Fanfics Brasil - Nathaniel Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Nathaniel

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Anahí baixou Maite entre os sacos de estopa de chá e olhou através da sala, tentando determinar um caminho que poderia levá-la para Henry. Nate correu, gritando e xingando a criatura mecânica. Em resposta, Poncho serrou um dos chifres do autômatoe atirou no irmão de Anahí. Ele saltou sobre o chão, deslizando em faíscas, e Nate saltou para trás. Poncho riu.


Ucker, entretanto, estava agarrado no pescoço da criatura, fazendo algo que Anahí não podia ver. A criatura em si estava girando em círculos, fora projetado para alcançar e agarrar o que estava na frente, e seus braços não dobravam corretamente. Não podia alcançar o que estava no seu pescoço e cabeça.


Anahí quase teve vontade de rir. Poncho e Ucker eram como ratos correndo para cima e para baixo no corpo de um gato, levando-o à loucura. Mas com suas lâminas serafins, eles não podiam fazer muito dano a criatura de metal, estavam infligindo poucas lesões. As lâminas, que ela tinha visto rasgarem ferro e aço como se fossem papel, deixavam apenas riscos e arranhões na superfície do corpo da criatura mecânica.


Nate, enquanto isso estava gritando e xingando.


— Esmague-os — ele gritou para o autômato — esmague-os, seu bastardo de metal gigante!


O autômato fez uma pausa, em seguida sacudiu-se violentamente. Poncho escorregou, agarrando o pescoço da criatura no último momento para não cair. Ucker não teve tanta sorte. Ele tentou fincar a espada no corpo da criatura para evitar queda, mas a lâmina apenas derrapou pelas costas da criatura. Ucker caiu, sem jeito, sua arma fazendo barulho no chão, a perna dobrada debaixo dele.


— Christopher! — Poncho gritou.


Ucker arrastou-se penosamente de pé. Ele pegou a estela em seu cinto, mas a criatura, sentindo a fraqueza, já estava em cima dele, atingindo-o com as suas mãos em garras. Ucker deu vários passos para trás e se atrapalhou pegando algo do bolso. Era algo liso e obliquo: o objeto metálico que Henry lhe dera na biblioteca.


Ele esticou a mão para jogá-lo e Nate estava atrás dele de repente, chutando sua perna ferida, provavelmente quebrando-a perna. Ucker não fez nenhum som, mas a perna fez um barulho e ele caiu no chão pela segunda vez, o objeto rolando de sua mão.


Anahí ficou de pé e correu para ele, assim como Nate. Eles colidiram, seu maior peso e altura tendo derrubado-a no chão. Ela rolou quando caiu para absorver o impacto, como Gabriel tinha ensinado, embora o choque ainda a tenha deixado sem fôlego. Estendeu a mão para o dispositivo, sacudindo os dedos, mas o Cunfundidor escorregou longe dela. Podia ouvir Poncho gritando seu nome, dizendo para jogar para ele. Anahí esticou mais a mão, os dedos fechando-se em torno do dispositivo e, em seguida, Nate a agarrou por uma perna e a puxou de volta, sem piedade.


Ele é maior do que eu, ela pensou. Mais forte. Mais cruel. Mas há uma coisa que eu posso fazer e ele não.


Ela mudou.


Levou sua mente para o aperto da mão em seu tornozelo, onde suas peles se tocavam. Sentiu aquela centelha que havia entre eles, como uma vela sendo acesa dentro de um quarto escuro. Ouviu-o sugar a respiração, e então a mudança a levou, ondulando sua pele, moldando seus ossos. Os botões na gola e punhos estalaram quando ela cresceu em tamanho, convulsões debatendo através de seus membros, livrando-lhe a perna do aperto de Nate. Ela rolou para longe do irmão, cambaleando de pé, e viu seus olhos arregalados quando ele a olhou.


Anahí era agora, com a diferença das roupas, uma imagem exata do irmão. Ela girou para o autômato. Ele estava congelado, à espera de instruções, ainda girando. Poncho levantou a mão e Anahí jogou o dispositivo, silenciosamente agradecendo a Gabriel e Gideon pelas horas de instrução com arremesso de faca. O Confundidor voou pelo ar em um arco perfeito, e Poncho pegou-o no ar.


Nate estava de pé.


— Anahí — ele rosnou — o que diabos você pensa que está fazen...


— Prenda-no! — Ela gritou para o autômato, apontando para Nate. — Pegue-o!


A criatura não se moveu. Anahí não podia ouvir nada além da respiração dura de Nate ao seu lado, e ao som de ranger da criatura de metal; Poncho havia desaparecido por trás dele e estava fazendo alguma coisa, embora não pudesse ver o quê.


— Anahí, você é uma tola — Nate assobiou — não funciona assim. A criatura obedece apenas a mim.


— Eu sou Nathaniel Portilla! — Anahí gritou para o gigante de metal. — E eu te ordeno, em nome do Magistrado, a pegar esse homem e segurá-lo!


Nate girou para ela.


— Chega de seus jogos, você é estúpida.


Suas palavras foram cortadas subitamente quando o autômato se inclinou e agarrou-o. Ele ergueu o irmão de Anahí até o nível de sua boca clicando e zumbido curiosa. Nate começou a gritar e continuou gritando estupidamente, seus braços balançando.


Quando Poncho terminou o que estava fazendo, ele caiu no chão, agachado. Ele gritou algo para Anahí, seus olhos azuis arregalados e selvagens, mas ela não podia ouvi-lo por sobre o grito de seu irmão. Seu coração estava batendo contra o peito, ela sentiu o cabelo cair, batendo nos ombros com um peso macio e pesado. Ela era ela mesma mais uma vez, o choque do que estava acontecendo era grande demais para ela segurar a transformação. Nate ainda estava gritando e a coisa ainda o mantinha em uma pinça terrível. Poncho tinha começado a correr, quando a criatura olhando para Anahí ergueu-se com um rugido – e Poncho a atingiu, derrubando-a no chão e cobrindo-a com seu próprio corpo quando o autômato explodiu como uma estrela.


A cacofonia da explosão e metal ruindo foi ensurdecedora. Anahí tentou cobrir as orelhas, mas o corpo de Poncho estava prendendo-a firmemente no chão, seus cotovelos fincados no chão de ambos os lados da cabeça de Anahí. Ela sentiu sua respiração na parte de trás do pescoço, o bater do seu coração contra a espinha. Ouviu o irmão gritar, um grito gorgolejante e terrível. Virou a cabeça, pressionando o rosto no ombro de Poncho quando seu corpo se sacudiu contra a dela, o chão estremeceu debaixo deles...


E tudo estava acabado. Lentamente, Anahí abriu os olhos. O ar estava nublado com pó de gesso, estilhaços flutuantes e estopa rasgado dos sacos de chá. Enormes pedaços de metal estavam espalhados desordenadamente pelo chão, e várias das janelas tinham estourado abertas, deixando entrar a luz da noite e o nevoeiro. O olhar de Anahí se moveu pelo quarto.


Ela viu Henry embalando Maite, beijando seu rosto pálido, e Maite respondendo com um olhar pasmo; Ucker lutando para se levantar, estela na mão e pó de gesso em suas roupas e cabelo... e Nate.


No início, pensou que ele estava encostado um dos pilares. Então viu o vermelho se espalhando em sua camisa. Um pedaço irregular de metal havia cravado nele como uma lança, prendendo-o em posição vertical no pilar. A cabeça pendia, as mãos arranhando levemente o peito.


— Nate! — ela gritou.


Poncho rolou para o lado, libertando-a, e Anahí estava de pé em segundos, correndo pelo lugar com até o irmão. Suas mãos tremiam com horror e repulsa, mas ela conseguiu fechá-las em torno do estilhaço de metal no peito dele e o puxou. Ela jogou-o de lado e mal conseguiu aguentá-lo enquanto ele caiu para frente, seu peso repentino derrubando-a. De alguma forma, ela encontrou-se no chão, o corpo flácido de Nate estendido desajeitadamente em seu colo.


Uma memória voltou em sua mente, Anahí agachada no chão da casa de de Quincey, segurando Nate em seus braços. Ela o amava, então.


— Não faça isso.


A mão de Nate pegou seu pulso, suas unhas arranhando sua pele.


— Mas, Nate...


— Eu estou morrendo. Eu sei — ele tossiu um frouxo som molhado — você não entende? Eu falhei com o Magistrado. Ele vai me matar de qualquer maneira. E ele vai fazer devagar...


Ele fez um ruído rouco e impaciente.


— Deixe-me, Gio. Eu não estou sendo nobre. Você sabe que eu não sou.


Ela tomou uma respiração irregular.


— Eu deveria deixar você aqui para morrer sozinho em seu próprio sangue. É o que você faria se fosse comigo.


— Gio — um fluxo de sangue derramou a partir do canto de sua boca — o Magistrado nunca iria te machucar.


— Mortmain — ela sussurrou — Nate, onde ele está? Por favor. Diga-me onde ele está.


— Ele... — Nate engasgou, soltando a respiração. Uma bolha de sangue apareceu em seus lábios. A jaqueta na mão de Anahí foi era um pano encharcado. Seus olhos dobraram de tamanho, nitidamente apavorada.


— Gio... Eu-eu estou morrendo. Eu realmente estou morrendo.


A questão ainda explodia em sua cabeça. Onde está Mortmain? Como minha mãe poderia ser uma Caçadora de Sombras? Se o meu pai era um demônio, como é que eu ainda estou viva, quando todos os filhos de Caçadores de Sombras e demônios nascem mortos? Mas o terror nos olhos de Nate silenciou; apesar de tudo, ela viu a mão escorregar na sua.


— Não há nada a temer, Nate.


— Não para você, talvez. Você sempre foi... a boa. Eu vou queimar, Gio. Gio, onde está seu anjo?


Ela colocou a mão no pescoço, um gesto reflexivo.


— Eu não poderia usá-lo. Eu estava fingindo ser Jessamine.


— Você... deve... usá-lo — ele tossiu. Mais sangue — use-o sempre. Você jura?


Ela balançou a cabeça.


— Nate... Eu não posso confiar em você, Nate.


— Eu sei — a voz dele tremia — não há perdão para os tipos de coisas que eu tive que fazer.


Ela apertou sua mão, os dedos escorregadios com o sangue dele.


— Eu te perdoo — ela sussurrou, sem saber, ou se importar, se era verdade.


Seus olhos azuis se arregalaram. Seu rosto tinha ido para a cor de pergaminho velho: amarelado, seus lábios quase brancos.


— Você não sabe de tudo o que fiz, Gio.


Ela se inclinou sobre ele, ansiosa.


— Nate?


Mas não houve resposta. O rosto dele ficou frio, os olhos arregalados, meio revirados em sua cabeça. A mão deslizou para fora da dela e caiu no chão.


— Nate — ela repetiu, e colocou os dedos no local onde seu pulsação devia bater em sua garganta, já sabendo o que iria encontrar.


Não havia nada. Ele estava morto.


 



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Autor(a): Alien AyA

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Anahí se levantou. Seu colete, calça e camisa estavam rasgados, até mesmo as pontas de seu cabelo estavam encharcadas do sangue de Nate. Ela se sentia dormente, mergulhada em água gelada. Se virou lentamente, e só agora, pela primeira vez, se perguntou se os outros estavam lhe observando ou escutando sua conversa com Nate. Eles não ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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