Fanfics Brasil - Você É Alguém De Quem Não Gosto Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Você É Alguém De Quem Não Gosto

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— Então por que ela não me disse isso? — Os olhos de Henry estavam tristes.


Sua alegria sobre ovos e invenções parecia ter desaparecido. Talvez ele não devesse ter se casado com Maite, Anahí pensou, seu humor tão sombrio durante um tempo. Talvez, como Arquimedes, ele teria sido mais feliz desenhado círculos na areia.


— Porque as mulheres nunca dizem o que pensam — Poncho respondeu.


Seus olhos se desviaram para a cozinha, onde Bridget estava limpando os restos da refeição. Seu canto flutuava lugubremente pela a sala de jantar.


"Temo que você esteja envenenado, meu pequeno garoto,
Temo que você esteja envenenado, minha alegria e conforto!
‘Oh sim, estou envenenado; mãe, faça minha cama logo,
Há uma dor no meu coração, e eu quero deitar." 


— Juro que a mulher teria uma boa carreira cantando a morte de caçadores – ela se daria bem cantando essas baladas trágicas em torno das Seven Dials — disse Poncho — só não gosto que ela cante sobre envenenamento logo depois que comemos — ele olhou de lado para Anahí — você não deveria estar trocando de roupa para o treinamento? Não deveria treinar com os lunáticos Lightwood hoje?


— Sim, esta manhã tem treino, mas eu não preciso trocar de roupa. Nós estamos apenas praticando arremesso de faca — Anahí respondeu, um pouco espantada de que tivesse a capacidade de ter uma conversa leve e civilizada com Poncho após os acontecimentos da noite anterior.


O Lenço de Cyrill, com o sangue de Poncho, ainda estava na gaveta de sua cômoda; lembrou-se do calor dos lábios dele em seus dedos, e correu os olhos para longe dele.


— Que sorte que eu sou bom em arremesso de facas — Poncho se levantou e estendeu o braço para ela — venha, eu vou assistir o treinamento de Gideon e Gabriel. Quero ver um pouco de loucura esta manhã.


 •••


Poncho estava correto. Sua presença durante a sessão de treinamento pareceu deixar Gabriel louco. Gideon não pareceu ligar muito, mas ensinou suas de forma impassível.


Poncho se sentou em um banco baixo de madeira que corria ao longo de uma das paredes e comia uma maçã, suas longas pernas esticadas ante ele, às vezes dando conselhos que Gideon ignorava, fazendo com que Gabriel errasse os golpes.


— Ele deveria ficar aqui? — Gabriel resmungou pela segunda vez para Anahí, quase o deixando uma faca cair enquanto entregava a ela.


Ele colocou a mão em seu ombro, mostrando-lhe a linha de visão para o destino que ela visava – um círculo preto desenhado na parede. Ela sabia o quanto ele estava perturbado com a presença de Poncho.


— Você não pode pedir para ele ir embora?


— Agora, por que eu faria isso? — Anahí perguntou razoavelmente. — Poncho é meu amigo, e você é alguém de quem eu não gosto muito.


Ela jogou a faca. Errou o alvo por vários metros, atingindo a parede perto do chão.


— Não, você ainda não pegou o jeito... e o que você quer dizer com não gosta de mim? — Gabriel perguntou, entregando-lhe a faca por reflexo, mas sua expressão estava muito surpresa, de fato.


— Bem — disse Anahí, fazendo mira ao longo da faca — você se comporta como se não gostasse de mim. Na verdade, você se comporta como se não gostasse de ninguém.


— Eu não. Eu só não gosto dele — Gabriel apontou para Poncho.


— Meu Deus — Poncho observou, dando outra mordida da maçã — é porque sou mais bonito do que você?


— Peço que fique em silêncio — Gideon falou do outro lado da sala — nós estamos aqui trabalhando, não brincando como crianças em suas pequenas discussões.


— Pequenas? — Gabriel rosnou. — Ele quebrou o meu braço.


Poncho deu outra mordida na maçã.


— Mal posso acreditar que você ainda esteja chateado com isso.


Anahí jogou a faca. Esse lance foi melhor. A lâmina acertou o círculo preto, porém não no centro. Gabriel olhou à procura de outra faca e, não encontrando, soltou uma exalação de aborrecimento.


— Quando nós comandarmos o Instituto — ele falou, alto o suficiente para Poncho ouvir — esta sala de treinamento será muito melhor mantida e fornecida.


Anahí olhou para ele com raiva.


— Acha surpreendente que eu não goste de você, não é?


O belo rosto de Gabriel mudou para um feio olhar de desprezo.


— Não vejo o que isso tem a ver com você, feiticeira. O Instituto não é sua casa, você não pertence a este lugar. Acredite em mim, você estaria melhor se a minha família comandasse as coisas por aqui, podíamos encontrar uso para o seu... Talento. Um emprego que a faria rica. Você poderia viver onde quisesse. E Maite poderia ir comandar o Instituto de York, onde ela iria consideravelmente fazer menos mal.


Poncho estava sentado agora, a maçã esquecida. Gideon e Sophie tinham deixado sua prática e estavam assistindo a cautelosa conversa, ambos com olhos arregalados.


— Se você não notou — Poncho comentou — alguém já comanda o Instituto de York.


— Aloysius Starkweather é um velho senil — Gabriel o dispensou com um aceno de mão — e ele não tem descendente, não pode impedir o Cônsul de nomear alguém em seu lugar. Ainda mais depois do que aconteceu com a sua neta, seu filho e nora – fazendo-os arrumar as malas e ir embora para Idris. Eles não vão voltar lá por amor ou por dinheiro.


— O que aconteceu com a neta dele? — Anahí perguntou, pensando no retrato da menina de aparência doentia na escadaria do Instituto de York.


— Só viveu até os 10 anos — Gabriel respondeu — nunca foi muito saudável, pelo o que sei, e quando a marcaram pela primeira vez... Bem, ela deve ter sido treinada inadequadamente. Ela enlouqueceu, ficou desamparada e morreu. O choque matou a velha esposa de Starkweather, e mandou seus filhos correndo para Idris. Não seria um grande problema ser substituído por Maite. O Cônsul percebe que ele não está muito bem – muito entrelaçado com as velhas formas.


Anahí olhou para Gabriel em descrença. Sua voz tinha mantido a fria indiferença enquanto ele contava a história dos Starkweather, como se fosse um conto de fadas. E Anahí não queria ter pena do velho homem com os olhos astutos e sua sala sangrenta cheia de restos de feiticeiros mortos, mas não podia evitar. Empurrou Aloysius Starkweather de sua mente.


— Maite não vai embora desse Instituto — ela falou — e o seu pai não vai tirá-lo dela.


— Ela merece que lhe seja tirado.


Poncho jogou seu pedaço de maçã para o alto, ao mesmo tempo tirando uma faca da cintura e atirando-a. A faca e a maçã atravessaram o cômodo juntos, de alguma forma conseguindo fincar-se na parede ao lado da cabeça de Gabriel, a faca impulsionada através do núcleo da madeira.


— Diga isso de novo — Poncho alertou — e eu vou apagar as luzes do dia para você.


O rosto de Gabriel se contorceu em uma careta.


— Você não tem ideia do que está falando.


Gideon deu um passo adiante, sua postura alarmada.


— Gabriel.


Mas seu irmão ignorou.


— Você não sabe mesmo o que o precioso pai de Maite fez, não é? Eu só soube disso há alguns dias atrás. Meu pai finalmente nos disse. Ele protegia os Perroni até então.


— Seu pai? — O tom de Poncho estava incrédulo. — Protegendo os Perroni?


— Ele estava nos protegendo também — as palavras de Gabriel saíram — o irmão de minha mãe, meu tio Silas, foi um dos amigos mais próximos de Perroni. Então meu tio Silas quebrou a Lei, uma coisa pequena, uma infração e Granville Perroni descobriu. Tudo o que importava era a Lei, não a amizade e a lealdade. Ele foi direto para a Clave — a voz de Gabriel aumentou — meu tio se matou de vergonha, e minha mãe morreu de dor. Os Perroni não se importam com ninguém, só com si mesmos e a Lei!


Por um momento, a sala ficou em silêncio, mesmo Poncho ficou mudo, olhando totalmente surpreso. Foi Anahí quem falou:


— Mas isso é culpa do pai de Maite, não dela.


Gabriel estava branco de raiva, seus olhos verdes destacando-se contra sua pele pálida.


— Você não entende — ele replicou violentamente — você não é uma Caçadora de Sombras. Temos orgulho do sangue. Orgulho da família. Granville Perroni queria que o Instituto fosse para sua filha, e o Cônsul fez isso acontecer. Mas, apesar de Perroni estar morto, ainda podemos tirar isso dele. Ele foi odiado, tão odiado, que ninguém teria se casado com Maite se não tivessem pago aos Branwell para Henry pedir a sua mão. Todo mundo sabe disso. Todo mundo sabe que ele não a ama realmente. Como ele poderia...


Houve um crack, como o som de um tiro de espingarda, e Gabriel ficou em silêncio. Sophie dera um tapa em seu rosto. Sua pele pálida já estava começando a se avermelhar.




 


Calma gente ta certo que eu sou louca, mas não é pra tanto não avera sexo entre barken isso eu posso jurar pra vocês kkkkk`


 



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Autor(a): Alien AyA

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Sophie estava encarando-o, respirando com dificuldade, um olhar incrédulo no rosto, como se não pudesse acreditar no que tinha feito. As mãos de Gabriel apertaram sua bochecha, mas ele não se mexeu além disso. Ele não podia, Anahí sabia. Ele não podia atacar uma menina, uma menina que não era nem mesmo uma Ca&cc ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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