Fanfics Brasil - Nova Diversão Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Nova Diversão

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A porta se abriu suavemente, tão suavemente que se Christian não estivesse entrando e saindo do sono, o barulho não o teria acordado.


Ele olhou para cima. Estava sentado em uma poltrona perto do fogo, em seu lugar favorito no sofá. Poncho, com as mangas da camisa cheias de sangue, dormia profundamente por causa da droga que o estava curando. O antebraço estava enfaixado até o cotovelo, ele estava com as bochechas coradas, a cabeça apoiada em seu braço ileso. O dente que ele tinha puxado de seu braço estava em cima da mesa ao lado dele, brilhando como marfim.


A porta da sala fora aberta atrás dele. E lá, enquadrada no arco, estava Camille. Ela usava uma capa de viagem de veludo preto aberta sobre um vestido verde brilhante, que combinava com seus olhos. Seu cabelo estava preso no alto da cabeça com um pente de esmeralda, e enquanto ele a olhava, a vampira descalçou as luvas brancas de pelica, deliberadamente devagar, uma por uma, e colocou-as na mesa ao lado da porta.


— Christian — disse ela, e sua voz, como sempre, soou como sinos prateados — você se esqueceu de mim?


Christian sentou-se ereto. A luz do fogo iluminava os cabelos brilhantes de Camille, sua pele de porcelana branca. Ela era extraordinariamente bela.


— Não achei que iria me favorecer com a sua presença esta noite.


Ela olhou para Poncho, dormindo no sofá. Seus lábios se curvaram para cima.


— Percebo isso!


— Você não enviou qualquer mensagem. Na verdade, não me enviou nenhuma mensagem desde que deixou Londres.


— Está me repreendendo, Christian? — Camille parecia divertida. Deslizando por trás do assento, inclinou-se sobre as costas do sofá, olhando para o rosto de Poncho — Poncho Herrera. Ele é lindo, não é? Ele é a sua mais nova diversão?


Em vez de responder, Christian cruzou as longas pernas.


— Onde você estava?


Camille se inclinou mais. Se ela respirasse, teria agitado o cabelo escuro que ondulava na testa de Poncho.


— Posso beijá-lo?


— Não — disse Christian — onde você esteve, Camille? Toda noite eu fico aqui no seu sofá esperando ouvir seus passos no corredor, e eu me perguntava onde você poderia estar. Você pode ao menos me dizer.


Ela se endireitou, revirando os olhos.


— Ah, muito bem. Eu estava em Paris, fazendo alguns vestidos com a modista. Uma coisa muito necessária para as damas de Londres.


Houve um longo silêncio.


— Então, você está mentindo — Christian comentou.


Os olhos dela se arregalaram.


— Por que você diz uma coisa dessas?


— Porque é a verdade — ele pegou uma carta amassada do bolso e jogou entre eles — não se pode rastrear um vampiro, mas se pode acompanhar o subjugado de um vampiro. Você levou Walker. Foi fácil o suficiente para eu rastreá-lo até São Petersburgo. Eu tenho informantes lá. Eles me deixaram saber que você estava vivendo lá com um amante humano.


Camille olhou-o, um pequeno sorriso brincando no canto de sua boca.


— E isso te deixou com ciúmes?


— Você quer que eu esteja?


— Ça m’est égal — disse Camille, falando em francês quando ela realmente queria irritá-lo — ele não me importa, foi apenas uma distração enquanto estava na Rússia, nada mais.


— E agora ele está...


— Morto. Assim, ele dificilmente representa uma concorrência para você. Você tem que me deixar ter meus pequenos desvios, Christian.


— Caso contrário?


— Caso contrário, vou ficar extremamente infeliz.


— Como você se tornou infeliz com seu amante humano, e o matou? — Christian perguntou. — Por pena? Compaixão? Amor? Ou você não sente emoções?


— Eu amo — Camille disse indignada — você e eu, Christian, duraremos para sempre, amamos de tal maneira que não pode ser concebida por mortais, uma chama constante entre luz e escuridão. O que eles possuem é importante para você? A fidelidade é um conceito humano, com base na ideia de que estamos aqui, mas por um curto período de tempo. Você não pode exigir minha fidelidade por toda a eternidade.


— Quão tolo eu sou. Pensei que pudesse. Pensei que pudesse, pelo menos, esperar que não mentisse para mim.


— Você está sendo ridículo. Uma criança. Você espera que eu tenha a moral de um mundano quando eu não sou humana, e nem você. Independentemente disso, há muito pouco que você pode fazer sobre isso. Eu não vou ser ditada, certamente não por algum mestiço. Você está ligado a mim, você mesmo disse. Sua devoção simplesmente terá de sofrer minhas diversões, e então nós devemos passar vários e longos momentos bastante agradáveis. Senão, vou deixá-lo. Não posso imaginar que você queira isso.


Havia um sorriso em sua voz enquanto falava, e estalou algo dentro de Christian. Ele recordou a sensação de mal estar na garganta quando a carta de São Petersburgo tinha chegado. E ainda assim ele esperou por seu retorno, esperando que ela tivesse uma explicação. Que ela iria pedir desculpas. Pedi-lhe para amá-la novamente. Agora que percebeu que não valia a pena que, para ela, nunca havia sido nada. Uma névoa vermelha passou diante de seus olhos, ele devia estar louco momentaneamente, pois era a única explicação para o que ele fez em seguida.


— Isso não importa — ele ficou de pé — eu tenho Poncho agora.


Ela abriu a boca.


— Você não pode estar falando sério. Um Caçador de Sombras?


— Você pode ser imortal, Camille, mas os seus sentimentos são insípidos e superficiais. Os de Poncho não são. Ele entende o que é amar — Christian, tendo entregue este discurso insano com grande dignidade, atravessou a sala e sacudiu o ombro de Poncho — Poncho. Alfonso. Acorde.


Poncho abriu seus olhos azuis nebulosos. Ele estava deitado de costas olhando para cima, e a primeira coisa que ele viu foi o rosto de Camille quando ela se curvou sobre o dorso do sofá, olhando-o. Ele pulou de pé.


— Pelo Anjo.


— Oh, shh — disse Camille preguiçosamente, sorrindo apenas o suficiente para mostrar as pontas dos dentes — não vou te machucar, Nephilim.


Christian puxou Poncho.


— A dona da casa está de volta.


— Posso ver isso — Poncho estava vermelho, a gola da camisa escura com o suor — encantador — ele disse para ninguém em particular, e Christian não tinha certeza se significava que ele ficou encantado ao ver Camille ou encantado com os efeitos da magia analgésica que Christian tinha usado com ele, certamente era uma possibilidade, ou estava sendo simplesmente incoerente.


— E, portanto — Christian continuou, apertando o braço de Poncho com uma pressão de significado — temos que ir.


Poncho piscou para ele.


— Ir para onde?


— Não se preocupe com isso agora, meu amor.


Poncho piscou novamente.


— Perdão? — Ele olhou em volta, como se ele meio que esperasse ver alguém em volta. — Eu... onde está o meu casaco?


— Arruinado com sangue — Christian respondeu — Archer jogou-o fora — ele acenou para Camille — Poncho tem caçado demônios a noite toda. Tão corajoso!


A expressão de Camille era uma mistura de espanto e aborrecimento.


— Eu sou corajoso — Poncho repetiu.


Ele parecia satisfeito consigo mesmo. Os tônicos analgésicos haviam ampliado suas atitudes, e seus olhos pareciam muito escuros.


— Sim, você é — Christian concordou, e beijou-o.


Não foi o beijo mais dramático, mas Poncho agitou o braço bom, como se uma abelha o tivesse picado; Christian tinha a esperança de que Camille assumisse aquilo como paixão. Quando eles se separaram, Poncho olhou espantado. O mesmo fez Camille, para esse assunto.


— Agora, Christian disse, esperando que Poncho lembrasse que estava em dívida — temos que ir.


— Mas, eu... — Poncho virou de lado. — O dente!


Ele atravessou a sala, pegou-o e colocou-o no bolso do colete de Christian. Em seguida, com um piscar para Camille que, Christian pensava, só Deus sabia como ela iria interpretar, ele passeou fora da sala.


— Camille... — Christian começou.


Ela tinha os braços cruzados sobre o peito e estava olhando para ele venenosamente.


— Manter um relacionamento com o Caçador de Sombras nas minhas costas — disse ela friamente — e ainda vir com essa posição hipócrita. E, na minha própria casa! Realmente, Christian — ela apontou para a porta — por favor, deixe minha residência e não retorne.


Christian estava muito contente em obedecer. Alguns momentos mais tarde, ele se juntou a Poncho na calçada do lado de fora da casa, encolhendo os ombros no casaco – tudo o que pertencia a ele agora estava em seus bolsos e nos botões contra o ar frio.


— Você acabou de me beijar? — Poncho perguntou.


Christian tomou uma decisão em frações de segundo.


— Não.


— Eu pensei...


— Desculpe, mas eu deveria ter falado que os efeitos posteriores da ingestão de analgésicos mágicos podem resultar em alucinações do tipo mais bizarro.


— Oh — disse Poncho — que peculiar.


Ele olhou de volta para casa de Camille. Christian podia ver a janela da sala de estar, as cortinas de veludo vermelho fechadas.


— O que vamos fazer agora, sobre a convocação do demônio? Temos algum lugar para ir?


— Eu tenho um lugar para ir — Christian respondeu, fazendo uma oração silenciosa de agradecimento pela fixação de Poncho na convocação do demônio — tenho um amigo. E você não pode ir comigo. Precisa voltar novamente para o Instituto. Vou começar a trabalhar no maldito dente demônio logo que puder. Assim, mando te uma mensagem quando souber de algo.


Poncho assentiu lentamente, em seguida, olhou para o céu negro.


— As estrelas. Eu nunca as vi tão brilhantes. O vento tem soprado o nevoeiro para longe, penso.


Christian, ouvindo aquilo, pensou na alegria do rosto de Poncho quando ele estava sangrando na sala de estar de Camille, segurando o dente do demônio em sua mão.


— De alguma forma, não acho que as estrelas é que foram alteradas.




Meninas isso é apenas uma teoria não é certo que ela seja filha de um demonio com uma caçadora de sombras....


 



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Autor(a): Alien AyA

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— Uma Caçadora de Sombras? — Anahí arfou. — Isso não é possível. — Ela virou-se e olhou para Maite, cujo rosto espelhava seu próprio choque. — Não é possível, é? Poncho me disse que a descendência de Caçadores de Sombras e demônios são natimortos ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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