Fanfics Brasil - Envolva-a Em Seu Coração Sangrando Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Envolva-a Em Seu Coração Sangrando

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Quando Anahí entrou na biblioteca, todos os Caçadores de Sombras do Instituto, Ucker, Poncho, Henry e Maite estavam agrupados em torno de uma mesa sobre a qual um dispositivo retangular pequeno feito de bronze estava equilibrado. Henry estava gesticulando para ele animadamente, levantando a voz.


— Isto — ele começou a dizer — é em que tenho venho trabalhando. Para ser usado somente nesta ocasião. Especificamente, ela é calibrada para funcionar como uma arma contra os autômatos.


— Mas Nate Portilla não é um autômato — Poncho apontou — a cabeça dele não está realmente cheia de engrenagens, Henry. Ele é um ser humano.


— Ele pode levar uma dessas criaturas com ele. Nós não sabemos se estará desacompanhado. Ele pode levar um dos cocheiros autômatos de Mortmain.


— Acho que Henry está certo — disse Anahí, e todos eles se viraram para encará-la.


Ucker a olhava novamente, embora mais leve desta vez, e ofereceu-lhe um torto sorriso. Já os olhos de Poncho correram uma vez para cima e para baixo em seu corpo, não tão rapidamente. Ele disse:


— Você não se parece com um garoto em nada. Parece uma garota com roupas de homem.


Ela não podia dizer se ele tinha aprovado, desaprovado ou estava neutro sobre o assunto.


— Eu não estou tentando enganar ninguém, mas um observador casual — ela respondeu irritada — Nate sabe que Jessamine é uma menina. E as roupas se encaixarão melhor uma vez que eu me transforme nela.


— Talvez você deva fazer isso agora — Poncho opinou.


Anahí olhou para ele, em seguida, fechou os olhos. Era diferente transformar-se em alguém que tinha se transformado antes. Ela não precisava estar segurando algo deles, ou estar perto deles. Era como fechar os olhos e ir até um guarda-roupa, detectando uma roupa conhecida pelo toque, e puxando-o para fora.


Ela se lembrou de Jessamine dentro de si, e deixou-a livre, envolvendo o disfarce de Jessamine em torno de si, sentindo o ar entrar nos pulmões em suas costelas apertadas, seu cabelo escorregar do coque e cair em ondas douradas e sedosas contra o rosto. Anahí empurrou-o de volta sob o chapéu e abriu os olhos. Estavam todos olhando para ela. Ucker era o único a oferecer um sorriso.


— Fantástico — disse Henry. Sua mão repousava levemente sobre o objeto na mesa.


Anahí ficou desconfortável com todos olhando para ela, e virou-se para ele.


— O que é isso?


— É uma espécie de... Dispositivo infernal que Henry criou — Ucker explicou — vai interromper os mecanismos internos que mantém os autômatos em execução.


— Você torce, assim — Henry imitou, virando a metade inferior da coisa em uma direção e a metade superior em outra — e, em seguida, irá jogá-lo. Tente colocar em um lugar onde as criaturas estejam ou em algum lugar que irão ficar. Isto perturba as correntes mecânicas que percorrem o corpo da criatura, parando a chave do funcionamento. Pode fazer-lhe algum dano também, mesmo que você não seja um autômato, por isso não fique com ele uma vez que é ativado. Eu tenho só dois, então... 


Ele entregou um a Ucker e outro a Maite, que pegou e pendurou-o em seu cinto de armas sem uma palavra.


— A mensagem foi enviada? — Anahí perguntou.


— Sim. Estamos agora apenas à espera de uma resposta do seu irmão — Maite respondeu. Ela desenrolou um papel sobre a superfície da mesa, prendendo os cantos com engrenagens de cobre a partir de uma pilha que Henry deve ter deixado lá — aqui. É um mapa que mostra onde Jessamine afirma que ela e Nate normalmente se encontram. É um armazém em Mincing Lane, na Rua Lower perto do Tâmisa. Era usado por uma fábrica de embalagens de um comerciante de chá, até que o negócio foi à falência.


— Mincing Lane — Ucker repetiu — centro do comércio de chá. Também o comércio de ópio. Faz sentido Mortmain querer manter um armazém lá.


Ele passou o delgado dedo sobre o mapa, traçando os nomes das ruas próximas: Eastcheap, Gracechurch, Lower Thames, Lane St. Swithin.


— Embora seja um lugar estranho para Jessamine. Ela que sempre sonhou ser introduzida na corte com danças e em tal glamour. Não em reuniões clandestinas em algum depósito de fuligem perto do cais.


— Ela fez o que se propôs a fazer — disse Anahí — se casou com alguém que não é um Caçador de Sombras.


A boca de Poncho se curvou em um meio sorriso.


— Se o casamento fosse válido, ela seria sua cunhada.


Anahí estremeceu.


— Eu... Não é que eu guarde rancor de Jessamine. Mas ela merece algo melhor do que o meu irmão.


— Qualquer um merece mais do que isso — Poncho reforçou, se aproximando da mesa e puxando um monte enrolado de tecido.


Abriu-o sobre a mesa, evitando cobrir o mapa. Dentro havia várias armas finas e longas, cada uma com uma runa brilhando na lâmina.


— Eu quase esqueci que tinha ganho isso de Thomas há semanas. Ele só chegou a me entregar. Bom, acredito que essas arras possam parar durante um tempo essas criaturas mecânicas.


— A questão é — Ucker disse, levantando uma das arras e examinando a lâmina — uma vez que temos Anahí lá dentro com Nate, como faremos para observar sem sermos notados? Devemos estar prontos para intervir a qualquer momento, especialmente se ele desconfiar de algo e nossas suspeitas forem confirmados.


— Temos que chegar primeiro e nos esconder — disse Poncho — é o único caminho. E ouvimos para saber se Nate diz algo de útil.


— Não gosto da ideia de Anahí sendo forçada a falar com ele sozinha — murmurou Ucker.


— Ela sabe muito bem tomar conta de si, já vi isso. Além disso, ele tem mais chances de falar livremente se pensar que é seguro. Após a captura, mesmo se os Irmãos do Silêncio explorarem sua mente, Mortmain pode ter pensado em colocar bloqueios para proteger o seu conhecimento, o que pode levar tempo para descobrimos.


— Acho que Mortmain colocou bloqueios em Jessamine — Anahí falou — para o que vale a pena, eu não posso tocar seus pensamentos.


— É ainda mais provável que ele tenha feito o mesmo em Nate — Poncho apontou.


— Esse menino é tão fraco quanto um gatinho — disse Henry — ele vai nos dizer o que queremos saber. E se não, eu tenho um dispositivo.


— Henry! — Maite olhou seriamente alarmada. — Diga-me que não têm vindo a trabalhar em um dispositivo de tortura.


— Nem um pouco. Eu chamo-lhe confudidor. Ele emite uma vibração que afeta diretamente o cérebro humano, tornando-o incapaz de separar ficção e realidade — Henry olhou orgulhoso e pegou sua caixa — simplesmente tira tudo o que está na sua mente, sem a atenção para as consequências...


Maite levantou uma mão de advertência.


— Não agora, Henry. Se tivermos de utilizar o... Confundidor em Nate Portilla, vamos fazê-lo quando o trouxermos aqui. No momento temos de nos concentrar em alcançar o armazém antes de Anahí. Sugiro Cyril levar-nos lá, então retornar para pegar Anahí.


— Nate vai reconhecer o transporte do Instituto — Anahí objetou — quando vi Jessamine sair para se encontrar com Nate, ela foi decididamente a pé. Vou andar.


— Você vai se perder — Poncho observou.


— Eu não vou — Anahí falou, indicando o mapa — é uma simples caminhada. Eu poderia virar à esquerda na Rua Gracechurch, ir pela Eastcheap e cortar a Mincing Lane.


Um argumento se seguiu, era Ucker, para surpresa de Anahí, do lado de Poncho contra a ideia de ela andar pelas ruas sozinhas. Eventualmente, foi decidido que Henry iria dirigir a carruagem para Mincing Lane, enquanto Anahí ia a pé, com Cyril seguindo-a uma distância discreta, para que ela não se perdesse no aglomerado da cidade suja e barulhenta. Com um encolher de ombros, ela concordou, parecia evitar mais problemas do que discutir, e ela não se importava com Cyril a seguindo.


— E ninguém vai falar nada que mais uma vez estamos deixando o Instituto sem nenhum Caçador de Sombra para protegê-lo? — Poncho apontou.


Maite enrolou o mapa com um movimento do pulso.


— E qual de nós você sugere deixar em casa, então, em vez de ajudar Anahí?


— Eu não disse nada sobre alguém ficar em casa — a voz de Poncho caiu — mas Cyril estará com Anahí, Sophie está apenas meio treinada, e Bridget...


Anahí olhou para Sophie, que estava sentada calmamente no canto da biblioteca, mas a garota não deu sinal de ter ouvido Poncho. Ao mesmo tempo, a voz de Bridget flutuou ligeiramente da cozinha, com outra balada miserável:


“Então, John tirou do bolso
Uma faca longa e afiada,
E a fincou coração de seu irmão,
E o sangue começou a cair.
John falou a Alfonso, ‘Tire tua camisa,
E rasgue-a em tiras,
Envolva-a em seu coração sangrando,
E o sangue não irá mais fluir’.”


— Pelo Anjo — disse Maite — nós vamos ter que fazer algo a respeito dela antes que ela nós leve a loucura, não é?


Antes que alguém pudesse responder, duas coisas aconteceram ao mesmo tempo: algo bateu na janela – Anahí se surpreendeu tanto que deu um passo para trás – e um barulho enorme ecoou soando através do Instituto – o som do sino de convocação. Maite disse algo a Poncho e ele saiu da sala, enquanto Maite foi até a janela e a abriu, pegando algo pairando ali.


Ela voltou, agitando um pedaço de papel na mão. Parecia um pouco como um pássaro branco, as bordas batendo na brisa. O cabelo dela soprou sobre o rosto também, e Anahí se lembrou do quanto Maite era jovem.


— A resposta de Nate, eu acho — disse Maite — sua mensagem para Jessamine.


Ela trouxe para Anahí, que rasgou o pergaminho em sua ânsia de abri-lo. Anahí olhou para cima.


— É da parte de Nate — confirmou — ele concordou em encontrar Jessie no lugar de costume ao pôr do sol.


Ela deu um pequeno suspiro quando ao terminar de ler a nota, o papel explodiu em chamas rápidas, sem calor, consumindo-se até que era apenas uma camada de cinzas nos dedos.


— Isso nos dá apenas pouco tempo — disse Henry — vou dizer para Cyril deixar a charrete pronta.


Ele olhou para Maite, como se buscando aprovação, mas ela apenas assentiu sem encontrar seus olhos. Com um suspiro, Henry deixou o quarto quase colidindo em Poncho, que estava em seu caminho de volta, seguido por uma figura em viajando de capa.


Por um momento, Anahí se perguntou em confusão se era um Irmão do Silêncio, até que o visitante tirou o capuz e ela viu o familiar cabelo loiro arenoso e olhos verdes.


— Gideon Lightwood? — ela falou, surpresa.


— Sim — Maite pegou o mapa que estava segurando e o colocou no bolso — o Instituto não é para Caçadores de Sombras destreinados.


Sophie ficou apressadamente de pé, então congelou, como se fora da atmosfera da sala de treinamento, ela não soubesse o que fazer ou dizer na frente do irmão Lightwood mais velho.


Gideon olhou ao redor da sala. Como sempre, seus olhos verdes estavam calmos, serenos. Poncho, atrás dele, parecia queimar com energia brilhante em contraste, mesmo quando ele estava simplesmente parado.


— Você me chamou? — Gideon disse, e ela percebeu que, claro, olhando para ela, ele estava vendo Jessamine. — E eu estou aqui, mas não sei por que, ou para quê.


— Para treinar Sophie ostensivamente — Maite respondeu — e também para cuidar do Instituto enquanto estivermos fora. Precisamos de um Caçador de Sombras de idade para estar presente, e você se qualifica. Na verdade, foi Sophie, que sugeriu.


— E quanto tempo ficará fora?


— Duas horas, três. Não a noite toda.


— Tudo bem — Gideon começou a desabotoar sua capa. Havia poeira em suas botas, e seu cabelo parecia como se tivesse enfrentado o vento frio, sem chapéu — meu pai disse que era uma boa prática para quando eu tomasse o lugar.


Poncho murmurou algo baixinho que soou como “rosto ensanguentado.” Ele olhou para Maite, que balançou a cabeça para ele minuciosamente.


— Pode ser que o Instituto um dia seja seu — ela falou para Gideon muito suavemente — em qualquer caso, estamos agradecidos por sua ajuda. O Instituto é responsabilidade de todos os Caçadores de Sombras, depois de tudo. Estes são os nossos lugares de habitação, a nossa Idris longe de casa.


Gideon voltou-se para Sophie.


— Você está pronta para treinar?


Ela assentiu com a cabeça. Eles deixaram a sala juntos em grupo, Gideon e Sophie virando à direita para fazer o seu caminho para a sala de treinamento e o resto deles indo para as escadas.


O canto lúgubre de Bridget era ainda mais alto aqui; Anahí ouviu Gideon dizer algo a Sophie sobre isso, e ela respondeu com a voz suave, mas antes que pudesse escutar o que diziam, eles se afastaram.


Parecia natural ir ao lado de Ucker quando ela desceu as escadas e passou através da nave da catedral. Estava andando tão perto dele que, apesar de não falarem, podia sentir o calor dele contra sua lateral, suas mão se tocando quando andaram para fora.


O pôr-do-sol estava por vir. O céu tinha começado a assumir o brilho de bronze que vem pouco antes do crepúsculo. Cyril estava esperando na escada da frente, tão parecido com Thomas que doeu o coração olhar para ele. Estava carregando um punhal, longo e fino que entregou a Poncho sem uma palavra; Poncho o pegou e colocou através de seu cinto.


Maite virou-se e colocou a mão contra a bochecha de Anahí.


— Vamos vê-la no armazém. Você vai está perfeitamente segura, Anahí. E obrigada, por fazer isso por nós.


Maite soltou sua mão e desceu as escadas, Henry a seguiu. Ucker hesitou apenas um momento, e Anahí se lembrou de uma noite como esta, quando ele correu até ela, e como uma oferta de despedida, pressionou os dedos levemente em seu pulso.


— Mizpá — ela falou.


Ouviu-o sugar a respiração. Os Caçadores de Sombras estavam entrando na carruagem. Ele virou-se e beijou-a rapidamente na bochecha. Nenhum deles pareceu ter notado, mas Anahí colocou a mão no rosto quando Ucker subiu na charrete enquanto Henry fazia seu caminho até o banco do condutor. Os portões do Instituto se abriram, e a charrete saiu em direção à tarde esmaecendo.




Até Mais!


 



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Autor(a): Alien AyA

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— Vamos, então, senhorita? — Cyril perguntou. Apesar do quanto ele se parecia com Thomas, Anahí pensou, ele tinha um comportamento menos tímido. Olhou-a diretamente nos olhos enquanto falava, e os cantos de sua boca sempre pareciam estar prestes a dobrar em um sorriso. Ela se perguntou se sempre havia um irmão calmo e um irmão ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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