Fanfics Brasil - O Cônsul Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: O Cônsul

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Capítulo 6 - Permita que a Escuridão


Permita que o amor encerre o Pesar para que ambos se afoguem,
Permita que a escuridão conserve seu lustro negro:
Ah, é mais doce se embriagar com a perda,
Do que dançar com a morte e sucumbir ao chão.
– Alfred, Lord Tennyson, In Memoriam AHH


 Para: Inquisidor Victor Whitelaw
De: Cônsul Josias Wayland


É com alguma apreensão que escrevo esta carta para você, Victor, por todos os anos que já nos conhecemos. Eu me sinto um pouco como a profetisa Cassandra, condenado a conhecer a verdade e não ter ninguém acreditar para nela. Talvez tenha sido o meu pecado da arrogância que colocou Maite Branwell no lugar que ela ocupa agora e que tanto me atormenta.


Ela mina a minha autoridade constantemente, instabilidade que acredito que abalará a Clave com gravidade. O que deveria ter sido um desastre para ela – a revelação de que abrigava espiões sob seu teto, a menina Lovelace que era cúmplice dos esquemas do Magistrado – se transformou em triunfo. O Enclave elogia os habitantes de Instituto como aqueles que desmascararam o Magistrado que tem atormentado Londres. O fato de que ele não foi visto ou ouvido há meses desde obenéfico julgamento de Maite não se percebe, o que suspeito ser um recuo tático para eles se reagruparem.


Embora eu seja o Cônsul e lidere a Clave, me parece que ela vai decair muito no comando de Maite Branwell, e que o meu legado será perdido...



 Para: Inquisidor Victor Whitelaw
De: Cônsul Josias Wayland


Victor,
Apesar de sua preocupação ser muito apreciada, não tenho nenhum problema em relação Maite Branwell que não coloquei em minha carta ao Conselho.


Que você possa ter no coração a força do Anjo, nestes tempos conturbados,
Josias Wayland


•••


O café da manhã estava a princípio muito silencioso. Gideon e Gabriel desceram juntos, ambos desanimados. Gabriel mal falou uma palavra, apenas pediu a Henry para passar a manteiga. Cecily tinha se sentado na extremidade da mesa e estava lendo um livro enquanto comia; Anahí ansiava por ver o título, mas Cecily colocara o livro em tal ângulo que não era visível. Poncho, em frente a Anahí, tinha sombras escuras abaixo de seus olhos, uma lembrança de sua noite movimentada. Anahí se virou sem entusiasmo para o seu prato de kedgeree, o silêncio dominando até que a porta se abriu e Ucker entrou.


Ela olhou com surpresa e uma guinada de prazer. Ele não parecia muito mal, só cansado e pálido. Ucker deslizou graciosamente para o assento ao lado dela.


— Bom dia.


— Você parece muito melhor, Jemmy — Maite observou com prazer.


Jemmy? Anahí olhou para Ucker com divertimento. Ele encolheu os ombros e deu-lhe um sorriso autodepreciativo.


Ela olhou por cima da mesa e encontrou Poncho observá-los. Varreu o rosto dele, apenas por um momento, uma pergunta em seus olhos. Existia alguma chance de que Poncho tivesse encontrado um substituto para o yin fen entre a volta deles para casa e hoje de manhã? Mas não, ele parecia tão surpreso quanto ela.


— Estou mesmo — disse Ucker — Os Irmãos do Silêncio foram de grande ajuda.


Ele serviu-se de uma xícara de chá, e Anahí viu os ossos e tendões se moverem em seu pulso fino, dolorosamente visíveis. Depois que ele pegou o chá, Anahí alcançou a mão dele sob a mesa, e ele apertou-a. Seus finos dedos sobre ela eram tranquilizadores.


A voz de Bridget flutuou para fora da cozinha.


“Frio é o vento noturno, querido,
Frias as gotas da chuva;
Meu primeiro amor
Foi aniquilado na floresta.
Farei por meu amor
O que qualquer moça faria;
Sentarei de luto ao pé do túmulo
Por doze meses e um dia.”


— Pelo Anjo, ela é deprimente — disse Henry, descendo o jornal diretamente em seu prato, fazendo com que sua borda se manchasse com gema de ovo. Maite abriu a boca como se para protestar, e fechou-a novamente — é tudo sobre coração quebrado, morte e amor não correspondido.


— Bem, a maioria das músicas é sobre isso? — Poncho retrucou. — Amor correspondido é o ideal, mas não fazer muita melodia.


Ucker olhou para cima, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, uma grande reverberação soou através do Instituto. Anahí estava familiarizada o suficiente com seu novo lar em Londres para reconhecer o som da campainha. Todos se viraram ao mesmo tempo para Maite, como se as suas cabeças estivessem presas em molas.


Maite, olhando assustada, largou o garfo.


— Oh. Há algo que eu tencionava dizer a todos vocês, mas...


— Madame? — Era Sophie, na beirada da porta com uma bandeja na mão. Anahí podia não deixar de notar que, apesar de Gideon estar olhando para ela, ela parecia estar deliberadamente evitando seu olhar, as bochechas corando ligeiramente. — Cônsul Wayland está lá embaixo e deseja falar-lhe.


Maite retirou o guardanapo de cima da salada, olhou para ele, suspirou e disse:


— Muito bem. Mande-o subir.


Sophie desapareceu em um redemoinho de saias.


— Maite? — Henry parecia intrigado. — O que está acontecendo?


— De fato — Poncho baixou seus talheres para o prato — o Cônsul? Interrompendo nosso café da manhã? Quem será o próximo? Os Inquisidor para o chá? Piquenique com os Irmãos do Silêncio?


— Tortas de pato no parque — Ucker murmurou, e ele e Poncho sorriram um para o outro, apenas um momento antes de a porta se abrir e o Cônsul passar por ela.


O Cônsul Wayland era um homem grande, de peito largo e braços grossos. As vestes do cargo de Cônsul sempre pareciam pairar um pouco sem jeito em seus ombros largos. Ele era loiro e barbudo como um Viking, e por um momento, sua expressão era tempestuosa.


— Maite — ele falou sem preâmbulos — estou aqui para falar com você sobre Benedict Lightwood.


Houve um leve farfalhar, os dedos de Gabriel apertaram a toalha de mesa. Gideon colocou a mão levemente sobre o pulso de seu irmão, acalmando-o, mas o Cônsul já estava olhando para eles.


— Gabriel — disse ele — eu havia pensado que você talvez pudesse ir para os Blackthorn com sua irmã.


Os dedos de Gabriel apertaram sua xícara de chá.


— Eles estão muito alterados pela dor da perda de Rupert — respondeu — não achei que agora era o momento de me intrometer.


— Bem, você está sofrendo por seu pai, não está? — o Cônsul disse. — “Dor compartilhada é dor diminuída”, como dizem.


— Cônsul... — Gideon começou, lançando um olhar preocupado para o irmão.


— Embora talvez fosse estranho se hospedar com sua irmã, considerando-se que ela denunciou-o por assassinato.


Gabriel arquejou como se alguém tivesse derramado água fervente sobre ele. Gideon jogou o guardanapo e levantou-se.


— Tatiana fez o quê?  Ele exigiu.


— Você me ouviu — respondeu o Cônsul.


— Não foi um assassinato — disse Ucker.


— É o que você diz — disse o Cônsul — eu fui informado que foi.


— Também foi informado de que Benedict se transformou em um verme gigantesco? — Poncho que perguntou; e Gabriel olhou para ele com surpresa, como se não esperasse ser defendido por Poncho.


— Poncho, por favor — disse Maite — Cônsul, eu o notifiquei ontem que descobrimos que Benedict Lightwood estava no último estágio de astriola...


— Você me contou que houve uma batalha e ele foi morto — o Cônsul respondeu — mas o que me foi relatado é que ele estava doente com a varíola, e que, como resultado, ele foi caçado e morto, apesar de não oferecer resistência.


Poncho, os olhos suspeitosamente brilhantes, abriu sua boca. Ucker esticou o braço e colocou a mão sobre ele.


— Eu não consigo entender — Ucker disse, falando sobre os protestos abafados de Poncho — como você pode saber que Benedict Lightwood está morto, mas não as causas morte. Se não havia um corpo para encontrar, foi porque ele se tornou mais demônio do que humano, e desapareceu quando foi morto, como os demônios fazem. Mas os que faltam servos ausente... a morte do próprio marido de Tatiana...


O Cônsul parecia cansado.


— Tatiana Blackthorn diz que um grupo de Caçadores de Sombras do Instituto assassinou seu pai e que Rupert foi morto na briga.


— Ela mencionou que o pai dela devorou o seu marido? — Henry perguntou, finalmente olhando para cima de seu jornal. — Oh, sim. O engoliu. Sobrou somente a bota esquerda sangrenta no jardim para encontrarmos. Havia marcas de dentes. Adoraria saber como isto poderia ter sido um acidente.


— Acho que isso conta como oferecer resistência — Poncho apontou — comer um genro, isto é. Embora eu suponha que todos tem suas brigas familiares.


— Você não está sugerindo realmente — Maite disse — que o verme... que Benedict deveria ter sido subjugado e contido, está, Josias? Ele estava nos últimos estágios da varíola! Tinha enlouquecido e se tornou um verme!


— Ele poderia ter se tornado um verme e, em seguida, enlouquecido — Poncho disse diplomaticamente — nós não podemos estar totalmente certos.


— Tatiana está realmente perturbada — o Cônsul observou — ela está considerando exigir reparações...


— Então eu vou pagá-las — era Gabriel, depois de ter empurrado sua cadeira para trás e ficado de pé — vou dar a minha ridícula irmã o meu salário para o resto da vida se ela deseja, mas não vou admitir ter feito algo errado – nem para mim, nem para qualquer um de vocês. Sim, eu acertei uma flecha no olho daquela coisa. O olhodaquilo. E eu o faria novamente. Seja lá o que fosse aquela coisa, não era mais meu pai.


Houve um silêncio. Mesmo o Cônsul não pareceu ter uma resposta pronta. Cecily baixara seu livro e estava à procura de um indício que Gabriel e o Cônsul fossem voltar a discutir.


— Peço seu perdão, Cônsul, mas o que quer que Tatiana esteja lhe dizendo, ela não conhece a verdade da situação — Gabriel continuou — só eu que estava lá em casa com meu pai sei como ele estava doente. Eu estava sozinho com ele, assisti enquanto enlouqueceu durante a última quinzena. Finalmente vim até aqui, pedir a ajuda de meu irmão. Maite gentilmente me emprestou a assistência de seus Caçadores de Sombras. Uma vez que voltei para casa, descobri que a coisa que tinha sido meu pai devorara o marido da minha irmã distante. Eu lhe asseguro, Cônsul, não havia nenhuma forma pela qual o meu pai poderia ter sido salvo. Estávamos em uma luta pelas nossas vidas.


— Então por que Tatiana...


— Porque ela está humilhada — Anahí respondeu. Eram as primeiras palavras que ela tinha falado uma vez que o Cônsul entrara no salão — ela falou muito comigo. Acreditava que se a varíola demoníaca se tornasse conhecida, seria uma mancha sobre o nome da família. Suponho que ela está tentando apresentar algum tipo de história alternativa com a esperança de que você vá repeti-la ao Conselho. Mas ela não está dizendo a verdade.


— Realmente, Cônsul — disse Gideon — o que faz mais sentido? Que todos nós corremos loucos e matamos o meu pai – e seus filhos estão acobertando o fato – ou que Tatiana está mentindo? Ela nunca pensa sobre as coisas, você sabe disso.


 



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Autor(a): Alien AyA

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Gabriel estava com a mão no encosto da cadeira do irmão. — Se acredita que eu cometeria parricídio de uma forma tão leviana, sinta-se livre para me levar até a Cidade do Silêncio para ser interrogado. — Essa provavelmente seria a ação mais sensata — disse o Cônsul. Cecily baixou sua xíca ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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