Fanfics Brasil - Ucker & Poncho Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Ucker & Poncho

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Capítulo 21 - As brasas de fogo


Oh irmão, os deuses foram bons com você.
Durma, e seja feliz enquanto o mundo durar.
Fique bem enquanto o conteúdo dos anos se desgasta;
Dê graças pela vida e os amores que atraiu;
Dê graças pela vida, ó irmão, e morte,
Para o último doce som de seus pés, o murmúrio
Para os presentes que ela lhe deu, graciosos e poucos,
Lágrimas e beijos, a sua senhora.
– Algernon Charles Swinburne, O triunfo do tempo


Música fluía por debaixo da porta do quarto de Ucker quando ele bateu na porta. Poncho parou com suas mãos na maçaneta, o ombro contra a parede se sentindo profundamente exausto, mais cansado do que já esteve em sua vida. A energia que tinha mantido depois que saiu de Cheyne Walk estava agora drenada, e agora havia apenas a escuridão.


Havia esperado para ver se Anahí iria chamar por ele depois que ele saiu e bateu a porta da sala de estudos, mas ela não fez. Ainda podia vê-la olhando para ele com seus olhos grandes como nuvens cinza de tempestade. Ucker pediu para mim, e eu disse que sim.


Você o ama?


Eu o amo.


E agora, ele estava ali de pé em frente à porta de Ucker. Ele não sabia se tinha vindo ali para falar com Ucker sobre Anahí, ou se era por que estava acostumado a ir atrás de conforto, hábito que tinha cultivado durante anos. Ele abriu a porta, com a pedra enfeitiçada iluminando o corredor, e entrou no quarto de Ucker.


Ucker estava sentado no banco, ao pé de sua cama, seu violino equilibrado no ombro. Seus olhos estavam fechados, mas os cantos de seus lábios curvaram-se quando seu parabatai entrou no quarto, e ele disse:


— Poncho? É você, Poncho?


— Sim.


Ele estava de pé no umbral, sentindo-se como se não pudesse ir mais longe. Ucker parou de tocar e abriu os olhos.


— Telemann. Fantasia em Mi bemol maior — ele guardou o violino e o arco — bem, entre, então. Você está me deixando nervoso, aí de pé.


Poncho deu mais alguns passos para dentro. Ele tinha passado tanto tempo neste quarto, assim como Ucker no seu próprio. Ucker possuía uma coleção de livros de música, e Poncho sabia o lugar onde ele guardava seu violino quando não estava tocando. As janelas que permitiam que feixes de luz do sol entrassem no quarto. O banco que ele trouxera de Xangai. A bengala de jade, inclinando-se contra a parede. A caixa de Kwan Yin que guardava as drogas de Ucker. A poltrona em que Poncho passou incontáveis noites, observando o sono Ucker, contando suas respirações e orando.


Ucker olhou para ele. Seus olhos estavam luminosos; nenhuma suspeita o dominava, só a felicidade simples ao ver seu amigo.


— Estou feliz por você estar aqui.


— Eu também — Poncho disse asperamente.


Ele se sentiu estranho, e se perguntou se Ucker podia sentir isso. Nunca se sentiu estranho em torno de seu parabatai antes. Eram as palavras, pensou ele, lá na ponta da língua, implorando para serem ditas. Você sabe disso, não é, Christopher? Sem Anahí não há nada para mim, sem alegria, sem luz, sem vida. Se você me amasse, iria me deixar tê-la. Você não pode amá-la como eu. Ninguém pode. Se é verdadeiramente meu irmão, faria isso por mim. Mas as palavras permaneceram não ditas, e Ucker se inclinou para frente, sua voz baixa e confiante.


— Poncho. Tem algo que eu queria te contar, e não quando todo mundo estiver por perto.


Poncho se preparou. Era isso. Ucker estava para dizer-lhe sobre o noivado, e ele ia ter que fingir estar feliz, e não doente de tristeza, o que ele queria desesperadamente demonstrar. Ele enfiou as mãos nos bolsos.


— E sobre o que é?


O sol brilhou no cabelo de Ucker quando ele abaixou a cabeça.


— Eu deveria ter falado com você antes, mas nós nunca discutimos o tema amor, entre nós, e como você é tão cínico... — ele sorriu — pensei que você iria zombar de mim por isso. E, além disso, nunca pensei que havia uma chance de ela retornar os meus sentimentos.


— Anahí.


O nome dela era como facas na boca de Poncho.


O sorriso de Ucker estava luminoso, iluminando todo o seu rosto, e qualquer esperança que tinha se abrigado em algum lugar no fundo de seu coração de que talvez Ucker não a amasse realmente se foi, como névoa diante de um vento forte.


— Você nunca se esquivou de suas funções — Ucker disse — sei que fez tudo para salvar Anahí no armazém de chá. Mas eu não pude deixar de pensar que talvez a razão para que você estivesse tão determinado a salvá-la fosse porque sabia o que ela significava para mim — ele inclinou a cabeça para trás, seu sorriso incandescente — acha que sou idiota?


— Você é um idiota — Poncho confirmou, e engoliu em seco, além de sua garganta áspera — mas você está certo. Eu sei o que ela significa para você.


Ucker sorriu. Sua felicidade estava impressa em todo seu rosto, seus olhos, pensou Poncho. Nunca tinha visto algo parecido com isso antes. Ele sempre pensava em Ucker como uma presença calma e pacífica, e que a alegria e a raiva eram emoções humanas muito radicais para ele. Percebeu agora que estava completamente errado; Ucker simplesmente não havia sido feliz antes disso. Não desde que seus pais morreram, Poncho imaginava. Mas Poncho nunca considerou. Ele se preocupava com a segurança de Ucker e se ele estava sobrevivendo, mas não se ele era feliz.


Ucker é o meu grande pecado.


Anahí tinha razão, pensou. Ele queria separá-la de Ucker a qualquer custo, mas agora percebeu que não faria isso, não poderia. Acredito que você saiba sobre honra – honra e dívida, ele dissera para Ucker, e contentava-se por isso. Ele devia a Ucker sua vida. Não poderia tomar dele o que ele queria mais do que qualquer outra coisa. Mesmo que isso significasse a sua própria felicidade, pois Ucker não era apenas alguém a quem ele devia uma dívida que nunca poderia ser para, mas como a aliança de um parabatai diz, alguém que você ame como a sua própria alma.


Ucker não parecia apenas feliz, mas mais forte, Poncho pensou, com cor saudável em seu rosto, as costas eretas.


— Eu deveria pedir desculpas — Ucker falou — estava muito chateado sobre os ifrits. Sei que você estava apenas à procura de consolo.


— Não, você estava certo nisso.


— Eu não estava — Ucker levantou-se — se fui duro com você, foi porque não suporto te ver se tratar como se não valesse nada. Qualquer parte sua pode agir ao contrário, mas te vejo como realmente é, meu irmão de sangue. Não apenas melhor do que finge ser, mas melhor do que a maioria das pessoas teriam esperança de ser — ele colocou a mão no ombro de Poncho, suavemente — você vale muito, Poncho.


Poncho fechou os olhos. Ele se lembrou do basalto negro da sala do Conselho, os dois círculos queimando no chão. Ucker no círculo com Poncho, juntos no mesmo espaço, circunscrito pelo fogo. Seus olhos ainda eram pretos em seu rosto pálido. Poncho se lembrou das palavras do juramento de parabatai. Para onde quer que tu fores, irei eu; onde quer que morreres, morrerei eu; e ali serei sepultado: faça-me assim o Anjo, e outro tanto se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.


— Obrigado pelo o que fez a Anahí — Ucker disse.


Poncho não podia olhar para Ucker, então virou o rosto para a parede, onde suas sombras estavam misturadas em relevo, de modo que não se poderia dizer de onde um garoto terminava e o outro começava.


— Obrigado por assistir o Irmão Enoch puxar os estilhaços de metal das minhas costas — ele respondeu.


Ucker riu.


— Para que serve mais os parabatais?




Meninas sei que querem me matar, sei bem disso, mas vamos parar para pensar Alfonso sempre afastou a Annie no final da 1ª temporada ele insinuou ter apenas relação só para ter sexo com ela, apesar de sabermos que era só pra afasta-la e que ele não faria isso mesmo que ela aceitasse. Essa historia se passa no final do seculo 19  aonde a mulher era doutrinada a ser a dona de casa e mais pura o possível, a questão realmente aqui é a Annie estava machucada com as ações de Poncho e o Ucker a deixava melhor então ele pediu ela em casamento vocês acham que ela não aceitaria se Ucker só a faz bem e não machucou seus sentimentos, sendo que Poncho já o fez? Claro Alfonso declarou-se sobre sua maldição, mas naquele tempo você não poderia chegar pro cara que te pediu em casamento dias depois e dizer que não quer mais se casar com ele porque esta de outro e sim ela ficaria taxada como "p*ta" ou "libertina", apesar que ela já pode ser considerada na época por ter beijado dois caras um logo depois do outro sendo que um estava seminu.
Pensem e reflitam!



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Autor(a): Alien AyA

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A câmara do Conselho foi coberta com bandeiras vermelhas decoradas com runas negras; Ucker sussurrou para Anahí que eram runas de decisão e julgamento. Eles tomaram seus assentos na frente, em uma linha que também continha Henry, Gideon, Maite e Poncho. Anahí não falara com Poncho desde o dia anterior, ele não comparecera no c ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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