Fanfics Brasil - Jogo De Poder Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Jogo De Poder

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As mãos de Benedict apertaram uma à outra.


O Cônsul tamborilou os dedos no púlpito. Ao lado dele permanecia o Inquisidor, com olhos frios. Finalmente o Cônsul disse:


— Você sugere, Benedict, que a responsabilidade de encontrar Mortmain recaia sobre os ombros daqueles que você alega o terem “perdido”. Então concorda, acredito, que encontrar Mortmain é nossa prioridade máxima?


Benedict assentiu brevemente.


— Então minha proposta é a seguinte: deixe Maite e Henry Branwell conduzirem a investigação acerca do paradeiro de Mortmain. Se ao fim de duas semanas não o tiverem localizado, ou ao menos reunido fortes evidências que indiquem sua localização, então sua contestação poderá proceder.


Maite deu um pulo no assento.


— Encontrar Mortmain? — disse. — Sozinhos, apenas eu e Henry, sem ajuda do resto do Enclave?


Os olhos do Cônsul não pareciam aquiescentes ao repousarem sobre Maite, porém também não inteiramente complacentes.


— Podem convocar outros membros do Enclave se tiverem alguma necessidade específica, e, é claro, os Irmãos do Silêncio e as Irmãs de Ferro estão ao seu dispor — disse ele. — Mas quanto à investigação, sim, devem proceder sozinhos.


— Não gosto disto — reclamou Lilian Highsmith — está transformando a busca por um louco em um jogo de poder...


— Então deseja retirar seu apoio a Benedict? — perguntou o Cônsul. — A contestação seria encerrada, e não haveria necessidade de que os Branwell se provassem.


Lilian abriu a boca – e em seguida, ao olhar para Benedict, fechou-a. Balançou a cabeça.


— Acabamos de perder nossos serventes — disse Maite com a voz exaurida. — Sem eles...


— Novos serventes serão providenciados, como de costume — respondeu o Cônsul. — O irmão de seu falecido servente Thomas, Cyril, está vindo de Brighton para se juntar a sua equipe doméstica, e o Instituto de Dublin cedeu o segundo cozinheiro para vocês. Ambos são lutadores bem-treinados, coisa que, devo dizer, Maite, os seus também deveriam ter sido.


— Tanto Thomas quanto Agatha eram treinados — protestou Henry.


— Mas você tem vários outros em sua casa que não são — apontou Benedict — não só a senhorita Lovelace está lamentavelmente atrasada em seu treinamento, mas também a copeira, Sophie, e aquela menina do Submundo — disse, apontando para Anahí. — Bem, como parecem dispostos a torná-la integrante permanente da residência, não faria mal se ela, bem como a empregada, recebessem treinamento básico de defesa.


Anahí olhou de lado para Ucker, espantada.


— Ele está falando de mim?


Ucker confirmou. Estava com uma expressão sinistra.


— Não posso... Vou amputar meu próprio pé!


— Se for amputar o pé de alguém, escolha o de Benedict — murmurou Poncho.


— Você vai ficar bem, Anahí. Não é nada que você não seja capaz de fazer — começou Ucker, mas o restante das palavras foi afogado por Benedict.


— Aliás — disse Benedict — considerando que vocês dois estarão muito ocupados investigando o paradeiro de Mortmain, sugiro emprestar meus filhos, Gabriel e Gideon, que volta hoje à noite da Espanha, para servirem de instrutores. Ambos são excelentes lutadores e se beneficiariam da experiência.


— Pai! — protestou Gabriel.


Parecia horrorizado; isso claramente não tinha sido discutido com ele previamente.


— Podemos treinar nossos próprios serventes — irritou-se Maite, mas o Cônsul balançou a cabeça para ela.


— Benedict Lightwood está fazendo uma oferta generosa. Aceite-a.


Maite estava com o rosto vermelho. Após um longo momento abaixou a cabeça, assimilando as palavras do Cônsul. Anahí sentiu-se tonta.


Teria de passar por treinamento? Seria treinada para lutar, para lançar facas e empunhar uma espada? Tudo bem que uma de suas heroínas prediletas era Capitola de The hidden hand, que lutava tão bem quanto um homem e vestia-se como um. Mas isso não significava que quisesse se transformar nela.


— Muito bem — disse o Cônsul — esta sessão do Conselho está encerrada, e será retomada neste local dentro de duas semanas. Estão todos dispensados.


Obviamente, as pessoas não se retiraram de imediato. Houve um súbito clamor de vozes na medida em que todos começaram a se levantar dos respectivos assentos e a conversar ansiosamente com quem estava ao lado.


Maite permaneceu imóvel; Henry, ao seu lado, parecia querer desesperadamente dizer alguma palavra de conforto, mas não conseguia pensar em nada. A mão dele pairava incerta sobre o ombro da esposa. Poncho olhava fixamente para o outro lado da sala, para Gabriel Lightwood, cujo olhar se voltava friamente na direção deles.


Lentamente, Maite levantou-se. Henry agora estava com a mão nas costas dela, murmurando. Jessamine já estava de pé, girando sua nova sombrinha branca e rendada. Henry havia reposto a anterior, destruída na batalha contra os autômatos de Mortmain. Os cabelos dela estavam arranjados em cachos firmes sobre as orelhas, lembrando uvas. Anahí levantou rapidamente, e o grupo se dirigiu ao corredor central da sala do Conselho.


Anahí ouviu sussurros em ambos os lados, pedaços das mesmas palavras, repetidamente: MaiteBenedictnunca vão achar o Magistradoduas semanascontestaçãoCônsulMortmainEnclavehumilhante.


Maite caminhou com a coluna ereta, as faces coradas e os olhos fixos à frente, como se não estivesse escutando os comentários. Poncho parecia prestes a avançar em direção aos sussurros para fazer justiça com as próprias mãos, mas Ucker estava segurando firme o casaco de seu parabatai.


Ser Ucker, ponderou Anahí, deve ser bem parecido com ser o dono de um cachorro com pedigree que gosta de morder visitas. Era preciso estar constantemente com a mão na coleira. Jessamine simplesmente permanecia entediada. Não tinha muito interesse no que o Enclave pensava a seu respeito, ou a respeito de qualquer um deles.


Quando alcançaram as portas da câmara do Conselho, estavam praticamente correndo. Maite parou por um instante para permitir que o resto do grupo a alcançasse. A maior parte da multidão estava indo para a esquerda, de onde Anahí, Ucker e Poncho tinham vindo, mas Maite virou para a direita, marchou diversos metros corredor abaixo, dobrou uma esquina e subitamente parou.


— Maite? — Henry, chegando até ela, parecia preocupado. — Querida...


Sem qualquer aviso, Maite recuou o pé e chutou a parede, com toda a força. Como a parede era de pedra, quase não causou dano, mas ela soltou um gritinho baixo.


— Oh, céus — disse Jessamine, girando a sombrinha.


— Se me permite uma sugestão — Poncho comentou — a uns 20 passos daqui, na sala do Conselho, encontraremos Benedict. Se quiser voltar e dar um chute nele, recomendo que mire mais acima, um pouco para a esquerda...


— Maite.


A voz profunda e grave foi instantaneamente reconhecida.


 


Maite girou, arregalando os olhos castanhos.


 


Era o Cônsul. As runas bordadas em linha prateada na bainha e nas mangas da capa brilharam quando ele se dirigiu ao pequeno grupo do Instituto, os olhos fixos em Maite. Com uma das mãos na parede, ela não se moveu.


 


— Maite — repetiu o Cônsul Wayland — você sabe o que seu pai costumava dizer sobre se descontrolar.


 


— Sei o que ele falava. Ele também dizia que deveria ter tido um filho — respondeu Maite amargamente. — Se tivesse tido, se eu fosse um homem, você teria me tratado como acabou de fazer?


 


Henry colocou a mão no ombro da esposa, murmurando alguma coisa, mas ela repeliu o toque. Os olhos grandes e feridos estavam no Cônsul.


 


— E como acabei de tratá-la? — perguntou ele.


 


— Como se eu fosse uma criança, uma garotinha que precisa de repreensão.


 


— Maite, fui eu que nomeei você líder do Instituto e do Enclave. — O Cônsul soava exasperado. — E o fiz não somente porque gostava de Granville Perroni e sabia que ele queria a filha como sucessora, mas porque acreditava que você faria um bom trabalho.


 


— Nomeou Henry também. E quando o fez, até nos disse que era porque o Enclave aceitaria a liderança de um casal, mas não de uma mulher.


 


— Bem, meus parabéns, Maite. Não acho que nenhum membro do Enclave de Londres acredite estar sendo de alguma forma governado por Henry.


 


— É verdade — disse Henry, olhando para baixo — todos sabem que sou essencialmente inútil. A culpa do que aconteceu é minha, Cônsul...


 


— Não é — respondeu o Cônsul Wayland — é a combinação de uma complacência generalizada por parte da Clave, falta de sorte e de timing, e algumas decisões equivocadas de sua parte, Maite. Sim, atribuo a você a culpa...


 


— Então concorda com Benedict! — gritou Maite.


 


— Benedict Lightwood é um canalha e um hipócrita — disse o Cônsul, cansado. — Todos sabem disso. Mas é politicamente poderoso, e é melhor apaziguá-lo com este show do que irritá-lo ainda mais o ignorando.


 


— Um show? É assim que chama? — perguntou Maite amargamente. — Você me atribuiu uma tarefa impossível.


 


— Atribuí a você a tarefa de localizar o Magistrado — corrigiu o Cônsul Wayland — o homem que invadiu o Instituto, matou seus serventes, levou sua Pyxis e que planeja construir um exército de monstros mecânicos para destruir todos nós. Resumindo: um homem que precisa ser contido. Como líder do Enclave, Maite, contê-lo é sua função. Se a considera impossível, então, antes de tudo, talvez devesse se perguntar por que quer tanto este cargo.


 




Meninas, realmente ele não é flor que se cheire, mas pra época a conduta "machista" dele era o `normal`.


 



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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