Fanfics Brasil - Um Coração Dividido Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Um Coração Dividido

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— Começar uma briga com o chefe do Praetor Lupus — Christian disse amargamente — você sabe o que a matilha dele faria com você se tivessem um pretexto. Você quer morrer, não é?


— Não — Poncho respondeu, surpreendendo um pouco até a si mesmo.


— Eu não sei por que sempre te ajudei.


— Você gosta de coisas quebradas.


Christian deu dois passos do outro lado da sala e segurou o rosto de Poncho com seus longos dedos, forçando seu queixo para cima.


— Você não é Sydney Carton. Que bem fará você morrer por Christopher Uckermann, quando é ele quem está morrendo afinal?


— Se eu salvá-lo, então valerá a pena...


— Deus! — Os olhos de Christian se estreitaram. — O que é valerá a pena? O que poderia ter esse valor?


— Tudo o que eu perdi! — Poncho gritou. — Anahí!


Christian tirou a mão do rosto de Poncho. Ele deu alguns passos para trás e respirava lentamente, como se estivesse contando até dez mentalmente.


— Sinto muito — ele falou finalmente — pelo o que Woolsey disse.


— Se Ucker morrer, não posso ficar com Anahí. Porque será como se eu estivesse esperando que ele morresse, ou que fiquei um pouco alegre com a sua morte, se isso me permitir tê-la. E não vou ser essa pessoa. Não vou lucrar com sua morte. Assim, ele deve viver — Poncho baixou o braço, a manga suja de sangue — é a única maneira de nada disso acontecer. Caso contrário, é apenas...


— Sem sentido, cheio de sofrimento e dor desnecessária? Suponho que não te ajudaria se eu lhe contasse a forma como a vida é. Os bons sofrem, o mal prospera, e tudo o que é mortal morre.


— Eu quero mais do que isso. Você me fez querer mais do que isso. Me mostrou que eu só estava amaldiçoado porque tinha escolhido acreditar que sim. Você me disse que havia possibilidades, sentido. E agora quer virar as costas para o que criou.


Christian riu.


— Você é incorrigível.


— Já ouvi isso — Poncho que se moveu para longe do sofá, fazendo uma careta — vai me ajudar, então?


— Eu vou ajudá-lo — Christian mexeu em sua camisa e tirou algo que pendia em uma corrente, que brilhava com uma suave luz vermelha. Era uma pedra quadrada vermelha — pegue isso.


Ele colocou-a na mão de Poncho. Poncho olhou para Christian em confusão.


— Isto era de Camille.


— Eu dei a ela como um presente — Christian explicou, sua boca curvando amargamente — ela me devolveu todos os presentes mês passado. Você pode muito bem levar. A pedra avisa quando os demônios estão perto. Pode funcionar para aquelas criações mecânicas de Mortmain.


— O amor verdadeiro não morre — Poncho recitou, lendo a inscrição no verso do colar na luz que vinha do corredor — eu não posso usar isso, Christian. É bonito demais para um homem.


— Então serve para você. Vá para casa e limpe-se. Te chamo assim que tiver informações — ele olhou para Poncho profundamente — enquanto isso, faça o seu melhor para ser digno da minha ajuda.


 •••


— Se você chegar perto de mim, vou bater na sua cabeça com este atiçador — Anahí ameaçou, brandindo o instrumento da lareira entre ela e Woolsey Scott como se fosse uma espada.


— Não tenho dúvidas de que bateria — ele respondeu, olhando-a com uma espécie de respeito relutante enquanto limpava o sangue de seu queixo com um lenço com um monograma bordado.


Poncho também estava com sangue, o seu próprio e o de Woolsey. Sem dúvida, ele estava em outra sala com Christian agora, sangue manchando por toda parte. Poncho nunca se preocupara com a limpeza, muito menos quando estava emotivo.


— Vejo que começou a ser como eles, os Caçadores de Sombras que parece adorar tanto. O que deu em você para se envolver com um deles? Ainda mais com um moribundo.


Raiva irrompeu em Anahí, e ela considerou bater em Woolsey com o atiçador, ele chegasse perto dela ou não. Ele se movera rapidamente na briga com Poncho, e Anahí não gostava de suas chances.


— Você não sabe nada sobre Christopher Uckermann. Não fale sobre ele.


— Você o ama, não é? — Woolsey conseguiu soar desagradável. — Mas ama Poncho, também.


Anahí congelou por dentro. Ela sabia que Christian tinha conhecimento da afeição de Poncho para com ela, mas a ideia de ter seu sentimento em retorno estampado na testa era muito aterrorizadora para se pensar.


— Isso não é verdade.


— Mentirosa — Woolsey rebateu — realmente, que diferença faz se um deles morre? Você sempre tem uma boa segunda opção.


Anahí pensou em Ucker, na forma de seu rosto, os olhos fechados em concentração enquanto tocava violino, a curva de sua boca quando sorria, seus dedos cuidadosos sobre ela – cada traço dele inexplicavelmente amado por ela.


— Se você tivesse dois filhos — ela respondeu — poderia dizer que está tudo bem se um dos deles morresse, porque ainda tem outro?


— Pode-se amar dois filhos. Mas seu coração pode ser entregue no amor romântico a apenas uma única pessoa. Essa é a natureza de Eros, não é? Senão os romances nos diriam, embora eu mesmo não tenha experiência nisso.


— Eu passei a entender algumas coisas sobre romances — Anahí observou.


— O quê?


— Que eles não são verdadeiros.


Woolsey arqueou uma sobrancelha.


— Você é uma coisa engraçada. Eu diria que posso entender o que esses garotos veem em você, mas... — Ele encolheu os ombros. Suas roupas amarelas tinham uma longa gota de sangue agora — ... as mulheres não são algo que eu já compreendi.


— O que sobre elas acha tão misterioso, senhor?


— O objetivo delas, principalmente.


— Bem, você deve ter tido uma mãe — Anahí comentou.


— Alguém me pariu, sim — Woolsey falou sem muito entusiasmo — eu me lembro dela pequeno.


— Talvez, mas você não existiria sem uma mulher, não é? No entanto, encontram pouco uso para nós, nós que somos mais inteligentes, determinadas e pacientes do que os homens. Homens podem ser mais fortes, mas são as mulheres que suportar.


— É isso o que você está fazendo? Suportando? Certamente uma mulher comprometida deve ser feliz — seus olhos claros prenderam-se aos dela — um coração dividido não pode parar em pé, como eles dizem. Você ama os dois, e isso te parte em pedaços.


— Casa — disse Anahí.


Ele levantou uma sobrancelha.


— O quê?


— Uma casa dividida não pode parar em pé. Não um coração. Talvez você não devesse fazer citações, se não pode fazê-las corretamente.


— E talvez você devesse parar de sentir pena de si mesma — ele retrucou — a maioria das pessoas têm a sorte de ter um grande amor em sua vida. Você ter encontrou dois.


— Diz o homem que não tem nenhum.


— Oh! — Woolsey cambaleou para trás com a mão contra seu coração, simulando um desmaio. — A pomba tem dentes. Muito bem, se você não deseja discutir assuntos pessoais, então talvez algo mais geral? Sua natureza? Christian parece convencido de que você é uma feiticeira, mas eu não estou tão certo. Acho que pode haver um pouco do sangue das fadas sobre você, o que o poder de Mudar senão uma magia de ilusão? E quem são os mestres da magia e ilusão senão o Povo Justo?


Anahí pensou na fada de cabelo azul na festa de Benedict, que havia afirmado conhecer sua mãe, e sua respiração ficou presa na garganta. Antes que ela pudesse dizer outra palavra a Woolsey, porém, Christian e Poncho surgiram na porta. Wil, tal qual Anahí previu, sujo como anteriormente, e carrancudo. Ele olhou de Anahí para Woolsey e deu uma risada curta.


— Suponho que você estava certo, Christian. Anahí não corria perigo com ele. Não se pode dizer o inverso.


— Anahí, querida, abaixe o atiçador — Christian pediu, estendendo a mão — Woolsey pode ser terrível, mas há maneiras melhores de lidar com seus humores.


Com um último olhar para Woolsey, Anahí entregou o atiçador para Christian. Ela se moveu para recuperar as luvas – e Poncho seu casaco. Houve um borrão de movimento e vozes, e Anahí ouviu Woolsey rir. Mal estava prestando atenção, estava muito focada em Poncho. Podia dizer pelo olhar em seu rosto que de tudo que ele e Christian tinham conversado em particular, nada resolveu o problema das drogas de Ucker. Ele parecia assombrado, e um pouco mortal, o sangue colorindo suas maçãs do rosto salientes fazendo com que o azul de seus olhos parecesse mais surpreendente.


Christian acompanhou-os da sala de estar até a porta da frente, onde o ar fresco bateu Anahí como uma onda. Ela puxou as luvas mais para cima e acenou um adeus para Christian, que fechou a porta, deixando os dois na noite.


O Tâmisa brilhava após as árvores, a estrada e a represa; e as lâmpadas a gás da ponte Battersea refletiam na água, transformando a noite azul em dourado. A sombra da charrete era visível por baixo das árvores junto à cerca. Acima deles, a lua aparecia e desaparecia entre movimentos dos bancos de nuvem cinzenta.


Poncho estava completamente imóvel.


— Anahí.


Sua voz soava peculiar, estranha e embargada. Anahí desceu rapidamente as escadas para ficar ao lado dele, olhando para seu rosto. O rosto de Poncho era tão mutável como a própria luz da lua, ela nunca tinha visto a sua expressão assim ainda.


— Ele disse que iria ajudar? — Ela sussurrou. — Christian?


— Ele vai tentar, mas... o jeito como olhou para mim... ele se sentiu pesaroso por mim, Annie. Isso significa que não há esperança, não é? Se até mesmo Christian acha que o esforço está condenado, não há nada mais que eu possa fazer, não é?


Ela colocou a mão sobre o braço dele. Poncho não se moveu. Era tão peculiar estar tão perto dele, a sensação e a presença familiar quando há meses tinham se evitado, mal se falando. Não queria nem encontrar seus olhos. E agora ele estava aqui, com cheiro de sabão, chuva, sangue e Poncho...


— Você tem feito muito — ela sussurrou — Christian vai tentar ajudar, e vamos continuar pesquisando, algo ainda pode vir à luz. Você não pode abandonar a esperança.


— Eu sei. Eu sei disso. E ainda me sinto como medo no meu coração, como se fosse a última hora da minha vida. tive desespero antes, Annie, mas nunca tal medo. E eu ainda tinha conhecimento disso, eu sempre soube...


Que Ucker que iria morrer. Ela não disse isso. As palavras estavam entre eles, não ditas.


— Quem sou eu? — Ele sussurrou. — Por anos fingi que eu era uma pessoa diferente, e então regozijei-me que eu poderia voltar a ser quem era de verdade, apenas para descobrir que não retornei para a verdade. Eu fui uma criança comum, e então eu não era um homem muito bom, e agora não sei mais ser nenhuma dessas coisas. Não sei o que eu sou, e quando Ucker desaparecer, não haverá ninguém para me mostrar.


— Eu sei quem você é. Você é Poncho Herrera — foi tudo o que Anahí disse, e em seguida, seus braços estavam ao redor dela, a cabeça em seu ombro.


Ela congelou no início de puro espanto, e então, cuidadosamente abraçou-o de volta segurando-o enquanto ele estremeceu. Poncho não estava chorando, era outra coisa, uma espécie de ataque, como se estivesse se asfixiando. Ela sabia que não deveria tocá-lo, mas não podia imaginar que Ucker desejasse que ela afastasse Poncho em tal momento. Não poderia ser Ucker para ele, pensou, não poderia ser a bússola que apontava o norte, mas poderia tornar sua carga mais leve de carregar.



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Autor(a): Alien AyA

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— Você gostaria de ter esta terrível caixa de rapé que alguém me deu? É de prata, então eu não posso tocá-la — Woolsey falou. Christian, de pé na janela da sala de estar, afastara a cortina apenas o suficiente para que pudesse ver Poncho e Anahí sobre os degraus da frente, agarra ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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