Fanfics Brasil - John Thaddeus Shade Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: John Thaddeus Shade

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Passaram as próximas horas tentando se equilibrar e realizando exercícios de bloqueio. Gabriel ficou responsável pelo treinamento de Anahí, enquanto Gideon foi designado para Sophie. Anahí não podia ter certeza, mas sentia que Gabriel a tinha escolhido para irritar Poncho de alguma forma. Se Poncho iria se importar com isso, ela não sabia.


Gabriel não era um mau professor, na verdade. Era bastante paciente, disposto a ensinar a forma correta de segurar uma arma, e quando ela deixava cair algo, ele ia ensiná-la novamente como empunhar com mais força, até mesmo elogiava quando ela fazia da forma correta.


Estava concentrada demais para perceber como Gideon era em seu treinamento com Sophie, embora Anahí o escutasse murmurando em espanhol várias vezes.


No momento em que o treinamento acabou, Anahí foi tomar um banho e colocar o vestido para o jantar, estava morrendo de fome de uma forma bastante grosseira.


Felizmente, apesar dos temores de Poncho, Bridget sabia cozinhar, e muito bem. Ela serviu um assado com legumes e uma sobremesa de torta com creme, para Henry, Poncho, Anahí e Ucker após o jantar. Jessamine ainda estava em seu quarto, com dor de cabeça, e Maite tinha ido para a Cidade dos Ossos olhar ela mesma os arquivos de Reparações.


Era estranho ver Sophie e Cyril entrando e saindo da sala de jantar com pratos de comida. Cyril cortava o assado assim como Thomas faria e Sophie ajudava-o silenciosamente.


Anahí não podia deixar de pensar quão difícil deveria ser para Sophie, cujos companheiros mais próximos no Instituto eram Agatha e Thomas. Anahí tentou chamar a atenção da garota, mas Sophie desviava o olhar.


Anahí lembrou-se do olhar no rosto de Sophie da última vez que Ucker esteve doente, a forma como ela havia torcido seu gorro na mão, implorando por notícias dele. Tinha medo de falar com Sophie sobre isso, e agora sabia que nunca poderia. Romances entre mundanos e Caçadores de Sombras eram proibidos. Lembrou-se que a mãe de Poncho era uma mundana e que seu pai tinha sido forçado a deixar os Caçadores de Sombras para estar com ela. Ele deve tê-la amado muito para estar disposto a fazer tal ato, e Anahí nunca teve a sensação de que Ucker gostasse de Sophie dessa maneira. E depois havia a questão de sua doença...


— Anahí — Ucker chamou em voz baixa — você está bem? Parece estar a um milhão de quilômetros de distância.


Ela sorriu para ele.


— Só estou cansada. Não estou acostumada ao treinamento, é somente isso.


E era a verdade. Seus braços estavam doloridos de segurar a pesada espada de treino, ela e Sophie tinham feito pouco além de aprender exercícios de bloqueio e se equilibrar, as pernas doíam muito.


— Há uma pomada dos Irmãos do Silêncio para músculos doloridos. Bata na porta do meu quarto antes de ir dormir e eu vou te dar.


Anahí corou ligeiramente, em seguida, perguntou-se por que havia corado. Os Caçadores de Sombras tinham suas formas estranhas. Ela esteve no quarto de Ucker antes, até a sós com ele, mesmo sozinha e de camisola, e nenhum mal entendido tinha sido feito da parte dele. Tudo o que ele estava fazendo agora era oferecer-lhe um pouco de pomada, e ela ainda podia sentir o aumento do rubor em seu rosto, e ele parecia perceber. Quando ele corou, a cor foi muito visível contra sua pele pálida. Anahí desviou o olhar rapidamente e pegou Poncho olhando para os dois, seus olhos azul-escuros. Apenas Henry, catando ervilhas em torno de seu prato com um garfo, parecia alheio.


— Muito obrigada — ela respondeu — eu vou.


Maite entrou na sala, o cabelo escuro escapando das presilhas em um turbilhão de ondas, um longo rolo de papel seguro em suas mãos.


— Eu o encontrei! — Ela gritou.


Ela caiu sem fôlego no assento ao lado de Henry, seu rosto normalmente pálido estava rosado com esforço. Ela sorriu para Ucker.


— Você foi muito bem – por ter pensado nos arquivos das Reparações, e eu encontrei algo depois de apenas algumas horas de procura.


— Deixe-me ver — disse Poncho, soltando o garfo.


Ele tinha comido apenas um pouco de sua comida, Anahí não pôde deixar de notar. O anel com o desenho de pássaro brilhou em seus dedos quando ele estendeu a mão para o rolo que estava com Maite.


Ela golpeou a mão dele, bem-humorada.


— Não. Iremos todos olhar para ele ao mesmo tempo. Foi ideia de Ucker, de qualquer maneira, não foi?


Poncho franziu a testa, mas não disse nada; Maite abriu o rolo sobre a mesa, empurrando para o lado xícaras e pratos vazios, as pessoas se aglomeraram ao redor dela, olhando para o documento. O papel era realmente um pergaminho grosso, com tinta vermelha escura, como a cor das runas sobre as vestes dos Irmãos do Silêncio. As palavras eram em inglês, mas apertadas e cheias de abreviaturas; Anahí nem fazia ideia do que estava olhando.


Ucker se inclinou para perto e seu braço encostou nela, lendo sobre o seu ombro. Sua expressão era pensativa.


Ela virou a cabeça para ele e uma mecha de seu cabelo pálido fez cócegas em seu rosto.


— O que diz? — Ela sussurrou.


— É um pedido de recompensa — Poncho respondeu, ignorando o fato de que ela dirigiu sua pergunta a Ucker — enviado ao Instituto de York em 1825 no nome de Axel Hollingworth Mortmain, buscando reparações pela morte injustificada de seus pais, John Thaddeus e Anne Evelyn Shade, quase uma década antes.


— John Thaddeus Shade — disse Anahí — JTS, as iniciais no relógio do Mortmain. Mas se ele era o seu filho, por que não tem o mesmo sobrenome?


— Os Shade eram bruxos — Ucker leu mais abaixo na página.


— Ambos. Ele não poderia ter sido seu filho de sangue, deve ter sido adotado, e o deixaram manter seu nome mundano. Acontece de vez em quando.


Os olhos dele foram para Anahí, e depois desviaram. Ela se perguntou se ele estava se lembrando da conversa na sala de música sobre o fato de que os bruxos não podiam ter filhos.


— Ele disse que começou a aprender sobre as artes ocultas durante suas viagens — falou Maite — mas se os seus pais eram bruxos...


— Os pais adotivos — lembrou Poncho — por isso ele sabia exatamente quais feiticeiros contatar para aprender as artes mais escuras.


— Morte injustificada — Anahí repetiu em voz baixa — o que isso significa, exatamente?


— Significa que ele acredita que os Caçadores de Sombra mataram seus pais sem eles tenham quebrado nenhuma lei — Maite explicou.


— Qual lei eles teriam quebrado?


Maite franziu o cenho.


— Diz algo aqui sobre relações não naturais e ilegais com os demônios, que poderia ser qualquer coisa e que foi acusado de criar uma arma que poderia destruir os Caçadores de Sombras. A sentença foi a morte. Isso foi antes dos Acordos, porém, você deve se lembrar. Caçadores de Sombras podiam matar feiticeiros com a mera suspeita de irregularidade. Provavelmente é por isso não há nada mais substancial ou detalhado na papelada que temos. Mortmain entrou com pedido de recompensa através do Instituto de York, sob a égide da Aloysius Starkweather. Ele não estava pedindo dinheiro, mas sim que os Caçadores de Sombras culpados fossem julgados e punidos. Mas o julgamento foi recusado aqui em Londres, alegando que não se tinha dúvida de que os Shade fossem culpados. E isso é realmente tudo o que há. É simplesmente uma parte do evento, não temos maiores detalhes e acredito que tenha mais informações no Instituto de York.


Maite afastou o cabelo úmido da testa.


— E isso ainda explica porque Mortmain têm ódio de Caçadores de Sombras. Você estava certa, Anahí. É pessoal.


— E isso nos dá um ponto de partida. O Instituto de York — disse Henry, olhando de cima de seu prato — os Starkweathers foram responsáveis por executá-los, não é? Eles devem ter várias cartas e papéis.


— Aloysius Starkweather tem 89 anos — Maite apontou — ele deveria ser jovem quando os Shade foram mortos. Ele pode lembrar-se de algo do que aconteceu — ela suspirou — é melhor eu enviar-lhe uma mensagem. Oh, querido. Isso vai ser difícil.


— Por quê? — Henry perguntou, suave e ausente.


— Ele e meu pai eram amigos há muito tempo, mas depois eles tiveram um desentendimento, alguma coisa terrível, e eles nunca se falaram novamente.


— O que dizia aquele poema? — Poncho comentou, com uma xícara vazia girando em torno de seus dedos. Ele se levantou e declamou:


Cada um falou palavras de grande desprezo


E insultou o coração de seu melhor amigo, irmão


— Oh, pelo Anjo, Poncho, fique quieto — disse Maite, de pé — tenho que ir e escrever uma carta para Aloysius Starkweather cheia remorso e suplicante. Eu não preciso de você para me distrair.


E, juntando as saias, ela saiu correndo da sala.


— Ela não tem apreciação para as artes — Poncho murmurou, deixando sua xícara de chá na mesa.


Ele olhou para cima e Anahí percebeu que Poncho estava olhando para ela. Sabia do poema, é claro. Era de Coleridge, um de seus favoritos. Não havia nada mais a falar, bem como, sobre o amor, a morte e loucura, mas ela não podia pensar nisso, não agora, com os olhos azuis de Poncho sobre os dela.


 


— É claro, Maite nem jantou — disse Henry, levantando-se — vou ver se Bridget pode fazer um prato de frango frio. E para o resto de vocês... — Ele parou por um momento, como se estivesse prestes a dar-lhes uma ordem de ir para a cama, ou talvez, de volta para a biblioteca para fazer mais pesquisas, mas o momento passou e um olhar de perplexidade atravessou seu rosto — maldição, eu não consigo me lembrar o que eu ia dizer — ele anunciou, e desapareceu na cozinha.



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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