Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Uma de suas mãos circulou seu pescoço suavemente, guiando sua boca para a dele. Com a outra ele segurou seu rosto, correndo o polegar suavemente em sua bochecha.
Seus lábios tinham sabor de açúcar queimado, a doçura da droga, ela adivinhou. Seu toque, seus lábios, era experimental, e ela sabia o porquê. Ao contrário de Poncho, ele sabia que isto era inapropriado, que ele deveria tocá-la, beijá-la, que deveria se afastar.
Mas ela não queria se afastar. Mesmo quando se deu conta de que era Ucker quem estava beijando, fazendo sua cabeça girar, ela sentiu seus próprios braços se levantarem e envolverem o pescoço dele, puxando-o mais perto.
Ele ofegou contra sua boca. Deve ter achado que ela iria afastá-lo, e por um momento ficou imóvel. As mãos dela deslizavam sobre seus ombros, pedindo-lhe, com toques suaves, com um murmúrio contra seus lábios, para não continuar. Hesitante, Ucker voltou a acariciar, e depois com maior força, a beijá-la novamente, cada vez com maior urgência, colocando seu rosto entre suas mãos ardentes, seus dedos finos de violinista acariciando sua pele, fazendo-a estremecer. Suas mãos se moveram para a parte baixa de suas costas, pressionando-a contra ele, seus pés nus escorregaram no tapete, e eles meio que tropeçaram para trás sobre a cama.
Os dedos enrolados firmemente em sua camisa, Anahí puxou Ucker para baixo, tomando o peso dele sobre seu corpo como a sensação de que estava tendo de volta algo que havia sempre lhe pertencido, um pouco do que ela tinha perdido, sem saber que estava perdendo.
Ucker era leve como um pássaro e com o coração acelerado. Ela passou as mãos por seu cabelo, e era tão suave como ela sempre tinha sonhado que seria, como seda entre os dedos.
Ele não conseguia parar de correr as mãos sobre ela com admiração. Deslizou sua mão para baixo de seu corpo, sua respiração irregular em seu ouvido quando ele encontrou o nó de seu roupão e parou ali, com dedos trêmulos.
Sua incerteza fez o coração de Anahí sentir como se estivesse em expansão dentro de seu peito, sua ternura grande o suficiente para mantê-los dentro dela. Ucker queria vê-la, assim como ela queria, ela própria, Anahí Portilla, sem nenhuma das transformações. Ela se abaixou e desfez o nó, deslizando o roupão de seus ombros para que ela fosse revelada diante dele em apenas uma camisola de cambraia branca.
Ela olhou para ele, sem fôlego, sacudindo os cabelos soltos fora de seu rosto. Apoiando-se sobre ela, ele olhou para baixo e disse novamente, com a voz rouca, o que tinha dito na charrete antes, quando ele tinha tocado seu cabelo.
— Ni hen piao liang.
— O que isso significa? — ela sussurrou, e desta vez ele sorriu e respondeu:
— Significa que você é linda. Eu não quis dizer antes. Não queria que você pensasse que eu estava tomando liberdades.
Ela estendeu a mão e tocou seu rosto, tão perto dela, e em seguida, a pele frágil de sua garganta, onde o sangue batia forte abaixo da superfície.
Seus cílios vibraram para baixo quando ele seguiu o movimento do seu dedo com os olhos, como chuva prateada.
— Tome-as — ela sussurrou.
Ele se inclinou para ela e suas bocas se encontraram novamente. O choque da sensação era tão forte, tão forte, que ela fechou os olhos contra ele como se pudesse se esconder na escuridão. Ele murmurou e recolheu-a contra ele. Eles rolaram de lado, com as pernas se enrolando, seus corpos mudando para pressionar o outro cada vez mais perto. Tornou-se difícil respirar, e ainda assim eles não podiam parar. Ela encontrou os botões de sua camisa, mas quando abriu os olhos, as mãos tremiam tanto que era difícil soltá-los. Desajeitadamente ela trabalhou, rasgando o tecido. Quando ele encolheu os ombros a camisa livre de seus ombros, ela viu que seus olhos estavam iluminados para uma prata pura novamente. Teve apenas um momento para admirar, porém, estava maravilhada e muito ocupada com o resto dele.
Ele era tão magro, sem os músculos de Poncho, mas havia algo sobre a sua fragilidade que era adorável, como as linhas de reposição de um poema. Mas uma camada de músculo ainda cobria seu peito, ela podia ver sombras entre as costelas.
O pingente de jade que Poncho lhe dera estava abaixo de suas clavículas angulares.
— Eu sei — disse ele, olhando para si mesmo conscientemente — eu não sou... Quer dizer, eu entendo.
— Lindo — ela falou, e ela quis dizer isso — você é lindo, Christopher Uckermann.
Seus olhos se arregalaram quando ela começou a tocá-lo. Suas mãos tinham parado de tremer. Elas eram exploratórias, fascinadas agora.
Sua mãe possuía uma cópia muito antiga de um livro uma vez, lembrou-se, suas páginas frágeis eram susceptíveis a virar pó quando as tocavam, e Anahí sentiu a mesma responsabilidade de grande cuidado agora enquanto tocava nas marcas em seu peito, através das cavidades entre as costelas e as inclinação de seu estômago, que estremeceu sob seu toque. Era algo que era tão frágil quanto adorável.
Ele parecia não ser capaz de parar de tocá-la, também. Mãos de músico hábil passavam por sua cintura, suas pernas nuas sob sua camisola. Ele tocou-lhe como normalmente tocaria seu violino amado, com uma graça suave e urgente que a deixou sem fôlego.
Eles pareciam compartilhar sua febre agora, seus corpos estavam queimando, e seu cabelo estava molhado de suor, colado na testa e no pescoço. Anahí não se importava, queria este calor, estar perto da dor. Essa não era ela mesma, esta era uma Anahí diferente, uma Anahí fantasiosa que se comportava assim, e ela se lembrou do seu sonho com Ucker em uma cama cercada por chamas. Ela apenas nunca sonhou que iria queimar com ele. Queria mais desse sentimento, mais do fogo, mas nenhum dos romances que tinha lido lhe contava o que acontecia agora.
Será que ele sabia? Mas Ucker, ela pensou, como ela, ela sentiu, estava sendo levado pelo instinto dentro de seus ossos. Seus dedos deslizavam para o espaço entre eles, encontrando os botões que prendiam sua camisola fechada, ele se inclinou para beijar o ombro nu quando o tecido deslizou para o lado. Ninguém nunca tinha beijado sua pele nua ali antes, e a sensação foi tão surpreendente que ela esticou a mão para se apoiar e bateu em um travesseiro da cama, que caiu na mesa de cabeceira.
E escutou-se um som de algo caindo. Um doce aroma subiu na escuridão, como de especiarias, e encheu a sala. Ucker empurrou as mãos para trás, um olhar de horror em seu rosto.
Anahí sentou-se, puxando a frente de sua camisola, de repente autoconsciente. Ucker estava olhando para o lado da cama, e ela seguiu sua linha de visão.
A caixa que guardava suas drogas havia caído e quebrado e estava aberta. Uma grossa camada de pó brilhante estava no chão. Uma névoa tênue prateada parecia surgir a partir dele, erguendo um cheiro doce e picante.
Ele a puxou, o braço ao redor dela, mas havia medo em seu aperto agora, em vez de paixão.
— Annie — ele falou em voz baixa — você não pode tocar este material. O contato com sua pele seria perigoso. Mesmo respirar, Anahí, você deve ir.
Ela pensou em Poncho, mandando-a do sótão. É assim que sempre vai ser, algum garoto a beija, e depois a manda embora como uma criada indesejada?
— Eu não vou — ela explodiu — Ucker, eu posso ajudá-lo a limpar tudo. Eu sou... —Sua amiga, era o que estava prestes a dizer. Mas o que eles estavam fazendo não era o que os amigos faziam. O que ela estava fazendo com ele?
— Por favor — ele pediu em voz baixa. Sua voz era rouca. Ela reconheceu a emoção. Era vergonha — não quero que você me veja de joelhos, tirando do chão a droga que eu preciso para viver. Não é assim que qualquer homem quer que a garota que ele... — Ele tomou um fôlego tremendo. — Sinto muito, Anahí.
A garota que ele o quê? Mas ela não podia perguntar, estava com pena, simpatia, em choque com o que tinha acontecido. Ela se inclinou para frente e beijou sua bochecha.
Ucker não se moveu quando ela escorregou da cama, pegou seu roupão, e foi calmamente para fora do quarto.
•••
O corredor era o mesmo de quando Anahí atravessara momentos –horas? Minutos? – antes, com a pedra enfeitiçada reluzindo baixo para ambos os lados. Ela entrou em seu próprio quarto e estava prestes a fechar a porta quando seu olho captou um lampejo de movimento no fim do corredor. Algum instinto a fez permanecer no lugar, a porta quase fechada, seu olho pressionado na pequena fresta.
O lampejo era de alguém andando no corredor. Um menino de cabelos claros, ela pensou por um momento, em confusão, mas não – era Jessamine, Jessamine vestida com roupas de meninos. Ela usava calças, uma camisa de botões e um colete, carregava um chapéu na mão, e seu longo cabelo estava preso atrás da cabeça. Ela olhou para trás enquanto apressava-se pelo corredor, como se tivesse medo de ser seguida. Alguns momentos depois, havia desaparecido em uma curva, fora da vista.
Anahí deslizou a porta fechada, sua mente correndo. O que na terra era aquilo? O que Jessamine estava fazendo, vagando pelo Instituto na calada da noite, vestida como um menino?
Depois de tirar o seu roupão, Anahí foi se deitar em sua cama. Ela se sentia cansada até os ossos, o tipo de cansaço que sentira na noite em que sua tia morreu, como se tivesse esgotado a capacidade de seu corpo para sentir a emoção. Quando fechou os olhos, ela viu o rosto de Ucker, e depois o de Poncho, sua mão na boca sangrando. Pensamentos dos dois rodaram juntos em sua cabeça até que ela adormeceu, finalmente, não tendo certeza se sonhou com o beijo de um. Ou de outro.
Autor(a): Alien AyA
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....