Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Christian volta para gravadora, Ucker para o apartamento junto com Poncho. Quando chegaram Armando não estava lá, somente Cecilia que regava as flores da casa.
Cecilia: Aonde você foi Poncho?  - ela o olha sorrindo.
Poncho: Eu fui...
Ucker: Entregar uns papéis pra mim na gravadora...
Cecilia: Mas você não estava mentindo para o produtor?
Ucker: O Pedro já sabe de tudo, deu folga pro Poncho! – ele fala rápido.
Cecilia: Então já deveria ter saído em todas as revistas.  – ela os olha espantada.
Poncho: Ele é discreto e nosso amigo, não prejudicaria nem um membro da banda.
Cecilia: Ah, quer comer alguma coisa? Eu fiz o almoço...
Poncho: Não obrigado. – ele a encara com raiva no olhar. - E o Armando?
Cecilia: Teve que dar uma saída, está tudo bem Poncho? Você está meio sério!
Poncho: Não tenho motivos?
Cecilia: Tem, claro! –ela sorri de lado. - E você?  - ela olha para Ucker.
Ucker: Vou ver como a Any está! – ele dá um rápido abraço em Poncho e sai.
As horas se passavam e Poncho se mostrava cada vez mais ansioso, já eram nove horas da noite e Mariano não tinha ligado uma só vez. Cecilia parecia desconfiada e olhava de esguelha para Poncho. Ucker estava de volta, falando ao telefone.
Ucker: Poncho, a Any quer falar com você! –ele estende o celular para Poncho.
Poncho: A Any? – ele o olha confuso.
Ucker: É! A Any! Acho que ela achou aquela fita que a Dulce queria.
Poncho: Ah!- ele entende a quem Ucker se refere e apanha o celular. - Alô? Oi Any, o que quer?
Mariano: Poncho! Acho que já sei onde a Dulce está!
Poncho: Sério?! – ele olha para Cecilia, deixando a empolgação um pouco de lado. – Maravilha! Quer que o Ucker te busque?
Mariano: Calma cara, eu preciso confirmar uma coisa antes. Te ligo daqui uma hora ok?
Poncho: Ok! É, beijo Any. – ele desliga.

Não se passou nem dez minutos e Any e Mai chegaram..
Any: Oi gente, ai?
Cecilia: Ué, o Ucker não ia te buscar?
Any: O Ucker me buscar? – ela olha para ele.
Ucker: Ah Any! Sua maluca! Pegou um táxi? – ele sorri abraçando-a.
Any: Do que está falando Uckerzito?
Ucker: Você é maluquinha mesmo, esta ficando velha. – ele sorri apertando-a com força.
Any: Velha? Eu? Mentiroso! Mai, pega meu espelho ai na bolsa.
Um toque de celular invade a sala, era o de Cecilia.
Cecilia: Alô? Ah, é você! Oi!- ela sai da sala, Poncho olha para Ucker, que olha para Chris, que estava perdido em pensamentos.
Mai: Gente, que negocio é esse de buscar a Any? – ela fala baixo.
Christian: Eu te explico depois meu amor.
Cecilia: Poncho! – ela volta para a sala. - Eu vou ter que dar uma saída, mais tarde estou de volta ok?
Poncho: O que? – ele a olha.
Cecilia: Estou saindo.
Poncho: Ah, ok! - Cecilia pega a bolsa com pressa e sai.
Ucker: Poncho! Acorda cara! A Cecilia saiu!
Christian: Nós temos que ir atrás dela! E se...
Poncho: Temos que esperar o Mariano ligar!
Ucker: Pra que?! E se ela estiver indo matar a Dulce?
Mai: Matar a Dulce? – ela os olha assustada.
Poncho: Você tem razão! Eu vou atrás dela!
Ucker: Nós vamos com você!
Poncho: Não! Eu vou sozinho! Eu quero ir sozinho!
Ucker: Ficou maluco?!
Poncho: Fiquei! Eu não aguento mais isso! E já não basta a vida da Dulce estar em risco, não quero que nenhum de vocês corra perigo.
Christian: Alfonso! Você é um idiota!
Poncho: Um idiota com uma arma! –ele pega as chaves do carro e sai.
Any: Uma arma?! – ela encara os dois.
Poncho: Não dá mais pra perder tempo. Se o Mariano ligar me avisem, eu posso estar errado quanto a Cecilia. – ele fecha a porta.
Any: Não está, eu sabia que era essa piranha não prestava.
Poncho correu até o carro e pisou fundo até o fim da rua do condomínio, por sorte o farol estava fechado e ele pode ver o carro de Cecilia um pouco mais a frente. Estava ansioso, segurava o volante com firmeza, olhando atento para frente. Mal o farol abriu Cecilia seguiu, ele queria ficar um pouco afastado para não levantar suspeita. Uma hora se passou, pensou na possibilidade de estar sendo enganado por Mariano, ou de Cecilia ter percebido e estar dando voltas pela cidade, mas não demorou muito para que desse a seta para entrar para uma estrada que levava até o estado de Michoacán. Um carro entrou na frente de Poncho e ele perdeu Cecilia de vista por alguns minutos.
Poncho: Droga!
Mais meia hora se passou, Cecilia entrou em um desvio e Poncho não conseguiu ver, deu uma buzinada alta para o carro da frente, que saiu, mas Cecilia já não estava mais por ali.
Poncho: Maldita! - ele para o carro no acostamento. - Que droga! Inferno! – ele sai do carro batendo a porta com força. Estava encostado no carro, xingando o mundo, quando seu celular tocou, era Mariano.
Poncho: É bom ter boas notícias!
Mariano: Onde você está?
Poncho: Estava seguindo a Cecilia, mas a porcaria de um carro maldito entrou na minha frente!
Mariano: Já descobri onde a Dulce está.
Poncho: Onde?
Mariano: Uma casa, no fim de uma estrada de terra que corta o caminho para Michoacán, eu estou na entrada da estrada principal e...
Poncho: Obrigado! – ele desliga cara de Mariano, estava no caminho certo, um pouco mais a frente ele podia ver uma entrada, sim, era mais do que certo que ela a mesma que Mariano falou.
Ele não perdeu tempo, entrou no carro e pisou fundo, finalmente.
Poncho: Obrigado meu Deus! – ele sorria, a cada metro que o carro andava, Alfonso ficava mais nervoso, mas não sabia como, conseguia sentir que estava no caminho certo e perto de Dulce.
Era meia noite, estava tudo escuro, e para piorar uma chuva forte começou a cair. Poncho estava mais nervoso, a estrada era cheia de buracos e isso o atrasou um pouco, desligou o celular, agora tinha mais do que certeza que Cecilia era a mandante do sequestro. Minutos depois, finalmente tinha conseguido chegar no lugar, parou o carro e pegou o revolver no porta-luvas, colocou na cintura e cobriu com a camiseta, saiu do carro debaixo de chuva e se aproximou de uma casa pequena, com a pintura descascada, as luzes estavam acesas. Ele respirou fundo e foi caminhando em direção a porta, queria chegar em silêncio, seu coração batia rápido, dava pra ouvir as vozes lá de dentro, segurou a maçaneta, girou e ia entrar quando ouviu um barulho alto, era um tiro.

Poncho: DULCE!