Fanfics Brasil - Quem É Você? Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Quem É Você?

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De repente ela ouviu a voz de Tia Harriet em sua cabeça: quando você encontrar um homem com quem deseja se casar, Anahí, lembre-se: você saberá o tipo de homem que ele é não pelas coisas que ele diz, mas pelas coisas que faz.


Tia Harriet tinha razão, claro. O homem com quem ela iria querer se casar jamais teria arranjado para ela ser tratada como uma prisioneira e uma escrava, aprisionado seu irmão ou deixa-la ser torturada em nome do seu “talento”.


Isso era desculpa e uma piada. Só o céu saberia o que o Magistrado faria com ela uma vez que a tivesse nas mãos. Se fosse algo que ela pudesse sobreviver, imaginava que em breve desejaria não ter sobrevivido.


Deus, que talento inútil que ela tinha! O poder de mudar sua aparência? Se tivesse o poder de incendiar as coisas, quebrar metal ou fazer facas crescerem de seus dedos! Ou se apenas tivesse o poder de tornar-se invisível, ou encolher ao tamanho de um rato...


Ficou quieta de repente, tão quieta que podia ouvir o tique-taque do anjo mecânico contra o peito. Ela não tinha que se encolher até o tamanho de um rato, não é? Tudo o que tinha a fazer era fazer-se pequena o suficiente para que os laços em torno de seus pulsos ficassem frouxos.


Era possível para ela se transformar em alguém uma segunda vez, sem tocar em nada que lhes haviam pertencido – desde que tivesse feito isso antes. As Irmãs a tinham feito memorizar como fazer isso. Pela primeira vez, estava feliz por algo que obrigaram-na a aprender.


Anahí se pressionou contra o colchão duro e fez-se lembrar. A rua, a cozinha, o movimento da agulha, o brilho da luz do gás. Ela desejou isso, quis a transformação viesse. Qual é seu nome? Emma. Emma Bayliss...


A transformação abateu sobre ela como um trem, quase tirando seu fôlego – remodelando sua pele, reformando seus ossos. Ela estrangulou seus gritos e arqueou as costas...


E estava feito. Piscando, Anahí olhou para o teto, então olhou para os lados, para o pulso, a corda em torno dele. Ali estavam suas mãos – as mãos de Emma – finas e frágeis, o círculo da corda frouxo em torno de seus pulsos pequenos. Triunfalmente, Anahí libertou as mãos e sentou-se, esfregando as marcas vermelhas onde a corda tinha queimado a pele.


Seus tornozelos estavam ainda atados. Ela se inclinou para frente, seus dedos trabalhando rapidamente nos nós. A Sra. Black, ao que parecia, podia dar nós como um marinheiro. Os dedos de Anahí estavam sangrando e feridos quando a corda caiu e ela ficou em pé.


O cabelo de Emma era tão fino e delgado que tinha escorregado dos grampos que prendiam o próprio cabelo de Anahí em sua nuca. Empurrou o cabelo para trás com impaciência e sacudiu-se livre de Emma, deixando a transformação ir embora dela, até que seu cabelo deslizou por entre seus dedos, grossos e familiares ao toque. Olhando o espelho do outro lado da sala, viu que a pequena Emma Bayliss havia ido embora e ela era ela mesma outra vez.


Um ruído atrás dela a fez se virar. A maçaneta da porta do quarto estava virando, torcendo para frente e para trás como se a pessoa do outro lado estivesse tendo dificuldade para conseguir abri-la.


Sra. Dark, ela pensou. A mulher estava de volta, para chicoteá-la até que ela estivesse sangrando. De volta para levá-la ao Magistrado. Anahí se apressou pelo quarto, pegou o jarro de porcelana da pia e depois ficou vigiando ao lado da porta, o jarro apertado arduamente em sua mão esbranquiçada.


A maçaneta girou; a porta se abriu. Na escuridão, tudo que Anahí podia ver eram as sombras enquanto alguém entrava no quarto. Ela pulou para frente, balançando o jarro com toda a sua força...


A silhueta sombreada se moveu, tão rápido como um chicote, mas não rápido o suficiente; o jarro bateu no braço estendido da figura antes de voar do aperto de Anahí para colidir com a parede distante. Cacos quebrados choveram sobre o chão enquanto o desconhecido gritava.


O grito era inegavelmente masculino. Assim como a inundação de praguejos que se seguiu.


Ela recuou, então se arremessou para a porta – mas ela tinha se fechado, e por mais que Anahí puxasse a maçaneta, a porta não se movia. Uma luz resplandecente brilhou pelo quarto como se o sol se tivesse nascido. Anahí girou, piscando para longe as lágrimas em seus olhos – e olhou.


Havia um garoto parado na frente dela. Ele não poderia ser muito mais velho do que ela – dezessete ou possivelmente dezoito anos. Estava vestido com o que parecia roupa de operário – uma jaqueta preta desgastada, calças, e botas resistentes. Ele não usava colete, e grossas tiras de couro cruzavam sua cintura e peito. Presas às tiras estavam armas – punhais e facas dobradiças, e coisas que pareciam lâminas de gelo. Em sua mão direita ele segurava uma espécie de pedra brilhante – aquilo estava brilhando, proporcionando a luz no quarto que tinha quase cegado Anahí. Sua outra mão – esguia e de dedos compridos – estava sangrando onde ela tinha ferido a parte de trás com o seu jarro.


Mas não foi isso que prendeu seu olhar. Era o rosto mais bonito que ela já tinha visto. Cabelos pretos bagunçados e olhos como vidro azul. Maçãs do rosto elegantes, uma boca cheia e cílios longos, grossos. Mesmo a curva de sua garganta era perfeita. Ele parecia com cada herói fictício que Anahí já tinha evocado em sua cabeça. Embora nunca tivesse imaginado um deles xingando-a enquanto sacudia a mão sangrando de uma forma acusatória.


Ele pareceu perceber que ela o estava encarando, porque o xingamento parou.


— Você me cortou — disse ele. Sua voz era agradável. Britânica. Muito comum. Ele olhou para sua mão com interesse vital — pode ser fatal.


Anahí olhou para ele com olhos arregalados.


— Você é o Magistrado?


Ele inclinou a mão para o lado. O sangue escorria dela, salpicando o chão.


— Meu Deus, perda maciça de sangue. Morte pode ser iminente.


— Você é o Magistrado?


— Magistrado? — Ele parecia um tanto surpreso com sua veemência. — Isso significa “mestre” em latim, não significa?


— Eu... — Anahí estava se sentindo cada vez mais como se estivesse presa em um sonho estranho — suponho que sim.


— Já dominei muitas coisas na minha vida. Navegar pelas ruas de Londres, dançar a quadrilha, a arte japonesa de arranjos florais, mentir em charadas, esconder um estado altamente embriagado, deliciar mulheres jovens com meus encantos...


Anahí fitou-o.


— Infelizmente — continuou ele — nunca ninguém realmente se referiu a mim como “o mestre”, ou “o Magistrado”, que seja. Uma pena...


— Você está altamente embriagado no momento?


Anahí tinha perguntado com toda a seriedade, mas percebeu no momento que as palavras saíram de sua boca, que deve ter soado muito rude – ou pior, como um flerte.


Ele parecia muito firme sobre seus pés para estar realmente bêbado, de qualquer maneira. Ela tinha visto Nate embriagado vezes suficientes para saber a diferença. Talvez ele fosse simplesmente maluco.


— Como você é direta, mas suponho que todos os americanos o são, não é? — O garoto parecia divertido. — Sim, o seu sotaque lhe entrega. Qual é o seu nome, então?


Anahí olhou para ele, incrédula.


— Qual é o meu nome?


— Você não sabe?


— Você... você entrou arrebentando em meu quarto, me assustou quase até a morte, e agora quer saber o meu nome? Qual diabos é o seu nome? E quem é você, afinal?


— Meu nome é Herrera — o garoto disse alegremente — Alfonso Herrera, mas todos me chamam de Poncho. Este é realmente o seu quarto? Não é muito agradável, é?


Ele andou em direção à janela, parando para analisar as pilhas de livros sobre a mesa de cabeceira, e depois a própria cama. Ele acenou para as cordas.


— Você costuma dormir amarrada na cama?


Anahí sentiu suas bochechas em chamas e achou incrível, dadas as circunstâncias. Ainda tinha a capacidade de ficar envergonhada. Ela deveria lhe dizer a verdade? Seria possível que ele fosse o Magistrado? Embora qualquer um que parecesse com ele não tivesse necessidade de amarrar garotas e aprisioná-las, a fim de fazer que elas se casassem com ele.




 


Até Mais!



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Autor(a): Alien AyA

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— Aqui. Segure isso — ele entregou-lhe a pedra brilhante. Anahí a segurou, meio que esperando que fosse queimar seus dedos, mas era fria ao toque. No momento em que atingiu a palma da sua mão, a sua luz reduziu a um piscar cintilante. Ela olhou para ele com espanto, mas o garoto tinha feito o seu caminho até a janela e estava olhando para fo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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