Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Melancolicamente, Anahí terminou de comer os sanduíches e o resto do chá, amaldiçoando sua incapacidade de manter o nariz fora da vida de outras pessoas. Uma vez que estava feito, ela colocou seu vestido azul, encontrando dificuldades para se ajeitar sem a ajuda de Sophie.
Olhe para si mesma, pensou ela, mimada após algumas semanas tendo uma criada para lhe ajudar. Não pode vestir-se, não pode parar de meter o nariz no que não é da sua conta. Se continuar assim, em breve vai precisar de alguém para colocar uma colher de mingau em sua boca ou então irá morrer de fome. Ela fez uma careta horrível para si mesma no espelho e se sentou em frente a penteadeira, pegando a escova de prata e passando as cerdas através de seu longo cabelo castanho.
Alguém bateu na porta. Sophie, Anahí esperava, para que pudesse lhe fazer um pedido de desculpas.
Anahí deixou a escova de cabelo e apressou-se a abrir a porta.
Assim como antes, quando abriu a porta esperando encontrar Ucker e ficou desapontada ao encontrar Sophie em seu lugar, agora, que estava na expectativa de encontrar Sophie, foi surpreendida por encontrar Ucker ali. Ele usava uma jaqueta de lã cinza e calças, contra o qual seu cabelo prateado parecia quase branco.
— Ucker — ela falou, assustada — está tudo bem?
Seus olhos cinza olhavam para o rosto dela, seu cabelo longo e solto.
— Você olha como se estivesse esperando alguém.
— Sophie — Anahí suspirou, e prendeu uma mecha perdida de cabelo atrás da orelha — temo que a ofendi. Meu hábito de falar antes de pensar me pegou de novamente.
— Oh — disse Ucker, com uma falta de interesse incomum.
Normalmente, ele teria perguntado a Anahí o que ela disse a Sophie, e iria lhe tranquilizar ou ajudá-la a traçar um plano de ação para ganhar o perdão de Sophie. Seu interesse habitual parecia agora estranhamente ausente, Anahí pensou com alarme, ele estava um pouco pálido e parecia estar olhando para trás dela, como se verificando para ver se ela estava completamente sozinha.
— Eu gostaria de falar com você em particular, Anahí. Está se sentindo bem o suficiente?
— Isso depende do que você tem para me dizer — ela respondeu com uma risada, mas quando seu riso não trouxe um sorriso em resposta, a apreensão cresceu dentro dela.
— Ucker... jura que está tudo bem? Poncho...
— Isto não é sobre Poncho. Poncho está andando por aí e sem dúvida perfeitamente bem. Isto é sobre... Bem, acho que você pode dizer que é sobre mim — ele olhou para cima e para baixo no corredor — posso entrar?
Anahí pensou brevemente no que tia Harriet diria a respeito de uma garota permitir que um garoto com quem ela não tem um relacionamento entrasse em seu quarto quando mais ninguém estivesse por lá. Mas mesmo tia Harriet tivera um amor uma vez, Anahí pensou. Permitiu e deixou que seu noivo, bem, fizesse algo que a deixou grávida. Tia Harriet, se estivesse viva, não estaria em posição de falar. E, além disso, a etiqueta era diferente para Caçadores de Sombras. Ela abriu a porta.
— Sim, entre.
Ucker entrou no quarto e fechou a porta firmemente atrás dele. Ele andou até a lareira e apoiou-se em um braço contra ela. Então, parecendo decidir que aquela posição não era satisfatória, ele veio até onde Anahí estava, no meio do quarto, e ficou diante dela.
— Anahí.
— Ucker — ela respondeu, imitando o tom sério, mas novamente ele não sorriu — Ucker — ela repetiu, mais calmamente — se é sobre a sua saúde, sua... doença, por favor, me diga. Vou fazer o que puder para ajudá-lo.
— Não é sobre a minha doença — ele tomou uma respiração profunda — você sabe que nós não encontramos Mortmain. Em poucos dias, o Instituto pode ser entregue a Benedict Lightwood. Ele iria, sem dúvidas, permitir que Poncho e eu ficássemos aqui, mas não tenho desejo em viver em uma casa que ele viva. E Poncho e Gabriel iriam se matar dentro de um minuto. Seria o fim do nosso pequeno grupo. Maite e Henry iriam encontrar uma casa, não tenho dúvida, e Poncho e eu talvez tivéssemos que ir para Idris até que completemos 18 anos, e Jessie vai depender da sentença que a Clave der para ela. Mas não poderemos levá-la para Idris conosco. Você não é uma Caçadora de Sombras.
O coração de Anahí começou a bater muito rápido. Ela sentou-se, de repente, à beira de sua cama. Ela sentiu-se levemente tonta. Lembrou-se do timbre sarcástico de Gabriel sobre os Lightwood arranjarem-lhe um emprego, que iriam encontrar um lugar apropriado para ela, mas ela poderia imaginar uma situação um pouco pior.
— Eu entendo, mas para onde eu deveria ir... Não, não responda. Você não detém a responsabilidade sobre mim. Obrigada por me dizer, pelo menos.
— Anahí.
— Vocês todos já foram tão amáveis permitindo que eu ficasse aqui na propriedade de vocês, permitir-me viver aqui não fez com que a Clave olhasse com bons olhos nenhum de vocês. Vou encontrar um lugar.
— Seu lugar é comigo — Ucker disse — sempre será.
— O que você quer dizer?
Ele corou, a cor escura contra sua pele pálida.
— Eu quero dizer, Anahí Portilla, você me daria a honra de se tornar a minha esposa?
Anahí sentou-se pesadamente.
— Ucker!
Eles olharam um para o outro por um momento. Por fim, ele disse, tentando ser leve, embora sua voz não estivesse:
— Isso não foi um não, eu suponho, embora não fosse um sim.
— Você não pode dizer isso.
— Eu quero dizer isso.
— Você não pode... não sou uma Caçadora de Sombras. Eles vão te expulsar da Clave.
Ele deu um passo para mais perto dela, os olhos ansiosos.
— Você pode não ser precisamente uma Caçadora de Sombras, mas não é uma mundana e nem comprovadamente uma feiticeira. Sua situação é única, então não sei o que a Clave vai fazer. Mas eles não podem proibir algo que não é proibido pela Lei. Eles terão que tomar o seu – o nosso caso individual e levar em consideração, e isso pode levar meses. Enquanto isso, eles não podem impedir o nosso noivado.
— Você está falando sério — a boca dela estava seca — Ucker, é uma grande bondade de sua parte e é realmente incrível. Faz-lhe crédito. Mas eu não posso deixar você se sacrificar dessa forma por mim.
— Sacrificar? Anahí, eu te amo. Quero me casar com você.
— Eu... Ucker, você é justo, gentil e tão altruísta. Como posso confiar que você não está fazendo isso simplesmente por ser bom?
Ele enfiou a mão no bolso do colete e tirou algo suave e circular. Era um pingente de jade verde-esbranquiçado, com caracteres chineses esculpidos que ela não podia ler. Ele estendeu-a com uma mão que tremia levemente.
— Eu poderia dar-lhe o meu anel de família, mas ele é para ser dado de volta quando o noivado acaba e é trocado por runas. Quero dar algo que será seu para sempre.
Ela balançou a cabeça.
— Eu não posso...
Ele interrompeu.
— Isto foi dado a minha mãe pelo meu pai, quando se casaram. A escrita é do I Ching, o Livro das Mudanças. Diz: Quando duas pessoas estão unidas no íntimo de seus corações podem romper até mesmo a resistência do ferro e do bronze.
— E você acha que estamos? — Anahí perguntou, choque em sua voz baixa.
Ucker ajoelhou-se, de modo que estava olhando para o rosto dela. Ela o viu como ele tinha sido na Ponte Blackfriars, uma sombra prata encantadora contra a escuridão.
— Eu não posso explicar o amor. Não poderia dizer se a amei no primeiro momento em que te vi, ou se foi no segundo, no terceiro ou no quarto. Mas me lembro do primeiro momento em que olhei para você caminhando em minha direção e percebi que de alguma forma o resto do mundo parecia desaparecer quando eu estava com você. Que você era o centro de tudo que eu sentia e pensava.
Anahí olhou para Ucker, ajoelhado diante dela com o pingente em suas mãos, e entendeu finalmente o que as pessoas queriam dizer quando diziam que o coração de alguém estava em seus olhos. Os olhos de Ucker, seus luminosos olhos expressivos que ela sempre tinha achado bonitos, estavam cheios de amor e esperança. E por que ele não haveria de ter? Ela havia lhe dado todos os motivos para acreditar que o amava de volta. Sua amizade, sua confiança, sua gratidão e até mesmo a sua paixão. E se houvesse uma pequena parte trancada de si mesma que ainda não tinha desistido de Poncho, com certeza ela devia a si mesma, tanto quanto a Ucker para fazer tudo o que podia para destruí-la.
Muito lentamente, ela se abaixou e pegou o pingente de Ucker. Ele escorregou em torno de seu pescoço em uma corrente de ouro, tão fria quanto água, e descansou no oco de sua garganta acima do local onde o anjo mecânico estava. Quando ela baixou as mãos de seu fecho, viu a luz de esperança nos olhos de Ucker crescer para uma quase insuportável chama de felicidade. Sentiu como se alguém tivesse entrado em seu peito e aberto uma caixa que continha o seu coração, derramando ternura como sangue novo nas veias. Nunca havia sentido tal impulso incontrolável e feroz de proteger outra pessoa, envolve-la com os braços e enroscar-se bem entre eles, sozinho e longe do resto do mundo.
— Então, sim. Sim, eu vou casar com você, Christopher Uckermann. Sim.
— Oh, graças a Deus — disse ele, exalando — graças a Deus.
E ele enterrou o rosto em seu colo, envolvendo os braços em volta da cintura de Anahí. Ela se inclinou sobre ele, acariciando os ombros, as costas, a seda de seu cabelo. O coração dele batia forte contra os joelhos. Uma pequena parte de seu interior estava cambaleando com espanto. Ela nunca tinha imaginado que tivesse o poder de fazer alguém tão feliz. E não um poder mágico, mas puramente humano.
Bateram na porta, e os dois se afastaram. Anahí rapidamente levantou-se e dirigiu-se para a porta, parando para alisar os cabelos e, esperava, acalmar a expressão antes de abrir.
Desta vez, era realmente Sophie. Porém, sua expressão rebelde mostrou que ela não tinha vindo por vontade própria.
— Maite está convocando todos para a sala de estudos. Mestre Poncho voltou, e ela deseja ter uma reunião. Quando ela olhou além de Anahí, sua expressão azedou ainda mais — você, também, Mestre Ucker.
— Sophie... — Anahí começou, mas Sophie já tinha se virado e estava apressando-se de volta, seu chapéu branco balançando.
Anahí aumentou o aperto na maçaneta da porta, olhando para Sophie. A moça dissera que não se importava com os sentimentos de Ucker para com Anahí, e agora ela sabia que o motivo era Gideon.
Mas ainda assim...
Ela sentiu Ucker se aproximar por trás e deslizar as mãos sobre as dela. Seus dedos eram magros, ela girou em torno de si, soltando a respiração. Era isso o que significava amar alguém? Que qualquer carga poderia ser compartilhada, o outro dar-lhe conforto com apenas uma palavra ou toque?
Anahí inclinou a cabeça para trás e Ucker deu-lhe um beijo na testa.
— Nós contaremos para Maite primeiro, assim que houver uma chance — ele disse — em seguida, para os outros. Assim que o destino do Instituto for decidido...
— Você fala como se não se importasse com o que acontecer com ele. Não vai sentir falta daqui? Este lugar tem sido seu lar por anos.
Os dedos dele acariciaram-lhe o pulso levemente, fazendo-a estremecer.
— Você é o meu lar a partir de agora.
Autor(a): Alien AyA
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Capítulo 19 - Se acaso a traição prosperar A traição nunca prospera. Por que motivo?Se prospera, ninguém ousa chamá-la de traição.– Sir John Harrington Sophie estava cuidando do fogo ardendo na lareira, e a sala estava quente, quase sufocante. Maite estava sentada atrás de sua mesa, e Henry em uma ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....