Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
— Nate.
Anahí tentou dar-lhe um empurrão para trás, sair do seu alcance, mas o aperto sobre ela era muito forte. Sua outra mão disparou como uma cobra, girando em torno dela, fixando-a contra ele com o antebraço na garganta. A respiração dele era quente contra seu ouvido. Ele cheirava azedo, como gim velho e suor.
— Realmente acha que eu não desconfiaria? — Ele cuspiu. — Depois daquela nota que me entregaram na festa de Benedict, e que acabou me levando para uma caçada em Vauxhall, tudo fez sentido. Eu deveria saber que era você desde o início. Garotinha idiota.
— Estúpido — ela sussurrou — eu sei os seus segredos, Nate. Você me contou tudo. Será que Mortmain descobriu? É por isso que você parece não ter dormido há dias?
Ele a sacudiu, apertando o braço ao redor dela, fazendo-a ofegar de dor.
— Você não podia me deixar em paz. Tinha que se meter em meus negócios. O prazer de me ver humilhado, não é? Que tipo de irmã você é, Gio?
— Você teria me matado se tivesse a chance. Esse não é um jogo você pode jogar, nada que possa dizer me fará pensar que eu te traí, Nate. Você lucrou com cada parte disto. Aliando-se com Mortmain...
Ele balançou-a com força suficiente para fazê-la chocalhar os dentes.
— Como se minhas alianças fossem da sua conta. Eu estava me saindo muito bem até você e seus amigos Nephilim chegarem e se intrometer. Agora o Magistrado quer a minha cabeça em uma bandeja. É sua culpa. Tudo culpa sua. Eu estava quase em desespero, até que recebi a nota ridícula de Jessamine. Eu sabia que você estava por trás dela, é claro. Todos os problemas que você deve ter passado para torturá-la e levá-la a escrever aquela carta ridícula.
— Nós não a torturamos — Anahí disse entre dentes. Ela lutou, mas Nate apenas segurou com mais força, os botões do seu colete arranhando suas costas — ela quis fazer isso. Queria salvar a própria pele.
— Eu não acredito em você — a mão que não estava em sua garganta agarrou o queixo dela, suas unhas se cravaram e ela gritou de dor — ela me ama.
— Ninguém poderia te amar — Anahí cuspiu — você é meu irmão, eu te amei e você matou isso.
Nate se inclinou para frente e rosnou:
— Eu não sou seu irmão.
— Muito bem, meu meio-irmão, se você gosta assim.
— Você não é minha irmã. Nem mesmo meia — ele disse as palavras com um prazer cruel — sua mãe e a minha mãe não eram a mesma mulher.
— Isso não é possível — Anahí sussurrou — você está mentindo. Nossa mãe era Elizabeth Portilla.
— Sua mãe era Elizabeth Portilla, nascida Elizabeth Moore — corrigiu Nate — a minha era Harriet Moore.
— Tia Harriet?
— Ela uma vez foi noiva. Você sabia? Depois que seus pais se casaram, ela ia casar. O homem morreu antes de o casamento poder ser realizado. Mas ela já estava grávida. Sua mãe adotou o bebê para poupar a irmã da vergonha de o mundo saber que ela tinha consumado seu casamento antes que ele tivesse ocorrido. Que ela era uma vadia — sua voz era tão amarga quanto veneno — eu não sou seu irmão, e nunca fui. Harriet nunca me contou que ela era minha mãe. Descobri a partir de cartas de sua mãe. Todos esses anos, e ela nunca dissera uma palavra. Ela tinha muita vergonha.
— Você a matou — Anahí falou entorpecida — sua própria mãe.
— Porque ela era a minha mãe. Porque ela me renegou. Porque tinha vergonha de mim. Porque eu nunca vou saber quem era meu pai. Porque ela era uma vadia.
A voz de Nate estava vazia. Nate sempre fora vazio. Ele nunca tinha sido nada, apenas uma bela concha vazia, e Anahí e sua tia o viam com empatia, compaixão e fraqueza porque queriam vê-lo assim, mas ele não era dessa forma.
— Por que você disse a Jessamine que minha mãe era uma Caçadora de Sombra? — Anahí exigiu. — Se tia Harriet era a sua mãe, ela e minha mãe eram irmãs, tia Harriet seria uma Caçadora de Sombras, também, de modo que você seria um. Por que contar uma mentira tão ridícula?
Ele sorriu.
— Você não gostaria de saber?
O aperto aumentou em seu pescoço, sufocando-a. Ela arquejou e pensou de repente em Gabriel, dizendo: De um chute nos joelhos, a dor é terrível.
Ela chutou para trás, o calcanhar de sua bota colidindo com o joelho de Nate, fazendo um estalo maçante. Nate gritou e caiu sobre sua perna. Ele manteve o aperto sobre Anahí enquanto caía, rolando para que o cotovelo a acertasse no estômago e os dois caíssem no chão juntos.
Anahí engasgou, o ar saindo de seus pulmões, os olhos cheios de lágrimas. Chutou-o novamente, tentando se soltar, e acertou-lhe um forte golpe no ombro, mas ele investiu contra ela, agarrando-a pelo o colete. Os botões foram arrancados em uma chuva quando ele arrastou-a novamente, sua outra mão agarrou seu cabelo enquanto ela batia nele, arranhando com sua bochecha com as unhas. O sangue brotou imediatamente para a superfície, era uma visão selvagem e satisfatória.
— Me solte — ela ofegou — você não pode me matar. O Magistrado me quer viva.
— Viva, não ilesa — Nate rosnou, o sangue escorrendo pelo rosto até o queixo.
Ele segurou bem a mão em seu cabelo e puxou-a na sua direção; Anahí gritou de dor e atacou com suas botas, mas Nate era ágil, esquivando-se de seus pés agitados. Ofegante, ela fez uma oração silenciosa: Ucker, Poncho, Maite, Henry... onde estão vocês?
— Quer saber onde estão seus amigos? — Ele puxou-a de pé, uma mão em seu cabelo, a outra na parte de trás da camisa. — Bem, aqui está um deles, pelo menos.
Um rangido alertou Anahí para um movimento nas sombras. Nate virou sua cabeça puxando os cabelos de Anahí, sacudindo-a.
— Olhe — ele cuspiu — já era tempo que você soubesse que não terá ajuda.
Anahí olhou. A única coisa que emergiu das sombras foi uma forma gigantesca com cerca de seis metros de altura, imaginou, feita de ferro. Parecia mover-se como um mecanismo único, sem junções e quase inexpressivo. A metade inferior era dividida em pernas, cada uma com um pé com pontas de metal. Seus braços eram iguais, terminando com mãos em garra, a cabeça era oval e lisa com apenas uma boca larga e irregular cheia de dentes. Um par de chifres prateados torcia-se em espiral acima de sua cabeça. Uma fina linha de fogo azul crepitava entre eles.
Em suas mãos gigantes ele carregava um corpo flácido, vestido com roupas de combate dos caçadores. Contra o autômato gigantesco, ela parecia menor do que nunca.
— Maite! — Anahí gritou.
Ela redobrou suas tentativas de se afastar de Nate, chicoteando a cabeça para o lado. Chumaços de seu cabelo caíram no chão – o cabelo loiro de Jessamine, agora manchado com sangue. Nate revidou batendo forte o suficiente para que ela visse estrelas. Quando ela cedeu, ele a pegou em torno da garganta, apertando sua traqueia com os punhos. Nate riu.
— Um protótipo — disse ele — abandonado pelo Magistrado. Muito grande e pesado para seus propósitos. Mas não para o meu — ele levantou sua voz — jogue-a.
As mãos do autômato de metal se abriram. Maite caiu livre e bateu no chão com um baque nauseante. Ela ficou imóvel. Desta distância, Anahí não podia dizer se seu peito se movia ou não.
— Agora a esmague — Nate ordenou.
Lentamente, a coisa elevou seu pé de metal. Anahí agarrou os antebraços de Nate, rasgando a pele dele com as unhas.
— Maite! — Anahí gritou, mas o som saiu baixinho.
Uma figura saiu correndo de trás do autômato, alguém de preto com um cabelo ruivo ardente, com uma fina lâmina da misericórdia na mão.
Henry.
Sem sequer um olhar para Anahí e Nate, ele se lançou para o autômato, trazendo sua espada para baixo em um longo arco curvado. Houve um clang de metal contra metal. Faíscas voaram e o autômato cambaleou para trás. Seu pé desceu, batendo no chão a poucos centímetros de Maite. Henry preparou-se, em seguida, atirou-se para a criatura de novo, cortando com sua lâmina.
A lâmina foi quebrada. Por um momento, Henry simplesmente parou e olhou para ela com choque estúpido. Em seguida, a mão da criatura chicoteou para a frente e agarrou-o pelo braço. Ele gritou quando foi levantado e atirado com uma força incrível contra um dos pilares. Henry o atingiu e caiu no chão, onde ficou imóvel.
Nate riu.
— Essa demonstração de devoção matrimonial — ele comentou — quem teria pensado? Jessamine sempre disse que achava que Branwell não suportava a esposa.
— Você é um porco — Anahí falou, lutando em seu aperto — o que você sabe sobre as coisas que as pessoas fazem pelas outras? Se Jessamine estivesse queimando na morte, você não iria tirar os olhos de seu jogo de cartas. Você não se importa com nada além de si mesmo.
— Fique quieta, ou vou mandar o autômato atirá-la no chão também — Nate sacudiu novamente, e gritou: — Vem! Aqui. Você deve segurá-la até o Magistrado chegar.
Com um ranger de engrenagens, o autômato se moveu a obedecer. Não era tão rápido quanto seus irmãos menores, mas seu tamanho era tal que Anahí não podia deixar os movimentos dele a gelarem de medo. E isso não era tudo. O Magistrado estava por vir. Anahí se perguntava se Nate já o tinha convocado, se ele já estava em seu caminho.
Mortmain.
Mesmo a memória de seus olhos frios, seu sorriso gelado de controle, por sua vez, fez seu estômago doer.
— Deixe-me ir — gritou ela, se empurrando para longe de seu irmão — deixe-me ver Maite.
Nate a empurrou para frente com força e ela Anahí caiu no chão, os cotovelos e os joelhos batendo com força no chão duro de madeira. Ela engasgou e rolou para o lado, sob a sombra da galeria do segundo andar, com o autômato vindo pesadamente em sua direção. Anahí gritou e Poncho e Ucker saltaram da galeria acima, um em cada ombro da criatura. Ele rugiu, um som como foles sendo alimentado por carvão, e cambaleou para trás, permitindo que Anahí rolasse para fora de seu caminho e ficasse de pé.
Olhou de Henry para Maite. Henry estava pálido e ainda caído ao lado do pilar, mas Maite estava deitada onde o autômato a jogou, estava em perigo iminente de ser esmagada pela máquina.
Respirando fundo, Anahí atravessou a sala até Maite e ajoelhou-se, colocando os dedos em sua garganta. Havia uma pulsação lá, vibrando fracamente. Colocando as mãos sob os braços de Maite, começou a arrastá-la em direção à parede, longe do centro da sala, onde o autômato estava girando e cuspindo faíscas, lutando com suas mãos para agarrar Ucker e Poncho. Eles eram muito rápidos para ele, no entanto.
Autor(a): Alien AyA
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Anahí baixou Maite entre os sacos de estopa de chá e olhou através da sala, tentando determinar um caminho que poderia levá-la para Henry. Nate correu, gritando e xingando a criatura mecânica. Em resposta, Poncho serrou um dos chifres do autômatoe atirou no irmão de Anahí. Ele saltou sobre o chão, deslizando em fa& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....