Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Gabriel não tinha muita certeza do porque estava na sala de estar do Instituto, exceto que seu irmão tinha dito a ele para vir aqui e esperar, e mesmo depois de tudo o que acontecera, ainda estava acostumado a fazer o que Gideon mandava.
Ele ficou surpreso com quão simples o quarto era, nada como os grandes quartos da casa dos Lightwood em Pimlico ou em Chiswick. As paredes eram decoradas com um papel de parede desbotado de rosas damascenas, a superfície da mesa estava com marcas de tinta e abridores de carta, as grades estavam cheias de pó. Acima da lareira pendia um espelho d’água manchado, emoldurado em dourado.
Gabriel olhou para o próprio reflexo. Sua roupa de combate estava rasgada no pescoço, e havia uma marca vermelha em sua mandíbula, onde um longo arranhão estava no processo de cura. Havia sangue em todo o seu uniforme. Seu próprio sangue, ou o do pai?
Ele afastou o pensamento rapidamente. Era estranho, pensou, como ele era o único que se parecia com sua mãe, Barbara. Ela era alta e inclinada para a esbeltez, o cabelo castanho ondulado e os olhos que lembravam o mais puro verde, como a grama que se inclinava em direção ao rio atrás da casa. Gideon parecia seu pai: largo e atarracado, com os olhos mais cinza do que verdes. O que era irônico, porque Gabriel era quem tinha o temperamento inerente ao pai: teimoso, rápido para pegar raiva, lento para se perdoar. Gideon e Barbara eram mais pacíficos, tranquilos e constantes, fiéis em suas crenças. Eles eram muito mais como...
Maite Branwell abriu a porta da sala de estar e entrou usando um vestido frouxo, os olhos tão brilhantes quanto os de um pequeno pássaro. Sempre que Gabriel a via, era atingido sobre quão pequena ela era, como ele se elevava sobre ela. O que Cônsul Wayland tinha pensado ao dar a esta pequena criatura o controle do Instituto e de todos os Caçadores de Sombras de Londres?
— Gabriel. — Ela inclinou a cabeça. — Seu irmão diz que não foi ferido.
— Eu estou bem — ele disse brevemente, e imediatamente soube que tinha soado rude. Não tinha a intenção de soar assim. Seu pai enfiara em sua cabeça há anos como Maite era inútil e facilmente influenciada, e embora soubesse que seu irmão discordou – discordou o suficiente para vir viver neste lugar e deixar sua família para trás – era uma lição difícil de pôr de lado — pensei que estaria com Uckermann.
— Irmão Enoch chegou, com outro dos Irmãos do Silêncio. Eles nos proibiram de entrar no quarto de Ucker. Poncho está andando no corredor como uma pantera enjaulada. Pobre menino.
Maite olhou para Gabriel brevemente e foi se estabelecer próxima a lareira. Seu olhar era de inteligência aguçada, rapidamente mascarado pelo baixar dos seus cílios.
— Mas chega disso. Entendo que sua irmã já foi levada à residência dos Blackthorns em Kensington. Existe alguém que você gostaria que eu enviasse uma mensagem?
— Uma... mensagem?
Ela parou diante da lareira, apertando as mãos atrás das costas.
— Você precisa ir para algum lugar, Gabriel, a menos que queira atravessar as portas e sair para a rua só com cara e coragem.
Sair para a rua? Esta horrível mulher queria realmente expulsá-lo do Instituto? Ele pensou no que seu pai sempre lhe disse: Os Perroni não se importam com ninguém, só com si mesmos e a Lei.
— Eu... a casa em Pimlico...
— O Cônsul em breve será informado sobre tudo o que aconteceu na casa dos Lightwood — disse Maite — as residências de Londres de sua família serão confiscada em nome da Clave, pelo menos até que possam ser examinadas e poder-se determinar que seu pai não deixou nada para trás que poderia fornecer pistas para o Conselho.
— Pistas para o quê?
— Para os planos de seu pai — ela respondeu, sem se intimidar — para sua conexão com o Magistrado, seu conhecimento dos planos dele. Para as Peças Infernais.
— Eu nunca tinha sequer ouvido falar dessas malditas Peças Infernais — Gabriel protestou, e depois corou.
Ele amaldiçoara, e na frente de uma senhora. Não que Maite fosse como qualquer outra senhora.
— Eu acredito em você. Não sei no que o Cônsul Wayland acredita, mas são os fatos. Se você me der um endereço...
— Eu não tenho um — Gabriel interrompeu, em desespero — para onde você acha que eu poderia ir?
Ela apenas olhou para ele, uma sobrancelha erguida.
— Eu quero ficar com o meu irmão — ele disse finalmente, consciente de que parecia petulante e zangado, mas não tinha certeza do que fazer sobre isso.
— Mas o seu irmão vive aqui. E você deixou sua opinião sobre o Instituto e a minha pretensão bem claros. Ucker me disse que você acredita que meu pai levou seu tio ao suicídio. Não é verdade, você sabe, mas não espero que acredite em mim. Isso me faz perguntar, no entanto, por que você gostaria de permanecer aqui.
— O Instituto é um refúgio.
— Era o plano de seu pai torná-lo um refúgio?
— Eu não sei! Eu não sei quais eram os planos do meu pai, o que eram!
— Então por que você permaneceu com ele? — a voz dela era calma, mas implacável.
— Porque ele era meu pai! — Gabriel gritou.
Ele girou para longe de Maite, sua respiração se tornando irregular em sua garganta. Sem consciência do que estava fazendo, ele passou os braços em torno de si, abraçando seu próprio corpo apertado, como se pudesse evitar que ele se desfizesse.
Memórias das últimas semanas, memórias que Gabriel estava fazendo o seu melhor para pressionar de volta para os recessos de sua mente, ameaçaram explodir para a luz: a semana na casa depois que os servos foram mandados embora, ouvindo os ruídos vindo do quarto no andar de cima, gritos na noite, sangue nas escadas pela manhã, o pai gritando por trás da porta trancada da biblioteca, como se não pudesse mais formular palavras...
— Se você vai me expulsar para a rua — disse Gabriel, com uma espécie de terrível desespero — faça-o agora. Eu não quero pensar que tenho uma casa quando não tenho. Não quero pensar que vou ver meu irmão novamente se eu não vou.
— Você acha que ele não iria atrás de você? Encontrá-lo onde quer que fosse?
— Acho que ele provou que se importa com todos — disse Gabriel — e isso não me inclui — ele se endireitou lentamente, perdendo o controle sobre si mesmo — mande-me embora ou me deixar ficar. Eu não vou implorar.
Maite suspirou.
— Você não vai ter que fazer isso. Eu nunca antes mandei embora alguém que não tinha outro lugar para ir, e não vou começar agora. Só vou avisar uma coisa. Permitir que alguém more no Instituto, bem no coração da Enclave, é colocar minha confiança em suas boas intenções. Não me faça me arrepender de ter confiado em você, Gabriel Lightwood.
Autor(a): Alien AyA
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....