Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Gabriel estava com a mão no encosto da cadeira do irmão.
— Se acredita que eu cometeria parricídio de uma forma tão leviana, sinta-se livre para me levar até a Cidade do Silêncio para ser interrogado.
— Essa provavelmente seria a ação mais sensata — disse o Cônsul.
Cecily baixou sua xícara de chá causando um estrondo acentuado que fez todos pularem da cadeira.
— Isso não é justo — disse ela — ele está falando a verdade. Todos nós somos. Você deve saber disso.
O Cônsul deu-lhe um longo e medido olhar, em seguida, virou-se para Maite.
— Você espera a minha confiança? E ainda oculta suas ações de mim. As ações têm consequências, Maite.
— Josias, informei-lhe sobre o que aconteceu na mansão Lightwood no momento em que todos voltaram, e eu estava certa de que eles foram bem...
— Você deveria ter informado antes — o Cônsul falou categoricamente — no momento em que Gabriel chegou. Esta não era uma missão de rotina. Veja, você se deixa em uma posição em que eu devo defendê-la, apesar do fato de que desobedeceu o protocolo e decidiu sobre esta missão sem a aprovação do Conselho.
— Não houve tempo...
— Chega — disse o Cônsul, em uma voz que não sugeria nada, mas foi o suficiente — Gideon e Gabriel, você virão comigo para a Cidade do Silêncio ser interrogados — Maite começou a protestar, mas o Cônsul levantou uma mão — ter Gabriel e Gideon questionados pelos Irmãos é conveniente, vai evitar qualquer confusão e permitirá que o pedido de Tatiana por reparações seja negado rapidamente. Vocês dois — Cônsul Wayland virou-se para os irmãos Lightwood — vão para a minha charrete e esperem por mim. Nós três seguiremos para a Cidade do Silêncio; se os Irmãos não encontrarem nada de interesse, vocês voltarão para cá.
— “Se não encontrarem nada” — Gideon repetiu em um tom revoltado.
Ele pegou seu irmão pelo braço e guiou-o para fora da sala. Quando Gideon fechou a porta atrás deles, Anahí notou algo brilhar em sua mão. Ele estava usando seu anel Lightwood novamente.
— Tudo bem — o Cônsul falou, focando-se em Maite — por que você não me contou no momento em que seus Caçadores de Sombras voltaram que Benedict estava morto?
Maite fixou os olhos em seu chá. Sua boca estava pressionada em uma linha firme.
— Eu queria proteger os meninos. Queria que eles tivessem alguns momentos de paz e tranquilidade. Um pouco de descanso, depois de ver seu pai morrer diante de seus olhos, antes de começou a fazer perguntas, Josias!
— Isso dificilmente é tudo — o Cônsul prosseguiu, ignorando sua expressão — os arquivos e documentos de Benedict. Tatiana contou-nos deles. Nós procuramos na casa, mas seus diários tinham desaparecido, sua mesa estava vazia. Esta não é a sua investigação, Maite, esses papéis pertencem a Clave.
— O que você está procurando neles? — Henry perguntou, movendo o jornal de seu prato. Ele parecia aparentemente desinteressado na resposta, mas havia um brilho duro em seus olhos que desmentia seu aparente desinteresse.
— As informações sobre sua conexão com Mortmain. Informações sobre qualquer outro membro da Clave que poderia ter tido ligações com Mortmain. Pistas sobre o paradeiro de Mortmain...
— E os suas peças? — Disse Henry.
O Cônsul fez uma pausa no meio da frase.
— Suas peças?
— As Peças Infernais. Seu exército de autômatos. É um exército criado com o propósito de destruir os Caçadores de Sombras, e ele pretende nos vencer — Maite falou, aparentemente recuperada, enquanto colocava seu guardanapo para baixo — de fato, as cada vez mais incompreensíveis anotações de Benedict nos deixam acreditar que esse tempo virá, mais cedo ou mais tarde.
— Então você pegou as notas e diários. O Inquisidor estava convencido disso — o Cônsul esfregou os olhos com as costas da mão.
— Claro que peguei. E é claro que vou lhe dar. Sempre planejei fazê-lo.
Imediatamente composta, Maite pegou o pequeno sino de prata de seu prato e tocou-o. Quando Sophie apareceu, ela sussurrou para a menina por um momento, e Sophie, com uma reverência ao Cônsul, escorregou para fora da sala.
— Você deveria ter deixado os papéis onde estavam, Maite. É o procedimento — disse o Cônsul.
— Não havia nenhuma razão para que eu não olhar para eles...
— Você tem que confiar no meu julgamento, e no da Lei. Proteger os meninos Lightwood não é uma prioridade maior do que descobrir a paradeiro de Mortain, Maite. Você não está disputando com a Clave. Você faz parte do Enclave, e vai se reportar a mim. Está claro?
— Sim, Cônsul — Maite respondeu no momento em que Sophie voltou com um maço de papéis, que ela silenciosamente ofereceu para o Cônsul — da próxima vez que um dos nossos estimados membros se transformar em um verme e comer outro estimado membro, iremos informá-lo imediatamente.
O Cônsul trincou a mandíbula.
— Seu pai era meu amigo. Eu confiava nele, e por isso confiei em você. Não me faça me arrepender da chance que lhe dei, ou por ter te apoiado quando Benedict Lightwood desafiou sua posição.
— Você desafiou, juntamente com Benedict! — Chalotte exclamou. — Quando ele sugeriu dar apenas uma quinzena para completar uma tarefa impossível, você concordou com ele! Não falou uma palavra em minha defesa! Se eu não fosse mulher, você não teria se comportado de tal maneira.
— Se você não fosse mulher — disse o Cônsul — eu não teria feito nada.
E com isso, ele se foi, em um redemoinho de vestes escuras e runas refletindo. Assim que a porta se fechou atrás dele, Poncho sibilou:
— Como você pôde dar-lhe os papéis? Precisamos deles...
Maite, que encostou em sua cadeira com os olhos semicerrados, disse:
— Poncho, eu já passei noites acordada copiando as partes relevantes. Muito daquilo era...
— Sem sentido? — Ucker sugeriu.
— Pornográfico? — Poncho ofereceu ao mesmo tempo. — Poderia ser ambos ao mesmo tempo. Nunca ouviu falar de pornografia sem sentido antes?
Ucker sorriu, e Maite colocou o rosto nas mãos.
— Foi mais o primeiro do que o segundo, se você quer saber — disse ela — copiei tudo o que pude, com a inestimável assistência de Sophie — ela olhou para cima então — Poncho... você precisa se lembrar. Este já não é o nosso dever. Mortmain é um problema da Clave, ou pelo menos é assim que vejo. Houve momento em que fomos singularmente responsáveis por Mortmain, mas...
— Nós somos responsáveis por proteger Anahí! — Poncho rebateu com uma força que assustou mesmo Anahí. Poncho que empalideceu ligeiramente quando percebeu que todo mundo olhou para ele com surpresa, mas continuou de qualquer maneira: — Mortmain ainda quer Anahí. Não podemos imaginar que ele desistiu. Ele pode vir com autômatos, com bruxaria, fogo e traição, mas ele virá.
— É claro que vamos protegê-la — Maite respondeu — não precisamos de lembretes, Poncho. Ela é uma de nós. E por falar em uma de nós... — Ela olhou para seu prato. — Jessamine retorna amanhã.
— O quê? — Poncho derrubou sua xícara de chá, encharcando a toalha da mesa com a borra.
Houve murmúrios em torno da mesa, embora Cecily apenas olhasse com espanto, e Anahí, após uma respiração aguda, permaneceu em silêncio. Ela estava se lembrando da última vez que vira Jessamine, na Cidade Silenciosa, pálida e com olhos vermelhos, chorando e com medo...
— Ela tentou nos trair, Maite. E você simplesmente a chama de volta?
— Ela não tem outra família, seus bens foram confiscados pela Clave, e ela não está apta para viver por conta própria. Dois meses de interrogatório na Cidade dos Ossos quase a deixou louca. Não acho que ela vá ser um perigo para qualquer um de nós.
— Nem pensamos que ela seria um perigo antes, — Ucker apontou, com um tom mais forte do que Anahí teria esperado dele — e ainda houve o curso de ação que quase colocou Anahí nas mãos de Mortmain, e o resto de nós em desgraça.
Maite balançou a cabeça.
— Há uma necessidade aqui por misericórdia e compaixão. Jessamine não é mais o que era antes – como qualquer um de vocês saberia se tivessem visitado-a na Cidade do Silêncio.
— Eu não tenho nenhum desejo de visitar traidores — Poncho falou friamente — ela ainda está balbuciando sobre Mortmain estar em Idris?
— Sim, é por isso que os Irmãos do Silêncio finalmente desistiram, não poderiam ter tirado nada de importante dela. Ela não tem segredos, não conhece nada de valor. E Jessamine entende isso. Se sente inútil. Se você pudesse se colocar no lugar dela...
— Oh, não duvido que ela está dando um show para você, Maite, chorando e rasgando suas roupas...
— Bem, se ela está mesmo rasgando suas roupas... — disse Ucker, com um sorriso em direção ao seu parabatai — você sabe o quanto Jessamine gosta de suas vestes.
Poncho sorriu relutante, mas verdadeiramente. Maite viu sua abertura e aproveitou a vantagem.
— Vocês não vão mesmo reconhecê-la quando a virem, prometo — ela disse — deem-lhe uma semana, apenas uma semana, e se nenhum de vocês puderem suportar tê-la aqui, providenciarei sua mudança para Idris — ela empurrou o prato para longe — e agora, irei para as minhas cópias dos documentos de Benedict. Quem vai me ajudar?
Para: Cônsul Josias Wayland
De: O Conselho
Caro senhor,
Até o recebimento da última carta, pensamos que a nossa diferença de pensamento sobre o tema Maite Branwell era uma questão de simples opinião. Embora você não tenha dado a expressa permissão para a volta de Jessamine Lovelace para o Instituto, a aprovação foi concedida pela Irmandade, que são responsáveis por tais coisas. Pareceu-nos a ação de um coração generoso permitir que a menina voltasse para a única casa que ela conheceu, apesar de sua traição. Quanto à Woolsey Scott, ele dirige o Praetor Lupus, uma organização que consideramos aliada.
Sua sugestão de que a Sra. Branwell pode ter dado ouvidos a aqueles que não são simpáticos à Clave é profundamente perturbador. Sem a prova, no entanto, ficamos relutantes em avançar com isto como base de informação.
Em nome de Raziel,
Os membros do Conselho Nephilim
Autor(a): Alien AyA
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A carruagem do Cônsul era um landó com os vidros de um vermelho brilhante com os quatro Cs da Clave na lateral, puxada por um par de impecáveis garanhões cinza. Era um dia de chuva, garoa fraca; seu condutor estava encolhido no banco na frente, quase totalmente escondido sob um chapéu oleado e capa. Com uma carranca, o Cônsul, que tin ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....