Fanfics Brasil - Varíola Demoníaca - Parte 2 Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Varíola Demoníaca - Parte 2

194 visualizações Denunciar


— Poncho! — Maite gritou acima do barulho. — Você perdeu a cabeça? PARE COM ESSA MÚSICA INFERNAL! Ucker...


Ucker, pondo-se de pé, cobriu a boca de Poncho.


— Promete ficar quieto? — Ele sussurrou no ouvido do amigo.


Poncho assentiu, os olhos azuis brilhando. Anahí estava olhando para ele com espanto, todos eles estavam. Ela tinha pensado em Poncho diversas vezes, divertido, amargo, condescendente, com raiva, pena, mas nunca leviano antes. Ucker soltou-o.


— Tudo bem, então.


Poncho deslizou para o chão, com as costas contra a poltrona, e jogou os braços para cima.


— A varíola demoníaca está em todas as suas casas — ele anunciou, e bocejou.


— Oh Deus, lá vem semanas de piadas com varíola demoníaca — Ucker observou — estamos por isso agora.


— Isso não pode ser verdade — disse Maite — é simplesmente... varíola demoníaca?


— Como sabemos que Gideon não mentiu para Sophie? — Ucker perguntou, seu tom de voz suave. — Eu sinto muito, Sophie. Odeio ter que te dizer isso, mas os Lightwoods não são confiáveis...


— Eu vi o rosto de Gideon quando olha para Sophie — Poncho falou — foi Anahí quem me disse primeiro que Gideon gostava da nossa senhorita Collins, e percebi que era verdade. E um homem apaixonado vai dizer a verdade. Não irá trair ninguém.


Ele estava olhando para Anahí enquanto falava. Anahí fitou de volta, sem conseguir evitar. Seu olhar foi puxado para ele. A maneira como ele a observava, com os olhos azuis como os pedaços do céu, como se tentasse comunicar algo em silêncio. Mas o que na terra... ?


Ela deve sua vida a Poncho, percebeu. Talvez ele estivesse esperando que ela lhe agradecesse. Mas não houve tempo! Anahí resolveu agradecê-lo na primeira oportunidade que se apresentasse.


— Além disso, Benedict estava segurando uma mulher demônio no colo em sua festa, e beijando-a — Poncho continuou, desviando o olhar — ela tinha serpentes no lugar dos olhos. De qualquer forma, a única maneira que você pode contrair varíola demoníaca é ter relações impróprias com um demônio, então...


— Nate me disse que o Sr. Lightwood preferia mulheres demônios — Anahí confirmou — não acho que sua esposa soubesse sobre isso.


— Espere — era Ucker, que subitamente falou — Poncho, quais são os sintomas da varíola demoníaca?


— São muito desagradáveis — Poncho respondeu com prazer — ela começa com uma erupção em forma de escudo nas costas, e se espalha por todo o corpo, criando rachaduras e fissuras na pele.


Ucker expirou com força.


— E-eu volto em um momento. Pelo Anjo.


E ele desapareceu pela porta, deixando os outros olhando para ele.


— Não acham que ele tem varíola demoníaca, não é? — Henry perguntou a ninguém em particular.


Espero que não, uma vez que apenas ficamos noivos, Anahí teve vontade de dizer, só para ver os olhares em seus rostos, mas reprimiu.


— Oh, cale-se, Henry — disse Poncho, e parecia como se ele estivesse prestes a dizer algo mais, mas a porta se abriu e Ucker estava de volta ao quarto, ofegante, segurando um pedaço de pergaminho.


— Eu tenho isso, diretamente dos irmãos do Silêncio, de quando Anahí e eu fomos ver Jessamine — ele deu a Anahí um olhar um pouco culpado por debaixo de seu cabelo claro, e ela lembrou-se dele deixando o quarto de Jessamine momentos antes de retornar, olhando preocupado — é o relatório sobre a morte de Barbara Lightwood. Depois que Maite nos disse que seu pai nunca tinha denunciado Silas Lightwood para a Clave, pensei em consultar os Irmãos do Silêncio e descobrir se havia outra causa da morte da Sra. Lightwood. Ver se Benedict também tinha mentido sobre o fato de que ela tinha morrido de tristeza.


— E morreu? — Anahí se inclinou para frente, fascinada.


— Sim. Na verdade, ela cortou os próprios pulsos. Mas havia mais — ele olhou para o papel em sua mão — havia uma erupção em forma de escudo, indicativa das marcas heráldicas de astriola, sobre o ombro esquerdo — ele estendeu-a para Poncho, que pegou e examinou-o, os olhos azuis arregalados.


— Astriola — ele leu — isso é varíola demoníaca. Você tinha provas de que a varíola demoníaca existia e não mencionou para mim! Eu não acredito!


Ele enrolou o papel e atingiu Ucker na cabeça com ele.


— Ai! — Ucker esfregou a cabeça com tristeza. — A palavra não significava nada para mim! Eu achava que era uma espécie de doença menor. Não parecia como se fosse matar. Ela cortou os pulsos, mas se Benedict queria proteger seus filhos do fato de que sua mãe tinha tirado a própria vida.


— Pelo Anjo — Maite falou suavemente — não é à toa que ela se matou. O marido passou-lhe varíola demoníaca. E ela sabia — ela virou-se para Sophie, que fez um som ofegante — será que Gideon sabe disso?


Sophie sacudiu a cabeça.


— Não.


— Mas os Irmãos do Silêncio não são obrigados a contar a alguém sobre isso? — Henry exigiu. — Parece bem irresponsável, no mínimo.


— É claro que eles contaram a alguém. Contaram ao seu marido. Sem dúvida que sim, mas e daí? Benedict provavelmente já sabia — Poncho apontou — não teria havido necessidade de contar as crianças, a erupção só apareceu depois de um bom tempo, eles já estavam muito velhos e não tinha perigo de passar para elas. Os Irmãos do Silêncio, sem dúvida, contaram a Benedict e ele deve ter dito: “que horror!” E prontamente escondeu a coisa toda. Não se pode julgar os mortos por terem relações impróprias com os demônios, depois eles queimaram o corpo, e foi isso.


— Então como é que Benedict ainda está vivo? — Anahí exigiu. — Se a doença não o matou até agora?


— Mortmain — Sophie respondeu — ele está dando drogas para retardar o progresso da doença todo esse tempo.


— Pouco, só para não matá-lo? — Perguntou Poncho.


— Não, ele ainda está morrendo, e mais rápido agora — Sophie respondeu — é por isso que ele está tão desesperado, e fará qualquer coisa que Mortmain quiser.


— Varíola demoníaca! — Poncho sussurrou, e olhou para Maite.


Apesar de seu entusiasmo claro, havia uma oscilação de luz constante por trás de seus olhos azuis, uma luz da inteligência afiada, como se ele fosse um jogador de xadrez examinando seu próximo passo para potenciais vantagens ou desvantagens.


— Temos que contatar Benedict imediatamente — Poncho falou — Maite deve jogar com sua vaidade. Ele está muito seguro de que vai receber o Instituto. Ela deve dizer-lhe que apesar de a decisão oficial do Cônsul sair só no domingo, deu-se conta de que é ele é quem vai sair na frente, e Maite quer se encontrar com ele e fazer a paz antes que isso aconteça.


— Benedict é teimoso... — Maite começou.


— Não tanto quanto é orgulhoso — Ucker replicou — Benedict sempre quis o controle do Instituto, mas também quer te humilhar, Maite. Para provar que uma mulher não pode dirigir um Instituto. Ele acredita que no domingo, o Cônsul irá tirar o controle do Instituto de você, mas isso não significa que você não terá a chance de vê-lo rastejar em particular.


— Para quê? — Henry exigiu. — Enviar Maite para enfrentar Benedict adianta em que, exatamente?


— Chantagem — Poncho respondeu. Seus olhos estavam queimando de excitação — Mortmain pode não estar ao nosso alcance, mas Benedict está, e agora isso pode ser o suficiente.


— Você acha que ele vai desistir de obter o Instituto? Não vai simplesmente deixar o negócio para um de seus seguidores? — Ucker perguntou.


— Nós não estamos tentando nos livrar dele. Queremos que ele dê seu total apoio a Maite. Para retirar seu desafio e declarar o seu incentivo para que ela continue no Instituto. Seus seguidores vão sentir a perda, o Cônsul ficará satisfeito. Nós mantemos o Instituto. E mais do que isso, podemos forçar Benedict a dizer-nos o que ele sabe de Mortmain – sua localização, seus segredos, tudo.


Anahí falou duvidosamente:


— Mas estou quase certa de que ele tem mais medo de Mortmain do que um de nós, e ele certamente precisa do que Mortmain proporciona. Caso contrário, ele vai morrer.


— Sim, ele vai. Mas o que ele fez – ter relações impróprias com um demônio, então infectar sua esposa, causando-lhe a morte – é assassinato de outro Caçador de Sombras. Ele sabe disso. Não seria considerado só assassinato, mas assassinato realizado através de meios demoníacos. O que poderia causar o pior de todos os castigos.


— O que é pior do que a morte? — Anahí perguntou, e imediatamente se arrependeu de perguntar quando viu a boca de Ucker se apertar quase imperceptivelmente.


— Os Irmãos do Silêncio irão remover o que faz dele um Nephilim. Ele vai se tornar um mundano — Poncho respondeu — seus filhos vão se tornar mundanos, serão despojados de marcas. O nome do Lightwood será banido por todos os Caçadores de Sombras. Será o fim do nome Lightwood entre os Nephilim. Não há maior vergonha. É uma pena mesmo, e Benedict terá medo.


— E se ele não tiver? — Ucker perguntou em voz baixa.


— Então não estaremos em situação pior, acho — era Maite, cuja expressão se endureceu enquanto Poncho tinha falado; Sophie estava encostada na lareira, uma figura abatida, e Henry, com a mão sobre o ombro de sua esposa, pareciam incomumente moderado — vamos chamar Benedict. Não há tempo para enviar uma mensagem adequada à frente, ele vai ter uma surpresa. Agora, onde estão os cartões?


Poncho sentou-se.


— Você já se decidiu pelo meu plano, então?


— É o meu plano agora — Maite falou com firmeza — você pode me acompanhar, Poncho, mas vai seguir minha liderança, e não haverá nenhuma palavra sobre varíola demoníaca até que eu peça para fazê-lo.


— Mas... mas... — Poncho balbuciou.


— Ah, deixe-o — disse Ucker, chutando Poncho de leve no tornozelo.


— Ela se apoderou do meu plano!


— Poncho — Anahí disse com firmeza — você se importa mais sobre o plano ser executado ou sobre o crédito por ele?


Poncho apontou o dedo para ela.


— Isso. Escolho a segunda opção.


Maite revirou os olhos para o céu.


— Alfonso, isto será entre meus termos ou não.


Poncho respirou fundo e olhou para Ucker, que sorriu para ele, e depois deixou o ar sair de seus pulmões com um suspiro derrotado e disse:


— Tudo bem, então, Maite. Você quer que todos vão?


— Você e Anahí, certamente. Precisamos de vocês como testemunhas sobre a festa. Ucker, Henry, não há necessidade de irem, e peço que pelo menos um de vocês fique para guardar o Instituto.


— Querida... — Henry tocou o braço de Maite com um olhar zombeteiro no rosto.


Ela olhou para ele com surpresa.


— Sim?


— Tem certeza de que não quer que eu vá com você?


Maite sorriu para ele, um sorriso que transformou o rosto cansado e comprimido.


— Absoluta, Henry. Ucker não é tecnicamente um adulto, e deixá-lo aqui sozinho – não que ele não seja capaz – só vai acrescentar combustível ao fogo de reclamações de Benedict. Mas obrigada.


Anahí olhou para Ucker. Ele deu um sorriso pesaroso e, escondido por trás do volume de suas saias, apertou-lhe a mão. Seu toque enviou uma calorosa onda de confiança por ela, e Anahí pôs-se de pé, em meio a crescente vontade de ir, enquanto Maite procurava por uma caneta para rabiscar uma nota para Benedict na parte de trás de um cartão, que Cyril iria entregar enquanto esperavam na carruagem.


— É melhor eu ir buscar o meu chapéu e luvas — Anahí sussurrou para Ucker, e fez seu caminho até a porta.


Poncho estava logo atrás dela, e um momento depois, a porta da sala se fechou atrás deles e eles ficaram sozinhos no corredor. Anahí estava prestes a correr em direção ao seu quarto quando ouviu os passos de Poncho atrás dela.


— Anahí! — Ele chamou, e ela se virou. — Anahí, eu preciso falar com você.


— Agora? — ela perguntou, surpresa. — Acho que Maite está com pressa.


— Pro inferno com essa pressa — disse Poncho, chegando mais perto — pro inferno com Benedict Lightwood e com todo esse negócio de Instituto. Eu quero falar com você.


Ele sorriu para ela.


Sempre houve uma energia imprudente nele, mas ela estava diferente, a diferença entre a imprudência do desespero e do abandono de felicidade. Mas que momento ímpar para estar feliz!


— Você estava absolutamente louco? — ela perguntou a ele. — “Varíola demoníaca.” Fala como se fosse a melhor coisa para se dizer! Você está realmente satisfeito?


— Vingado, não feliz, e de qualquer maneira, não é sobre a varíola demoníaca. É sobre mim e você.


A porta da sala de estudos se abriu e Henry apareceu, Maite logo atrás dele. Sabendo que Ucker seria o próximo, Anahí se afastou de Poncho apressadamente, embora nada impróprio tivesse acontecido entre eles. Exceto em seus pensamentos, disse uma voz no fundo de sua mente, que ela ignorava.


— Poncho, agora não — ela falou em voz baixa — acredito que sei o que você quer dizer, e está certo ao querer isso, mas este não é o tempo ou lugar, é? Acredite em mim, estou tão ansiosa para a conversa quanto você, e isso vem pesando muito em minha mente.


— Você está? É mesmo? — Poncho olhou atordoado, como se ela o tivesse atingido com uma pedra.


— Bem, sim — Anahí confirmou, olhando para cima para ver Ucker chegando na direção deles — mas não agora.


Poncho seguiu seu olhar, engoliu em seco e assentiu com relutância.


— Então quando?


— Mais tarde, depois que voltarmos dos Lightwood. Encontre-me na sala de estudos.


— Na sala de estudos?


Ela franziu o cenho.


— Realmente, Poncho. Você vai repetir tudo o que eu disser?


Ucker tinha chegado a eles, e ouvir este último comentário, sorriu.


— Anahí, deixe o pobre reunir o pouco juízo que ele tem, ele sai toda noite e olha como se mal conseguisse se lembrar do seu próprio nome — ele colocou a mão no braço do parabatai — vamos, Herrera. Você parece que precisa de uma runa de energia – ou talvez duas ou três.


Poncho desviou os olhos de Anahí e deixou Ucker levá-lo pelo corredor. Anahí assistiu, sacudindo a cabeça. Meninos, pensou. Ela nunca iria entendê-los.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Alien AyA

Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Anahí tinha dado apenas alguns passos até seu quarto quando parou surpresa, olhando para sua cama. Havia um elegante vestido de passeio de seda da Índia cinza e creme, enfeitado com tranças delicadas e botões delicados de prata. As luvas eram de um veludo cinza com um padrão de folhas de prata. Ao pé da cama estavam botas da m ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais