Fanfics Brasil - Westminster Abbey Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Westminster Abbey

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Capítulo 1 - A Câmara do Conselho


Acima, o majestoso teto claro,
Suspenso nas alturas pelos arcos
E anjos ascendendo e baixando se encontravam
Suas dádivas compartilhavam.
– Lord Alfred Tennyson, The Palace of Art


— Oh, sim. De fato é exatamente como imaginei — disse Anahí, e se virou para lançar um sorriso ao menino do seu lado.


Ele tinha acabado de ajudá-la a passar sobre uma poça, e sua mão ainda repousava educadamente no braço dela, logo acima da curva do cotovelo.


Christopher Uckermann retribuiu o sorriso, elegante em seu terno escuro, os cabelos claros como prata açoitados pelo vento. A outra mão repousava sobre uma bengala com cabeça de jade, e se alguém na multidão confusa que se movia ao redor deles estranhou o fato de um jovem precisar de bengala, ou considerou anormal a cor do seu cabelo, não parou para olhar.


— Considerarei isso como uma bênção — disse Ucker. — Estava começando a me preocupar, sabe, que tudo que você encontrou em Londres seria uma decepção.


Uma decepção. O irmão de Anahí, Nate, um dia prometera a ela tudo em Londres – um novo começo, um lugar maravilhoso para viver, uma cidade de construções imponentes e parques belíssimos. Em vez disso, o que Anahí encontrou foi terror e traição, e perigos além de qualquer coisa que pudesse ter imaginado. No entanto...


— Nem tudo foi assim — ela sorriu para Ucker.


— Fico feliz de ouvir isso — o tom de voz dele era sério, não era de provocação.


Ela desviou o olhar para o grande edifício que se erguia à frente. Westminster Abbey, com os grandes pináculos góticos que quase tocavam o céu. O sol dera o melhor de si para tentar aparecer por trás das nuvens, e a abadia estava banhada por uma luz fraca.


— É aqui mesmo? — perguntou, enquanto Ucker a puxava para a frente, na direção da entrada da abadia. — Parece tão...


— Mundana?


— Eu ia dizer lotada.


A abadia estava aberta aos turistas nesse dia, e grupos entravam e saíam apressadamente pelas portas enormes, a maioria trazendo guias Baedeker nas mãos. Um grupo de turistas norte-americanos – mulheres de meia-idade com roupas fora de moda murmurando em sotaques que deixaram Anahí com uma ligeira saudade de casa – passou por eles ao subir as escadas, apressando-se atrás de um professor universitário que oferecia uma visita guiada à abadia. Ucker e Anahí se misturaram ao grupo sem dificuldade.


O interior da abadia cheirava a pedra fria e metal. Anahí olhou para cima e para os arredores, maravilhada com o tamanho do local. Deixava o Instituto parecendo a paróquia de um vilarejo.


— Notem a divisão tripla da nave — entoou o guia, prosseguindo com uma explicação de que capelas menores enfileiravam-se pelas alas leste e oeste da abadia.


O recinto demandava silêncio, apesar de não haver celebração em curso. Enquanto Anahí se deixava conduzir por Ucker em direção à ala leste da igreja, percebeu que estava pisando sobre pedras com datas e nomes esculpidos. Sabia que reis, rainhas, soldados e poetas famosos estavam enterrados na abadia de Westminster, mas não esperava pisar sobre eles.


Ela e Ucker finalmente desaceleraram ao chegar no canto sudeste da igreja. Luz do sol diluída derramava-se pela rosácea acima.


— Sei que estamos com pressa para a reunião do Conselho — disse Ucker — mas queria que visse isso. — Ele gesticulou em volta. — O Canto dos Poetas.


Anahí já tinha lido sobre o lugar, é claro, onde os grandes escritores da Inglaterra estavam enterrados. Havia o túmulo de pedra cinza de Chaucer, com um dossel, e outros nomes familiares:


— Edmund Spenser, oh, e Samuel Johnson — suspirou — e Coleridge, e Robert Burns, e Shakespeare


— Ele não está enterrado aqui de verdade — disse Ucker rapidamente — é só um monumento. Como o de Milton.


— Oh, eu sei, mas... — Anahí olhou para ele e sentiu-se enrubescer. — Não consigo explicar. Estar em meio a esses nomes é como estar entre amigos. Tolice, eu sei...


— Tolice alguma.


Ela sorriu para ele.


— Como soube exatamente o que eu iria querer ver?


— Como poderia não saber? — perguntou ele. — Quando penso em você, imagino-a sempre com um livro em mãos.


Desviou o olhar do dela ao dizer isso, mas não antes de Anahí perceber o leve rubor em suas bochechas. Ele era tão pálido que jamais conseguiria esconder o menor dos rubores, pensou Anahí, e surpreendeu-se com o carinho que havia nesse pensamento.


Tinha se apegado muito a Ucker nas últimas duas semanas; Poncho vinha evitando-a cuidadosamente, Maite e Henry estavam envolvidos com questões da Clave, do Conselho e do Instituto – e até Jessamine parecia ocupada. Mas Ucker estava sempre lá. Parecia levar a sério seu papel como guia turístico de Londres. Já tinham ido ao Hyde Park e aos Kew Gardens, à National Gallery e ao British Museum, à Torre de Londres e ao Portão dos Traidores. Foram ver as vacas sendo ordenhadas no St. Christopher’s Park, e os vendedores de frutas e legumes anunciando suas mercadorias no Covent Garden. Do Embankment, viram barcos navegando sobre um Tâmisa banhado ao sol e comeram uma coisa chamada doorstop – nome em alusão ao tamanho de uma porta – que consistia apenas em um sanduíche com fatias grossas de pão com manteiga e açúcar.


E na medida em que os dias passavam, Anahí sentia que aos poucos se desvencilhava da infelicidade silenciosa e arraigada que Nate, Poncho e a perda da antiga vida tinham provocado, feito uma flor brotando do solo congelado. Até se pegou dando risada. E devia isso a Ucker.


— Você é um bom amigo — exclamou. E quando, para surpresa de Anahí, ele nada respondeu, acrescentou: — Pelo menos, espero que sejamos bons amigos. Você também acha, não é, Ucker?


Ele virou-se para ela, mas, antes que pudesse responder, uma voz fúnebre se pronunciou das sombras:


— Mortalidade, observe e seja temente!


Tamanha mudança na carne aqui presente:


Pense em quantos esqueletos reais


Jazem nestas pilhas de pedras sepulcrais.


Uma forma escura apareceu entre dois monumentos. Enquanto Anahí piscava, surpresa, Ucker falou, com um tom resignado de satisfação:


— Poncho. Decidiu nos agraciar com sua presença, afinal?


— Nunca disse que não viria. — Poncho avançou, e a luz da rosácea caiu sobre ele, iluminando seu rosto.


Mesmo agora, Anahí não conseguia olhar para ele sem sentir um aperto no peito, uma hesitação dolorosa no coração. Cabelos negros, olhos azuis, maçãs do rosto graciosas, cílios escuros e espessos, lábios carnudos; seria bonitinho se não fosse tão alto e musculoso.


Ela já havia passado as mãos naqueles braços. Sabia como eram: de ferro coberto por músculos duros; as mãos de Poncho, quando apoiaram a parte de trás da sua cabeça, eram esguias e flexíveis, embora ásperas por causa dos calos...


Anahí arrancou a mente daquelas lembranças. Lembranças não faziam bem a ninguém, não quando se conhecia a verdade do presente. Poncho era lindo, mas não era dela; não era de ninguém. Havia algo quebrado nele, e por aquela rachadura escorria uma crueldade cega, uma necessidade de machucar e se afastar.




Mila porque só o Chris pode ajudar ele com o problema/segredo dele...


nandacolucci é ele ama, vamos ver como ele vai fazer para se manter longe dela kkkkkkkkk` acho que não vai dar certo kkk.


fran ele poderia amar ela só que isso fica complicado por causa do segredo dele, e também ele não conseque ficar longe dela porque eles morram no mesmo lugar e deve ser duro pra ele ter que fingir que "odeia" a pessoa que ama, acho que por isso ele foi procurar o Chris pra dar um basta nisso...



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Autor(a): Alien AyA

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— Está atrasado para a reunião do Conselho — comentou Ucker de maneira afável. Ele era o único que parecia imune à malícia endiabrada de Poncho. — Saí numa missão — explicou Poncho. Olhando melhor, Anahí pôde perceber que ele parecia cansado. O contorno dos olhos estava vermelho, a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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