Fanfics Brasil - Sonhos Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Sonhos

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Trevas.


Estava escuro, e Anahí estava consciente de um sentimento de grande solidão e do terror. Jessamine estava na cama estreita, seu cabelo pendurado como cordas sobre os ombros. Anahí pairava sobre ela e sentiu-a de alguma forma, como se estivesse tocando sua mente. Podia sentir um grande sentimento de perda dolorosa. De alguma forma, Jessamine sabia que Nate estava morto. Antes, quando Anahí tinha tentado tocar a mente da outra garota, ela encontrou resistência, mas agora sentia só uma tristeza crescente, como a mancha de uma gota de tinta preta espalhada pela água.


Os olhos castanhos de Jessie estavam abertos, olhando para a escuridão. Eu não tenho nada. As palavras eram tão claras como um sino na mente de Anahí. Eu escolhi Nate ao invés dos Caçadores de Sombras, e agora ele está morto. Mortmain vai querer me matar também, e Maite me despreza. Eu apostei e perdi tudo.


Enquanto Anahí observava, Jessamine estendeu a mão e tirou um pequeno cordão de seu pescoço sobre a cabeça. Na extremidade havia um anel de ouro com uma reluzente pedra – um diamante. Segurando-o entre os dedos, ela começou a usar o diamante para riscar as letras na parede de pedra.


JG.


Jessamine Portilla.


Poderia ser apenas uma homenagem, mas Anahí nunca iria descobrir. Enquanto Jessamine pressionava a pedra preciosa contra a parede, ela se estilhaçou e a mão de Jessamine bateu na parede, machucando os dedos.


Anahí não precisava tocar a mente de Jessamine para saber o que ela estava pensando. Até mesmo o diamante não era real. Com um grito baixo, Jessie rolou e escondeu o rosto nos cobertores ásperos da cama.


•••


Quando Anahí acordou novamente, estava escuro. Um brilho estrelar tênue fluía pelas altas janelas da enfermaria, e havia uma pedra enfeitiçada acesa em cima da mesa perto de sua cama. Ao lado estava uma xícara com uma infusão de ervas, vapor saindo dela, e uma pequena bandeja com biscoitos. Anahí levantou-se em uma posição sentada, prestes a chegar perto da xícara e congelou.


Poncho estava sentado na cama ao lado da dela, vestindo uma camisa, calças largas e um roupão preto. Sua pele estava pálida à luz das estrelas, mas mesmo a penumbra não podia lavar o azul de seus olhos.


— Poncho — ela falou, assustada — o que você está fazendo de pé?


Ele a estava observando dormir? Era uma coisa estranha para Poncho fazer.


— Eu trouxe uma infusão — ele respondeu, um pouco tenso — você parecia estar tendo um pesadelo.


— Eu estava? Nem me lembro o que sonhei — ela puxou as cobertas sobre si, embora a camisola modesta estivesse cobrindo-a — pensei a vida real fosse o pesadelo e que o sonho era onde eu poderia encontrar a paz.


Poncho pegou a caneca e foi se sentar ao lado dela na cama.


— Aqui. Beba isso.


Ela pegou a xícara dele obedientemente. A infusão tinha um gosto amargo, mas atraente, com raspas de limão.


— O que ela faz? — perguntou.


— Vai te acalmar — disse Poncho.


Ela olhou para ele, o sabor do limão em sua boca. Havia uma névoa em sua visão, Poncho parecia algo saído de um sonho.


— Como estão seus ferimentos? Você está com dor?


Ele balançou a cabeça.


— Uma vez que todo o metal foi retirado, eles foram capazes de usar uma iratze em mim. As feridas não estão completamente curadas, mas estão melhorando. Até amanhã serão apenas cicatrizes.


— Estou com inveja — ela tomou outro gole da infusão. Estava começando a sentir-se tonta. Ela tocou o curativo na testa — acredito que terei um bom tempo antes que possa sair daqui.


— Enquanto isso, você pode desfrutar de olhar como um pirata.


Ela riu, trêmula. Poncho estava perto o suficiente para que ela pudesse sentir o calor que emanava de seu corpo. Ele era um forno quente.


— Você está com febre? — ela perguntou antes que pudesse se conter.


— A iratze eleva a temperatura do nosso corpo. É parte do processo de cura.


— Oh.


Tê-lo tão perto estava enviando pequenos arrepios através de seus nervos, mas ela se sentia muito tonta para desviar.


— Eu sinto muito sobre seu irmão — ele disse suavemente, a respiração dele agitando seu cabelo.


— Você não precisa — ela falou com amargura — sei que você acha que ele merecia o aconteceu. Ele provavelmente mereceu.


— Minha irmã morreu. Ela morreu, e não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso — ele disse, e havia dor em sua voz — sinto muito sobre o seu irmão.


Ela se virou para ele. Seus olhos, grandes e azuis, um rosto perfeito. A boca arqueou para baixo nos cantos em preocupação. Preocupação com ela. Sentia a pele quente e tensa, a cabeça leve e arejada, como se estivesse flutuando.


— Poncho — ela sussurrou — Poncho, eu me sinto muito estranha.


Poncho se inclinou sobre ela para colocar a caneca em cima da mesa, e seu ombro a roçou.


— Quer que eu chame Maite?


Ela balançou a cabeça. Estava sonhando. Tinha quase certeza disso agora, tinha a mesma sensação de estar em seu corpo e ainda não estar, do mesmo jeito quando tinha sonhando com Jessamine. O conhecimento de que era um sonho a deixou mais ousada. Poncho ainda estava inclinado para frente, o braço esticado; ela se aninhou contra ele, a cabeça em seu ombro, fechando os olhos. Sentiu-o estremecer com surpresa.


— Eu te machuquei? — Ela sussurrou, tardiamente lembrando de seus machucados.


— Eu não me importo — disse ele fervorosamente — eu não me importo.


Seus braços foram ao redor dela e ele a abraçou, e Anahí descansou sua bochecha contra a junção quente de seu pescoço e ombro. Ela ouviu o eco de sua pulsação e sentiu o cheiro dele, sangue, suor, sabão e magia. Não foi igual aquela noite na varanda, fogo e desejo. Ele segurou-a com cuidado, colocando a bochecha contra o cabelo dela. Estava tremendo, mesmo enquanto seu peito subia e descia, até mesmo quando ele hesitante deslizou seus dedos sob o queixo de Anahí, levantando seu rosto...


— Poncho — Anahí falou — está tudo bem. Não importa o que você fizer. Estamos sonhando, você sabe.


— Annie? — Poncho soou alarmado.


Seus braços ainda estavam apertados ao redor dela. Ela estava quente, afável e com tonturas. Ah, se Poncho realmente fosse assim, pensou, não apenas em sonhos. A cama balançou sob ela como um barco à deriva. Ela fechou os olhos e deixou a escuridão levá-la.




Até Mais!



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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