Fanfics Brasil - Starkweather Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Starkweather

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Capítulo 5 - Sombras do passado


Mas os seres maus, trajados de luto,
Assaltaram o alto trono do monarca;
(Ah, lamentemo-nos, visto que nunca mais a alvorada
Despontará sobre ele, o desolado!)
E, em torno de sua mansão, a glória,
Que, rubra florescia,
Não passa agora, de uma história quase esquecida
Dos velhos tempos já sepultados.
– Edgar Allan Poe, O Palácio Assombrado


Anahí mal reparou no interior da estação enquanto seguiam o servo de Starkweather através do hall completamente lotado. Havia grande agitação, as pessoas esbarravam nela, o cheiro de fumaça, carvão e alimentos preenchiam o ar. Placas da estação Great Northern, York e North Midland balançavam.


Logo eles estavam do lado de fora, debaixo de um céu nublado, ameaçando chuva. Um grande hotel erguia-se contra o crepúsculo no extremo da estação.


Gottshall correu para uma carruagem com o desenho de quatro Cs da Clave pintados na porta, esperando perto da entrada. Depois de instalada a bagagem e todos entrarem na carruagem, ela seguiu a linha Tanner para se juntar ao fluxo do tráfego.


Poncho ficou em silêncio a maior parte do caminho, tamborilando os dedos magros no joelho de suas calças-pretas, os olhos azuis distantes e pensativos. Foi Ucker quem quebrou o silêncio, inclinando-se para Anahí e abrindo as cortinas da carruagem. Ele apontou para lhe mostrar – o cemitério, onde as vítimas de uma epidemia de cólera foram enterradas, as antigas muralhas da cidade cinzenta levantando-se na frente deles, com as suas torres circulares.


Quando estavam dentro da cidade, as ruas estreitaram. Era como Londres, Anahí pensou, mas em escala reduzida, até mesmo as lojas que estavam passando – o açougueiro, o comerciante de tecidos – eram menores. Os pedestres, a maioria homens, estavam apressados, os queixos colados em seus colarinhos para bloquear a chuva que começava a cair. Não estavam tão elegantemente vestidos, eles pareciam de outro “país”, como os agricultores que vieram a Manhattan, certa vez, reconhecíveis pela vermelhidão de suas mãos grandes e de seus rostos, a pele grossa, queimada de sol.


A carruagem balançou em uma rua estreita até sair em uma praça enorme. Anahí prendeu a respiração.


Diante deles apareceu uma magnífica catedral, de estilo gótico, com torres perfurando o céu cinzento como São Sebastião preso através de flechas. Uma torre de calcário maciço era a estrutura principal, e ao longo do edifício, nichos guardavam diferentes estátuas.


— Aqui é o Instituto? Deus, é muito maior que o de Londres.


Poncho riu.


— Às vezes, uma igreja é apenas uma igreja, Annie.


— Esta é York Minster — disse Ucker — orgulho da cidade. Não um Instituto. O Instituto fica na Goodramgate Street.


Suas palavras foram confirmadas quando a carruagem virou para longe da catedral, mais abaixo em Deangate, e sobre a pista estreita pavimentada de Goodramgate, de onde chocalhou e avistou-se um pequeno portão de ferro entre dois edifícios Tudor inclinados.


Ao saírem do outro lado do portão, Anahí ouviu Poncho rir. O que se via diante deles era uma agradável igreja, cercada por paredes e um gramado plano, mas não nada da grandeza de York Minster. Quando Gottshall veio para abrir a porta da carruagem e ajudar Anahí a descer, ela viu através das gotas de chuva que umedecia a grama, lápides ocasionais, como se alguém tivesse tido a intenção de começar um cemitério ali e perdera o interesse no processo.


O céu estava quase negro, agora, prateado aqui e ali com nuvens quase transparentes à luz das estrelas. Atrás dela, ouviu a voz familiar de Poncho e Ucker murmurem. A sua frente, as portas da igreja estavam abertas, e depois delas podia ver velas tremeluzentes. Sentiu-se subitamente sem corpo, como se fosse um fantasma de Anahí, assombrando este lugar estranho tão longe da vida que conhecera em Nova York. Ela estremeceu, e não apenas por causa do frio.


Sentiu o toque de uma mão contra seu braço, e a respiração quente agitou seu cabelo. Ela sabia quem era sem se virar.


— Vamos, minha noiva? — Ucker falou baixinho em seu ouvido.


Ela podia sentir o riso dele, vibrando através de seus ossos, comunicando-se com ela. Anahí quase sorriu.


— Vamos entrar juntos no covil do leão.


Colocou a mão em seu braço. Eles fizeram o seu caminho até os degraus da igreja. Anahí olhou para o alto e viu Poncho olhando em volta, aparentemente sem prestar atenção quando Gottshall bateu-lhe no ombro, dizendo algo em seu ouvido. Seus olhos se encontraram, mas ela virou-os rapidamente para longe; o olhar de Poncho a deixava confusa na parte do tempo, na menor das hipóteses, vertiginosa.


O interior da igreja era pequeno e escuro em comparação com o Instituto de Londres. Bancos escuros pela idade corriam ao longo das paredes, e acima deles velas e pedras enfeitiçadas queimavam em suportes de ferro enegrecido. Na frente da igreja, havia uma verdadeira cascata de velas acesas, e ali estava um velho homem todo vestido de preto, um Caçador de Sombras.


Seu cabelo e barba eram grossos e cinza, destacando-se descontroladamente ao redor de sua cabeça. Olhos cinza escuros sob as sobrancelhas enormes, a pele apresentando as marcas da idade. Anahí sabia que ele tinha quase 90, mas ele ainda continuava firme, seu peito era largo como um tronco de árvore.


— Jovem Herrera, não é? — Ele falou quando Poncho avançou para apresentar-se.— Meio mundano, meio-galês, e as piores características de ambos, foi o que escutei.


Poncho sorriu educadamente.


— Diolch.


Starkweather se eriçou.


— Língua mestiça — ele murmurou, e voltou seu olhar para Ucker — Christopher Uckermann. Veio de outro Instituto. Eu queria que todos fossem para o Inferno. Que arrogância daquela menina, Maite Perroni, me impor à presença não desejada de vocês.


Ele tinha um pouco do sotaque de Yorkshire que seu servo, embora muito mais tênue, a maneira como ele pronunciava “eu” fazia soar um pouco como “e”.


— Nunca precisei de ninguém daquela família antes. Consegui durante todo esse tempo dirigir o Instituto sem a ajuda do pai dela, e posso fazer isso agora.


Seus olhos estavam brilhantes quando pousou sobre Anahí, e então ele parou abruptamente, a boca aberta, como se tivesse levado um tapa no rosto no meio da frase.


Anahí olhou para Ucker. Ele parecia tão assustado quanto ela no silêncio repentino de Starkweather. Aproveitando a ruptura, Poncho interviu.


— Esta é Anahí Portilla, senhor. Ela é uma garota mundana, mas é a noiva do Uckermann aqui, e é uma Ascendente.


— Uma mundana, você disse? — Exigiu Starkweather, os olhos arregalados.


— Uma Ascendente — Poncho falou em sua mais suave voz, de seda — ela tem sido uma amiga fiel ao Instituto, em Londres, e esperamos recebê-la em nossas fileiras em breve.


— Uma mundana — o velho repetiu, e parou em um ataque de tosse — bem, os tempos mudaram, suponho que então... — Seus olhos ignoraram o rosto de Anahí novamente, e ele virou-se para Gottshall, que estava esperando parado entre as bagagens — chame Cedric e Andrew para ajudar a levar os pertences dos hóspedes até seus quartos. E diga a Ellen para instruir Cook para colocar três lugares extra para o jantar hoje à noite. Talvez eu tenha esquecido de lembrá-la que teríamos convidados.


O servo ficou boquiaberto com seu mestre antes de concordar; Anahí não podia culpá-lo. Ficou claro que Starkweather tinha a intenção de mandá-los embora e mudou de ideia no último momento. Ela olhou para Ucker, que parecia tão confuso quanto ela. Apenas Poncho, com seus olhos azuis arregalados e rosto tão inocente como o de uma criança, parecia não estar esperando mais nada.


— Bem, venham então — disse Starkweather bruscamente sem olhar para Anahí— vocês não precisam ficar aí. Sigam-me e eu lhes mostrarei os seus quartos.



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Autor(a): Alien AyA

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— Pelo Anjo — disse Poncho, raspando o garfo na gosma castanha em seu prato — oque é isso? Anahí tinha que admitir, era difícil dizer. Os servos de Starkweather – homens e mulheres idosos e uma governanta de cara azeda – fizeram o que foi-lhes mandado, colocando três lugares extras para a ceia. Ela ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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