Fanfics Brasil - Uma Torre De Agulhas Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Uma Torre De Agulhas

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O bruxo se virou para Poncho.


— Eu tinha tanta certeza de que tinha encontrado o certo desta vez.


— Não é culpa sua.


Poncho se atirou em um dos divãs empurrados contra a parede. Estava quente e frio ao mesmo tempo, seus nervos formigando com uma decepção que ele desejava esquecer sem muito sucesso. Ele tirou as luvas inquieto e empurrou-as nos bolsos do casaco ainda abotoado.


— Você está tentando. Thammuz estava certo. Eu não devo ir em frente.


— Presumo... — Christian disse calmamente — que me disse tudo o que lembrava. Você abriu uma Pyxis e libertou um demônio. É amaldiçoado. Você quer que eu encontre o demônio para ver se remove a maldição. E isso é tudo o que você pode me dizer?


— É tudo o que eu posso dizer — Poncho confirmou — sei que é difícil realizar o que estou pedindo. É como encontrar uma agulha em... Deus, nem mesmo um palheiro. Uma agulha em uma torre cheia de outras agulhas.


— Mergulhe a mão em uma torre de agulhas — Christian observou — e é provável que ela saia cheia de furos. Você tem certeza de que é isso que quer?


— Estou certo de que a alternativa é pior — Poncho respondeu, olhando para o lugar enegrecido no chão, onde o demônio havia se agachado.


Ele estava exausto. A energia da runa que ele tinha feito em si mesmo naquela manhã antes de sair para a reunião do Conselho já tinha passado desde meio-dia, e sua cabeça latejava.


— Tive cinco anos para viver com ela. A ideia de viver com isso me assusta mais do que a ideia da morte.


— Você é um Caçador de Sombras, não tem medo da morte.


— Claro que tenho — Poncho discordou — todo mundo tem medo da morte. Podemos nascer anjos, mas não temos o conhecimento da morte mais do que você.


Christian se aproximou dele e sentou-se no lado oposto do divã. Seus olhos verdes brilhavam como os de um gato na escuridão.


— Você não sabe se há apenas esquecimento após a morte.


— Você também não, não é? Ucker acredita que vamos todos renascer, que a vida é uma roda. Nós morremos, viramos pó, renascemos como merecemos renascer, com base em nossas ações neste mundo — Poncho olhou para suas unhas roídas — eu provavelmente renascerei como uma lesma.


— A Roda da Transmigração — disse Christian. Seus lábios se contraíram em um sorriso. — Bem, pense dessa forma. Você deve ter feito alguma coisa na sua vida passada para renascer como é. Nephilim.


— Oh, sim — Poncho concordou, em um tom monótono — eu tenho muita sorte — ele inclinou a cabeça para trás contra o divã, exausto — acho que você vai precisar de mais... ingredientes? Acho que a velha Mol do Cross Bones está ficando enjoada da minha visão.


— Eu tenho outras conexões — Christian respondeu, claramente com pena dele — e preciso fazer mais pesquisas antes. Se você pudesse me dizer a natureza da maldição...


— Não — Poncho sentou-se — não posso. Eu te disse antes, tomei um grande risco apenas ao falar de sua existência. Se eu lhe disser mais...


— Então o quê? Deixe-me adivinhar. Você não sabe, mas tem certeza de que seria ruim.


— Não comece a me fazer pensar que te contar tenha sido erro.


— Isso tem algo a ver com Anahí, não é?


Nos últimos cinco anos, Poncho treinara bem para não transparecer emoções como surpresa, carinho, esperança, alegria. Estava quase certo de que sua expressão não mudara, mas ele ouviu a tensão em sua voz quando ele repetiu:


— Anahí?


— Já se passaram cinco anos — Christian explicou — mas de alguma forma você conseguiu todo esse tempo, e não disse a ninguém. O desespero te trouxe a mim, no meio da noite, em uma tempestade? O que mudou no Instituto? Só consigo pensar em uma única coisa bastante bonita, com grandes olhos cinzentos.


Poncho se levantou de forma tão abrupta que quase derrubou o divã.


— Há outras coisas — disse ele, lutando para manter a voz calma.— Ucker está morrendo.


Christian encarou-o, um olhar frio, mesmo espantado.


— Ele está morrendo faz anos — disse ele — nenhuma maldição lançada sobre você poderia causar ou reparar sua condição.


Poncho percebeu que suas mãos tremiam, então fechou-as em punhos.


— Você não entende.


— Eu sei que ele é seu parabatai — disse Christian — sei que a morte dele será uma grande perda para você. Mas o que eu não sei...


— Você sabe o que precisa saber — Poncho sentiu frio, embora o quarto estivesse quente e ele ainda estivesse de casaco — posso pagar-lhe mais, se isso vai fazer você parar de me fazer perguntas.


Christian colocou os pés em cima do divã.


— Nada vai me fazer parar de fazer perguntas. Mas vou fazer o meu melhor para respeitar a sua reticência.


Alívio relaxou as mãos de Poncho.


— Então você ainda vai me ajudar.


— Vou — Christian colocou as mãos atrás da cabeça e recostou-se, olhando para Poncho através das pálpebras semicerradas — ainda que eu pudesse ajudá-lo mais se você me dissesse a verdade, farei o que posso. Você estranhamente me interessa, Poncho Herrera.


Poncho deu de ombros.


— Quando você planeja tentar novamente?


Christian bocejou.


— Provavelmente este fim de semana. Vou enviar-lhe uma mensagem sábado, se houver... Desenvolvimentos.


Desenvolvimentos. Maldição. Verdade. Ucker. Morte. Anahí. Anahí, Anahí, Anahí. O nome dela tocou a mente de Poncho como o badalar de um sino e ele se perguntou se algum outro nome na terra soou bonito a ele. Ela não poderia ter recebido um nome terrível? Poderia se chamar Mildred. Ele não podia se imaginar ficar acordado à noite, olhando para o teto enquanto vozes invisíveis sussurravam “Mildred” em seus ouvidos. Mas Anahí?


— Obrigado — ele falou abruptamente.


Foi embora se sentindo com muito frio e calor ao mesmo tempo, e estava sufocante no quarto, ainda com cheiro de cera de vela queimada.


— Eu vou andando e espero o seu contato, então.


— Sim, faça isso — Christian concordou, e ele fechou os olhos.


Poncho não poderia dizer se ele estava realmente dormindo ou simplesmente à espera que Poncho saísse. De qualquer forma, era claramente o sinal que Poncho esperava para partir. Poncho, não inteiramente desprovido alívio, foi.




Até Mais!


 



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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