Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Anahí engoliu seco.
— Sra. Branwell!
Sophie, que estava ocupada com a bainha de um vestido vermelho-vinho com uma escova, ergueu os olhos e falou com um tom de censura que surpreendeu Anahí. Não era a função dos empregados corrigir seus patrões; os livros que ela tinha lido deixaram isso muito claro.
Mas Maite só pareceu arrependida.
— Sophie é o meu bom anjo — ela disse — tenho tendência a ser um pouco brusca demais. Pensei que pudesse haver algo que você soubesse, algo que não estava em suas cartas, que pudesse nos dar conhecimento do seu paradeiro.
Anahí balançou a cabeça.
— As Irmãs Sombrias me disseram que ele estava preso em um local seguro. Presumo que ele ainda esteja lá. Mas não tenho ideia de como encontrá-lo.
— Então você deve ficar aqui no Instituto até que ele possa ser localizado.
— Não quero sua caridade — Anahí disse obstinadamente — posso encontrar outro local de hospedagem.
— Não seria caridade. Somos obrigados por nossas próprias leis a ajudar e apoiar Seres do Submundo. Mandar você embora sem ter para onde ir quebraria os Acordos, que são regras importantes que devemos obedecer.
— E você não pediria nada em troca? — A voz de Anahí era amarga. — Não irá me pedir para usar minha... minha habilidade? Não irá exigir que eu me transforme?
— Se você não deseja usar o seu poder, então não, não iremos forçá-la a usar. Embora eu realmente acredite que você mesma possa se beneficiar em aprender como ele pode ser controlado e utilizado...
— Não! — o grito de Anahí foi tão alto que Sophie pulou e deixou cair sua escova.
Maite olhou para ela e depois de volta para Anahí.
— Como quiser, Srta. Portilla. Há outras maneiras que você poderia nos ajudar. Tenho certeza de que há muita coisa que você sabe que não estava contido em suas cartas. E em troca, podemos ajudá-la a procurar por seu irmão.
Anahí ergueu a cabeça.
— Vocês fariam isso?
— Você tem a minha palavra — Maite levantou-se. Nenhuma delas tinha tocado o chá da bandeja — Sophie, poderia ajudar a Srta. Portilla a se vestir, e depois trazê-la para jantar?
— Jantar?
Depois de ouvir tais coisas sobre Nephilins, Submundo, fadas, vampiros e demônios, a possibilidade de jantar era quase chocante em sua normalidade.
— Certamente. São quase sete horas. Você já conheceu Poncho; pode conhecer todos os outros. Talvez perceba que nós somos confiáveis.
E com um rápido aceno de cabeça, Maite deixou o quarto. Quando a porta se fechou atrás dela, Anahí balançou a cabeça silenciosamente. Tia Harriet tinha sido autoritária, mas ela não se comparava a Maite Branwell.
— Ela tem uma conduta rigorosa, mas é realmente muito gentil — Sophie disse, colocando na cama o vestido que era para Anahí vestir — nunca conheci alguém com um coração melhor.
Anahí tocou a manga do vestido com a ponta do dedo. Era de cetim vermelho escuro, como Maite havia dito, com fita preta franzida enfeitando em volta da cintura e na bainha. Ela nunca tinha vestido nada tão requintado.
— Gostaria que eu a ajudasse a se vestir para o jantar, senhorita? — Sophie perguntou.
Anahí lembrou-se de uma coisa que Tia Harriet sempre havia dito – que você poderia conhecer um homem não pelo que seus amigos diziam sobre ele, mas pelo modo como tratava seus empregados. Se Sophie achava que Maite tinha um bom coração, então talvez ela tivesse.
Ela levantou a cabeça.
— Muito obrigada, Sophie. Eu adoraria.
Anahí nunca tinha tido alguém para ajudá-la a se vestir antes além de sua tia. Embora Anahí fosse esguia, o vestido era claramente feito para uma garota menor, e Sophie teve que laçar o espartilho de Anahí firmemente para fazê-lo caber. Ela reclamou baixinho enquanto Sophie apertava.
— Sra. Branwell não acredita em laço apertado — explicou — diz que causa dores de cabeça nervosas e fraqueza, e um Caçador de Sombras não pode se dar ao luxo de ser fraco. Mas a Srta. Jessamine gosta da cintura de seus vestidos muito pequena, e ela realmente insiste.
— Bem — disse Anahí, um pouco ofegante — eu não sou uma Caçadora de Sombras, de qualquer maneira.
— Realmente — Sophie concordou, ajeitando a parte de trás do vestido com uma engenhosa abotoadeira — pronto. O que acha?
Anahí olhou para si mesma no espelho, e foi surpreendida. O vestido estava muito pequeno nela, e fora claramente desenhado para se ajustar intimamente ao corpo como era. Aderiu quase como um milagre na sua figura até os quadris, onde era enfeitado com pregas nas costas, drapejadas sobre uma modesta anquinha. As mangas eram viradas, mostrando babados de rendas champanhe nos punhos.
Parecia... mais velha, pensou, não o espantalho trágico que parecia na Casa Sombria, mas tampouco alguém inteiramente familiar para si mesma. E se uma das vezes em que eu me transformei, quando voltei a ser eu mesma, não fiz isso muito bem? E se esse nem mesmo for o meu verdadeiro rosto? O pensamento enviou tal relâmpago de pânico através dela que sentiu como se fosse desmaiar.
— Você está um pouco pálida — Sophie observou, examinando o reflexo de Anahí com um olhar criterioso. Ela não pareceu particularmente chocada com o aperto do vestido, pelo menos — você poderia tentar beliscar suas bochechas um pouco para trazer cor. É o que a Srta. Jessamine faz.
— Foi muito amável da parte dela... a Srta. Jessamine, eu quero dizer, emprestar-me este vestido.
Sophie deu um risinho baixo em sua garganta.
— Srta. Jessamine nunca o usou. A Sra. Branwell deu-lhe como um presente, mas a Srta. Jessamine disse que a fazia parecer pálida e jogou-o no fundo de seu guarda-roupa. Ingrata, se você me perguntar. Agora, vá em frente e belisque suas bochechas um pouco. Você está pálida como leite.
Tendo feito isso, e agradecido Sophie, Anahí saiu do quarto para um longo corredor de pedra. Maite estava lá, esperando. Ela andou imediatamente, com Anahí atrás, mancando ligeiramente – os sapatos de seda pretos, que não cabiam bem, não eram gentis com seus pés machucados.
Autor(a): Alien AyA
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Estar no Instituto era um pouco como estar dentro de um castelo – o teto desaparecendo na escuridão, as tapeçarias penduradas nas paredes. Ou pelo menos era como Anahí imaginava que o interior de um castelo podia parecer. As tapeçarias sustentavam repetidos padrões de estrelas, espadas, e o mesmo tipo de desenhos que ela tinha visto ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....