Eu sei que você me disse pra não trazer ninguém mas, meus amigos estão no carro.
Mariano: Tudo bem, eu sabia que você traria alguém! – ele sorri. -  Quem são? Christopher e Christian?
Poncho: Sim! Por onde começamos?
Mariano: Tem um telefone ai?
Poncho: Só um minuto. – ele meche nos bolsos. - Droga! Devo ter esquecido o celular em casa.
Mariano: Vamos pra lá então, não seria bom pra você ser visto conversando em um bar com um cara sabe, já saiu em todas as revistas que você está “doente”.
Poncho: Não sei nem como ainda não descobriram nada! – ele sorri. – Ah não podemos ir pra minha casa.
Mariano: Por que?
Poncho: Cecilia está lá com o tal Armando...
Mariano: O que? Você levou aquela víbora pra dentro da sua casa? Poncho, que besteira você fez!
Poncho: Eu sei! – ele revira os olhos. – Mas, pensei que ela estava me ajudando e disse que não tinha onde ficar.
Mariano: Que idiotice Poncho! Cecilia deve ter vasculhado sua casa inteirinha, está por dentro de tudo o que você faz! Está, jogando com você! Passando todas as informações pro outro lado!
Poncho: Agora já foi. O que faremos?
Mariano: Acho melhor eu não aparecer por lá, se ela te convenceu a suspeitar de mim, vai achar que você sabe de tudo e não seria nada bom pra Dulce.
Poncho: Como assim?
Mariano: Ora Poncho, ela está tranquila porque sabe que você está sem saída. Sabe que ela está no comando, você está andando em círculos Poncho! Se a Cecilia descobre que falou comigo vai ficar desconfiada e terá que acabar com o serviço o mais rápido possível, para não levantar suspeitas.
Christian e Ucker, estranhando a demora de Alfonso, decidiram ir até a mesa.
Ucker: Algum problema Poncho? - ele estava de óculos escuros e apesar do calor, uma blusa com capuz.
Poncho: Não, galera esse é o Mariano.
Christian: Já nos conhecemos, como vai cara?
Mariano: Preocupado.
Ucker: Então Poncho, suas...
Poncho: Suspeitas? Ucker eu sou um idiota! Depois do que o Mariano me contou, não duvido mais nada de ninguém.
Mariano: Poncho, acho que o melhor a fazer é seguir a Cecilia.
Poncho: Como se ela não sai lá de casa?
Mariano: Ou esse Armando sei lá!
Poncho: Ok, então vamos fazer o seguinte, eu volto pra casa, faço com que a Cecilia fique desconfiada, então com certeza ela vai achar que descobri alguma coisa e, não sei, precisamos que alguém a siga! Eu dou um jeito de, deixar ela sair e, droga! – ele dá um soco na mesa. - Estou confuso, não sei o que fazer.
Christian: Olha Poncho, não acho muito inteligente deixa-la desconfiada. Pra que ela iria ir até os sequestradores se existe telefone? Ela pode ligar e mandar os caras liquidarem a Dul.
Ucker: É muito arriscado.
Mariano: Tenho certeza que Cecilia só ficaria satisfeita se acabasse com a Dulce com as próprias mãos. Pessoas desse tipo não têm confiança absoluta em ninguém, não deixaria todo plano ir por água a baixo.
Poncho: Plano? Que plano?! Deixar a Dulce eternamente sequestrada achando que eu ficarei com ela? Nem morto! Nem se a Dulce não existisse!
Mariano: Ela não pensa assim. Só está preparando terreno. Fazendo-te sofrer pra se aproximar, mas a jogada final é mesmo eliminar..
Poncho: Então não vamos ficar parados aqui! – ele se levanta.
Mariano: Não! Claro que não! Olha, volte para casa! Não deixe a Cecilia desconfiar de nada.
Poncho: E você vai fazer o que?
Mariano: Tentar descobrir onde a Dulce está.
Poncho: Escute Mariano! –ele se aproxima cara a cara do rapaz. – Se você estiver armando tudo isso, eu juro que vou te procurar até o fim do mundo pra acabar com sua raça ouviu?
Mariano: Confie em mim Poncho! –ele coloca uma mão no ombro do amigo. - Pelo menos um vez?
Poncho: Ok!- ele o encara. - Ligue no celular do Ucker caso descubra alguma coisa.
Mariano: Pode deixar.