Fanfics Brasil - Se Vangloriando Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Se Vangloriando

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O corredor se estreitou conforme eles iam ao longo dele, as paredes pressionando de ambos os lados. O calor era ainda mais intenso aqui, fazendo o cabelo preso de Anahí enrolar-se em cachos e grudar em suas têmporas e pescoço. O ar parecia espesso e era difícil respirar. Durante algum tempo eles andaram em silêncio, até que Anahí não aguentou mais. Ela tinha que perguntar, mesmo sabendo que a resposta seria não.


— Sr. Herrera, meu irmão te enviou para me encontrar?


Ela meio que temia que ele fizesse algum comentário louco em resposta, mas ele simplesmente olhou para ela com curiosidade.


— Nunca ouvi falar de seu irmão — ele respondeu.


Ela sentiu a dor surda de desapontamento consumir seu coração. Sabia que Nate não podia tê-lo enviado – ele saberia o seu nome então, não saberia? – mas ainda doía.


— E fora os últimos dez minutos, Srta. Portilla, nunca tinha ouvido falar de você, também. Tenho seguido o rasto de uma menina morta por mais ou menos dois meses. Ela foi assassinada, deixada em um beco para sangrar até a morte. Ela estava fugindo de... alguma coisa.


O corredor chegou a um ponto de bifurcação, e depois de uma pausa, Poncho virou para a esquerda.


— Havia um punhal ao lado dela, coberto do seu sangue. Ele tinha um símbolo. Duas cobras, engolindo uma o rabo da outra.


Anahí sentiu um solavanco. Deixada em um beco para sangrar até a morte. Havia um punhal ao lado dela. Certamente, o corpo tinha sido de Emma.


— É o mesmo símbolo que está na carruagem das Irmãs Sombrias – assim é como eu as chamo, a Sra. Dark e Sra. Black, eu quero dizer...


— Você não é a única que as chama assim; os outros Seres do Submundo fazem o mesmo — Poncho apontou — descobri esse fato durante a investigação do símbolo. Devo ter carregado aquela faca por uma centena de covis do Submundo, procurando alguém que pudesse reconhecê-la. Eu ofereci uma recompensa por informações. Eventualmente, o nome das Irmãs Sombrias chegou aos meus ouvidos.


— Submundo? — Anahí repetiu, confusa. — É um lugar em Londres?


— Esqueça. Estou me vangloriando de minhas habilidades de investigação, e prefiro fazer isso sem interrupção. Onde eu estava?


— O punhal... — Anahí se interrompeu quando uma voz ecoou pelo corredor, alta, doce e inconfundível.


— Srta. Portilla — voz da Sra. Dark. Parecia flutuar entre as paredes como fumaça serpenteando — oh, Srta. Portillaaaa. Onde você está?


Anahí congelou.


— Oh, Deus, elas nos alcan...


Poncho agarrou o seu pulso novamente e eles estavam correndo, a pedra enfeitiçada em sua outra mão emanando um padrão selvagem de sombras e luz contra as paredes de pedra enquanto se arremessavam pelo corredor espiralado. O piso inclinou para baixo, as pedras sob os pés ficando gradativamente mais lisas e úmidas enquanto o ar em torno deles ficava cada vez mais quente. Era como se estivessem correndo para o próprio Inferno enquanto as vozes das Irmãs Sombrias ecoavam pelas paredes.


— Srta. Portillaaaaa! Não deixaremos que você fuja, sabe. Não deixaremos que você se esconda! Nós iremos encontrá-la, querida. Você sabe que iremos.


Poncho e Anahí cambalearam em torno de uma curva e pararam imediatamente – o corredor terminava em um par de altas portas metálicas. Soltando Anahí, Poncho jogou-se contra elas. Elas estouraram abertas e ele cambaleou para dentro, seguido de Anahí, que girou para fechá-las. O peso era quase demais para ela conseguir, e teve que jogar suas costas contra elas para forçá-las, finalmente, a fechar.


A única iluminação do quarto era a pedra brilhante de Poncho, sua luz diminuída agora para uma brasa entre seus dedos. Aquilo o iluminou na escuridão como o holofote em um palco enquanto ele passava os braços em volta dela para fechar com força o ferrolho na porta. O ferrolho era pesado e descamando com ferrugem, e, estando tão próxima a ele como estava, podia sentir a tensão em seu corpo enquanto ele o fechava e o deixava cair no lugar.


— Srta. Portilla?


Ele estava encostado contra ela, as costas de Anahí contra a porta fechada. Ela podia sentir o ritmo acelerado do coração dele – ou era o seu? A estranha iluminação branca lançada pela pedra brilhava contra o ângulo agudo de suas maçãs do rosto, o brilho fraco de suor em sua clavícula. Havia tatuagens lá também, ela viu, saindo da gola desabotoada da camisa – como a marca em sua mão, grossa e preta, como se alguém tivesse pintado desenhos em sua pele.


— Onde nós estamos? — Ela sussurrou. — Estamos seguros?


Sem responder, Poncho se afastou, levantando a mão direita. Quando a levantou, a luz brilhou mais forte, iluminando a sala.


Estavam em um tipo de cela, embora fosse muito grande. As paredes, piso e teto eram de pedra, inclinando para baixo num grande ralo no meio do chão. Havia apenas uma janela, bem alto na parede. Não havia portas fora as que tinham entrado. Mas nada disso foi o que fez Anahí inspirar fundo.


O local era um matadouro. Havia longas mesas de madeira percorrendo todo o comprimento da sala. Corpos estavam em uma dela – corpos humanos, despidos e pálidos. Cada um tinha uma incisão preta em forma de Y marcando seu peito, e a cabeça pendia para trás sobre a borda da mesa, os cabelos das mulheres varrendo o chão como vassouras. Na mesa de centro estavam pilhas de facas manchadas de sangue e maquinaria – rodas dentadas de cobre, engrenagens de bronze e serrotes prateados de dentes afiados.


Anahí colocou uma mão em sua boca, sufocando um grito. Provou sangue quando mordeu seus próprios dedos. Poncho não pareceu notar; ele estava pálido enquanto olhava em volta, murmurando alguma coisa em voz baixa que Anahí não conseguia entender.


Houve um barulho de batida e as portas de metal estremeceram, como se algo pesado tivesse se arremessado contra elas. Anahí abaixou a mão sangrando e exclamou:


— Sr. Herrera!


Ele virou-se quando as portas estremeceram novamente. Uma voz ecoou do outro lado delas:


— Srta. Portilla! Saia agora, e nós não iremos te machucar!


— Elas estão mentindo — Anahí disse rapidamente.


— Oh, você realmente acha?


Tendo colocado tanto sarcasmo na pergunta quanto era humanamente possível, Poncho guardou sua pedra enfeitiçada brilhante e saltou para a mesa de centro, aquela coberta de maquinário ensanguentado. Ele se abaixou e pegou uma engrenagem aparentemente pesada de bronze, e sentiu o peso em sua mão. Com um grunhido de esforço, ele a atirou a na direção da janela alta; o vidro se estilhaçou, e Poncho levantou a sua voz.


— Henry! Alguma ajuda, por favor! Henry!


— Quem é Henry? — Anahí perguntou, mas naquele momento as portas estremeceram pela terceira vez, e finas fissuras apareceram no metal.


Claramente, não iriam aguentar por muito tempo. Anahí correu para a mesa e pegou uma arma, quase ao acaso – uma serra de metal com dentes irregulares, do tipo que os açougueiros usam para cortar através do osso. Ela virou, agarrando-a, quando as portas se abriram.


 




 


Até Mais ;)



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Autor(a): Alien AyA

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As Irmãs Sombrias estavam na soleira da porta – a Sra. Dark, alta e ossuda como um ancinho em seu brilhante vestido verde-limão, e a Sra. Black, de rosto vermelho, os olhos reduzidos em fendas. Uma coroa brilhante de fagulhas azuis as rodeava como minúsculos fogos de artifício. Seus olhares deslizaram sobre Poncho – que, ainda de p&eac ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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