Fanfics Brasil - Machucar Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Machucar

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As portas se fecharam por trás das criaturas mecânicas; o Santuário estava muito silencioso. Anahí podia ouvir a água batendo na fonte atrás dela.


Mortmain permaneceu observando-a calmamente. Ele ainda não era assustador de olhar, Anahí pensou. Um homem pequeno e comum, com cabelo escuro ficando grisalho nas têmporas, e aqueles estranhos olhos claros.


— Srta. Portilla, eu esperava que nossa primeira vez a sós fosse uma experiência mais agradável para nós dois.


Os olhos de Anahí queimavam.


— O que você é? Um feiticeiro?


Seu sorriso foi rápido, e sem sentimento.


— Apenas um ser humano, Srta. Portilla.


— Mas você fez mágica — ela falou — você falou com a voz de Poncho...


— Qualquer um pode aprender a imitar vozes com o treinamento apropriado — ele respondeu — um simples truque, como passe de mágica. Ninguém espera por eles. Certamente não os Caçadores de Sombras. Eles acreditam que os seres humanos não são bons em nada, além de não serem bons para nada.


— Não — murmurou Anahí — eles não acham isso.


Sua boca retorceu.


— Quão rápido você progrediu a amá-los, seus inimigos naturais. Em breve vamos treiná-la a esquecer disso — ele moveu-se para frente, e Anahí se encolheu — não irei machucá-la. Apenas quero lhe mostrar algo.


Ele enfiou a mão no bolso do casaco e tirou um relógio de ouro, de muito boa aparência, em uma grossa corrente de ouro.


Ele quer saber que horas são? A vontade louca de rir cresceu na parte de trás da garganta de Anahí. Ela a segurou.


Mortmain ergueu o relógio para ela.


— Srta. Portilla, por favor, tome isso.


Ela fitou-o.


— Eu não quero isso.


Ele moveu-se até ela novamente. Anahí recuou até que a parte de trás de suas saias encostou-se à mureta baixa da fonte.


— Pegue o relógio, Srta. Portilla.


Anahí balançou a cabeça.


— Pegue. Ou eu irei trazer de volta meus servos mecânicos e mandá-los esmagar as gargantas de suas duas amigas até estarem mortas. Eu preciso apenas ir até a porta e chamá-los. A escolha é sua.


Bile subiu no fundo da garganta de Anahí. Ela olhou para o relógio que ele estendia, pendurado em sua corrente de ouro. Estava claramente parado. Os ponteiros há muito tempo haviam parado de girar, o tempo parecendo congelado à meia-noite. As iniciais J.T.S. estavam gravadas na parte de trás em caligrafia elegante.


— Por quê? — Ela sussurrou. — Por que você quer que eu o pegue?


— Porque quero que você se transforme.


Anahí ergueu a cabeça. Olhou para ele, incrédula.


— O quê?


— Este relógio pertencia a alguém. Alguém que eu gostaria muito de encontrar novamente — sua voz era a mesma, mas havia uma espécie de tensão sob ela, um desejo ansioso que aterrorizou Anahí mais do que qualquer raiva — sei que as Irmãs Sombrias lhe ensinaram. Sei que você sabe do seu poder. Você é a única no mundo que pode fazer o que faz. Eu sei disso porque eu fiz você.


— Você me fez? — Anahí encarou-o. — Você não está dizendo... você não pode ser meu pai...


— Seu pai? — Mortmain riu. — Eu sou um ser humano, não um Ser do Submundo. Não há demônio em mim, nem eu me associo com demônios. Não há sangue partilhado entre nós dois, Srta. Portilla. E ainda, se não fosse por mim, você não existiria.


— Eu não entendo — murmurou Anahí.


— Você não precisa entender — a serenidade de Mortmain estava visivelmente desgastando-se — precisa fazer o que eu digo. E eu estou dizendo a você para se transformar. Agora.


Era como estar na frente das Irmãs Sombrias de novo, aterrorizada e alerta, seu coração batendo forte, sendo ordenada a acessar uma parte de si mesma que a aterrorizava. Sendo ordenada para se perder na escuridão, no nada entre o eu e o outro. Talvez fosse mais fácil fazer o que ele disse – alcançar e pegar o relógio conforme ordenado, abandonar-se na pele de outra pessoa como ela tinha feito antes, sem vontade ou escolha própria.


Ela olhou para baixo, longe do olhar abrasador de Mortmain, e viu algo brilhante na parede da fonte logo atrás dela. Um respingo de água, pensou por um momento... mas não. Era outra coisa. Ela falou então, quase sem querer.


— Não.


Os olhos de Mortmain se estreitaram.


— Como?


— Eu disse não — Anahí sentia como se de alguma forma estivesse fora de si, observando-se enfrentar Mortmain como se estivesse assistindo a um estranho — não o farei. Não, a menos que me diga o que quer dizer quando diz que me fez. Por que sou assim? Por que é que você precisa tanto do meu poder? O que você planeja me forçar a fazer? Está fazendo mais do que apenas construir um exército de monstros. Eu posso ver isso. Não sou tola como meu irmão.


Mortmain deslizou o relógio de volta para o bolso. Seu rosto era uma máscara feia de raiva.


— Não. Você não é tola como seu irmão. Ele é um tolo covarde. Você é uma tola que tem um pouco de coragem. Ainda que isso não vá lhe ajudar. E são suas amigas que sofrerão por isso enquanto você assiste.


Ele virou-se então, e caminhou em direção à porta.


Anahí abaixou-se e agarrou o objeto que estava brilhando por trás dela. Era a faca que Jessamine tinha posto ali, a lâmina brilhava na pedra enfeitiçada do Santuário.


— Pare — ela gritou — Sr. Mortmain. Pare.


Ele virou-se então, e a viu segurando a faca. Um olhar de diversão enojada espalhou-se em seu rosto.


— Realmente, Srta. Portilla. Honestamente acha que pode me machucar com isso? Achou que eu vim totalmente desarmado?


Ele abriu um pouco seu casaco e Anahí viu a coronha de uma pistola brilhando em seu cinto.


— Não. Não, eu não acho que posso te machucar — ela então virou a faca, de modo que o cabo estava longe dela, a lâmina apontando diretamente para o seu próprio peito — mas se você der mais um passo em direção à porta, eu juro, enfiarei esta faca em meu coração.


•••


Consertar a bagunça que Poncho tinha feito nos arreios da carruagem tomou mais tempo do que Ucker gostaria, e a lua estava preocupantemente alta no céu no momento em que ele atravessou os portões do Instituto e puxou Xanthos ao pé da escadaria.


Balios, solto, estava de pé no pilar de apoio ao pé da escada, parecendo exausto. Poncho deve ter montado como o diabo, Ucker pensou, mas pelo menos havia chegado em segurança. Era um pouquinho de tranquilidade, considerando que as portas do Instituto estavam escancaradas, produzindo uma pontada de horror nele. Era uma visão que parecia tão errada que era como olhar para um rosto sem olhos ou um céu sem estrelas. Era algo que simplesmente não deveria ser.


Ucker levantou sua voz.


— Poncho? — Ele chamou. — Poncho, você pode me ouvir?


Quando não houve resposta, ele pulou do banco do condutor da carruagem e estendeu a mão para puxar sua bengala com ponta de jade. Segurou-a levemente, equilibrando o peso. Seus pulsos começaram a doer, o que o preocupou. Normalmente, abstinência do pó de demônio começava com dor nas articulações, uma dor surda que se espalhava lentamente até que todo o seu corpo ardia como fogo. Mas ele não podia permitir-se essa dor agora. Havia Poncho a pensar, e Anahí. Ele não conseguia se livrar da imagem dela nos degraus, olhando-o enquanto ele falava as palavras antigas. Ela parecia tão preocupada, e pensar que ela poderia ter ficado preocupada com ele havia lhe dado um prazer inesperado.


Ele virou-se para começar a subir os degraus e parou. Alguém estava descendo. Mais de uma pessoa – uma multidão. Eles estavam iluminados por trás pela luz do Instituto, e por um momento ele piscou, vendo apenas silhuetas. Algumas pareciam estranhamente disformes.


— Ucker! — A voz era alta, desesperada. Familiar. Jessamine.


Reanimado, Ucker disparou escada acima, e então parou. Em frente a ele estava Nathaniel Portilla, as roupas rasgadas e manchadas com sangue. Um curativo improvisado envolvia sua cabeça e estava encharcado de sangue em sua têmpora direita. Sua expressão era sombria.




Amanhã provavelmente postarei 3 capítulos para terminar o capítulo 19...
Até Mais!


 



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Autor(a): Alien AyA

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De cada lado dele se moviam autômatos mecânicos, como servos obedientes. Um defendendo a sua direita e outro a sua esquerda. Atrás dele havia mais dois. Um segurava uma inquieta Jessamine; o outro uma Sophie mole, quase sem sentidos. — Ucker! — Jessamine gritou. — Nate é um mentiroso. Ele estava ajudando Mortmain todo este tempo.. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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