Fanfics Brasil - Sr. Fell Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Sr. Fell

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Com a sessão de treinamento felizmente terminada, Anahí se viu correndo para mudar novamente para suas roupas comuns, e depois foi para o almoço, ansiosa para ver se Poncho tinha retornado. Ele não tinha. Sua cadeira, entre Jessamine e Henry, ainda estava vazia, mas havia alguém diferente na sala, alguém que fez Anahí ficar parada na entrada da sala, tentando não olhar.


Um homem alto, se sentava perto da cabeceira da mesa, ao lado de Maite, e era verde. Não muito verde escuro, sua pele tinha um brilho esverdeado fraco, como a luz refletindo-se no oceano, e seu cabelo era branco neve. Na testa saíam dois pequenos chifres elegantes.


— Srta. Anahí Portilla — disse Maite, fazendo as apresentações — este é o Alto Bruxo de Londres, Ragnor Fell. Sr. Fell, Srta. Portilla.


Após murmurar que ficou encantada em conhecê-lo, Anahí sentou-se à mesa ao lado de Ucker, na diagonal de Fell, e tentou não olhar para ele pelo canto do olho. Com os mesmos olhos de gato de Christian que parecia ser próprio dos bruxos, Fell era diferente pois tinha chifres e outra cor em sua pele. Ela não podia deixar de ficar fascinada por feiticeiros, bruxos em particular. Por que eles tinham marcas e ela não?


— O que está acontecendo, então, Maite? — Ragnor estava dizendo. — Você realmente me chamou aqui para discutir feitiços ocorrendo em Yorkshire? Eu tinha a impressão de que nada de grande interesse estaria acontecendo em Yorkshire. Na verdade, acredito que lá não existe nenhum tipo de movimentação, exceto ovelhas e mineração.


— Então, você nunca soube dos Shade? — Maite perguntou. — A população bruxa da Grã-Bretanha não é tão grande...


— Eu sabia deles.


Quando ele colocou um pedaço de presunto em seu prato, Anahí viu que ele tinha uma articulação extra para cada dedo. Ela pensou na Sra. Black, com suas alongadas mãos em garras, e reprimiu um estremecimento.


— O Shade estava um pouco louco, com a sua obsessão por máquinas e mecanismos. Sua morte foi um choque para os feiticeiros. Houve rumores de que ele não teria cometido um crime, e até mesmo algumas discussões de vingança, embora nenhuma, acredito, foi tomada.


Maite se inclinou para frente.


— Você se lembra de seu filho? Seu filho adotivo.


— Eu sabia dele. Um casal de bruxos é raro. Aquele que adota uma criança humana de um orfanato é mais raro ainda. Mas nunca vi o menino. Os bruxos podem viver para sempre. Um intervalo de 30, até mesmo 50 anos entre as reuniões não é incomum. É claro, agora que eu sei que o menino cresceu, eu gostaria de tê-lo conhecido. Você acha que não há valor na tentativa de descobrir quem eram seus pais verdadeiros?


— Certamente, se puder ser descoberto. Qualquer informação que pudermos recolher sobre Mortmain poderia ser útil.


— Eu posso dizer que ele deu esse nome a si mesmo — disse Fell — soa como um nome de Caçador de Sombras. É o tipo de nome com rancor contra Nephilim, e um senso de humor negro. Mort principalmente.


— Mão da morte — falou Jessamine, que estava orgulhosa de seu francês.


— Faz parecer algo maravilhoso — disse Anahí — se a Clave tivesse simplesmente dado a Mortmain a reparação que ele queria... talvez ele não tivesse se tornado isso. E será que existe mesmo um Clube Pandemônio?


— Anahí... — Maite começou, mas Ragnor acenou silenciando-a.


Ele olhou divertidamente para Anahí do outro lado da mesa.


— Você é a transformadora, não é? Christian Chávez me falou de você. Não possui marcas, não é mesmo?


Anahí engoliu em seco e olhou diretamente em seus olhos. Eram diferentes dos olhos humanos, porém comuns em seu rosto extraordinário.


— Não. Nenhuma marca.


Ele sorriu com o garfo na boca.


— Suponho que já olhou em todos os lugares?


— Eu tenho certeza que Poncho tentou — Jessamine respondeu em um tom aborrecido.


Os talheres de Anahí bateram no prato. Jessamine, que esmagava suas ervilhas com o lado plano da faca, olhou para cima quando Maite fez um horrorizado.


— Jessamine!


Jessamine encolheu os ombros.


— Bem, ele é assim.


Fell voltou-se para o prato com um leve sorriso no rosto.


— Eu me lembro do pai de Poncho. As mulheres o adoravam. Elas não podiam resistir a ele. Até ele conhecer a mãe de Poncho, é claro. Então ele jogou tudo fora e foi viver no País de Gales só para estar com ela. Um caso peculiar.


— Ele se caiu de amor — disse Ucker — não é peculiar.


— E como caiu — respondeu o bruxo, ainda com o mesmo sorriso fraco — precipitou-se no caso dele é mais parecido. Todos se colocaram contra ele. Ainda assim, há sempre alguns homens que gostam de apenas uma mulher, é só ela ou nada.


Maite olhou para Henry, mas ele parecia completamente perdido em pensamentos, contando algo em seus dedos que só Deus sabia o quê. Ele estava usando um colete rosa e violeta, hoje, e tinha molho em sua manga. Os ombros de Maite caíram visivelmente, e ela suspirou.


— Bem, pelo o que sei, eles estavam muito felizes juntos.


— Até que perdeu dois de seus três filhos e Edmund Herrera jogou fora tudo o que tinham — concordou Fell — mas imagino que você nunca contou nada ao jovem Poncho sobre isso.


Anahí trocou um olhar com Ucker. Minha irmã está morta, Poncho dissera.


— Eles tiveram três crianças, então? — ela perguntou — Poncho tinha duas irmãs?


— Anahí. Por favor — Maite parecia desconfortável — Ragnor... Eu nunca o contratei para invadir a privacidade dos Herrera, ou Poncho. Fiz isso porque eu tinha prometido que lhe diria se algum mal acontecesse à sua família.


Anahí pensou em Poncho com 12 anos de idade, agarrado a mão de Maite, implorando para ser informado sobre quando sua família morresse. Por que fugir?, pensou pela centésima vez. Por que deixá-los para trás? Ela pensou que talvez ele não se importasse, mas claramente ele se importava. Ainda cuidava. Ela não podia parar o aperto em seu coração, quando se lembrava dele chamando por sua irmã. Se ele amava Cecily como ela ainda amava Nate... Mortmain fez mal à família dele, pensou. Como tinha feito à dela. Estavam unidos de uma forma peculiar, ela e Poncho. Ele soubesse ou não.


— Seja o que for que Mortmain vem planejando — ouviu-se dizer — ele vem planejando isso há muito tempo. Desde antes de eu nascer, quando ele enganou ou coagiu meus pais a me “fazerem”. E agora sabemos que há anos envolveu-se com a família de Poncho e os levou para Ravenscar Manor. Temo que somos como peças de xadrez, deslizamos sobre o tabuleiro e o resultado do jogo já é conhecido por ele.


— Isso é o que ele quer que pensamos, Anahí — Ucker apontou — mas ele é apenas um homem. E cada descoberta que fazemos sobre ele o torna mais vulnerável. Se não houvesse ameaça, ele não teria enviado autômato para nos avisar lá fora.


— Ele sabia exatamente onde estaríamos.


— Não há nada mais perigoso do que um homem deitado em vingança — disse Ragnor — um homem que baseou sua vida nela por quase três anos, que tem se alimentado a partir de uma semente, pequena e venenosa para a vida, matando assim a flor. Ele vai tentar ganhar, a menos que você acabe com ele primeiro.


— Então nós vamos acabar com ele — Ucker disse brevemente.


Foi tão forte sua ameaça que Anahí nunca o tinha escutado falar assim antes.


Anahí olhou para suas mãos. Elas estavam mais pálidas do que eram quando ela morava em Nova York, mas eram suas mãos, familiares, o dedo indicador um pouco mais longo do que o do meio, as meias-luas das unhas se pronunciando. Eu poderia mudá-los, ela pensou. Eu poderia ser nada, ninguém. Ela nunca tinha se sentido mais mutável, mais fluida, ou mais perdida.


— De fato — o tom de Maite era firme — Ragnor, quero saber por que a família Herrera está nessa casa que pertencia a Mortmain – e eu os quero seguros. Quero fazer isso sem Benedict Lightwood ou o resto da Clave ficar sabendo.


— Eu entendo. Quer que eu olhe por eles o mais silenciosamente possível, ao mesmo tempo fazendo perguntas sobre Mortmain na área. Se ele é o responsável pela mudança deles para lá, e se tem algum propósito.


Maite exalou.


— Sim.


Ragnor girou o garfo.


— Isso vai sair caro.


— Sim... — concordou Maite. — Eu estou preparada para pagar.


Fell sorriu.


— Então, estou preparado para suportar as ovelhas.




Até Mais!


 



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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