Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Mesmo antes de passar pela porta da frente, Poncho sentiu – a sensação estridente de que algo terrível estava acontecendo aqui. A primeira vez que teve essa sensação, ele tinha 12 anos de idade, segurando aquela maldita caixa – mas nunca imaginou sentir isso na solidez do Instituto.
Ele viu o corpo de Agatha primeiro, no momento em que ultrapassou a soleira. Ela estava deitada de costas, os olhos vidrados virados para o teto, a frente de seu simples vestido cinza encharcada de sangue. Uma onda de fúria quase esmagadora tomou conta de Poncho, deixando-o tonto. Mordendo o lábio com força, ele se inclinou para fechar os olhos dela antes de se levantar e olhar ao redor.
Os sinais de uma luta estavam por toda parte – pedaços rasgados de metal e engrenagens quebradas e amassadas, manchas de sangue misturadas com poças de óleo. Quando Poncho se moveu em direção à escada, seus pés pisaram sobre os restos esfrangalhados da sombrinha de Jessamine. Ele rangeu os dentes e deslocou-se para a escada.
E ali, caído nos degraus inferiores, estava Thomas, olhos fechados, imóvel em uma crescente poça escarlate. Uma espada descansava no chão ao lado dele, um pouco longe de sua mão; sua lâmina estava quebrada e amassada como se ele a tivesse usado para cortar pedras. Um grande pedaço de metal dentado se projetava de seu peito. Parecia um pouco com a lâmina despedaçada de uma serra, Poncho pensou, enquanto se agachava ao lado de Thomas, ou como um pedaço afiado de alguma geringonça maior de metal.
Havia uma queimação seca no fundo da garganta de Poncho. Sua boca tinha gosto de metal e raiva. Ele raramente sofria durante uma batalha; guardava suas emoções para depois – aquelas que ele ainda não tinha aprendido a enterrar tão profundamente que mal as sentia. Ele vinha enterrando-as desde que tinha doze anos. Seu peito deu um nó com a dor agora, mas sua voz estava firme quando falou.
— Salve e adeus, Thomas — ele falou levantando a mão para fechar os olhos do outro rapaz — ave...
Uma mão voou e agarrou seu pulso. Poncho olhou para baixo, aturdido, enquanto os olhos vidrados de Thomas deslizaram em sua direção, castanhos claros sob a película esbranquiçada da morte.
— Não sou um Caçador de Sombras — ele falou, com um claro esforço.
— Você defendeu o Instituto. Tão bem quanto qualquer um de nós teria feito.
— Não — Thomas fechou os olhos, como se esgotado. Seu peito subiu, com dificuldade; sua camisa estava encharcada quase preta de sangue — você os teria expulsado, mestre Poncho. Você sabe que teria.
— Thomas — Poncho sussurrou.
Ele queria dizer, fique quieto, e você ficará bem quando os outros chegarem aqui. Mas Thomas evidentemente não ficaria bem. Ele era humano; nenhuma runa de cura poderia ajudá-lo. Poncho desejou que Ucker estivesse aqui, ao invés de si próprio. Ucker era quem você queria consigo quando estivesse morrendo. Ucker poderia fazer qualquer um sentir que as coisas iam dar certo, enquanto Poncho particularmente suspeitava de que havia poucas situações que sua presença não piorava tudo.
— Ela está viva — Thomas falou, sem abrir os olhos.
— O quê? — Poncho foi pego de surpresa.
— Aquela por quem você voltou. Ela. Anahí. Ela está com Sophie — Thomas falou como se fosse um fato óbvio a qualquer um que Poncho teria voltado por causa de Anahí. Ele tossiu, e uma grande massa de sangue escorreu de sua boca por seu queixo. Ele não pareceu notar — cuide de Sophie, Poncho. Sophie é...
Mas Poncho nunca descobriu o que Sophie era, porque o aperto de Thomas afrouxou de repente, e sua mão caiu e atingiu o chão de pedra com um baque feio. Poncho recuou. Ele tinha visto a morte vezes suficientes, e sabia quando ela havia chegado. Não houve necessidade de fechar os olhos de Thomas; eles já estavam fechados.
— Durma, então — ele disse, sem saber muito bem de onde as palavras vieram — bom e fiel servo dos Nephilins. E obrigado.
Não era suficiente, nem de longe o suficiente, mas era tudo o que havia. Poncho ficou de pé e subiu correndo a escada.
Mila pior que sim e o final da temporada não vai acabar bem...
Autor(a): Alien AyA
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As portas se fecharam por trás das criaturas mecânicas; o Santuário estava muito silencioso. Anahí podia ouvir a água batendo na fonte atrás dela. Mortmain permaneceu observando-a calmamente. Ele ainda não era assustador de olhar, Anahí pensou. Um homem pequeno e comum, com cabelo escuro ficando grisalho nas têmpo ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....