Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
— Anahí — era Poncho, indo sem esforço para o espaço ao lado dela.
Ela se virou para olhar para ele. Ela o observou, tendo uma visão de um efeito diferente e bonito, estranho, pensou, o cabelo e máscara pretos, os olhos azuis e pele clara, o rubor nas maçãs do rosto salientes. Foi como olhar para uma pintura.
— Vejo que seu irmão recebeu a nota.
— Ah — tudo se encaixou — você a enviou.
— Eu o fiz — satisfeito consigo mesmo, Poncho pegou o copo de limonada de sua mão, tomando o restante, e colocou em uma janela — eu tinha que tirá-lo daqui. E nós provavelmente devemos seguir o exemplo, antes que ele perceba que a nota é falsa e volte. Se bem que mandei-o até a Vauxhall; há o tempo para chegar lá e voltar, por isso, é mais provável e seguro — ele parou, e ela podia ouvir o súbito alarme em sua voz — Annie... Anahí? É... Você está bem?
— Por que você pergunta? — Sua voz ecoou em seus próprios ouvidos.
— Olhe.
Ele estendeu a mão e pegou uma mecha de seu cabelo balançando, puxando-a para frente para que ela pudesse vê-lo. Ela olhou. Marrom escuro, não podia ser. Seu próprio cabelo. Não é mais Jessamine.
— Oh, Deus — ela colocou a mão no rosto, reconhecendo os familiares formigamentos da transformação — quanto tempo...?
— Não muito. Você era Jessamine quando me sentei — ele segurou a mão dela — venha. Rapidamente.
Ele começou a andar em direção à saída, mas era um longo caminho através do salão de baile, e todo o corpo de Anahí estava se contorcendo e tremendo com a mudança. Ela engasgou quando mordeu seus lábios... viu Poncho girar a cabeça, alarmado; sentiu-o pegá-la quando tropeçou, e meio puxá-la para frente. A sala girou em torno dela. Eu não posso desmaiar. Não me deixe desmaiar.
O vento frio atingiu seu rosto. Percebeu vagamente que Poncho havia levado-a através de um par de portas francesas e eles estavam em um pequeno balcão de pedra, um dos muitos com vista para os jardins. Ela se afastou dele, tirando a máscara dourada do rosto, e quase caiu contra a balaustrada de pedra. Depois de fechar as portas por trás deles, Poncho virou-se e correu para ela, colocando a mão levemente em suas costas.
— Anahí?
— Eu estou bem.
Ela estava feliz com a balaustrada de pedra debaixo de suas mãos, sua solidez e dureza inexprimivelmente tranquilizadoras. O ar frio diminuiu a tontura aos poucos.
Olhando para baixo, para si mesma, ela podia ver que tinha se tornado Anahí novamente. O vestido branco era alguns centímetros mais largo em certos lugares agora e muito curto, o laço estava tão apertado que sua pele se sobressaía no decote. Ela sabia que algumas mulheres apertavam apenas para obter este efeito, mas foi um pouco chocante ver tanto de sua própria pele em exposta.
Ela olhou de soslaio para Poncho, feliz com o ar frio mantendo suas bochechas em chamas.
— Eu só não sei o que aconteceu. Isso nunca aconteceu comigo antes, perder a mudança sem perceber assim. Deve ter sido a surpresa de tudo. Eles estão casados, você sabia? Nate e Jessamine. Casados. Nate nunca foi o tipo de casar. E ele não a ama. Eu posso dizer. Ele não ama ninguém, apenas a si mesmo. Ele nunca amou.
— Annie — Poncho disse de novo, desta vez mais calmamente.
Ele estava encostado na balaustrada, também, de frente para ela. Estavam a uma distância muito curta um do outro. Acima deles a lua nadava por entre as nuvens, um barco branco sobre um mar ainda preto.
Ela fechou a boca, consciente de que tinha balbuciado.
— Sinto muito — ela falou suavemente, olhando para longe.
Quase hesitante, ele colocou a mão contra a bochecha dela, virando-a para ele. Ele tirou a luva, e sua pele estava nua contra a dela.
— Não há nada que se desculpar. Você foi brilhante lá, Anahí. Nem um passo fora do lugar — ela sentiu seu rosto quente sob a calma dos dedos dele — eu fiquei impressionado.
Este era Poncho falando? Poncho, que falara no telhado do Instituto como se ela fosse lixo?
— Você não deixou de gostar do seu irmão, não é? Eu pude ver o seu rosto quando ele estava falando com você, e eu queria matá-lo por quebrar seu coração.
Você quebrou meu coração, ela queria rebater. Em vez disso, ela falou:
— Uma parte de mim sente falta dele, como quando você perdeu a sua irmã. Apesar de eu saber o que ele é, sinto falta do irmão que pensei que tinha. Ele era minha única família.
— O Instituto é a sua família agora.
Sua voz era incrivelmente gentil. Anahí olhou para ele com espanto. Gentileza não era algo que teria associado a Poncho. Mas estava ali, no toque da mão em seu rosto, na suavidade de sua voz, em seus olhos. Era o jeito que ela sempre sonhou que um menino olhasse para ela. Mas nunca havia sonhado com alguém tão bonito como Poncho, não em toda a sua imaginação. Na luz do luar, a curva de sua boca parecia pura e perfeita, os olhos por trás da máscara quase negros.
— Devemos voltar para dentro — ela falou, num meio sussurro.
Ela não queria voltar para dentro. Queria ficar aqui, com Poncho dolorosamente perto, quase inclinando-se para ela. Podia sentir o calor que irradiava de seu corpo. Seu cabelo escuro caiu ao redor da máscara, em seus olhos, enredando-se com seus longos cílios.
— Nós temos apenas um pouco de tempo...
Anahí deu um passo em frente e tropeçou em Poncho, que a pegou. Ela congelou e então seus braços se entrelaçaram ao redor dele, os dedos de Poncho tocando sua nuca. O rosto dela se pressionou na garganta de Poncho, e seus dedos enrolaram-se nos cabelos dele. Ela fechou os olhos, cerrando o mundo vertiginoso, a luz para além das janelas francesas, o brilho do céu. Ela queria estar aqui com Poncho, encapsulada neste momento, inalando seu aroma fresco, sentindo a batida do seu coração contra o seu, tão firme e forte quanto o pulsar do oceano. Ela sentiu-o suspirar.
— Annie. Annie, olhe para mim.
Ela levantou os olhos para ele, lentos e sem vontade, se preparou para a raiva ou frieza. Seu olhar, porém, estava fixo no dela, seus olhos azuis escuros e sombrios sob seus cílios grossos e negros, e estavam despojados de toda a sua distância de costume, de um frio distante. Eles eram tão transparentes quanto vidro e cheio de desejo. E mais do que desejo – a ternura que nunca tinha visto neles antes, nunca tinha associado com Poncho Herrera. Isso, mais do que qualquer outra coisa, parou seu protesto quando ele levantou as mãos e metodicamente começou a soltar as presilhas de seu cabelo, uma por uma.
Isso é loucura, pensou, quando a primeira presilha caiu no chão. Eles deveriam estar saindo, fugindo deste lugar. Em vez disso, ela estava sem palavras quando Poncho jogou os grampos de pérola de Jessamine de lado. Tomando seu próprio tempo, enrolando o cabelo escuro caindo sobre os ombros, Poncho deslizou as mãos para ela. Ela ouviu-o exalar quando o fez, como se estivesse segurando a respiração por um mês e tinha finalmente conseguido respirar. Ela se levantou como se hipnotizada, pois ele reuniu seu cabelo em suas mãos, revestindo-o sobre um dos ombros, enrolando os cachos entre os dedos.
— Minha Anahí — ele falou, e desta vez ela não lhe disse que não era sua.
Aqui está o que vocês tanto queriam!!!
Autor(a): Alien AyA
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— Minha Anahí — ele falou, e desta vez ela não lhe disse que não era sua. — Poncho — ela sussurrou enquanto ele estendia a mão e as abria em torno de seu pescoço. Ele tirou as luvas dela, que se uniram à máscara e às presilhas de Jessie no chão de pedra da v ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....