Fanfics Brasil - A Carta De Christian Chávez Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: A Carta De Christian Chávez

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O resto do almoço foi uma conversa estranha, com Jessamine destruindo sua comida sem comer, Ucker muito calmo, Henry murmurando equações para si, Maite e Fell finalizando os seus planos para a proteção da família de Poncho. Anahí aprovava a ideia, mas havia algo sobre o bruxo que a incomodava de uma forma que Christian nunca incomodou, e ela ficou feliz quando o longo almoço terminou para que ela pudesse escapar para o quarto com uma cópia de A inquilina de Wildfell Hall.


Não era o seu livro favorito das irmãs Brontë, essa honra era de Jane Eyre, e depois O morro dos ventos uivantes, com A inquilina de Wildfell Hall em terceiro lugar. Mas ela tinha lido os outros dois tantas vezes que não havia mais surpresas entre as páginas, apenas frases tão familiares a ela que tinham se tornado como velhos amigos. O que ela realmente queria ler era Um conto de duas cidades, mas Poncho tinha citado Sydney Carton tantas vezes que temia que pegá-lo a faria pensar nele, deixando o seu nervosismo maior. Afinal, ele nunca foi Darnay, apenas Sydney, bêbado e destruído que se dissipou. Sydney, que morreu por amor.


La fora já estava escuro, e o vento estava soprando rajadas de chuva contra as vidraças quando bateram em sua porta. Era Sophie, carregando uma carta em uma bandeja de prata.


— Uma carta para você, senhorita.


Anahí guardou o livro, espantada.


— Carta para mim?


Sophie assentiu e se aproximou, segurando a bandeja.


— Sim, mas não diz de quem é. A Senhorita Lovelace quase leu, mas consegui mantê-la longe dela, a curiosa.


Anahí pegou o envelope. Era dirigido a ela, de fato, em uma letra desconhecida, impressa em papel de cor creme. Ela virou-se e começou a abri-la, e viu o rosto de Sophie com olhos arregalados e curiosos refletidos no vidro da janela. Ela se virou e sorriu para ela.


— Isso é tudo, Sophie.


Era o jeito que ela tinha lido as heroínas dispensarem os criados nos romances, e parecia ser correto. Com um desapontamento no olhar, Sophie retirou-se do quarto.


Anahí desdobrou a carta e estendeu-a no colo.


Querida e sensível Senhorita Portilla,


Escrevo-lhe em nome de um amigo em comum, Alfonso Herrera. Sei que ele tem seu hábito de ir e vir do Instituto com frequência quando lhe agrada, e que, portanto, pode levar algum tempo antes que qualquer alarme seja levantado com a sua ausência. Mas eu lhe digo, como alguém que gosta e a estima, para não assumir que essa ausência seja do tipo comum. Eu o vi ontem à noite, e ele estava, para dizer no mínimo, perturbado quando deixou minha residência. Tenho motivos para me preocupar e acreditar que ele poderia se machucar e, portanto, sugiro que seu paradeiro seja localizado e sua segurança verificada. Ele é um jovem difícil de gostar, mas acredito que a senhorita veja o bem nele, como eu, Srta. Portilla, e é por isso que eu humildemente lhe escrevo esta carta.


Seu servo,
Christian Chávez


P.S.: Se eu fosse você, não compartilharia o conteúdo desta carta com a Sra. Branwell. É só uma sugestão.


M.B.


Após ler a carta de Christian, ela sentiu como se suas veias estivessem cheias de fogo. De alguma forma, Anahí sobreviveu ao resto da tarde e do jantar sem demonstrar qualquer sinal externo de sua angústia.


Sophie levou um longo tempo agonizantemente para ajudá-la a tirar o vestido, escovar seus cabelos, atiçar o fogo e contar-lhe as fofocas do dia. (O primo de Cyril trabalha na casa dos Lightwood e contou que Tatiana, a irmã de Gabriel e Gideon, poderia retornar de sua lua de mel do continente com seu novo marido a qualquer momento. A família está em um alvoroço, desde que foram espalhados boatos de que ela estaria com uma indisposição desagradável.)


Anahí murmurou algo sobre como ela deve se sentir mal tendo um pai daquele jeito. A impaciência fazia da voz dela um coaxar, e Sophie quase saiu correndo para buscar uma xícara de chá de hortelã para Anahí, que insistiu que estava apenas exausta e precisava dormir mais do que precisava de chá.


No momento em que a porta se fechou atrás de Sophie, Anahí estava de pé, saindo de suas roupas de dormir e colocando um vestido, arrumando-se da melhor forma que poderia com uma jaqueta curta em cima do corpo. Depois de um olhar cauteloso para o corredor, ela saiu de seu quarto em direção ao hall que levava até a porta do quarto de Ucker, onde ela bateu tão silenciosamente quanto podia.


Por um momento, nada aconteceu, e ela teve uma preocupação fugaz que ele já tivesse ido dormir, mas depois a porta se abriu e Ucker estava ali.


Ela o tinha pego se preparando para ir dormir, ele tinha tirado os sapatos e o casaco, sua camisa estava aberta no colarinho, o cabelo uma bagunça amarrotada e a adorável cor prata. Ela queria chegar perto e alisá-lo para baixo. Ele piscou.


— Anahí?


Sem uma palavra, ela lhe entregou a nota. Ucker olhou para cima e para baixo no corredor, então fez um gesto para dentro do quarto. Anahí fechou a porta atrás dele enquanto ele lia o bilhete de Christian, e, novamente, antes de baixar sua mão, o papel crepitou alto na sala.


— Eu sabia.


Foi a vez de Anahí piscar.


— Sabia o quê?


— Esse não é um tipo comum de ausência — ele sentou-se no baú, ao pé de sua cama e enfiou os pés nos sapatos — eu senti. Aqui — ele colocou a mão sobre o peito — eu sabia que havia algo estranho. Senti como uma sombra em minha alma.


— Você não acha que ele realmente se machucou, não é?


— Machucar a si mesmo, eu não sei. Agora, colocar-se em uma situação em que ele poderia se machucar... — Ucker levantou-se — eu devo ir.


— Você não quer dizer “nós”? Você não estava pensando em ir à procura de Poncho sem mim, não é? — Ela perguntou maliciosamente, e quando ele não disse nada, ela continuou: — Essa carta foi dirigida a mim, Christopher. Eu não tinha que mostrá-la a você.


Ele semicerrou os olhos por um momento, e quando os abriu, estava sorrindo torto.


— Christopher — ele repetiu — normalmente só Poncho me chama assim.


— Eu sinto muito.


— Não. Não sinta. Gosto do som dele em seus lábios.


Lábios. Havia algo estranho, delicadamente indelicado nesta palavra, como um beijo em si. Ela parecia pairar no ar entre eles, enquanto ambos hesitavam. Mas este é Ucker, Anahí pensou em confusão. Ucker, não Poncho, que poderia fazê-la sentir como se estivesse correndo os dedos ao longo de sua pele nua só de olhar para ela.


— Você está certa — Ucker disse, limpando a garganta — Christian não teria te enviado a carta se não tivesse a intenção de que você fosse parte da busca de Poncho. Talvez ele ache que o seu poder seja útil. Em todo caso... — ele se virou para ela, indo para o seu guarda-roupa e abrindo-o — espere por mim em seu quarto. Eu estarei lá em um momento.


Anahí não tinha certeza se acenara com a cabeça – imaginou que tivesse – e momentos depois se encontrou de volta em seu quarto, encostada na porta.


Seu rosto estava quente, como se ela tivesse estado muito perto de um fogo. Ela olhou em volta. Quando começou a pensar naquele cômodo como o quarto dela? O grande espaço com suas janelas gradeadas e iluminação de pedra enfeitiçada brilhando suavemente era tão diferente do pequeno quarto onde ela tinha dormido em seu apartamento em Nova York, com suas marcas de cera em cima da mesa-de-cabeceira, causadas pelas noites acordada envolvida na leitura à luz de velas, e a cama de madeira com moldura barata e seus cobertores finos. No inverno, as janelas mal fechadas balançavam os quadros quando o vento soprava.


Uma batida suave na porta chamou-a para fora de seu devaneio, e ela se virou, abrindo-a para encontrar Ucker na porta. Ele estava completamente vestido em suas roupas de couro para a luta, com casaco e calças pretas, as botas pesadas. Ele colocou um dedo sobre os lábios e fez um gesto para que ela o seguisse.


 



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Autor(a): Alien AyA

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Eram, provavelmente, dez horas da noite, Anahí adivinhou, e a pedra enfeitiçada estava queimando baixo. Eles tomaram um caminho diferente que serpenteava através dos corredores, não era o que Anahí estava acostumada a tomar para chegar às portas da frente. Sua confusão foi respondida quando eles chegaram a um conjunto de porta ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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