Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
— Eu estava... Poncho estava comigo — Anahí falou, com a voz trêmula — no porão. Poncho disse...
Ela parou e se encolheu. Não deveria ter chamado Poncho por seu nome de batismo; isso implicava uma intimidade entre eles que não existia.
— Onde está o Sr. Herrera?
— Ele está aqui — a Sra. Branwell disse calmamente — no Instituto.
— Ele me trouxe aqui também? — Anahí murmurou.
— Sim, mas não há nenhuma necessidade de se sentir traída, Srta. Portilla. Você tinha batido a cabeça muito forte, e Poncho estava preocupado. Irmão Enoch, embora sua aparência possa assustá-la, é um profissional qualificado da medicina. Ele constatou que o ferimento em sua cabeça é pequeno, e basicamente você está sofrendo de choque e ansiedade nervosa. Na verdade, seria melhor se você se sentasse. Estar assim descalça perto da porta só irá lhe trazer um resfriado, e não fará nada de bom.
— Você quer dizer porque eu não posso fugir — Anahí disse, lambendo os lábios secos — eu não posso escapar.
— Se você quiser escapar, como colocou, depois que nós conversarmos, deixarei-a ir. Os Nephilins não prendem Seres do Submundo sob coerção. Os Acordos proíbem.
— Os Acordos?
A Sra. Branwell hesitou, então se virou para o Irmão Enoch e disse-lhe algo em voz baixa. Para grande alívio de Anahí, ele puxou o capuz de suas vestes cor de pergaminho, escondendo o rosto. Um momento depois, estava se movendo em direção a Anahí; ela recuou rapidamente e ele abriu a porta, parando apenas por um momento na soleira.
Nesse momento, ele falou com Anahí. Ou talvez, “falou” não fosse a palavra para isso: ela ouviu a voz dele dentro de sua cabeça, ao invés de fora dela. você é Eidolon, Anahí Giovanna Portilla. Trocadora de formas. Mas não de uma espécie que é familiar para mim. Não há nenhuma marca do demônio em você.
Trocadora de formas. Ele sabia o que ela era.
Anahí olhou-o, seu coração acelerado, enquanto ele atravessava a porta e a fechava atrás dele. Sabia de alguma forma que se fosse correr para a porta e tentar a maçaneta, iria encontrá-la novamente trancada, mas o desejo de escapar a tinha deixado. Seus joelhos pareciam como se tivessem se transformado em água. Ela afundou-se numa das grandes cadeiras ao lado da cama.
— O que foi? — A Sra. Branwell perguntou, movendo-se para se sentar na cadeira em frente a Anahí.
Seu vestido caía tão solto em sua estrutura pequena que era impossível dizer se ela usava um espartilho por baixo, e os ossos em seus pequenos pulsos eram como os de uma criança.
— O que ele disse para você?
Anahí balançou a cabeça, segurando as mãos juntas no colo para que a Sra. Branwell não pudesse ver seus dedos tremendo.
A Sra. Branwell olhou-a intensamente.
— Em primeiro lugar — ela disse — por favor, me chame de Maite, Srta. Portilla. Todos no Instituto chamam. Nós Caçadores de Sombras não somos tão formais como a maioria.
Anahí assentiu, sentindo suas bochechas ruborizarem. Era difícil dizer quantos anos Maite tinha; ela era tão pequena que parecia muito jovem na verdade, mas seu ar de autoridade a fazia parecer mais velha, velha o suficiente para que a ideia de chamá-la pelo seu nome de batismo parecesse muito estranha. Entretanto, como Tia Harriet teria dito, quem está na chuva…
— Maite — disse Anahí, experimentalmente.
Com um sorriso, a Sra. Branwell – Maite – inclinou-se ligeiramente para trás em sua cadeira, e Anahí viu com alguma surpresa que ela tinha tatuagens escuras. Umamulher com tatuagens! Suas marcas eram como as que Poncho tinha: visíveis em seus pulsos abaixo dos punhos apertados do vestido, uma como um olho nas costas da mão esquerda.
— Em segundo lugar, deixe-me dizer o que eu já sei sobre você, Anahí Giovanna Portilla — ela falou no mesmo tom calmo que tinha antes, mas os olhos, embora gentis, eram afiados como alfinetes — você é americana. Veio para cá de Nova York porque estava procurando seu irmão, que lhe enviou uma passagem de navio a vapor. O nome dele é Nathaniel.
Anahí congelou.
— Como sabe de tudo isso?
— Sei que Poncho encontrou você na casa das Irmãs Sombrias — Maite continuou — sei que afirmava que alguém chamado Magistrado estava vindo por você. Sei que não tem ideia de quem é o Magistrado. E sei que em uma batalha com as Irmãs Sombrias, você ficou inconsciente e foi trazida aqui.
As palavras de Maite foram como uma chave destravando uma porta. De repente Anahí se lembrou. Lembrou-se de correr com Poncho pelo corredor; lembrou-se das portas de metal e a sala cheia de sangue do outro lado; lembrou-se da Sra. Black, sua cabeça decepada; lembrou-se de Poncho arremessando a faca...
— Sra. Black — ela sussurrou.
— Morta — disse Maite — completamente.
Ela acomodou seus ombros contra o encosto da cadeira. Era tão pequena que a cadeira se erguia bem alto acima dela, como se fosse uma criança sentada na cadeira do pai.
— E a Sra. Dark?
— Sumiu. Procuramos em toda a casa, e na área vizinha, mas não encontramos qualquer indício dela.
— A casa toda? — a voz de Anahí tremeu, muito levemente. — E não havia ninguém nela? Mais alguém vivo ou... ou morto?
— Nós não encontramos seu irmão, Srta. Portilla — Maite respondeu. Seu tom era gentil — não na casa, nem em qualquer dos edifícios vizinhos.
— Vocês... estavam procurando por ele? — Anahí estava confusa.
— Nós não o encontramos — Maite disse novamente — mas encontramos as suas cartas.
— Minhas cartas?
— As cartas que você escreveu para seu irmão e nunca enviou — Maite continuou — dobradas sob seu colchão.
— Vocês as leram?
— Nós tivemos que lê-las — Maite falou no mesmo tom gentil — peço desculpas por isso. Não é sempre que trazemos um Ser do Submundo para o Instituto, ou qualquer pessoa que não seja um Caçador de Sombras. Isso representa um grande risco para nós. Tínhamos que saber que você não era um perigo.
Anahí virou a cabeça para o lado. Havia algo de terrivelmente violador sobre essa estranha ter lido seus pensamentos mais íntimos, todos os sonhos, esperanças e medos que ela tinha derramado, não imaginando que alguém jamais iria vê-los. Os fundos de seus olhos ardiam; lágrimas estavam ameaçando e ela as forçou de volta, furiosa consigo mesma, com tudo.
— Você está tentando não chorar — Maite disse — sei que quando eu mesma faço isso, às vezes ajuda olhar diretamente para uma luz brilhante. Tente a pedra enfeitiçada.
Anahí desviou seu olhar para a pedra na mão de Maite e fitou-a fixamente. Seu brilho aumentou na frente de seus olhos como um sol em expansão.
— Então — ela disse, lutando contra o aperto em sua garganta — vocês decidiram que eu não sou um perigo, afinal?
— Talvez apenas para si mesma — Maite respondeu — um poder como o seu, o poder de mudar de forma... não é de admirar que as Irmãs Sombrias quisessem colocar as mãos em você. Outros também irão.
— Assim como você? Ou irá fingir que me deixou entrar em seu precioso Instituto simplesmente por caridade?
Até Mais ;)
Autor(a): Alien AyA
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— Assim como você? Ou irá fingir que me deixou entrar em seu precioso Instituto simplesmente por caridade? Um olhar de mágoa passou pelo rosto de Maite. Foi breve, mas real, e fez mais para convencer Anahí de que ela poderia estar errada sobre Maite do que qualquer coisa que a outra mulher poderia ter dito. — Não é carid ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....