Fanfics Brasil - Nate e Jessie Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Nate e Jessie

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E entre os convidados humanos corriam figuras de todos os tamanhos e formas. Havia um homem, muito alto e magro para ser uma pessoa, vestido com sobretudo e com caudas pairando sobre uma jovem mulher com um manto verde, cujo cabelo vermelho brilhava como uma moeda de cobre. Criaturas que pareciam grandes cães percorriam entre os convidados, os olhos amarelos arregalados e vigilantes. Eles tinham fileiras de espinhos ao longo de suas costas, como os desenhos de animais exóticos que ela vira em livros. Uma dúzia de pequenos duendes gritou e conversava entre si em uma linguagem incompreensível. Eles pareciam estar lutando por um pouco de comida – algo que parecia um sapo rasgado. Anahí engoliu a bile quando presenciou aquilo.


E percebeu o que não tinha visto antes. Sua mente ainda não tinha percebido junto às decorações e amaduras, mas eles estavam lá. Autômatos cobriam as paredes, em silêncio e imóveis. Eram humanos em sua forma, como o cocheiro que tinha pertencido às Irmãs Sombrias, e usavam os símbolos da família Lightwood, cada um com um Ouroboros estampado no peito esquerdo. Seus rostos estavam eram brancos e inexpressivos, como esboços de crianças que não tinham sido preenchidos.


Alguém a pegou pelos ombros. Seu coração deu um grande salto de medo. Ela tinha sido descoberta! Com todos os músculos do seu corpo apertados, uma voz familiar disse:


— Pensei que você nunca iria chegar aqui, Jessie querida.


Ela se virou e olhou para o rosto de seu irmão.


 •••


A última vez que Anahí tinha visto Nate, ele estava ferido e sangrando, rosnando para ela em um corredor do Instituto, uma faca na mão. Era uma mistura terrível de assustador, patético e horrível ao mesmo tempo.


Este Nate era bem diferente. Ele sorriu – Jessamine era muito menor do que ele, era estranho não ter a altura do queixo do seu irmão, mas sim do seu peito – com vivos olhos azuis. Seu cabelo estava escovado e limpo, a pele sem hematomas. Ele usava um casaco elegante e uma camisa preta que lhe dava boa aparência. Suas luvas eram brancas.


Nate estava como sempre sonhava em ser: aparência rica, elegante e sofisticada. Um sentimento de alegria escorria dele. Menos contentamento, Anahí teve que admitir, e mais satisfação própria. Ele se parecia com Church depois de ter matado um rato.


Nate riu.


— O que é isso, Jess? Você olha como se visse um fantasma.


Eu vejo. O fantasma do irmão com que uma vez eu me preocupei. Anahí tentou pegar um pensamento de Jessamine, mas a mente dela estava fechada. Novamente, sentiu como se estivesse passando as mãos por água envenenada, incapaz de compreender qualquer coisa sólida.


— Um medo súbito veio sobre mim, o pensamento de que você não viria — ela respondeu.


Desta vez sua risada foi suave.


— E perder a chance de vê-la? Não seja uma menina tola. — Ele olhou em volta, sorrindo. — Os Lightwood deverão fazer mais bailes para impressionar o Magistrado — ele estendeu a mão para ela — Me concederia a honra de favorecer-me com uma dança, Jessie?


Jessie. Não “Senhorita Lovelace.” Qualquer dúvida que Anahí tinha foi destruída após ver a forma íntima como seu irmão a chamou. Ela forçou seus lábios em um sorriso.


— É claro.


A orquestra – uma coleção de homens pequenos de pele roxa e prateada – tocava uma valsa. Nate pegou a mão dela, conduzindo-a.


Graças a Deus, Anahí pensou. Graças a Deus ela passou anos dançando com seu irmão na sala de estar de seu pequeno apartamento em Nova York. Ela sabia exatamente como ele dançava e como encaixar seus movimentos a ele, mesmo neste corpo menor, desconhecido. É claro que ele nunca tinha olhado para ela ternamente como estava fazendo, os lábios entreabertos. Meu Deus será que ele a beijou? Anahí não tinha pensado na possibilidade. Ela ficaria nauseada caso ele tentasse, se ele o fizer. Oh, Deus, ela orou. Que ele não tente.


Ela falou rapidamente:


— Tive uma dificuldade terrível de sair escondida esta noite do Instituto. A miserável da Sophie quase encontrou o convite.


O aperto de Nate aumentou sobre ela.


— Mas ela não o encontrou, não é?


Havia uma advertência em sua voz. Anahí sentiu que ela já estava perto de uma gafe séria. Ela deu uma rápida olhada ao redor da sala – oh, onde Poncho está? O que ele disse? Mesmo que você não me veja, eu vou estar lá? Mas Anahí nunca se sentiu tão sozinha.


Com uma respiração profunda, ela jogou a cabeça em sua melhor imitação de Jessamine.


— Você me toma por uma tola? Claro que não. Bati com meu espelho em sua cabeça e ela desmaiou imediatamente. Além disso, ela provavelmente nem sabe ler.


— Verdade — Nate respondeu, relaxando visivelmente — eles poderiam ter encontrado uma doméstica que convém a uma senhora. Aquela que fala francês, sabe costurar...


— Sophie sabe costurar... — Anahí disse automaticamente, e podia ter dado um tapa em si mesma — razoavelmente — emendou, e bateu os cílios para Nate — e como você tem conseguido se manter desde que nos vimos? — Não que eu tenha a menor ideia de quando isso poderia ter sido.


— Muito bem. O Magistrado continua a me favorecer.


— Ele é sábio — Anahí comentou — ele reconhece um tesouro inestimável quando vê um.


Nate tocou seu rosto levemente com a mão enluvada. Anahí fez tudo para não enrijecer.


— Tudo por você, minha querida. Minha verdadeira mina de informações — ele se aproximou dela — vejo que você usou o vestido que eu lhe pedi — ele sussurrou — desde que você descreveu como o usou na última festa de Natal, eu ansiava vê-lo por mim mesmo. E posso dizer que você deslumbra os olhos?


O estômago de Anahí se revirou, tentando forçar o caminho até sua garganta. Seus olhos corriam ao redor da sala novamente. Com uma guinada de reconhecimento, ela viu Gideon Lightwood, dançando com uma bela figura em seu vestido de noite, apesar de parecer rigidamente estranho. Somente seus olhos se moviam ao redor da sala.


Gabriel estava vagando para lá e para cá, com um copo que parecia ser limonada na mão, os olhos brilhando de curiosidade. Ela viu-o ir até uma das meninas com o cabelo brilhando e começar uma conversa. Acabando com qualquer esperança de que os meninos não soubessem o que seu pai estava fazendo, ela olhou para longe de Gabriel com irritação. E então viu Poncho.


Ele estava encostado na parede à sua frente, entre duas cadeiras vazias. Apesar de sua máscara, sentiu como se pudesse ver diretamente em seus olhos. Como se ele estivesse perto o suficiente para tocar. Ela meio esperou que ele olhasse divertido com a sua situação, mas ele não fez, ele parecia tenso, e furioso, e...


— Deus, eu tenho ciúmes de qualquer outro homem que te olha — disse Nate — você deve ser olhada apenas por mim.


Bom Senhor, Anahí pensou. Essa linha de conversa realmente funciona na maioria das mulheres? Se seu irmão tivesse lhe pedido conselhos sobre estas pérolas, teria respondido que ele soava como um idiota. Embora talvez ela só pensasse que soava como um idiota porque ele era seu irmão. E desprezível. Informações, ela pensou. Devo obter informações e, em seguida, ficar longe dele, antes que eu realmente passe mal.


Ela olhou para Poncho novamente, mas ele já tinha ido, como se nunca tivesse estado lá. Ainda assim, acreditou nele quando disse que estaria observando-a, mesmo que não o visse. Ela arranjou coragem, e falou:


— Realmente, Nate? Às vezes temo que você me valoriza apenas pelas informações que posso te dar.


Por um momento, ele parou e ficou imóvel, quase empurrando-a para fora da dança.


— Jessie! Como pode pensar uma coisa dessas? Você sabe como eu te adoro — ele olhou para ela em reprovação quando eles começaram a mover-se com a música novamente — é verdade que a sua conexão com os Nephilim do Instituto tem sido inestimável. Sem você, nós nunca teríamos sabido que eles estavam indo a York, por exemplo. Mas pensei que soubesse que estava me ajudando porque estamos trabalhando em direção a um futuro juntos. Quando eu me tornar a mão direita do Magistrado, querida, serei capaz de te prover.


Anahí riu nervosamente.


— Você está certo, Nate. É só que eu fico com medo às vezes. O que Maite faria se descobrir que eu estava espionando para você? O que eles fariam comigo?


Nate girou em torno dela facilmente.


— Oh, nada, querida. Você mesmo disse, eles são covardes — ele olhou para além dela e levantou uma sobrancelha — até Benedict, com seus velhos truques. Isso é nojento.


Anahí olhou ao redor e viu Benedict Lightwood recostando-se no sofá de veludo carmesim, perto da orquestra. Ele estava sem paletó, um copo de vinho tinto em uma das mãos, os olhos semicerrados. Esparramada sobre o peito, Anahí viu, para sua surpresa, havia uma mulher – ou pelo menos tinha a forma de uma mulher. O longo cabelo preto estava solto, usava um decotado vestido de veludo também preto e pequenas serpentes saíam de seus olhos, sibilando. Enquanto Anahí observava, uma delas estendeu uma língua comprida e bifurcada e lambeu o rosto de Benedict Lightwood.


— Isso é um demônio — Anahí exalou, esquecendo por um momento que era Jessamine.


— Não é? — Felizmente, Nate não pareceu achar nada de estranho sobre a questão. — Claro que é, bobinha. Isso é o que Benedict gosta. Mulheres demônio.


A voz de Poncho ecoou nos ouvidos de Anahí, eu ficaria surpreso se algumas das visitas noturnas do velho Lightwood a certas casas em Shadwell não o tivessem deixado com um sórdido caso de varíola de demônio.


— Oh, ugh.


— De fato — disse Nate — irônico, considerando as maneiras elevadas e poderosas dos Nephilim. Muitas vezes pergunto-me por que Mortmain favorece-o assim e quer vê-lo instalado no Instituto.


Nate parecia rabugento.


Anahí já tinha adivinhado, mas o conhecimento de que Mortmain estava por trás da determinação feroz de Benedict de tomar o Instituto de Maite ainda era como um golpe.


— Eu simplesmente não consigo ver — ela comentou, tentando o seu melhor para adotar comportamento levemente rabugento de Jessie — que uso terá ao Magistrado. É apenas um edifício grande e velho...


Nate riu com indulgência.


— Não é o prédio coisa, bobinha. É a posição. O chefe do Instituto de Londres é um dos Caçadores de Sombras mais poderosos da Inglaterra, e o Magistrado controla Benedict como se ele fosse um boneco. Usando-o, ele pode destruir o Conselho de dentro, enquanto os exércitos de autômatos destroem de fora — ele girou-a habilmente; somente anos de prática de dança com Nate a impediu de cair, tão distraída quanto estava pelo choque — além disso, não é bem verdade que o Instituto não contém nada de valor. O acesso à Grande Biblioteca será inestimável para o Magistrado. Sem mencionar a sala de armas...


— E Anahí — ela apertou o cerco contra a sua voz para não tremer.


— Anahí?


— Sua irmã. O Magistrado ainda a quer, não é?


Pela primeira vez, Nate olhou para ela com uma surpresa perplexa.


— Nós já passamos por isso, Jessamine. Anahí vai ser presa por posse ilegal de artigos de magia negra, e enviada para a Cidade do Silêncio. Benedict vai trazê-la de lá e entregá-la para o Magistrado. É tudo parte do acordo, embora o que Benedict está recebendo não está claro para mim ainda. Deve ser algo bastante significativo, ou ele não o faria por conta própria.


Presa? Posse de artigos de magia negra? A cabeça de Anahí girou. As mãos de Nate deslizaram em torno de seu pescoço. Ele usava luvas, mas Anahí não conseguia se livrar da sensação de que algo viscoso estava tocando sua pele.


— Minha Jessie — ele murmurou — você se comporta quase como se tivesse se esquecido de sua parte no negócio. Escondeu o Livro Branco no quarto da minha irmã como lhe pedimos, não é?


— É-é claro que sim. Eu só estava brincando, Nate.


— Essa é minha boa menina.


Ele se aproximou. Estava definitivamente pronto para beijá-la. Era muito impróprio, mas nada sobre esse lugar poderia ser considerado adequado. Em um estado de absoluto horror, Anahí balbuciou:


— Nate... estou me sentindo tonta, como se eu fosse desmaiar. Acho que é o calor. Pode me buscar uma limonada?



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Autor(a): Alien AyA

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Ele olhou-a por um momento, sua boca apertada com aborrecimento, mas Anahí sabia que não podia recusar. Nenhum cavalheiro faria. Ele endireitou-se, limpou a garganta, e sorriu. — É claro. Deixe-me ajudá-la a achar um assento em primeiro lugar. Ela protestou, mas a mão dele já estava em seu cotovelo, guiando-a em dire&cce ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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