Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Poncho ficou de pé, mas Scott Woolsey ainda estava examinando Anahí com a mão sob o queixo, estudando-a como se ela fosse algo envolta em vidro em uma exposição de história natural.
Ele não era o que Anahí teria pensado que o líder de uma matilha de lobisomens fosse. Tinha, provavelmente, seus vinte e poucos anos, alto e magro a ponto de leveza, com cabelos loiros quase até os ombros, vestido com uma jaqueta de veludo, calças e um lenço com estampa paisley. Um monóculo matizado obscurecida um olho verde pálido. Ele lhe parecia uns desenhos que Anahí tinha visto em Punch.
— Adorável — ele pronunciou finalmente — Maite, eu insisto que eles fiquem enquanto falamos. Que casal encantador eles fazem. Veja como o cabelo escuro dele combina com a pele pálida dela.
— Obrigada — disse Anahí, sua voz aumentando várias oitavas acima do normal — é muito agradável, mas não há nada entre Poncho e eu. Eu não sei o que você ouviu.
— Nada! — Declarou ele, atirando-se em uma cadeira e arrumando seu cachecol em torno do pescoço. — Nada, eu lhe asseguro, embora sua expressão desminta suas palavras. Vamos agora, todos nos sentarmos. Não há necessidade de ser intimidado por mim. Maite, peça um chá. Estou seco.
Anahí olhou para Maite, que deu de ombros, como se dissesse que não havia nada a ser feito sobre isso. Lentamente, Anahí sentou-se. Poncho também. Ela não olhou para ele, não podia, com Scott Woolsey sorrindo para ambos, como se soubesse algo que ela não sabia.
— E onde está o jovem Sr. Uckermann? — Ele perguntou. — Menino adorável. Coloração tão interessante. E tão talentoso no violino. É claro, eu ouvi Garcin tocando na Ópera de Paris, e depois, bem, tudo simplesmente soa como pó de carvão raspando os tímpanos. Pena sobre sua doença.
Maite, que tinha ido chamar Bridget, voltou e sentou-se, alisando suas saias.
— De certa forma, é sobre isso que eu queria falar com você .
— Oh, não, não, não — do nada, Scott havia produzido uma caixa de charutos, que ele acenou em direção de Maite — nenhuma discussão séria, por favor, até que eu tenha tomando o meu chá e fumado um cigarro. Charuto egípcio? — Ele ofereceu-lhe a caixa. — Esté é o melhor disponível.
— Não, obrigada.
Maite pareceu ligeiramente horrorizada com a ideia de fumar um charuto. Na verdade, era difícil de imaginar, e Anahí sentiu vontade, de rir silenciosamente.
Scott deu de ombros e voltou para seus preparativos de fumar. A caixa de decorada possuía compartimentos para charutos, amarrados em um pacote com uma fita de seda, com buracos para bater as cinzas.
Eles assistiram o lobisomem acender o charuto com evidente prazer, e o cheiro doce do fumo encheu a sala.
— Agora, diga-me como você está, Maite, querida. E seu distraído marido. Ainda vagando ao redor da cripta inventando coisas para explodir?
— Às vezes — disse Poncho — elas sequer explodem.
Houve um som, e Bridget chegou com uma bandeja de chá, poupando Maite da necessidade de responder. Ela colocou as xícaras e o bule sobre a mesa entre as cadeiras, olhando para trás e para frente, ansiosa.
— Sinto muito, Sra. Branwell. Pensei que iam ser dois para o chá.
— Tudo bem, Bridget — Maite respondeu, seu tom de voz em uma firme indiferença — eu lhe chamo se precisamos de mais alguma coisa.
Bridget saiu com uma reverência, lançando um olhar curioso sobre o ombro para Scott Woolsey quando se foi. Ele não tomou conhecimento dela, já tinha derramado leite em sua xícara de chá e olhava censurando sua anfitriã.
— Oh, Maite.
Ela olhou para ele em confusão.
— Sim?
— As pinças – as pinças de açúcar — disse Scott, infeliz, na voz de alguém comentando algo sobre a trágica morte de um conhecido — elas são de prata.
— Oh! — Maite olhou assustada. Prata, Anahí lembrou, era perigoso para os lobisomens. — Sinto muito. Scott suspirou.
— Está tudo bem. Felizmente, eu viajo com a minha.
De outro bolso de sua jaqueta de veludo – que era abotoada sobre um colete de seda com estampa de lírios d`água que teria feito Henry passar vergonha – ele tirou um pacote de seda e revelou um conjunto de pinças de ouro e uma colher de chá. Ele colocou-os na mesa, tirou a tampa do bule, e parecia satisfeito.
— Chá da Pólvora! Do Ceilão, eu presumo? Você já tomou chá em Marrakech? Eles banham em açúcar ou mel.
— Pólvora? — Anahí perguntou, nunca conseguindo parar de fazer perguntas, mesmo quando sabia perfeitamente que era uma má ideia. — Não há pólvora no chá, não é?
Scott riu e colocou a caixa na mesa. Ele sentou-se, enquanto Maite, sua boca numa linha fina, servia o chá em sua xícara.
— Como é encantadora! Não, chamam assim porque as folhas do chá são enroladas em papelotes pequenos que se assemelham a pólvora.
Maite disse:
— Sr. Scott, quero realmente discutir o porquê de eu chamá-lo.
— Sim, sim, eu li a sua carta — ele suspirou — a política de Seres do Submundo. Tão maçante. Suponho que você não vai me deixar contar-lhe sobre ter o meu retrato pintado por Alma-Tadema? Eu estava vestido como um soldado romano.
— Poncho — Maite falou com firmeza — talvez você devesse compartilhar com o Sr. Scott o que viu em Whitechapel na noite passada.
Poncho, de alguma forma, para a surpresa de Anahí, obedientemente fez como foi pedido, mantendo as observações sarcásticas a um mínimo. Scott observou-o por cima da borda de sua xícara de chá enquanto Poncho falou. Seus olhos eram um verde pálido, quase amarelos.
— Desculpe, meu garoto — ele disse quando Poncho terminou de falar — não vejo porque isso exige uma reunião urgente. Estamos todos cientes da existência desses ifrit, e eu não posso cuidar de todos os membros da minha área a cada momento. Se algum deles optar por participar do vício... — Ele se inclinou mais perto. — Você sabe que seus olhos são quase o tom exato das pétalas de amor-perfeito? Não é bem azul, não é bem violeta. Extraordinário.
Poncho arregalou os olhos e sorriu extraordinariamente.
— Acho que foi a menção do Magistrado que preocupou Maite.
— Ah — Scott voltou seu olhar para Maite — você está preocupada que eu esteja traindo vocês da maneira que de Quincey fez – que eu tenha ligações com o Magistrado – vamos chamá-lo pelo nome, sim? Mortmain – e que estou deixando-o usar meus lobos para fazer sua guerra.
— Eu tinha pensado — Maite disse, hesitante — que talvez os Seres do Submundo de Londres se sentiram traídos pelo Instituto depois do que aconteceu com de Quincey.
— Sua morte.
Scott ajustou seu monóculo. Quando ele o fez, a luz brilhou ao longo do anel de ouro que ele usava em torno de seu dedo indicador. Palavras brilharam contra sua superfície: L` arte pour l`art.
— Foi a melhor surpresa que eu tive desde que descobri os banhos turcos na Jermyn Street. Eu desprezava de Quincey. Detestava-o com cada fibra do meu ser.
— Bem, as Crianças da Noite e as Crianças da Lua nunca se deram bem.
— De Quincey matou um lobisomem — Anahí disse de repente, e suas memórias misturam-se com as Camille, com a lembrança de um par de olhos verde amarelados como os de Scott — por seu apego a Camille Belcourt.
Scott Woolsey deu um longo e curioso olhar para Anahí.
— Esse foi o meu irmão. Meu irmão mais velho. Ele era líder da matilha antes de mim, você vê, e eu herdei o posto. Normalmente deve-se matar para se tornar líder da matilha. No meu caso, foi colocado em votação, e a tarefa de vingar meu irmão no nome do clã era minha. Só que agora, você vê — ele fez um gesto com a mão elegante — você já cuidou de de Quincey para mim. Não tem ideia de como sou grato — ele inclinou a cabeça para o lado — ele morreu bem?
— Ele morreu gritando — a franqueza de Maite assustou Anahí.
— Que coisa linda de se ouvir — Scott largou a xícara de chá — com isso, você ganhou um favor. Eu vou lhe contar o que sei, e neste caso, não é muito. Mortmain me procurou nos seus primeiros dias, querendo que me juntasse ao Clube Pandemônio. Eu recusei, pois de Quincey já tinha aderido sua proposta, e eu não seria parte do mesmo clube que ele. Mesmo assim, Mortmain deixou-me saber se caso eu mudasse de ideia, haveria um lugar para mim.
— Ele te disse quais eram seus objetivos? — Poncho interrompeu. — Os fins do clube?
— A destruição de todos os Caçadores de Sombras — respondeu Scott — e eu prefiro acreditar que você já sabia disso. Não é um clube de jardinagem.
— Ele tem ódio pela Clave — Maite concordou — pelos Caçadores de Sombras que mataram seus pais há alguns anos. Eles eram bruxos, no estudo das artes negras.
— Menos ódio, e mais de uma ideia fixa — apontou Scott — uma obsessão. Ele viu sua gente ser eliminada, embora tenha fugido e voltado para a Inglaterra a fim de trabalhar seu caminho. Uma espécie metódico de louco. O pior tipo — ele sentou-se na cadeira e suspirou — chegou um novo grupo de jovens lobos, não juramentados a qualquer clã, que está fazendo um trabalho secreto e que é pago muito bem por ele. Ele está incentivando os jovens a usar a droga e criando animosidades entre as áreas. Mas eu não sabia sobre a droga entre meu bando.
— Isso vai mantê-los trabalhando para ele, noite e dia, até caírem de exaustão ou a droga matá-los — disse Poncho — e não há cura para o vício a ela. Ela é mortal.
Os olhos verde amarelados do lobisomem encontraram os seus.
— O yin fen, este pó prata, é o que o seu amigo Christopher Uckermann é viciado, não é? E ele está vivo!
— Ucker ainda sobrevive porque ele é um Caçador de Sombras, e também por ele usar o mínimo possível, o mais raramente que pode. E mesmo assim, ela ainda vai matá-lo no final — a voz de Poncho soou mortal — da mesma forma seria se ele parasse de usar.
— Bem, bem — disse o lobisomem despreocupadamente — neste caso, espero que o Magistrado não compre todo o material e assim crie uma escassez.
Poncho ficou branco. Estava claro que o pensamento não lhe tinha ocorrido. Anahí virou-se para Poncho, mas ele já estava de pé, movendo-se em direção à porta. Ele a fechou com um estrondo. Maite franziu o cenho.
— Isso foi necessário, Woolsey? Acho que só apavorou o pobre menino, e provavelmente para nada.
— Não há nada de errado em ter um pouco de previsão — Scott apontou — eu alertei meu próprio irmão, até que de Quincey o matou.
— De Quincey e o Magistrado são de uma espécie implacável — disse Maite — se você pudesse nos ajudar...
— Toda a situação é certamente bestial — observou Scott — infelizmente, licantropos que não são membros do meu clã não são de minha responsabilidade.
— Se você pudesse simplesmente enviar mensagens, Sr. Scott. Qualquer informação sobre onde eles estão trabalhando ou o que eles estão fazendo pode ser inestimável. A Clave ficaria grata.
— Oh, a Clave — Scott ecoou, parecendo mortalmente entediado — muito bem. Agora, Maite, vamos falar sobre você.
— Ah, mas eu sou muito chata — Maite respondeu, e deliberadamente, Anahí tinha certeza, esbarrou no bule de chá.
Ele bateu na mesa com um estrondo gratificante, derramando água quente. Scott saltou com um grito, tirando seu cachecol do caminho do perigo.
Maite se levantou, engasgando.
— Woolsey, querido — ela disse, colocando a mão em seu braço — você foi de grande ajuda. Permita-me mostrar-lhe a saída...
Até Mais!
Autor(a): Alien AyA
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....