Fanfics Brasil - Uma Fada Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Uma Fada

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Ele olhou-a por um momento, sua boca apertada com aborrecimento, mas Anahí sabia que não podia recusar. Nenhum cavalheiro faria. Ele endireitou-se, limpou a garganta, e sorriu.


— É claro. Deixe-me ajudá-la a achar um assento em primeiro lugar.


Ela protestou, mas a mão dele já estava em seu cotovelo, guiando-a em direção a uma das cadeiras alinhadas ao longo das paredes. Ele a sentou e desapareceu no meio da multidão.


Anahí observou-o, tremendo. Magia negra. Ela sentiu-se mal e com raiva. Queria dar um tapa em seu irmão, sacudi-lo até que ele lhe contasse o resto da verdade, mas sabia que não podia.


— Você deve ser Anahí Portilla — disse uma voz suave ao seu lado — tem o olhar de sua mãe.


Anahí quase pulou para fora de sua pele. Ao seu lado estava uma mulher alta e magra, com cabelos soltos e compridos, da cor das pétalas de lavanda. Sua pele era azul-clara, o vestido longo em uma confecção flutuante de gaze e tule. Seus pés estavam descalços, e entre os dedos dos pés havia membranas finas como teias de aranha, num azul mais escuro do que sua pele.


As mãos de Anahí foram para o seu rosto em um repentino terror. Estava perdendo seu disfarce? Mas a mulher azul riu.


— Eu não queria lhe deixar com medo da falta de sua ilusão. Ela ainda está em vigor. É que minha espécie pode ver através dela. Tudo isso — ela gesticulou vagamente para o cabelo loiro de Anahí, seu vestido branco e pérola — é como o vapor de uma nuvem, e você é o céu além dele. Sabia que sua mãe tinha olhos como os seus, às vezes cinza, às vezes azul para os outros?


Anahí encontrou sua voz.


— Quem é você?


— Oh, minha espécie não gosta de dar nomes, mas você pode me chamar como quiser. Pode inventar um nome lindo para mim. Sua mãe costumava chamar-me Jacinta.


— A flor azul — Anahí lembrou fracamente — como você sabia quem era a minha mãe? Não parece ser mais velha do que eu.


— Depois de nossa adolescência, os da minha espécie não envelhecem ou morrem. Nem você vai. Garota de sorte! Espero que apreciem o serviço feito em você.


Anahí balançou a cabeça em confusão.


— Serviço? Que serviço? Está falando de Mortmain? Você sabe o que eu sou?


— Você sabe o que eu sou?


Anahí pensou no Códex.


— Uma fada? — adivinhou.


— E você sabe o que é um mutante?


Anahí balançou a cabeça.


— Às vezes — confidenciou Jacinta, baixando a voz em um sussurro — quando nosso sangue de fada fica fraco, somos levados para a casa dos humanos, e lá pegamos a criança mais bonita e forte e levamos em um piscar de olhos, e muitas vezes substituímos por um de nossos bebês que ficou doente. Enquanto a criança humana cresce saudável e forte em nossas terras, a família humana vai encontrar-se sobrecarregada com uma criatura moribunda que morre de medo de ferro. Dessa forma, nossa linhagem é reforçada.


— Por que se preocupar? — Anahí exigiu. — Por que não apenas roubar a criança humana e não deixar nada em seu lugar?


Jacinta arregalou os olhos azuis escuros.


— Porque... porque isso não seria justo. E isso geraria suspeita entre os mundanos. Eles são estúpidos, mas há muitos deles. Não queremos causar sua ira. Eles viriam atrás de nós com ferro e tochas — ela estremeceu.


— Só um momento. Você está me dizendo que eu sou uma mutante?


Jacinta encheu-se de risos.


— Claro que não! Que pensamento ridículo! — Ela colocou as mãos no coração quando riu, e Anahí viu que seus dedos da mão também estavam presos com a teia azul. De repente ela sorriu, mostrando os dentes brilhantes. — Há um rapaz muito bonito olhando para cá. Belo como um senhor das fadas! Eu deveria deixá-la com ele.


Ela piscou, e antes que Anahí pudesse protestar, Jacinta sumiu de volta na multidão.


Abalada, Anahí virou-se, esperando que o “rapaz muito bonito” fosse Nate, mas era Poncho, inclinando-se contra a parede ao seu lado. No momento em que seus olhos se encontraram, ele se virou e começou a examinar cuidadosamente a pista de dança.


— O que essa mulher fada quer?


— Eu não sei — Anahí respondeu, exasperada — me dizer que não sou uma mutante, aparentemente.


— Bem, isso é bom. Processo de eliminação.


Anahí teve que admitir que Poncho estava fazendo um bom trabalho, misturando-se com as cortinas escuras atrás dele como se não estivesse lá. Deve ser um talento de Caçador de Sombras.


— E quais são as novidades de seu irmão?


Ela agarrou as mãos, olhando para o chão enquanto falava.


— Jessamine está espionando para Nate todo esse tempo. Eu não sei por quanto tempo exatamente. Ela está dizendo tudo. Acha que ele está apaixonado por ela.


Poncho olhou surpreso.


— Você acha que ele está apaixonado por ela?


— Acho que Nate se preocupa apenas consigo mesmo — Anahí respondeu. — Não é o pior, porém. Benedict Lightwood está trabalhando para Mortmain. É por isso que ele está lutando para obter o Instituto. Assim, o Magistrado pode tê-lo. E a mim. Nate sabe tudo sobre isso, é claro. Ele não se importa.


Anahí olhou para suas mãos novamente. As mãos de Jessamine. Pequenas e delicadas em suas finas luvas brancas. Oh, Nate, pensou. Tia Harriet costumava chamá-lo o menino dos olhos azuis dela.


— Espero que isso tenha sido antes de ele a matar — disse a Poncho. Só então Anahí percebeu que tinha falado em voz alta.


— E lá está ele de novo — Poncho acrescentou, em um murmurar.


Anahí olhou para a multidão e viu Nate, seu cabelo loiro como um farol, vindo em sua direção. Em sua mão havia um copo de um líquido dourado cintilante. Ela virou-se para dizer a Poncho ir embora, mas ele já havia desaparecido.


— Limonada efervescente — disse Nate, chegando até ela e empurrando o copo em sua mão.


Ela sentiu o frio em sua pele. Tomou um gole, apesar de tudo, e era delicioso. Nate tirou o cabelo de sua testa.


— Agora, você estava dizendo... escondeu o livro no quarto da minha irmã...


— Sim, como você me disse para fazer — Anahí mentiu — ela não suspeita de nada, é claro.


— Espero que não.


— Nate...


— Sim?


— Você sabe o que o Magistrado pretende fazer com a sua irmã?


— Eu já lhe disse, ela não é minha irmã — a voz de Nate era cortante — e eu não tenho ideia do que ele pretende fazer com ela, nem qualquer interesse. Meus planos são todos para mim – o nosso futuro juntos. Devo esperar que você seja dedicada?


Anahí pensou em Jessamine, sentada emburrada na sala com os outros Caçadores de Sombras enquanto eles folheavam jornais sobre Mortmain; Jessamine fingindo adormecer à mesa, e escutando eles discutirem os planos de Ragnor Fell. E Anahí tendo pena dela, achando que ela odiava Nate, a odiava tanto que sentiu como fogo em sua garganta. Eu já lhe disse, ela não é minha irmã. Anahí deixou que seus olhos se arregalassem, e seu lábio tremeu.


— Estou fazendo o melhor que posso, Nate. Você não acredita em mim?


Ela sentiu uma sensação de triunfo ao vê-lo visivelmente derrotar seu aborrecimento.


— Claro, querida. É claro — ele examinou seu rosto — não se sente melhor? Vamos dançar de novo?


Ela segurava o copo na mão.


— Ah, eu não sei...


— É claro — Nate riu — eles dizem que um cavalheiro deve dançar apenas um conjunto ou dois com sua esposa.


Anahí congelou. Era como se o tempo tivesse parado: tudo no salão parecia congelar junto com ela, até mesmo o sorriso no rosto de Nate. Esposa? Ele e Jessamine se casaram?


— Anjo? — Nate chamou, sua voz soando como se estivesse vindo de longe. — Você está bem? Está branca como uma folha.


— Sr. Portilla — uma voz, com um tom mecânico falou por trás do ombro de Nate. Era um dos autômatos vestido em branco que Anahí vira, segurando uma bandeja de prata em que tinha uma folha de papel dobrada — uma mensagem para você.


Nate ficou surpreso e arrancou o papel da bandeja; Anahí viu como ele desdobrou, leu-o, xingou, e enfiou-o no bolso do casaco.


— Meu, meu — disse ele — uma nota dele próprio.


Deve significar o Magistrado, Anahí pensou.


— Eu sou necessário, aparentemente. Algo terrível aconteceu, mas o que se pode fazer? — Ele pegou sua mão e puxou-a de pé, depois se inclinou para um beijo na bochecha. — Fale com Benedict, ele vai ter certeza de que será escoltada de volta para a carruagem, Sra. Portilla. — Ele falou as duas últimas palavras em um sussurro. Anahí assentiu entorpecida. — Boa menina.


Então ele se virou e desapareceu no meio da multidão, seguido pelo autômato. Anahí ficou a olhar para os dois vertiginosamente. Deve ser o choque, pensou ela, mas começou a ver todos no salão com um olhar um pouco peculiar. Era como se pudesse ver cada raio de luz ser deflagrado por cristais do lustre. O efeito era bonito, estranho e um pouco vertiginoso.




Até Mais!


 



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Autor(a): Alien AyA

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— Anahí — era Poncho, indo sem esforço para o espaço ao lado dela. Ela se virou para olhar para ele. Ela o observou, tendo uma visão de um efeito diferente e bonito, estranho, pensou, o cabelo e máscara pretos, os olhos azuis e pele clara, o rubor nas maçãs do rosto salientes. Foi como olhar para um ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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