Fanfics Brasil - A Votação Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: A Votação

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A câmara do Conselho foi coberta com bandeiras vermelhas decoradas com runas negras; Ucker sussurrou para Anahí que eram runas de decisão e julgamento.


Eles tomaram seus assentos na frente, em uma linha que também continha Henry, Gideon, Maite e Poncho. Anahí não falara com Poncho desde o dia anterior, ele não comparecera no café da manhã, e só tinha se juntado a eles no pátio a tarde, ainda abotoando o casaco enquanto corria pelas escadas. Seu cabelo escuro estava desgrenhado, e ele tinha a aparência de quem não dormiu. Parecia estar tentando evitar olhar para Anahí, e ela, por sua vez, evitou também. Podia senti-lo olhando-a de vez em quando, e era como traços quentes passando por sua pele.


Ucker era um perfeito cavalheiro, o noivado ainda era segredo e ele não ficou sorrindo para ela toda vez que Anahí olhava para ele, ele se comportou de uma maneira comum.


Quando se estabeleceram em seus lugares no Conselho, ela o sentiu tocar-lhe o braço com os dedos da mão direita, gentilmente, antes de passar a mão. Podia sentir Poncho observá-los, a partir do final da fila de onde estava sentado. Ela não olhou para ele.


Em um lugar na plataforma elevada no centro da câmara estava Benedict Lightwood, seu perfil de águia virado na outra direção da massa do Conselho, sua mandíbula definida. Ao lado dele estava Gabriel, que, como Poncho, parecia exausto e com a barba por fazer. Ele olhou uma vez para seu irmão quando Gideon entrou na sala, e em seguida, o afastou quando Gideon tomou seu lugar, deliberadamente, entre os Caçadores de Sombras do Instituto. Gabriel mordeu o lábio e olhou para seus sapatos, mas não se moveu de onde estava sentado.


Ela reconheceu alguns rostos mais na plateia. A tia de Maite, Callida estava lá, tal como Aloysius Starkweather – apesar de como ele tinha se queixado, sem dúvida não parecia ter sido convidado. Seus olhos se estreitaram quando caíram sobre Anahí, e ela virou-se rapidamente para frente da sala.


— Nós estamos aqui — disse o Cônsul Wayland, quando tomou seu lugar ante o púlpito com o Inquisidor sentado à sua esquerda — para determinar em que extensão Maite e Henry Branwell foram de ajuda para a Clave durante a quinzena passada em matéria de Axel Mortmain, e se, como Benedict Lightwood colocou em questão, o Instituto de Londres estaria melhor nas mãos de outros.


O Inquisidor estava segurando algo que brilhava prata e preto em suas mãos.


— Maite Branwell, por favor, venha até o púlpito.


Maite se levantou, e subiu as escadas para o palco. O Inquisidor baixou a Espada Mortal, e Maite colocou as mãos em torno da lâmina. Em uma voz tranquila, ela contou os acontecimentos das últimas duas semanas: procurando Mortmain em recortes de jornais e histórico de contas, a visita a Yorkshire, a ameaça contra os Herrera, a descoberta da traição de Jessie, a luta no armazém, a morte de Nate. Ela não mentiu, embora Anahí estivesse consciente de que ela deixou de fora um detalhe aqui ou ali. Aparentemente, a Espada Mortal podia ser contornada.


Houve vários momentos durante o discurso de Maite quando os membros do Conselho reagiram de forma audível: respirando bruscamente, arrastando os pés, principalmente na revelação do papel de Jessamine no processo.


— Eu conhecia seus pais — Anahí ouviu tia Callida dizendo do fundo da sala — péssimos, terríveis!


— E a menina está onde agora? — O inquisidor exigiu.


— Ela está em uma cela da Cidade do Silêncio — Maite respondeu — aguardando punição por seu crime. Informei o Cônsul de seu paradeiro.


O Inquisidor, que estava andando para cima e para baixo na plataforma, parou e olhou Maite sutilmente no rosto.


— Você diz que esta menina era como uma filha para você — ele disse — e ainda assim entregou-a aos Irmãos de bom grado? Por que faria uma coisa dessas?


— A Lei é dura — disse Maite — mas é a Lei.


A boca do cônsul Wayland se inclinou no canto.


— E você disse que ela seria muito leviana com os transgressores, Benedict — ele observou — algum comentário?


Benedict levantou-se, ele tinha claramente decidido usar mangas mais longas hoje, e elas se projetavam brancas como a neve, de seu casaco escuro e sob medida.


— Eu tenho um comentário. Eu sinceramente apoio Maite Branwell em sua liderança ao Instituto, e renuncio a minha reivindicação sobre ele.


Um murmúrio de incredulidade percorreu a multidão.


Benedict sorriu agradavelmente.


O Inquisidor se virou e olhou para ele, incrédulo.


— Então você está dizendo — ele repetiu — que apesar de esses Caçadores de Sombras terem matado Nathaniel Portilla, serem os responsáveis por sua morte fazendo com que nossa única ligação com Mortmain tenha sido perdida, que mais uma vez eles abrigaram um espião sob seu telhado e do fato de que deles ainda não saberem onde Mortmain está, que com tudo isso você recomenda Maite e Henry Branwell para continuar no comando do Instituto?


— Eles podem não saber onde Mortmain está — disse Benedict — mas sabem quem ele é. Como o grande mundano estrategista militar Sun Tzu disse em A arte da guerra: “Se você sabe quem são seus inimigos e conhece a si mesmo, pode ganhar cem batalhas sem uma única derrota.” Nós sabemos agora o que Mortmain realmente é – um homem mortal, não um ser sobrenatural, um homem com medo da morte, um homem debruçado em vingança para o que ele considera ser o assassinato imerecido de sua família. Ele também não tem compaixão por Seres do Submundo. Utilizou lobisomens para ajudá-lo a construir o seu exército mecânico rapidamente, alimentando-os com drogas para mantê-los trabalhando o tempo todo, sabendo que as drogas iriam matar os licantropos e garantir seu silêncio. A julgar pelo tamanho do armazém, ele usou um grande número de empregados, e seu exército mecânico será considerável. E, a julgar por suas motivações e os anos em que ele refinou suas estratégias de vingança, ele é um homem que não pode ser fundamentado, não pode ser dissuadido, não pode ser interrompido. Devemos nos preparar para uma guerra. Eisso nós não sabíamos antes.


O Inquisidor olhou para Benedict, os lábios enrugados, como se suspeitasse que algo desagradável estava acontecendo, mas não podia imaginar o que poderia ser.


— Preparar-se para uma guerra? E como sugere que façamos isso, é claro, com toda esta informação valiosa supostamente que os Branwell adquiriram?


Benedict encolheu os ombros.


— Bem, é claro que será o Conselho que irá decidir sobre o tempo. Mas Mortmain tentou recrutar pessoas poderosas, tais como Scott Woolsey e Camille Belcourt para a sua causa. Podemos não saber onde ele está, mas agora sabemos os seus caminhos, e nós podemos prendê-lo na medida em que descobrimos mais informações. Talvez possamos nos aliar com alguns dos líderes mais poderosos do Submundo. Maite parece ter todos eles bem na mão, não acha?


Um riso fraco correu em torno do Conselho, mas eles não estavam rindo de Maite, estavam sorrindo com Benedict. Gabriel estava assistindo seu pai, seus olhos verdes queimando.


— E o espião no Instituto? Será que você não chama isso de um exemplo de seu descuido? — O Inquisidor indagou.


— Nem um pouco — disse Benedict — ela lidou com a questão rapidamente e sem compaixão — ele sorriu para Maite, cortante como uma navalha — eu retiro a minha afirmação anteriormente sobre ela ser amável. É evidente que ela é tão capaz de lidar com justiça sem piedade quanto qualquer homem.


Maite empalideceu, mas não disse nada. Suas mãos estavam muito apertadas na Espada. O Cônsul Wayland suspirou audivelmente.


— Eu gostaria que tivesse chegado a esta conclusão há quinze dias, Benedict, e nos salvar de todos estes problemas.


Benedict encolheu os ombros elegantemente.


— Pensei que ela precisava ser testada. Felizmente, ela passou no teste.


Wayland balançou a cabeça.


— Muito bem. Vamos votar.


Ele entregou o que parecia ser um recipiente de vidro para o Inquisidor, que passou entre a multidão e entregou o frasco para a mulher sentada na primeira cadeira da primeira fileira. Anahí observou fascinada quando ela curvou a cabeça e sussurrou no frasco, em seguida, passou para o homem à sua esquerda.


Enquanto o frasco fez o seu caminho ao redor da sala, Anahí sentiu Ucker deslizar suas mãos na dela. Ela pulou, embora suas saias volumosas, suspeitava, em grande parte escondesse suas mãos. Entrelaçou os dedos aos dedos magros e delicados dele e fechou os olhos. Eu o amo. Eu o amo. Eu o amo. E, de fato, seu toque a fez estremecer, embora também a fez querer chorar, com amor, confusão e desgosto ao lembrar-se da expressão no rosto de Poncho quando lhe contou que ela e Ucker estavam noivos, ter visto a felicidade sair dele como um fogo encharcado pela chuva.


Ucker tirou a mão dela para entregar o frasco a Gideon, do outro lado. Ela ouviu-o sussurrar Maite Branwell, e depois ele passou o frasco sobre ela, para Henry do outro lado. Anahí olhou para ele, e ele deve ter interpretado mal a infelicidade em seus olhos, porque ele sorriu de modo encorajador.


— Vai dar tudo certo. Eles vão escolher Maite.


Quando o frasco acabou sua viagem, ele foi transferido de volta para o Inquisidor, que o presenteou com um floreio para o Cônsul. O Cônsul tomou o frasco e, colocando-o na estante ante ele, fez uma runa no vidro com sua estela.


O frasco tremeu, como uma chaleira a ferver. Uma fumaça branca saiu e os sussurros foram coletados de centenas de Caçadores de Sombras. As palavras foram escritas no ar:


MAITE BRANWWELL.


Maite deixou a Espada Mortal, quase cedendo junto. Henry fez um som de felicidade e jogou seu chapéu no ar. A sala estava cheia de vibração e confusão.


Anahí não podia impedir-se de olhar para Poncho. Ele tinha afundado em sua cadeira, a cabeça para trás, os olhos fechados. Parecia branco e cansado, como se esta última parte da reunião tivesse tomado o restante de sua energia.


Um grito rasgou o burburinho. Anahí estava de pé em alguns momentos, girando ao redor. Era a tia de Maite, Callida, que estava gritando, com sua elegante cabeça grisalha jogada para trás, seu dedo apontando para o céu. Suspiros correram ao redor da sala quando os outros Caçadores de Sombras seguiram seu olhar.


O ar acima deles foi preenchido com dezenas de zumbidos de criaturas pretas de metal, como enormes besouros de aço com asas negras acobreadas, cercando por cima e na frente pelo ar, enchendo a sala com o som metálico feio de zumbido.


Um dos besouros de metal mergulhou e parou na frente de Anahí, no nível dos seus olhos, fazendo um clique. Não tinha olhos, embora houvesse uma placa circular de vidro na parte plana da frente da cabeça. Anahí sentiu Ucker chegar perto de seu braço, tentando puxá-la para longe, mas ela se afastou, impaciente, e arrancou o próprio chapéu da cabeça e bateu com ele em cima da coisa, prendendo-a entre seu chapéu e sua cadeira. O autômato imediatamente ficou enfurecido, soltando um zumbido estridente.


— Henry — ela chamou — Henry, peguei uma das coisas.


Henry apareceu atrás dela, seu rosto rosa, e olhou para o chapéu. Um pequeno furo estava se formando no elegante veludo cinza onde a criatura mecânica estava rasgando. Com uma maldição, Henry trouxe seu punho com força, esmagando o chapéu e a coisa dentro dele contra o assento. O bicho ainda estava vivo.


Ucker bateu novamente e levantou o chapéu amassado com cautela. O que estava por baixo era uma dispersão de peças de um metal – asas, um esqueleto e tocos de pernas de cobre.


— Ugh — disse Anahí — é tão... nojento.


Ela olhou para cima quando outro grito atravessou a sala. Os insetos estavam reunidos em um redemoinho negro no centro da sala. Enquanto ela olhava, eles rodaram mais rápido e depois desapareceram, como se sugados por um ralo.


— Desculpe sobre o chapéu — disse Henry — irei te dar outro.


— Não me preocupo com o chapéu — Anahí respondeu quando os gritos de raiva do Conselho ecoaram pela sala. Ela olhou em direção ao centro da sala. O Cônsul estava com a Espada Mortal brilhando em sua mão, e por trás dele estava Benedict, seu rosto de pedra, olhos como gelo. — Claramente, temos coisas maiores para se preocupar.



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Autor(a): Alien AyA

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— É um tipo de câmera — Henry observou, segurando os pedaços da criatura de metal esmagada em seu colo enquanto a charrete seguia para casa — sem Jessamine, Nate ou Benedict, Mortmain deve estar sem espiões humanos de confiança que possam se comunicar com ele. Então ele enviou estas coisas. Ele cutucou um destro&cce ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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