Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Poncho inclinou a cabeça para trás.
— Por que não?
— Jessamine disse que era exatamente o que Mortmain queria que fizéssemos. E ela disse sob a influência da Espada Mortal. Ela não estava mentindo.
— Mas ela poderia estar errada — Poncho apontou — Mortmain poderia ter previsto esta circunstância e teve tempo de plantar com Nate o pensamento em sua cabeça para nós descobrirmos.
— Você acha que ele teria pensado tão a frente assim? — Henry perguntou.
— Certamente. O homem é um estrategista — Poncho confirmou — ele é esperto. Como eu.
— Então você acha que devemos procurar a Clave? — perguntou Ucker.
— Sangue do inferno, não. Chegar lá e dizer a verdade? Vamos passar por tolos lá.
Maite jogou as mãos para cima.
— Mas você disse...
— Eu sei o que eu disse — Poncho interrompeu — mas você tem que olhar primeiro para as consequências. Se formos para a Clave e estivermos errados, então perderemos Mortmain. Ainda temos alguns dias antes do prazo terminar. Temos tempo de investigar um pouco mais antes de procurar a Clave e estarmos com os pés mais seguros.
— E como é que você se propõe a investigar? — Anahí perguntou.
Poncho virou a cabeça para olhar para ela. Não havia nada em seus frios olhos azuis que lembrasse o Poncho da noite anterior, que havia tocado-a com tal ternura, que sussurrou seu nome como um segredo.
— O problema com o questionamento a Jessamine é que, mesmo quando forçada a dizer a verdade, há um limite para o seu conhecimento. Nós, no entanto, temos mais uma conexão com o Magistrado. Alguém que é provável que saiba muito mais. Como seu irmão, Nate, que ainda pensa ter Jessamine. Ele ainda confia nela. Se ela o convoca para um encontro, então seremos capazes de capturá-lo lá.
— Jessamine nunca iria concordar com isso — Maite falou — não agora.
Poncho deu-lhe um olhar sombrio.
— Está tudo uma bagunça, não é? É claro que ela não iria. Vamos pedir a Anahí para reprisar seu estrelado papel como Jessamine, uma jovem traidora.
— Isso parece perigoso — Ucker disse em uma voz calma — para Anahí.
Anahí olhou para ele rapidamente, e pegou um flash de seus olhos prateados. Foi a primeira vez que ele olhou para ela desde que o deixou seu quarto naquela noite. Ela estava imaginando a preocupação em sua voz quando ele falou do perigo ou era simplesmente a preocupação que Ucker tinha para com todos? Não desejar sua morte era gentileza, porém não era o que esperava que ele sentisse. O que quer que seja. Desde que ele não me despreze...
— Anahí é destemida — Poncho respondeu — e haverá pouco perigo para ela. Vamos enviar-lhe uma nota organizando um encontro num lugar onde podemos cair sobre ele fácil e imediatamente. Os Irmãos do Silêncio podem torturá-lo até que ele de as informações que precisamos.
— Tortura? — Ucker repetiu. — Este é irmão de Anahí.
— Torturem-no — disse Anahí — se isso for necessário. Eu dou-lhe a minha permissão.
Maite olhou para ela, chocada.
— Você não pode estar falando sério.
— Você disse que havia uma forma de cavar os segredos através da mente. Pedi-lhe para não fazer isso, e não o fez. Agradeço-lhe por isso, mas eu não vou prendê-la a essa promessa. Procurem em sua mente, se necessário. Há mais em tudo isso para mim do que para você, sabe. Para você isso é a respeito do Instituto e da segurança dos Caçadores de Sombras. Eu me importo com essas coisas também, Maite. Mas Nate, ele está trabalhando com Mortmain. Mortmain, que quer me prender e me usar, e para o que ainda não sei. Mortmain, que pode saber o que eu sou. Nate disse a Jessamine que meu pai era um demônio e minha mãe era uma Caçadora de Sombras.
Poncho se endireitou.
— Isso é impossível. Um Caçador de Sombras e um demônio não podem procriar. Eles não podem produzir descendentes vivos.
— Então, talvez, isso seja mentira, como a mentira sobre Mortmain estar em Idris — Anahí falou — isso não significa que Mortmain não sabe a verdade. Preciso saber o que eu sou. Acredito que seja a chave para saber o que ele quer de mim.
Não havia tristeza nos olhos de Ucker quando ele a olhou, a certa distância.
— Muito bem — ele disse — Poncho, como você propõe atraí-lo para um encontro? Você não acha que ele conhece a caligrafia de Jessamine? Não é provável que eles tenham algum sinal secreto entre eles?
— Jessamine deve ser convencida a nos ajudar — Poncho disse.
— Por favor, não sugiram torturá-la — disse Ucker, irritado — a Espada Mortal já foi usada. Ela nos contou tudo o que pôde.
— A Espada Mortal não nos deu os locais de encontro ou de quaisquer códigos ou nomes de animais de estimação que poderiam ter usado. Você não entende? Esta é a última chance de Jessamine. Sua última chance de cooperar. Para obter clemência da Clave. Para ser perdoada. Mesmo Maite mantendo o Instituto, acha que eles vão deixar o destino de Jessamine em nossas mãos? Não, vai ser deixado para o Cônsul e o Inquisidor. E eles não vão ser gentis. Se ela fizer isso para nós, poderia significar a sua vida.
— Eu não estou certa de que ela se preocupa com a vida dela — Anahí falou suavemente.
— Todo mundo se preocupa — discordou Poncho — todo mundo quer viver.
Ucker afastou-se dele de forma abrupta, e olhou para o fogo.
— A questão é, quem podemos enviar para convencê-la? — Maite perguntou. — Eu não posso ir. Ela me odeia e culpa-me acima de tudo.
— Eu poderia ir — Henry se ofereceu, seu rosto suave perturbado — eu poderia, talvez, levar a razão à pobre moça, falar com ela da loucura de um amor jovem, como rapidamente desaparece em face da dura realidade da vida.
— Não — o tom de Maite era final.
— Bem, duvido que ela deseje me ver — Poncho apontou — vai ter que ser Ucker. Ele é impossível de se odiar. Até mesmo aquele gato do inferno gosta dele.
Ucker expirou, ainda olhando para o fogo.
— Eu vou para a Cidade do Silêncio — concordou — mas Anahí deve vir comigo.
Anahí olhou para cima, assustada.
— Oh, não. Não acho que Jessamine goste muito de mim. Ela sente que eu a traí, disfarçando-me como ela, e não posso dizer que a culpo.
— Sim, mas você é irmã de Nate. Se ela o ama como você diz que ela faz... — seus olhos se encontraram — você conhece Nate. Pode falar dele com autoridade. Pode ser capaz de fazê-la acreditar em coisas que eu não posso.
— Muito bem. Vou tentar.
Isso parecia sinalizar o fim do café da manhã; Maite correu para pedir que uma carruagem viesse da Cidade do Silêncio, que era a forma como os Irmãos gostavam de fazer as coisas, ela explicou. Henry voltou para a cripta e suas invenções, e Ucker, depois de uma palavra murmurada a Anahí, foi buscar seu chapéu e casaco. Poncho apenas permaneceu olhando para o fogo, e Anahí, que viu que ele não estava se movendo para sair, esperou até que a porta se fechasse atrás de Ucker e veio para ficar entre Poncho e as chamas.
Ele levantou os olhos para ela lentamente. Ainda estava usando as roupas que vestira na noite anterior, apesar de sua camisa branca estar manchada com sangue e haver um corte muito irregular em seu fraque. Havia um corte ao longo de sua bochecha, também, sob o olho esquerdo.
— Poncho.
— Você está pronta para sair com Ucker?
— Eu vou — respondeu ela — mas preciso de uma promessa de você primeiro.
Seus olhos se moveram para o fogo, ela podia ver as chamas dançantes refletidas em seus olhos.
— Então me diga o que é rápido. Tenho negócios importantes para fazer. Pretendo estar de mau humor durante toda a tarde, seguida, talvez, por uma noite de ninhada byroniano e uma noite de dissipação.
— Dissipação é tudo o que você gosta. Eu só quero a sua garantia de que não vai contar a ninguém o que aconteceu entre nós ontem à noite na varanda.
— Ah, foi você — disse Poncho, com o ar de quem acaba de se lembrar de um detalhe surpreendente.
— Poupe-me — ela retrucou, irritada apesar de tudo — nós estávamos sob a influência de drogas de bruxos. Não significou nada. Mesmo que eu não te culpe pelo o que aconteceu, você está sendo tedioso sobre isso agora. Mas não há necessidade de ninguém saber, e se você for um cavalheiro...
— Eu não sou.
— Mas você é um Caçador de Sombras — ela rebateu venenosamente — e não há futuro para um Caçador de Sombras que se envolve com feiticeiros.
Seus olhos dançaram com o fogo. Ele disse:
— Você se tornou esperta para provocar, Annie.
— Então me dê sua palavra de que não vai contar a ninguém, nem mesmo a Ucker, e vou embora e deixo de aborrecê-lo.
— Você tem a minha palavra sobre o Anjo. Não era algo com o que eu tinha planejado para me gabar em primeiro lugar. Apesar de não entender por que você está tão interessada em evitar que alguém suspeite que você tenha perdido a sua falta de virtude.
O rosto de Ucker atravessou sua mente.
— Não, você realmente não entende.
E com isso, ela virou-se e saiu da sala, deixando-o olhar para ela em confusão.
Autor(a): Alien AyA
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....