Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Capítulo 16 - Fúria mortal
Ao ver a cruel mão do tempo apagar
Dos ricos o orgulho graças à decadência da idade;
Quando, por vezes, as altas torres são destruídas,
E o eterno escravo do metal entregue à mortal ira;
– Shakespeare, Soneto 64
Era uma experiência peculiar andar pelas ruas de Londres como um menino, Anahí pensou, enquanto fazia seu caminho ao longo da repleta calçada de Eastcheap. Os homens que cruzaram seu caminho deram-lhe apenas um olhar, e a empurravam para as portas das casas públicas ou da próxima curva na a rua.
Como uma garota, andar sozinha por estas ruas à noite em suas roupas finas teria sido objeto de olhares e zombarias. Como menino ela era invisível. Nunca tinha percebido o que era ser invisível antes. Quão leve e livre ela sentiu ou teria se sentido, se fosse como um aristocrata de Um conto de duas cidades em seu caminho para a guilhotina.
Ela viu Cyril apenas uma vez, deslizando entre dois prédios na Rua 32 com a Mincing Lane.
Era um grande edifício de pedra, e a cerca de ferro preto que o rodeava, no crepúsculo, se assemelhava a fileiras de dentes negros pontiagudos. Nos portões da frente pendia um cadeado, mas fora deixado aberto, assim Anahí deslizou por ele, em seguida para os degraus empoeirados e então para a porta da frente, que também estava desbloqueada.
Dentro descobriu que os escritórios estavam vazios, suas janelas com vista para a Mincing Lane estavam bloqueadas, o lugar era silencioso e morto. Uma mosca tentando sair zumbia lançando-se contra os vidros fechados repetidamente, até que caiu, exausta, no peitoril. Anahí estremeceu e apressou-se.
Ela entrou em cada cômodo e ficou tensa, à espera de ver Nate em cada sala, mas ele não estava lá. O quarto no final tinha uma porta que se abria para um armazém. Luz azul era filtrada através das rachaduras nas janelas embaçadas. Ela olhou em volta, hesitante.
— Nate? — sussurrou.
Ele saiu das sombras entre dois pilares de gesso descamado. Seu cabelo loiro brilhava à luz azulada, sob um chapéu alto de seda. Ele usava um casaco azul, calças e botas pretas, mas sua aparência geralmente imaculada estava desgrenhada. Seu cabelo pendia sobre os olhos, e havia uma mancha de sujeira no rosto. Suas roupas estavam enrugadas como se tivesse dormido com elas.
— Jessamine — ele falou, o alívio evidente em seu tom — minha querida.
Ele abriu os braços.
Ela avançou lentamente, todo o seu corpo ficou tenso. Não queria que Nate a tocasse, mas não podia ver nenhuma maneira de evitar seu abraço.
Os braços dele foram para o seu redor. A mão pegou a aba do chapéu e puxou-o, deixando os cachos caírem por suas costas. Ela pensou em Poncho puxando os grampos de seu cabelo, e seu estômago involuntariamente ficou apertado.
— Eu preciso saber onde o Magistrado está — ela começou com uma voz trêmula — é muito importante. Ouvi alguns dos planos dos Caçadores de Sombras, você sabe. Sei que você não quer me dizer, mas...
Ele empurrou o cabelo para trás, ignorando as suas palavras.
— Entendo — disse ele, e sua voz era profunda e rouca — mas primeiro — ele inclinou a cabeça com um dedo sob o queixo — me dê um beijo, sweet-and-twenty.
Anahí desejava que ele não citasse Shakespeare. Ela nunca seria capaz de ouvir aquele soneto novamente sem ficar enjoada. Cada nervo em seu corpo queria saltar gritando por sua pele em repulsa quando ele se inclinou na direção dela. Ela rezou para que os outros aparecessem enquanto ele inclinava a cabeça dela.
Nate começou a rir. Com um empurrão de seu pulso, ele jogou o chapéu dela para as sombras e seus dedos apertaram o queixo dela, as unhas cravando em sua pele.
— Minhas desculpas por meu comportamento impetuoso. Eu não poderia deixar de ficar curioso para ver até onde você iria para proteger seus amigos Caçadores de Sombras... Querida irmã.
Autor(a): Alien AyA
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— Nate. Anahí tentou dar-lhe um empurrão para trás, sair do seu alcance, mas o aperto sobre ela era muito forte. Sua outra mão disparou como uma cobra, girando em torno dela, fixando-a contra ele com o antebraço na garganta. A respiração dele era quente contra seu ouvido. Ele cheirava azedo, como gim velho e suor. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....