Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
— Um verme de doze metros? — Poncho murmurou para Ucker enquanto se moviam através do jardim italiano, suas botas, graças a um par de runas de Silêncio, sem fazer barulho no cascalho.
— Pense no tamanho do peixe que poderíamos pegar com uma isca dessas.
Os lábios de Ucker se contraíram.
— Não é engraçado, você sabe.
— É um pouco.
— Você não pode reduzir a situação a piadas sobre verme, Poncho. É sobre o pai de Gabriel e Gideon que estamos discutindo.
— Não estamos apenas discutindo, estamos perseguindo-o através de um jardim ornamental cheio de esculturas porque ele se transformou em um verme.
— Um verme demoníaco — Ucker apontou, parando para espreitar cautelosamente em torno de uma sebe — a grande serpente. Quer ajuda com seu humor inapropriado?
— Houve um tempo em que meu humor inapropriado trazia-lhe certa diversão — suspirou Poncho — como o verme te transformou.
— Poncho...
Ucker foi interrompido por um grito ensurdecedor. Ambos os meninos se viraram a tempo de ver Tatiana Blackthorn cambalear para os braços de Anahí. Anahí pegou a outra menina, apoiando-a, enquanto Cecily se movia para a cerca viva, puxando a lâmina serafim de seu cinto com a facilidade de uma Caçadora de Sombras treinada. Poncho não ouvi-a falar, mas a lâmina brilhou em sua mão, iluminando seu rosto e fazendo o estômago de Poncho queimar com receio.
Poncho começou a correr, Ucker em seus calcanhares. Tatiana estava cedendo molemente nos braços de Anahí, seu rosto nitidamente torcido em um gemido.
— Rupert! Rupert!
Anahí estava lutando com o peso da outra menina, e Poncho queria parar para ajudá-la, mas Ucker já estava ali, a mão no braço de Anahí, e era razoável. Era seu lugar, como noivo.
Poncho selvagemente mudou sua atenção de lugar, de volta para a irmã, que estava se movendo entre a cerca viva, sua lâmina erguida enquanto andava em torno dos terríveis restos de Rupert Blackthorn.
— Cecily! — Poncho chamou em exasperação.
Ela começou a se virar... E o mundo explodiu.
Uma fonte de sujeira e lama explodiu diante deles, expelindo para o céu. Torrões de terra e lama caíam sobre eles como granizo. No centro do gêiser estava uma enorme serpente, de cor branco-acinzentada pálido. A cor de carne morta, Poncho pensou. Um fedor se seguiu, o cheiro de uma sepultura. Tatiana deu um gemido e ficou mole, puxando Anahí ao chão com ela.
O verme começou a balançar-se para lá para cá, tentando se libertar da terra. Sua boca se abriu – era menos uma boca e mais uma enorme divisão em sua cabeça, coberta por fileiras de dentes de tubarão. Um grande silvo veio da sua garganta.
— Pare! — Cecily exclamou. Ela ergueu a lâmina serafim na frente dela, e olhou absolutamente destemida. — Recue, maldita criatura!
O verme se virou para ela. Cecily levantou a lâmina rapidamente enquanto a grande mandíbula descia... e Poncho saltou para ela, empurrando-a para fora do caminho. Ambos caíram na cerca viva, e a cabeça do verme atingiu o chão onde Cecily estava momentos antes, deixando um buraco considerável.
— Poncho! — Cecily se afastou de ele, mas não a tempo.
Sua lâmina serafim cortou o antebraço dele, deixando um traço vermelho. Seus olhos eram um fogo azul.
— Isso foi desnecessário!
— Você não está treinada! — Poncho gritou, meio fora de sua mente com fúria e terror. — Você vai se matar! Fique onde está!
Ele tentou pegar a lâmina, mas Cecily se torceu para longe dele e ficou de pé. Um momento depois o verme surgia de novo, boca aberta. Poncho, que tinha deixado sua própria lâmina cair ao mergulhar para a irmã, percebeu que a arma estava a vários metros de distância. Ele saltou para o lado, evitando a mandíbula da criatura por centímetros, em seguida, Ucker estava lá, a bengala na mão.
Ele dirigiu a lâmina para cima, com força, na lateral do corpo do verme. Um grito infernal surgiu de sua garganta, e ele chicoteou para trás, espirrando sangue preto. Com um silvo, o demônio desapareceu atrás de uma sebe.
Poncho que virou. Ele mal podia ver Cecily; Ucker havia se jogado entre ela e Benedict, e estava salpicado de sangue preto e lama. Atrás de Ucker, Anahí tinha arrastado Tatiana para seu colo; suas saias fundindo-se; o rosa berrante de Tatiana misturando-se com vestido de casamento dourado em ruínas de Anahí.
Anahí se inclinou sobre ela, como se para protegê-la da visão de seu pai, e a maior parte do sangue de demônio tinha espirrado sobre os cabelos e as roupas de Anahí. Ela olhou para cima, o rosto pálido, e seus olhos encontraram os de Poncho.
Por um momento, o jardim, o ruído, a cheiro de sangue e demônio, desapareceu, e ele estava sozinho em um lugar silencioso, só com Anahí. Queria correr para ela, envolve-la em seus braços. Protegê-la. Mas era a função de Ucker fazer essas coisas, não a dele. Não a dele.
O momento passou, e Anahí ergueu-se, puxando Tatiana de pé, girando o braço da outra garota e apoiando-o em seus próprios ombros, mesmo quando Tatiana pendeu contra ela, semiconsciente.
— Você tem que levá-la daqui. Ela vai ser morta — Poncho falou, varrendo o jardim com seu olhar — ela não está treinada.
A boca de Anahí começou a se definir uma familiar linha teimosa.
— Eu não quero deixá-los.
Cecily olhou horrorizada.
— Você não acha que... a criatura se seguraria? Ela é sua filha. S-se... ele tem... qualquer sentimento por sua família...
— Ele consumiu seu filho-de-lei, Cecy — Poncho retrucou — Anahí, vá com Tatiana se quiser salvar sua vida. E fique com ela na casa. Seria um desastre se ela voltasse correndo para cá.
— Muito obrigado, Poncho — Ucker murmurou enquanto Anahí levou a menina tropeçando o mais rápido que pôde, e Poncho sentiu as palavras como três picadas de agulha dentro do seu coração. Sempre quando Poncho fazia algo para proteger Anahí, Ucker pensava que era por causa dele, não por si próprio. Poncho sempre desejava que Ucker estivesse certo. Cada palavra tinha seu próprio significado. Culpa. Vergonha. Amor.
Cecily gritou. Uma sombra tampou o sol, e a vegetação na frente de Poncho explodiu. Ele encontrou-se olhando para a goela vermelho-escura do verme maciço. Fios de saliva pendiam entre seus dentes enormes. Poncho pegou a espada em seu cinto, mas o verme já estava recuando, um punhal saliente em seu pescoço. Poncho reconheceu sem se virar. Era a arma de Ucker. Ele ouviu o grito de aviso do parabatai, e o verme se arremessou em Poncho novamente, que ergueu a espada, fincando-a abaixo de sua mandíbula. Sangue jorrou através de seus dentes, salpicando o equipamento de Poncho com um ruído sibilante.
Algo atingiu na parte de trás dos joelhos, e despreparado, ele caiu na relva, os ombros batendo com força no chão. Engasgou quando o ar foi expulso de seus pulmões. A fina cauda anelada do verme, estava enrolada em torno dos seus joelhos. Ele chutou, vendo estrelas, o rosto ansioso de Ucker, céu azul acima dele...
Thunk.
Uma seta surgiu na cauda do verme, logo abaixo do joelho de Poncho. O aperto de Benedict diminuiu, e Poncho rolou para longe e se esforçou para ajoelhar-se, bem a tempo de ver Gideon e Gabriel Lightwood correndo na direção deles através do caminho de terra. Gabriel tinha um arco. Ele estava encaixando uma nova flecha enquanto corria, e Poncho percebeu com uma distante surpresa que Gabriel Lightwood havia atirado em seu pai para salvar a vida de Poncho.
O verme arremeteu para trás, e ali estavam mãos nos braços de Poncho, ajudando-o a se levantar. Ucker. Ele ergueu Poncho, que virou-se para ver que seu parabatai já estava com a bengala para fora e estava olhando para frente. O verme demoníaco parecia estar se contorcendo em agonia, virando a cabeça cega de um lado para outro, arrancando arbustos com suas surras.
Folhas encheram o ar, e o pequeno grupo de Caçadores de Sombras engasgou com poeira. Poncho podia ouvir Cecily tossir e desejava dizer-lhe para correr de volta para a casa, mas sabia que a irmã não iria fazê-lo.
De alguma forma, o verme, debatendo-se com suas mandíbulas, tinha se libertado da espada, a arma caiu no chão entre as roseiras, untada com sangue negro. O verme começou a deslizar para trás, deixando um rastro de lodo e sangue. Gideon fez uma careta e correu para a frente para agarrar a espada caída com uma mão enluvada. De repente, Benedict levanto-se como uma cobra, suas mandíbulas afastadas e gotejando. Gideon ergueu a espada, parecendo incrivelmente pequeno contra o tamanho da criatura.
— Gideon!
Era Gabriel, pálido, erguendo seu arco; Poncho girou de lado quando uma flecha passou por ele e enterrou-se no corpo do verme. O demônio ganiu e girou, virando o corpo para longe deles com incrível velocidade. Quando deslizou para longe, um movimento de sua cauda alcançou uma estátua, apertando-a firmemente – a estátua explodiu em pó, regando a seco o jardim ornamental.
— Pelo anjo, ele apenas esmagado Sófocles — observou Poncho enquanto o demônio desaparecia atrás de uma grande estrutura em forma de um templo grego. — Ninguém tem respeito pelos clássicos estes dias?
Gabriel, respirando com dificuldade, abaixou seu arco.
— Seu insensato — disse ele ferozmente a seu irmão — o que você estava pensando, correndo até ele desse jeito?
Gideon girou, apontando sua sangrenta espada para Gabriel.
— Não é “ele”. É “aquilo”. Aquilo não é nosso pai agora, Gabriel. Se você não puder encarar os fatos...
— Eu atingi-o com uma flecha! — Gabriel gritou. — O que mais quer de mim, Gideon?
Gideon sacudiu a cabeça como se revoltado com seu irmão. Mesmo Poncho, que não gostava de Gabriel, sentiu uma pontada de compaixão por ele. Ele tinha atirado na besta.
— Nós temos que persegui-lo — Gideon falou — ele passou por trás do folly...
— Ele o quê? — Poncho perguntou.
— O folly, Poncho — Ucker explicou — é uma estrutura decorativa. Presumo que não exista um interior verdadeiro.
Gideon sacudiu a cabeça.
— É apenas gesso. Se nós formos por um lado, você e Christopher, pelo outro...
— Cecily, o que você está fazendo? — Poncho demandou, interrompendo Gideon, sabendo que soou como um pai distraído, mas não se importou.
Cecily tinha deslizado a lâmina serafim de volta em seu cinto e parecia estar tentando escalar uma das pequenas árvores que circundava a clareira.
— Agora não é o momento para subir árvores!
Ela olhou para ele com raiva, seu cabelo preto voando em seu rosto. Ela abriu a boca para responder, mas antes que pudesse falar, houve um tremor como um terremoto, e o folly explodiu em cacos de gesso. O verme se arremessou para frente, seguindo para o grupo com a assustadora velocidade de um trem fora de controle.
Autor(a): Alien AyA
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....