Fanfics Brasil - Jessamine Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Jessamine

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Henry sentou, olhou através da mesa para Anahí e piscou surpreso.


— Eu conheço você. Você me mordeu!


Ele parecia satisfeito com isso, como se recordando uma memória agradável que eles partilhavam.


Maite lançou um olhar desesperado para o marido.


— Você já perguntou à Srta. Portilla sobre o Clube Pandemônio? — Poncho perguntou.


O Clube Pandemônio.


— Eu conheço essas palavras. Elas estavam escritas na lateral da carruagem da Sra. Dark — Anahí lembrou.


— É uma organização — Maite disse — uma organização muito antiga dos mundanos que têm se interessado pelas artes mágicas. Nas suas reuniões eles fazem feitiços e tentam conjurar demônios e espíritos — ela suspirou.


Jessamine bufou.


— Eu não posso imaginar por que eles se preocupam. Criando confusão com magias, vestindo mantos encapuzados e iniciando pequenos incêndios. É ridículo.


— Oh, eles fazem mais do que isso — disse Poncho — eles são mais poderosos no Submundo do que você imagina. Muitas figuras ricas e importantes da sociedade mundana são membros...


— Isso só torna mais estúpido — Jessamine ajeitou o cabelo — eles têm dinheiro e poder. Por que estão brincando com magia?


— Uma boa pergunta — Maite concordou — mundanos que se envolvem em coisas que não conhecem estão suscetíveis a encontrar fins desagradáveis.


Poncho encolheu os ombros.


— Quando eu estava tentando rastrear a origem do símbolo na faca que Ucker e eu encontramos no beco, fui direcionado para o Clube Pandemônio. Os membros dele por sua vez direcionaram-me para as Irmãs Sombrias. É o símbolo delas – as duas serpentes. Elas supervisionavam um conjunto de antros de jogos de azar secretos frequentados por Seres do Submundo. Existiam para atrair os mundanos para dentro e induzi-los a perder todo seu dinheiro em jogos mágicos, então, quando os mundanos caíam em dívida, as Irmãs Sombrias extorquiriam o dinheiro de volta com taxas devastadoras — Poncho olhou para Maite — elas administravam alguns outros negócios também, a maioria desagradáveis. A casa em que eles mantiveram Anahí, ouvi dizer, era um bordel do Submundo para mundanos com gostos incomuns.


— Poncho, eu não estou totalmente certa... — Maite começou duvidosa.


— Humf — Jessamine disse — não admira que você estivesse tão ansioso para ir lá, Alfonso.


Se ela esperava irritar Poncho, não funcionou; ela poderia muito bem não ter falado, por toda a atenção que ele lhe deu. Ele estava olhando para Anahí do outro lado da mesa, as sobrancelhas arqueadas ligeiramente.


— Eu a ofendi, Srta. Portilla? Eu imaginava que depois de tudo o que viu, você não seria facilmente chocada.


— Eu não estou ofendida, Sr. Herrera.


Apesar de suas palavras, Anahí sentiu as bochechas arderem. Moças bem-educadas não sabiam o que era um bordel, e certamente não diriam a palavra em companhia mista. Assassinato era uma coisa, mas isso…


— Eu, ah, não vejo como poderia ter sido um... lugar como esse — ela disse tão firmemente quanto pôde — ninguém nunca entrou ou saiu, e exceto a serva e o cocheiro, e nunca vi qualquer outra pessoa que vivesse lá.


— Não, no momento em que eu cheguei lá, estava completamente deserto — Poncho concordou — é evidente que eles tinham decidido suspender os negócios, talvez com interesse de mantê-la isolada — ele olhou para Maite — acha que o irmão da Srta. Portilla tem a mesma habilidade que ela? Será isso, talvez, por que as Irmãs Sombrias o capturaram em primeiro lugar?


Anahí exclamou, feliz com a mudança de assunto.


— Meu irmão nunca mostrou qualquer sinal de tal coisa... mas, por outro lado, nem eu até as Irmãs Sombrias me encontrarem.


— Qual é a sua habilidade? — Jessamine perguntou. — Maite não diz.


— Jessamine! — Maite fez uma careta para ela.


— Eu não acredito que ela tenha uma — Jessamine continuou — acho que ela é simplesmente uma pequena dissimulada que sabe que se nós acreditarmos que ela é uma Ser do Submundo, teremos que tratá-la bem, por causa dos Acordos.


Anahí apertou seu maxilar. Ela pensou em sua Tia Harriet dizendo não perca a calma, Anahí, não brigue com seu irmão simplesmente porque ele te provoca. Mas ela não se importou.


Estavam todos olhando para ela – Henry, com curiosos olhos cor de mel, Maite, com um olhar tão afiado quanto vidro, Jessamine com mal velado desprezo, e Poncho com calmo divertimento. E se todos eles pensassem o que Jessamine pensava? E se todos eles pensassem que ela os estava enganando por caridade? Tia Harriet teria odiado aceitar caridade ainda mais do que teria reprovado o temperamento de Anahí.


Foi Poncho quem falou em seguida, inclinando-se para olhar atentamente para o rosto dela.


— Você pode manter isso em segredo — ele disse suavemente — mas segredos têm o seu próprio peso, e pode ser um muito pesado.


Anahí levantou a cabeça.


— Não precisa ser um segredo. Mas seria mais fácil mostrar-lhes que lhes dizer.


— Excelente! — Henry pareceu satisfeito. — Eu gosto que me mostrem coisas. Existe alguma coisa que você precise, como uma lamparina, ou...


— Não é uma sessão, Henry — Maite disse de maneira cansada. Ela se virou para Anahí — não precisa fazer isso se não quiser, Srta. Portilla.


Anahí a ignorou.


— Na verdade, eu preciso de algo — ela se virou para Jessamine — algo seu, por favor. Um anel, ou um lenço...


Jessamine franziu o nariz.


— Pobre de mim, me parece mais que o seu poder especial é furtar!


Poncho olhou exasperado.


— Dê a ela um anel, Jessie. Você está usando o suficiente deles.


— Dê-lhe você alguma coisa, então — Jessamine inclinou seu queixo.


— Não — Anahí falou com firmeza — deve ser algo seu.


Por que de todos aqui, você está mais próxima de mim em forma e tamanho. Se eu me transformar na pequena Maite, este vestido vai simplesmente cair de cima de mim, Anahí pensou. Ela considerou tentar usar o próprio vestido, mas uma vez que Jessamine nunca o tinha usado, Anahí não tinha certeza de que a transformação funcionaria e não queria correr nenhum risco.


— Oh, muito bem, então.


Petulantemente, Jessamine tirou de seu dedo mindinho um anel com uma pedra vermelha encravada nele, e passou-o pela mesa para Anahí.


— É melhor que valha a pena.


Oh, valerá. Sem sorrir, Anahí colocou o anel na palma da sua mão esquerda e fechou os dedos em torno dele. Então ela fechou os olhos.


Era sempre o mesmo: nada no começo, em seguida, a centelha de algo no fundo de sua mente, como alguém acendendo uma vela em uma sala escura. Ela tateou seu caminho em direção a ela, como as Irmãs Sombrias lhe ensinaram. Era difícil remover o medo e a timidez, mas ela havia feito isso vezes suficientes agora para saber o que esperar – o avanço para tocar a luz no centro da escuridão; o senso de luz e calor envolvente, como se estivesse colocando um cobertor, algo grosso e pesado, em torno de si, cobrindo cada camada de sua própria pele; e, em seguida, a luz resplandecendo e rodeando-a – e ela estava dentro. Dentro da pele de outra pessoa. Dentro de sua mente.


A mente de Jessamine.


Ela estava apenas na margem, seus pensamentos deslizando na superfície dos de Jessamine como dedos roçando a superfície da água. Ainda assim, a fez perder o fôlego. Anahí teve uma repentina e intermitente visão de um pedaço brilhante de doce com alguma coisa escura em seu centro, como uma minhoca no miolo de uma maçã. Ela sentiu ressentimento, ódio amargo, raiva – um ardente e terrível anseio por algo...


Abriu os olhos. Ainda estava sentada à mesa, o anel de Jessamine apertado em sua mão. Sua pele formigava com os alfinetes afiados e agulhas que sempre acompanhavam suas transformações. Ela podia sentir a estranheza que era o peso diferente de outro corpo, não o seu próprio; podia sentir o roçar dos cabelos claros de Jessamine contra seus ombros. Grosso demais para ser detido pelos grampos que tinham prendido o cabelo de Anahí, ele havia caído em volta de seu pescoço em uma cascata pálida.


— Pelo Anjo — Maite sussurrou.


Anahí olhou em volta da mesa. Estavam todos olhando para ela – Maite e Henry com a boca aberta; Poncho sem fala pela primeira vez, um copo de água congelado a meio caminho dos lábios. E Jessamine – Jessamine estava olhando para ela em horror abominável, como alguém que teve uma visão de seu próprio fantasma. Por um momento, Anahí sentiu uma pontada de culpa.


Durou apenas um momento, porém. Lentamente Jessamine abaixou a mão de sua boca, seu rosto ainda muito pálido.


— Meu Deus, meu nariz é enorme — exclamou — por que ninguém me disse?




 


Até Mais :)



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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