Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Capítulo 17 - Nos sonhos
Em sonhos me surges. Por isso
Amanhã outra vez melhor me sentirei!
Muito mais consoladora ser-me-á a noite que
A saudade do dia sem esperança.
– Matthew Arnold, Saudade
A consciência ia e vinha em um ritmo hipnótico, como o mar aparecendo e desaparecendo no convés de um barco em uma tempestade. Anahí sabia que estava em uma cama com lençóis brancos no centro de uma longa sala; que havia outras camas, todas iguais na sala, e que havia janelas altas acima dela deixando entrar a luz do amanhecer. Ela fechou os olhos e mergulhou nas trevas novamente.
•••
Acordou com vozes sussurrando e rostos pairando sobre ela, ansiosos. Maite, seu cabelo amarrado ordenadamente, ainda em sua roupa de combate e ao lado dela o Irmão Enoch. Seu rosto cheio de cicatrizes já não era aterrorizante. Ela podia ouvir a voz dele em sua mente. O ferimento na cabeça é superficial.
— Mas ela desmaiou — Maite falou. Para surpresa de Anahí, havia preocupação real em sua voz, ansiedade real — com um golpe na cabeça...
Ela desmaiou por causa dos muitos choques. Você me disse que o irmão dela morreu em seus braços? E ela pode ter pensado que Poncho estivesse morto também. Você disse que ele a cobriu com o próprio corpo quando a explosão ocorreu. Se ele tivesse morrido, ele teria dado a vida por ela. Este é um grande fardo para suportar.
— Mas você acha que ela vai estar bem de novo?
Quando seu corpo e espírito tiverem descansados, ela vai acordar. Não posso dizer quando isso vai acontecer.
— Minha pobre Anahí — Maite tocou o rosto de Anahí levemente. Suas mãos cheiravam a sabão de limão — ela não tem mais ninguém no mundo agora...
•••
A escuridão voltou, e Anahí caiu nela, agradecida pela trégua da luz e do pensamento. Ela envolveu-se nele como um cobertor e deixou-se flutuar como os icebergs da costa do Labrador, embalada sob o luar por uma água preta e gelada.
Um grito gutural de dor atravessou seu sonho na escuridão. Ela estava enrolada em um emaranhado mantas, e algumas camas mais longe estava Poncho, deitado de barriga para baixo.
Ela percebeu, embora em seu estado de dormência e com um choque fraco, que ele provavelmente estava nu. As mantas estavam presas em sua cintura, mas as costas e peito estavam nus. Seus braços estavam cruzados sobre os travesseiros na frente dele, com a cabeça descansando sobre eles, porém seu corpo estava tenso como uma corda. Sangue manchava os lençóis brancos abaixo dele.
Irmão Enoch estava de um lado da cama, e Ucker do outro, próximo a cabeça de Poncho com uma expressão de ansiedade.
— Poncho — Ucker disse urgentemente — Poncho, tem certeza de que você não quer outra runa para a dor?
— Não... mais — falou entre dentes — apenas acabe logo com isso.
O irmão Enoch levantou o que parecia ser um par de pinças de prata perversamente afiadas. Poncho engoliu em seco e enterrou a cabeça em seus braços, o cabelo surpreendente escuro contra o branco dos lençóis. Ucker estremeceu como se a dor fosse sua quando as pinças cavaram fundo nas costas de Poncho e seu corpo esticou na cama, os músculos enrijecendo sob a pele, o seu grito de agonia surgindo curto e abafado. Irmão Enoch recuou a ferramenta e um pedaço de metal manchado de sangue estava preso na pinça.
Ucker deslizou sua mão em Poncho.
— Segure minha mão. Vai ajudar na dor. Há apenas um pouco mais.
— Fácil para você dizer — Poncho arquejou, mas o toque da mão de seu parabataipareceu relaxá-lo um pouco.
Ele arqueou-se para fora da cama, os cotovelos pressionando o colchão, sua respiração vindo em ondas curtas. Anahí sabia que não deveria olhar, mas não podia evitar. Percebeu que nunca tinha visto tanto do corpo de um garoto antes, nem mesmo o de Ucker.
Ela encontrou-se fascinada pela forma como a massa muscular magra deslizava sob a pele lisa, o inchar de seus braços, a barriga dura e plana em convulsão enquanto respirava.
As pinças brilharam novamente, e a mão de Poncho estava sobre a de Ucker, os dedos apertados. Sangue jorrou e derramou para baixo em sua lateral nua. Ele não fez nenhum som, embora Ucker parecesse doente e pálido. Moveu a mão como se quisesse tocar o ombro de Poncho, em seguida puxou-a de volta, mordendo o lábio.
Tudo isso porque Poncho cobriu o meu corpo com o seu para me proteger, Anahí pensou. Como o irmão Enoch tinha dito, era um fardo para suportar, de fato.
Postando Meninas :D
Autor(a): Alien AyA
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....