Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Capítulo 6 - No silêncio selado
O coração humano tem tesouros ocultos.
No segredo mantido, no silêncio selado...
Os pensamentos, as esperanças, os sonhos, os prazeres...
Cujo charme se romperia se revelado.
– Maite Brontë, Evening Solace
A porta da casa se abriu e a menina desapareceu lá dentro. A carruagem se retirou para a lateral da mansão e Poncho ficou de pé. Ele estava com uma cor doentia, como as cinzas de um fogo morto.
— Cecily — ele disse novamente. Sua voz tinha admiração e horror.
— Quem diabos é Cecily? — Anahí ficou de pé, passando a mão no vestido para tirar a grama.
— Poncho — Ucker já estava do lado de Poncho, a mão no ombro do amigo — Poncho, você deve falar com a gente. Parece que viu um fantasma.
Poncho arrastou um longo suspiro.
— Cecily.
— Sim, você já disse isso — Anahí replicou.
Ela ouviu a dureza em sua própria voz e suavizou com um esforço. Foi indelicado falar assim a alguém tão obviamente perturbado, mesmo quando ele insiste em olhar para o espaço e murmurando “Cecily” em intervalos. Isso pouco importava; Poncho pareceu não ter ouvido.
— Minha irmã — ele falou — Cecily. Ela era... Cristo, ela tinha nove anos quando eu saí.
— Sua irmã — Ucker repetiu.
Anahí sentiu o aperto em seu coração se afrouxar e se amaldiçoou internamente por isso. O que importava se Cecily era irmã de Poncho ou alguém por quem ele estava apaixonado? Não era da sua conta.
Poncho começou a descer a colina, não à procura de um caminho, apenas vagando cegamente entre as urzes e tojo. Depois de um momento, Ucker foi atrás dele, agarrando sua manga.
— Poncho, não.
Poncho tentou puxar o braço.
— Se Cecily está lá... então o resto deles – minha família – deve estar lá também.
Anahí correu para alcançá-los, estremecendo quando quase torceu o tornozelo em uma pedra solta.
— Mas não faz qualquer sentido que sua família esteja aqui, Poncho. Esta era a casa de Mortmain. Starkweather disse. Viu nos jornais.
— Eu sei — Poncho deu meia-volta.
— Cecily poderia estar visitando alguém aqui.
Poncho deu a ela um olhar incrédulo.
— No meio de Yorkshire, sozinha? E essa é a nossa carruagem. Eu reconheci. Não há outra carruagem na garagem. Não, a minha família está aqui de alguma forma. Eles foram arrastados para este negócio sangrento e eu – eu tenho que avisá-los.
Ele começou a descer a colina novamente.
— Poncho! — Ucker gritou, e foi atrás dele, agarrando as costas do seu casaco.
Poncho girou e empurrou Ucker, o que não foi muito difícil; Anahí ouviu-o dizer algo para Poncho, de ter se impedido todos esses anos e para não desperdiçar agora. Então tudo virou um borrão, Poncho praguejando, Ucker puxando-o, Poncho escorregando no chão molhado e ambos caíram juntos, em um emaranhado de braços e pernas, até baterem em uma grande rocha, Ucker segurando o outro contra o chão, o cotovelo contra a garganta de Poncho.
— Saia de cima de mim — Poncho o empurrou — você não entende. A sua família está morta.
— Poncho — Ucker levantou o amigo pela camisa e o sacudiu — eu entendo. E a menos que queira que sua família morra também, você vai me ouvir.
Poncho ficou muito quieto. Com a voz embargada, ele disse:
— Christopher, você é impossível. Eu nunca...
— Olhe — Ucker levantou a mão que não estava segurando a camisa de Poncho e apontou — olhe. Apenas veja.
Anahí olhou para onde Ucker estava apontando e sentiu o congelamento em seu interior.
Eles estavam quase na metade da colina ao lado da mansão, e lá de pé, acima deles como uma espécie de sentinela na crista do morro estava um autômato. Ela soube imediatamente o que era apesar de não ter observado muito bem os robôs que Mortmain enviara contra eles antes. Aqueles eram mais parecidos com um ser humano. Este era alto e esguio, uma criatura de metal com longas pernas articuladas, um grande torso metálico e serras no lugar de braços
Estava totalmente parado, mas de alguma forma, era ainda mais assustador por sua imobilidade e silêncio. Anahí não podia nem dizer se ele estava observando-os. Pareceu estar olhando na direção a eles, mas se estava, suas feições não davam indícios, em sua boca, dentes de metal brilhavam. Pareceu... não ter olhos.
Anahí sufocou o grito subindo em sua garganta. Era um autômato. Ela havia enfrentado-os antes. Ela não iria gritar.
Poncho, apoiado em seu cotovelo, estava encarando.
— Pelo Anjo.
— Essa coisa está nos seguindo, tenho certeza disso — Ucker falou em voz baixa e urgente — vi um borrão de metal antes, de uma carruagem, mas não tinha certeza. Agora tenho. Se continuar assim, você corre o risco de levar essa coisa para a porta da sua família.
— Eu entendo — Poncho respondeu. O tom meio histérico tinha desaparecido de sua voz — não vou chegar perto da casa. Solte-me.
Ucker hesitou.
— Eu juro pelo nome de Raziel — Poncho falou entredentes — agora me deixe!
Ucker rolou para longe e se levantou; Poncho saltou, empurrando Ucker para o lado e, sem um olhar para Anahí, saiu correndo, não para a casa, mas para longe dela, em direção à criatura mecânica no cume. Ucker cambaleou por um momento, de boca aberta, xingou e correu atrás dele.
— Ucker! — Anahí chorou. Mas ele estava quase fora do alcance da voz, correndo atrás de Poncho.
O autômato havia desaparecido de vista. Anahí cuspiu um termo grosseiro, ergueu as saias e correu atrás deles.
Mila calma ela é a irmã do Poncho!
Autor(a): Alien AyA
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Não era fácil subir uma colina úmida de Yorkshire em saias pesadas, com as anáguas sendo rasgadas. Praticar em roupas de treinamento tinha dado a Anahí uma nova apreciação do por que os homens se moviam tão rapidamente e de forma limpa, e poderiam correr tão rápido. O material do vestido pesava uma tonelad ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....