Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico

Mesmo o ar da Whitechapel sendo sujo, ele parecia claro e fresco após o mau cheiro do incenso enjoativo do centro de drogas das fadas.

Anahí quase tropeçou ao descer as escadas. A carruagem felizmente ainda estava no meio-fio, e Cyril estava deixando o assento e vindo até eles, a preocupação estampada abertamente em seu rosto.

— Ele está bem, então? — perguntou, tomando o braço que estava sobre os ombros de Anahí e colocando-o sobre o seu próprio.

Anahí escorregou de lado em gratidão; suas costas começavam a doer.

Poncho, no entanto, não gostou disso.

— Me soltem — ele falou com irritação súbita — me soltem! Eu posso ficar de pé.

Ucker e Cyril trocaram olhares, depois se separaram. Poncho cambaleou, mas permaneceu de pé. Ele ergueu a cabeça, o vento frio balançando o cabelo suado de seu pescoço e testa, soprando através de seus olhos. Anahí pensou nele em cima do telhado do Instituto: E eu contemplo Londres, uma terrível maravilha humana de Deus.

Ele olhou para Ucker. Seus olhos estavam mais anil do que azul, as bochechas coradas, suas feições angelicais. Ele disse:

— Você não tinha que vir buscar-me como uma criança. Eu estava tendo um tempo bastante agradável.

Ucker encarou-o de volta.

— Deus o amaldiçoe — ele disse, e acertou Poncho no rosto, fazendo-o girar.

Poncho não perdeu o equilíbrio, mas encostou-se contra a lateral da carruagem, a mão no rosto. Sua boca estava sangrando. Ele olhou para Ucker com total espanto.

— Coloque-o na carruagem — Ucker ordenou a Cyril, e virou-se e voltou pela porta vermelha – para pagar a divida de Poncho, Anahí pensou.

Poncho ainda estava olhando para ele, o sangue vermelho saindo de sua boca.

— Christopher? — Disse.

— Venha, então — falou Cyril, sem nenhuma grosseria.

Ele realmente era parecido com Thomas, Anahí pensou, quando ele abriu a porta da carruagem e ajudou Poncho a entrar, e então Anahí depois dele. Ele entregou-lhe um lenço de seu bolso. Era quente e cheirava a água de colônia barata. Anahí sorriu e agradeceu-lhe quando ele fechou a porta.

Poncho estava caído no canto da carruagem, os braços em torno de si, com os olhos semicerrados. O sangue havia escorrido por seu queixo. Ela se inclinou e apertou o lenço contra a boca dele, e Poncho estendeu a mão e a colocou sobre a dela, deixando-a lá.

— Eu fiz uma bagunça, não fiz?

— Terrivelmente, temo — respondeu Anahí, tentando não notar o calor de sua mão sobre a dela.

Mesmo na escuridão da carruagem, seus olhos estavam luminosamente azuis. O que foi que Ucker tinha dito, porém, sobre a beleza? A beleza é cruel. Será que as pessoas iriam perdoar as coisas que Poncho fez se ele fosse feio? E isso iria ajudá-lo, no final, a ser perdoado? Ela não podia evitar, porém, de sentir que ele fez as coisas que fez, não porque era vaidoso demais, mas porque se odiava. E ela não sabia por quê. Ele fechou os olhos.

— Eu estou tão cansado, Annie. Só queria ter sonhos agradáveis por uma vez.

— Essa não é a forma de obtê-los, Poncho — ela respondeu suavemente — você não pode comprar droga e sonhar seu caminho para fora da dor.

Sua mão apertou a dela.

A porta da carruagem se abriu. Anahí afastou-se de Poncho apressadamente. Era Ucker, seu rosto carregado. Ele deu um breve olhar para Poncho e atirou-se no assento.

— Cyrill, para casa — ele pediu, e depois de um momento a charrete balançou para a noite.

Ucker estendeu a mão e fechou as cortinas nas janelas. Na penumbra Anahí, colocou o lenço em sua manga. Ele ainda estava úmido com o sangue de Poncho.

Mila sim ele disse "você é linda", pois é os dois gostando da mesma pessoa sera que isso vai dar certo?

car_perroni seja bem-vinda :)

Gente antes de qualquer coisa, eu sei já avisei que iria postar menos apartir dessa semana e mais agora que eu comprei um note e tem o windows 8 eu to me adaptando ainda com isso aqui eu até tive que instalar o word porque sem word eu não vivo e o wordpad é uma b*sta.