Fanfics Brasil - O Instituto Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: O Instituto

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Capítulo 3 - O Instituto


 


Amor, esperança, medo, fé – isso faz a humanidade;


Esses são os seus sinais, registros e caráter.


– Robert Browning, Paracelso


 


No sonho, Anahí estava novamente amarrada à estreita cama de latão na Casa Sombria. As Irmãs se inclinavam sobre ela, batendo pares de longas agulhas de tricô e rindo em vozes agudas estridentes. Enquanto Anahí observava, as características delas mudavam, seus olhos afundando na cabeça, seus cabelos caindo, e linhas aparecendo em seus lábios, costurando-os. Anahí gritou sem voz, mas elas não pareciam ouvir.


As Irmãs desapareceram inteiramente então, e Tia Harriet estava em pé sobre Anahí, seu rosto corado de febre como esteve durante a terrível doença que a matou. Ela olhava para Anahí com grande tristeza. “Eu tentei,” disse ela. “Eu tentei amar você. Mas não é fácil amar uma criança que não é nem um pouco humana...”


“Não é humana?” disse uma voz feminina desconhecida. “Bem, se ela não é humana, Enoch, o que ela é?” A voz se acentuou com impaciência. “O que quer dizer, você não sabe? Todo mundo é alguma coisa. Esta menina não pode ser nada...”


Anahí acordou com um grito, seus olhos se abrindo rapidamente, e viu-se olhando para sombras. A escuridão a envolvia densamente. Ela mal conseguia ouvir o murmúrio de vozes através de seu pânico, e esforçou-se para sentar, chutando cobertores e travesseiros. Vagamente, percebeu que o cobertor era grosso e pesado, não o fino e adornado com fitas que pertencia à Casa Sombria.


Ela estava em uma cama, assim como tinha sonhado, em um grande quarto de pedra, e não havia quase nenhuma luz. Ouviu o arranhar de sua própria respiração enquanto se virava, e um grito forçou-se para fora de sua garganta.


O rosto de seu pesadelo pairava na escuridão diante dela – uma grande lua branca de um rosto, a cabeça careca raspada, suave como o mármore. Onde os olhos deveriam estar havia apenas entalhos na carne – não como se os olhos tivessem sido arrancados, mas como se nunca tivessem crescido ali. Os lábios eram unidos com costuras pretas, o rosto rabiscado com marcas pretas como as da pele de Poncho, embora estas parecessem como se tivessem sido talhadas com facas.


Ela gritou novamente e se arrastou para trás, meio caindo da cama. Bateu no chão de pedra fria, e o tecido da camisola branca que estava vestindo – alguém deve ter vestido nela enquanto estava inconsciente – rasgou na bainha quando se apressou em ficar de pé.


— Srta. Portilla.


Alguém estava chamando seu nome, mas em seu pânico, sabia apenas que a voz não era familiar. Quem falava não era o monstro que estava olhando para ela da cabeceira, seu rosto cheio de cicatrizes impassível; ele não se moveu quando ela o fez, e embora não mostrasse sinais de persegui-la, ela começou a recuar, cuidadosamente, apalpando atrás de si por uma porta. O quarto estava tão escuro, que ela só conseguia ver que era mais ou menos oval, as paredes e o piso todos em pedra. O teto era alto o suficiente para estar na sombra negra, e havia longas janelas em toda a parede oposta, o tipo de janelas em arco que poderiam ter pertencido a uma igreja. Pouca luz filtrava através delas; parecia que o céu lá fora estava escuro.


— Anahí Giovanna Portilla...


Ela encontrou a porta, a maçaneta de metal; girando, segurou nela agradecidamente, e puxou. Nada aconteceu. Um soluço subiu na garganta.


— Srta. Portilla! — a voz disse novamente, e de repente o quarto foi inundado com luz – uma acentuada luz branca prateada que ela reconheceu. — Srta. Portilla, sinto muito. Não era nossa intenção assustá-la — a voz era de uma mulher: ainda desconhecida, mas jovem e preocupada — Srta. Portilla, por favor.


Anahí virou-se lentamente e encostou-se contra a porta. Ela podia ver claramente agora. Estava em um aposento de pedra, cujo foco central era uma grande cama de dossel, a colcha de veludo agora amarrotada e pendurada para o lado onde ela tinha se arrastado para fora do colchão. Cortinas de tapeçaria estavam puxadas, e havia um elegante tapete sobre o chão de outro modo vazio.


Na verdade, o quarto em si era bastante vazio. Não havia quadros ou fotografias pendurados na parede, nem enfeites enchendo as superfícies do mobiliário em madeira escura. Duas cadeiras estavam de frente uma para a outra ao lado da cama, com uma pequena mesa de chá entre elas. Um biombo em um canto do quarto escondia o que eram, provavelmente, uma banheira e um lavatório.


Ao lado da cama estava um homem alto que usava manto como um monge, de um longo e áspero material da cor de pergaminho. Runas vermelho-amarronzadas circulavam os punhos e a bainha. Ele carregava um cajado prateado, a cabeça esculpida na forma de um anjo e runas decorando seu comprimento. O capuz de seu manto estava abaixado, deixando descoberto seu rosto branco, cheio de cicatrizes, e cego.


Ao lado dele estava uma mulher muito pequena, quase do tamanho de uma criança, com espesso cabelo castanho preso na nuca e um pequeno rosto limpo e inteligente, olhos escuros e brilhantes como os de um pássaro. Ela não era exatamente bonita, mas havia um olhar calmo e bondoso em seu rosto que fez o pânico no estômago de Anahí aliviar um pouco, embora ela não pudesse dizer exatamente o porquê. Em sua mão ela segurava uma pedra branca e brilhante como a que Poncho tinha na Casa Sombria. A luz brilhava entre seus dedos, iluminando o quarto.


— Srta. Portilla — ela disse — eu sou Maite Perroni Branwell, diretora do Instituto de Londres, e este ao meu lado é o Irmão Enoch...


— Que tipo de monstro é ele? — Anahí murmurou.


Irmão Enoch não disse nada. Ele estava totalmente inexpressivo.


— Sei que existem monstros nessa terra — disse Anahí — você não pode me dizer o contrário. Eu os vi.


— Eu não gostaria de lhe dizer o contrário — respondeu a Sra. Branwell — se o mundo não estivesse cheio de monstros, não haveria necessidade dos Caçadores de Sombras.


Caçador de Sombras. Do que as Irmãs Sombrias tinham chamado Poncho Herrera.




 


edlacamila é realmente alfonso é um anjo ou melhor descendente de anjo :P



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Autor(a): Alien AyA

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— Eu estava... Poncho estava comigo — Anahí falou, com a voz trêmula — no porão. Poncho disse... Ela parou e se encolheu. Não deveria ter chamado Poncho por seu nome de batismo; isso implicava uma intimidade entre eles que não existia. — Onde está o Sr. Herrera? — Ele está aqui — a Sra. Br ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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