Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Filhos de Lilith, conhecidos também pelo nome de feiticeiros, são, como as mulas e outros mestiços, estéreis. Eles não podem produzir descendentes. Nenhuma exceção para esta regra foi notada...
Anahí olhou para cima a partir do Códex e encarou, sem ver, pela janela da sala de música, embora estivesse muito escuro lá fora para uma boa paisagem. Ela havia se refugiado ali, não querendo voltar para seu próprio quarto, onde acabaria por ser descoberta lamentando-se por Sophie, ou pior, Maite. A fina camada de poeira sobre tudo nesta sala afirmava que ela era muito menos provável de ser encontrada aqui.
Ela se perguntou como não tinha visto este fato sobre feiticeiros antes. Para ser justa, aquilo não estava na seção do Códex sobre feiticeiros, mas sim na seção mais adiante sobre Seres do Submundo mestiços, como meio-fadas e meio-lobisomens. Não havia meio-feiticeiros, aparentemente. Feiticeiros não podiam ter filhos. Poncho não tinha mentido para machucá-la; ele tinha dito a verdade. O que parecia pior, de uma forma. Ele saberia que suas palavras não eram um golpe leve, de fácil resolução.
Talvez ele estivesse certo. O que mais ela realmente achou que aconteceria? Poncho era Poncho, e ela não deveria ter esperado que ele fosse qualquer outra coisa. Sophie a havia avisado, e ainda assim ela não tinha escutado. Ela sabia o que Tia Harriet teria dito sobre garotas que não ouvem bons conselhos.
Um ligeiro som sussurrado interrompeu seus pensamentos. Ela se virou e, à primeira vista, não viu nada. A única luz da sala vinha de uma única arandela de pedra enfeitiçada. Sua luz bruxuleante brincava sobre a forma do piano, a curvada massa escura da harpa coberta com um pesado pano. Enquanto ela olhava, dois pontos brilhantes de luz se mostraram, perto do chão, uma cor verde-amarelada estranha. Eles estavam se movendo em direção a ela, ambos no mesmo ritmo, como fogos de Santelmo gêmeos.
Anahí liberou sua respiração presa de repente. Claro. Ela se inclinou para frente.
— Aqui, gatinho — ela fez um chamado de persuasão — aqui, gatinho, gatinho!
O miado de resposta do gato se perdeu no meio do ruído da porta se abrindo. Luz entrou na sala, e por um momento a figura que estava na porta era apenas uma sombra.
— Anahí? Anahí, é você?
Anahí reconheceu a voz imediatamente – era tão próxima da primeira coisa que ele tinha dito a ela, na noite em que havia entrado em seu quarto: Poncho? Poncho, é você?
— Ucker — ela disse, resignada — sim, sou eu. Seu gato parece ter entrado aqui.
— Não posso dizer que estou surpreso — Ucker parecia divertido.
Ela podia vê-lo claramente agora que ele estava entrando na sala; a pedra enfeitiçada do corredor iluminou, e até mesmo o gato estava claramente visível, sentado no chão e limpando seu rosto com a pata. Ele parecia irritado, do jeito que os gatos persas sempre pareciam.
— Ele parece ser um pouco vagabundo. É como se ele exigisse ser apresentado a todos... — Ucker parou então, com os olhos no rosto de Anahí — o que há de errado?
Anahí foi tão tomada pela surpresa que gaguejou.
— P-Por que você me perguntaria isso?
— Eu posso ver em seu rosto. Algo aconteceu — ele sentou no banquinho do piano à frente dela — Maite me contou a boa notícia — ele disse enquanto o gato ficava em pé e atravessava a sala para ficar ao lado dele — ou pelo menos, pensei que fosse uma boa notícia. Você não está contente?
— Claro que estou contente.
— Hum — Ucker não parecia convencido. Abaixando-se, estendeu a mão para o gato, que esfregou sua cabeça contra os dedos dele — bom gato, Church.
— Church? É esse o nome do gato? — Anahí achou engraçado, apesar de tudo. — Esse não costumava ser um dos familiares da Sra. Dark ou algo assim? Talvez Church não seja o melhor nome para isso!
— Ele — Ucker corrigiu com uma severidade simulada — não era um familiar, mas uma pobre criatura que ela planejava sacrificar, como parte de sua invocação de magia necromântica. E Maite disse que devemos mantê-lo porque é boa sorte ter um gato em uma igreja. Então, nós começamos a chamá-lo de “o gato da igreja”, e disso... — ele deu de ombros — Church. E se o nome ajuda a mantê-lo fora de confusão, muito melhor.
— Acredito que ele está olhando para mim de uma forma superior.
— Provavelmente. Os gatos pensam que são superiores a todos — Ucker acariciou Church atrás das orelhas. — O que você está lendo?
Anahí mostrou-lhe o Códex.
— Poncho o deu para mim...
Ucker estendeu a mão e pegou-o dela, com tal destreza que Anahí não teve tempo de puxar a mão para trás. Ele ainda estava aberto na página que ela estava estudando. Ucker olhou para ele, e depois de volta para ela, sua expressão mudando.
— Você não sabia disso?
Ela balançou a cabeça.
— Não é que eu tenha sonhado em ter filhos. Eu não tinha pensado tão longe em minha vida. É só que isso parece outra coisa que me separa da humanidade. Que faz de mim um monstro. Algo diferente.
Ucker ficou em silêncio por um longo momento, seus longos dedos acariciando o pelo do gato cinza.
— Talvez não seja uma coisa tão ruim ser diferente — ele se inclinou para frente — Anahí, sabe que, apesar de parecer que você é uma feiticeira, tem uma capacidade que nunca tínhamos visto. Não carrega nenhuma marca de feiticeiro. Com tanta incerteza sobre você, não pode permitir que este pedaço de informação te leve ao desespero.
— Não estou desesperada. É só... eu tenho ficado acordada essas últimas noites. Pensando sobre meus pais. Eu mal me lembro deles, você vê. E ainda assim, não posso evitar imaginar. Mortmain disse que minha mãe não sabia que meu pai era um demônio, mas ele estava mentindo? Ele disse que ela não sabia o que ela era, mas o que isso significa? Será que ela sabia o que eu era, que eu não era humana? É por isso que eles deixaram Londres como o fizeram, tão secretamente, na calada da noite? Se eu sou o resultado de algo... algo hediondo que foi feito à minha mãe sem ela saber, então como poderia ela ter me amado?
— Eles a esconderam de Mortmain — disse Ucker — devem ter sabido que ele a queria. Todos esses anos, ele procurou por você, e eles a mantiveram a salvo – primeiro seus pais, então sua tia. Não são ações de uma família sem amor — seu olhar estava intenso no rosto dela — Anahí, eu não quero te fazer promessas que não posso cumprir, mas se você realmente deseja saber a verdade sobre o seu passado, podemos procurá-la. Depois de tudo o que fez por nós, devemos-lhe isso. Se existem segredos a serem descobertos sobre como você chegou a ser o que é, podemos descobri-los, se é isso que você deseja.
— Sim. Isso é o que eu quero.
— Você pode não gostar do que descobrir.
— É melhor saber a verdade — Anahí ficou surpresa com a convicção em sua própria voz — eu sei a verdade sobre Nate, agora, e por mais doloroso que seja, é melhor do que ser enganada. É melhor do que continuar a amar alguém que não pode me amar de volta. Melhor do que desperdiçar todo esse sentimento.
Sua voz tremeu.
— Eu acho que ele amou e ama você, do jeito dele, mas você não pode se culpar por isso. É tão grande coisa amar quanto é ser amado. O amor não é algo que pode ser desperdiçado.
— É difícil. Só isso — Anahí sabia que estava tendo autopiedade, mas ela não conseguia parar — ser tão sozinha.
Ucker inclinou-se e olhou para ela. As marcas vermelhas se destacavam como o fogo em sua pele pálida, fazendo com que ela pensasse nos padrões que traçavam as bordas das vestes dos Irmãos do Silêncio.
Mila amanhã no prólogo da segunda temporada vocês vão saber o que o Alfonso relmente sente e hoje no epilogo vocês vão ver que ele esconde algo...
Autor(a): Alien AyA
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— Meus pais, como os seus, estão mortos. Também estão os de Poncho, e os de Jessie, e até os de Henry e Maite. Não tenho certeza que há alguém no Instituto que não seja órfão. Caso contrário, nós não estaríamos aqui. Anahí abriu a boca, e depois fechou de novo. &m ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....