Fanfics Brasil - É Minha Culpa Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: É Minha Culpa

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Ela estava deitada em sua cama estreita no antigo quarto em Nova York. Através da janela Anahí podia ver o céu cinzento, os telhados de Manhattan. A colcha de retalhos coloridos de sua tia estava na cama, e se agarrou a ela quando a porta se abriu e sua tia entrou.


Ela já deveria saber, Anahí podia ver a semelhança. Tia Harriet tinha olhos azuis, cabelos louros desbotados, mesmo a forma do seu rosto era como o de Nate. Com um sorriso, ela veio e se inclinou sobre Anahí, colocando a mão em sua testa, que era fria contra a pele quente de Anahí.


 Eu sinto muito  Anahí sussurrou — sobre Nate. É minha culpa que ele esteja morto.


 Shhh  disse a tia — não é culpa sua. É dele e minha. Eu sempre me senti culpada, veja bem, Anahí. Saber que era sua mãe, mas não fui capaz de suportar e dizer. Eu o deixava fazer qualquer coisa que queria, até que ele foi estragado além da salvação. Se eu tivesse contado que era a mãe dele de verdade, ele não teria se sentido tão traído quando descobriu a verdade, e não se voltaria contra nós. Mentiras e segredos, Anahí, são como um câncer na alma. Eles devoram o que é bom e deixam só destruição para trás.


 Eu sinto tanto sua falta  Anahí falou  não tenho família agora...


Sua tia se inclinou para beijá-la na testa.


 Você tem mais família do que pensa.


•••


— Nós quase certamente perderemos o Instituto agora — disse Maite.


Ela não falava com o coração, mas estava distante e indiferente. Anahí estava pairando como um fantasma sobre a enfermaria, olhando para onde Maite estava com Ucker ao pé da cama de Anahí.


Anahí podia ver-se dormindo, seu cabelo escuro espalhado nos travesseiros. Poncho dormia algumas camas mais abaixo, de costas e com ataduras, uma iratze preta na nuca. Sophie, com seu chapéu branco e vestido escuro, estava espanando as janelas.


— Perdemos Nathaniel Portilla como uma fonte, um dos nossos acabou por ser um espião e não estamos mais perto de encontrar Mortmain do que estávamos há duas semanas.


— Depois de tudo o que temos feito, que aprendemos? A Clave vai entender.


— Eles não vão. Já estão no fim de suas forças e eu estou preocupada. Eu poderia muito bem marchar até a casa de Benedict Lightwood e começar a preencher a papelada. Já passar o Instituto para ele.


— O que Henry disse sobre tudo isso? — perguntou Ucker.


Ele não estava mais vestido com sua roupa de Caçador de Sombras, e nem Maite. Ucker usava uma camisa branca e uma calça marrom, e ela estava em um de seu vestido escuro monótono. Quando Ucker virou a mão, no entanto, Anahí viu que ele ainda estava manchado com o sangue seco de Poncho.


Maite bufou de uma forma vulgar.


— Oh, Henry — ela disse, parecendo exausta — penso que ele está chocado com o que um dos dispositivos em que trabalhava fez, ele não sabe o que fazer consigo mesmo. Não consegue suportar a vir aqui. Acha que a culpa é dele que Poncho e Anahí estejam feridos.


— Sem esse dispositivo, poderíamos estar todos mortos, e Anahí nas mãos do Magistrado.


— Você é bem-vindo para explicar a Henry. Eu desisti de tentar.


— Maite... — a voz de Ucker era calma — sei o que as pessoas dizem. Sei que você ouviu a cruel fofoca. Mas Henry te ama. Quando ele pensou que você estava ferida lá no armazém de chá, ele quase ficou louco. Atirou-se contra aquela máquina gigante...


— Christopher — Maite bateu desajeitadamente no ombro de Ucker — aprecio sua tentativa de me consolar, mas falsidade nunca faz nada de bom no fim. Eu há muito tempo aceito que Henry ama suas invenções em primeiro lugar, e eu em segundo, depois de tudo.


— Maite... — Ucker disse cansado, mas antes que pudesse dizer outra palavra, Sophie se moveu para ficar ao lado deles, o pano empoeirado na mão.


— Sra. Branwell — ela chamou em voz baixa — se eu pudesse falar com a senhora por um momento.


Maite olhou surpresa.


— Sophie...


— Por favor, minha senhora.


Maite colocou a mão no ombro de Ucker, disse algo baixinho em seu ouvido e depois acenou para Sophie.


— Muito bem. Venha comigo para a sala de estar.


Quando Maite deixou o quarto com Sophie, Anahí percebeu para sua surpresa que Sophie na verdade era mais alta do que a patroa. A presença de Maite muitas vezes a fazia esquecer do quão pequena ela era. E Sophie era tão alta quanto Anahí, como um esbelto salgueiro. Veio-lhe a sua mente a imagem de Gideon Lightwood pressionado Sophie contra a parede do corredor, e Anahí ficando preocupada.


Quando a porta se fechou atrás das duas mulheres, Ucker se inclinou para frente, os braços cruzados ao pé da cama de Anahí. Ele estava olhando para ela, e sorrindo um pouco, embora torto, com as mãos soltas e o sangue seco através dos dedos e sob as unhas.


— Anahí, minha Anahí — ele falou em sua voz suave, igual a embalar seu violino — sei que você pode me ouvir. O Irmão Enoch diz que você não está gravemente ferida. Não posso dizer que isso seja o suficiente para me confortar. É um pouco parecido quando Poncho assegura-me que estamos apenas um pouco perdidos. Eu sei que isso significa que Poncho não está vendo uma rua familiar há horas.


Ele baixou a voz, tanto que Anahí não tinha certeza se o que ele disse em seguida era real ou parte da escuridão do sonho subindo para reclamá-la, embora ela lutasse contra ele.


— Isso nunca me importou — ele continuou — estar perdido, isto é. Sempre pensei que não poderia me perder verdadeiramente e seguia o meu próprio coração. Mas temo que eu possa estar perdido sem saber como você está.


Ele fechou os olhos, como se estivesse com os ossos cansados, e Anahí viu quão finas suas pálpebras estavam, igual a papel vegetal e quão cansado ele olhou.


 Wo ai ni, Anahí — ele sussurrou — wo shi bu xiang qu ni.


Ela sabia, mesmo sem entender como, o que as palavras significavam. Eu te amo. E não quero te perder.


Eu não quero te perder também, era o que ela queria dizer, mas as palavras não vieram. O cansaço levantou-se em vez disso e uma onda escura cobriu-a no silêncio.



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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