Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Quando Ucker e Poncho alcançaram a mansão em Highgate, a lua havia começado a subir. Highgate era em uma colina na parte norte de Londres, dominando uma excelente vista da cidade abaixo, pálida sob a luz da lua, que tornava a névoa e fumaça de carvão que pairavam sobre a cidade uma nuvem prateada. Uma cidade de sonho, Poncho pensou, flutuando no ar. Um pouco de poesia perdurava nos cantos de sua mente, algo sobre a terrível maravilha de Londres, mas seus nervos estavam tensos com a batalha iminente, e ele não conseguia lembrar as palavras.
A casa era uma grande pilha Georgiana, construída em uma abundante área arborizada. Um muro alto de tijolos corria em volta dela, o escuro teto inclinado com mansardas mal visível sobre ele da rua. Um arrepio de frio passou por Poncho enquanto eles se aproximavam, mas ele não estava surpreso por sentir tal coisa em Highgate. Estavam perto do que os londrinos chamavam de Bosques da Cascalheira nos limites da cidade, onde milhares de corpos haviam sido despejados durante a Grande Praga. Sem um enterro adequado, suas sombras raivosas assombravam a vizinhança mesmo agora, e Poncho havia sido enviado para cá mais de uma vez, graças às atividades deles.
Um portão negro de metal encaixado no muro da mansão mantinha intrusos fora, mas a runa de Abertura de Ucker fez todo o trabalho. Após deixar a carruagem dentro da área, os dois Caçadores de Sombras se encontraram na estrada curva que levava à entrada da frente da casa. O caminho estava cheio de ervas daninhas e coberto pela grama alta, e os jardins se estendiam ao redor dela, pontilhados com construções externas desmoronando e os tocos enegrecidos de árvores mortas.
Ucker se virou para Poncho, os olhos febris.
— Vamos continuar?
Poncho tirou uma lâmina de serafim de seu cinto.
— Israfel — ele sussurrou, e a arma resplandeceu como um relâmpago contido.
Lâminas de serafim queimavam tão brilhantemente que Poncho sempre esperava que elas soltassem calor, mas suas lâminas eram frias como gelo ao toque. Ele se lembrou de Anahí dizendo-lhe que o Inferno era frio, e lutou contra o estranho impulso de sorrir à memória. Eles estiveram correndo por suas vidas, ela deveria estar aterrorizada, e lá ela estava, contando a ele sobre o Inferno em um sotaque americano preciso.
— Sim — ele disse para Ucker — está na hora.
Eles subiram os degraus da frente e tentaram as portas. Embora Poncho tivesse esperado que elas estivessem trancadas, elas estavam abertas, e cederam ao toque com um rangido ressonante. Ele e Ucker se esgueiraram para dentro da casa, a luz de suas lâminas de serafim iluminando o caminho.
Se encontraram em um grande vestíbulo. As janelas arqueadas atrás deles haviam provavelmente sido magníficas um dia. Agora elas alternavam painéis inteiros e quebrados. Através das rachaduras no vidro, uma vista do parque descuidado e crescido era visível. O caminho de mármore estava rachado e quebrado, ervas daninhas crescendo como se estivessem crescendo nas próprias pedras. À frente de Poncho e Ucker, uma grande escadaria curva se inclinava para cima, em direção ao primeiro andar cheio de sombras.
— Isso não pode estar certo — Ucker sussurrou — é como se ninguém tivesse estado aqui nos últimos cinquenta anos.
Mal ele acabou de falar quando um som surgiu no ar noturno, um som que eriçou os pelos do pescoço de Poncho e fez as marcas em seu ombro queimarem. Era um canto – mas não um canto agradável. Era uma voz capaz de alcançar notas que nenhuma voz humana conseguiria. Acima, os pingentes de cristal do candelabro chocalhavam como taças de vinho colocadas para vibrar ao toque de um dedo.
— Alguém está aqui — Poncho murmurou de volta.
Sem outra palavra, ele e Ucker se viraram para que estivessem de costas um para o outro. Ucker estava de frente para a porta aberta; Poncho, para a vasta escadaria curva.
Algo apareceu no topo da escada. A princípio, Poncho viu apenas um padrão alternado de preto e branco, uma sombra que se movia. À medida que aquilo foi descendo, o canto ficou mais alto, e pelos no pescoço de Poncho se eriçaram ainda mais. Suor umedecia o cabelo em suas têmporas e corria pela curva de sua coluna, apesar do ar gelado.
Ela estava a meio caminho nas escadas antes de ele reconhecê-la – Sra. Dark, seu corpo longo e ossudo vestido em um tipo de hábito de freira, uma túnica escura sem forma que caía de seu pescoço até seus pés. Uma lamparina sem luz balançava de uma mão em garra. Ela estava sozinha – embora não exatamente, Poncho percebeu quando ela pausou no pé da escada, pois a coisa que ela estava agarrando em sua mão não era uma lanterna, afinal. Era a cabeça cortada de sua irmã.
— Pelo Anjo — Poncho sussurrou — Ucker, olhe.
Ucker olhou, e praguejou também. A cabeça da Sra. Black balançava de uma trança de cabelo grisalho, que a Sra. Dark agarrava como se fosse um artefato inestimável. Os olhos da cabeça estavam abertos, e perfeitamente brancos, como ovos cozidos. A boca também estava aberta, uma linha de sangue seco saindo de um dos cantos da boca.
A Sra. Dark parou sua canção e deu risadinhas, como uma estudante.
— Malcriados, malcriados. Invadindo minha casa assim. Maus pequenos Caçadores de Sombras.
— Pensei — Ucker disse baixinho — que a outra irmã estivesse viva.
— Talvez esta trouxe a irmã de volta à vida e então cortou a cabeça dela de novo? — Poncho murmurou. — Parece muito trabalho pra nenhum ganho real, mas então...
— Nephilim assassino — a Sra. Dark rosnou, fixando seu olhar em Poncho — não contente em matar minha irmã uma vez, não é? Você precisa voltar e me impedir até de dar a ela uma segunda vida. Você sabe – tem alguma ideia – de como é estar completamente sozinha?
— Mais do que você jamais possa imaginar — Poncho disse rijamente, e viu Ucker olhar de lado para ele, parecendo intrigado.
Estúpido, Poncho pensou. Eu não deveria dizer tais coisas.
A Sra. Dark oscilou em seus pés.
— Você é mortal. Está sozinho por um momento de tempo, uma única respiração do universo. Eu estou sozinha para sempre — ela abraçou a cabeça fortemente — que diferença faz a você? Certamente há crimes piores em Londres que requerem a atenção dos Caçadores de Sombras do que minhas pobres tentativas de trazer minha irmã de volta.
O olhar de Poncho encontrou o de Ucker. O outro garoto deu de ombros. Claramente ele estava tão confuso quanto Poncho.
— É verdade que necromancia é contra a Lei — Ucker disse — mas vincular energias demoníacas também é. E isso exige nossa atenção, bastante urgentemente.
A Sra. Dark os encarou.
— Vincular energias demoníacas?
— Não há por que fingir. Sabemos exatamente dos seus planos — Poncho falou — sabemos dos autômatos, o feitiço de ligação, seu serviço ao Magistrado... a quem o resto do nosso Enclave está, exatamente agora, localizando até seu esconderijo. Até o fim desta noite ele será completamente apagado. Não há ninguém para você chamar, nenhum lugar para se esconder.
Àquilo, a Sra. Dark empalideceu marcadamente.
— O Magistrado? — ela sussurrou. — Vocês encontraram o Magistrado? Mas como…
— Isso mesmo. De Quincey nos escapou uma vez, mas não desta. Sabemos onde ele está, e...
Mas as palavras dele foram abafadas – por risadas. A Sra. Dark estava dobrada no corrimão da escadaria, uivando de contentamento. Poncho e Ucker encararam em confusão enquanto ela se endireitava. Lágrimas negras de hilaridade riscavam seu rosto.
— De Quincey, o Magistrado! — ela gritou. — Aquele vampiro rufião, envaidecido! Oh, que piada! Seus tolos, seus estúpidos tolinhos!
Até Mais!
Autor(a): Alien AyA
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Capítulo 18 - Trinta peças de prata Apagado seu nome, então, registro mais uma alma perdida, mais uma tarefa recusada, mais uma trilha não percorrida, mais um triunfo do diabo e uma tristeza para os anjos, mais um erro a mais para o homem, mais um insulto a Deus!– Robert Browning, The lost leader Anahí cambaleou par ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....