Fanfics Brasil - É Uma Coisa Muito Estranha Estar Apaixonado Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: É Uma Coisa Muito Estranha Estar Apaixonado

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— Oh, Poncho. O que vamos fazer com você?


Poncho sentou, sentindo-se um tanto deslocado na poltrona florida da sala de estudos, deixando Maite, empoleirada num banquinho diante dele, esfregando pomada em suas mãos. Elas já não estavam muito machucadas, depois de três iratzes e voltaram à sua cor normal, mas Maite insistiu em tratá-las de qualquer maneira.


Os outros tinham ido, salvo Cecily e Ucker. Cecily estava sentada ao lado dele, empoleirada no braço da poltrona, e Ucker ajoelhou-se no tapete queimado, a estela ainda em suas mãos, sem tocar Poncho, mas perto. Ambos se recusaram a sair, mesmo depois que os outros tinham se afastado e Maite enviara Henry de volta à cripta para trabalhar.


Não havia nada mais a ser feito, afinal de contas. As instruções para entrar em contato com Mortmain se foram, queimadas, e não havia mais decisão a ser tomara.


Maite tinha insistido para que Poncho ficasse e tivesse suas mãos cobertas com pomada, e Cecily e Ucker recusaram-se a deixá-lo.


Poncho teve que admitir que gostou. Gostava de ter sua irmã ali no braço da poltrona, gostou do olhar feroz e protetor que ela atirava a quem chegasse perto dele, mesmo Maite, doce e inofensiva com sua pomada e murmúrios maternais. E Ucker, a seus pés, inclinando-se um pouco contra a poltrona, como tinha feito tantas vezes quando Poncho estava sendo enfaixado ou iratzado por causa de brigas ou feridas da batalha.


— Você se lembra do tempo em que Meliorn te bateu por chamá-lo de vagabundo de orelhas pontudas? — Ucker perguntou.


Ele tomara um pouco do yin fen que Mortmain enviara, e havia cor em suas bochechas novamente.


Poncho sorriu, apesar de tudo, não podia impedir. Era a única coisa que o fazia feliz nos últimos: que ele tinha alguém em sua vida que o conhecia, sabia o que ele estava pensando antes de falar voz alta.


— Gostaria de ter batido de volta — Poncho respondeu — mas quando fui procurá-lo novamente, ele tinha emigrado para a América. Para evitar a minha ira, sem dúvida.


— Hmmm... — disse Maite, da maneira como fazia quando achava que Poncho estava ficando altivo demais — ele tinha muitos inimigos em Londres, pelo meu entendimento.


— Dydw I ddim yn gwybod pwy yw unrhyw un o’r bobl yr ydych yn siarad amdano — disse Cecily melancolicamente.


— Você pode não saber sobre quem estamos falando, mas ninguém mais sabe o que você está dizendo — Poncho observou, apesar de seu tom de voz não possuir nenhuma repreensão real.


Ele podia ouvir o cansaço em sua própria voz. A falta de sono da noite anterior estava tomando seu preço.


— Fale inglês, Cecy.


Maite se levantou, voltou para a sua mesa de trabalho e baixou o pote de pomada.


Cecily puxou uma mecha do cabelo de Poncho.


— Deixe-me ver suas mãos.


Ele ergueu-as. Lembrou-se do fogo, a agonia quente, e mais do que qualquer outra coisa, o rosto chocado de Anahí. Sabia ela iria entender por que ele tinha feito aquilo, por isso não pensara duas vezes sobre o assunto, mas o olhar em seu rosto... era como se o coração dela tivesse se quebrado.


Poncho só queria que ela ainda estivesse aqui. Era bom estar aqui com Ucker, Cecily e Maite, cercado pelo carinho deles, mas sem ela sempre pareceria estar faltando alguma coisa, uma parte de seu coração em forma de Anahí que nunca poderia retornar.


Cecily tocava seus dedos, que pareciam muito normais agora, além da fuligem sob suas unhas.


— É bastante surpreendente — ela comentou, em seguida, bateu as mãos levemente, com cuidado para não tirar a pomada — Poncho sempre foi propenso a se machucar — ela adicionou carinhosamente — eu não posso contar quantas vezes quebrou os membros quando éramos crianças. Os arranhões, as cicatrizes...


Ucker inclinou-se contra a cadeira, fitando o fogo.


— Era melhor que fossem as minhas mãos.


Poncho balançou a cabeça. Exaustão embaçava as bordas de sua visão, o papel de parede estava borrado em uma única massa de cor escura.


— Não. Não suas mãos. Você precisa delas para o violino. Para que preciso das minhas?


— Eu deveria ter sabido o que você ia fazer — Ucker disse em voz baixa — eu sempre sei o que você vai fazer. Deveria ter adivinhado que você poria as mãos no fogo.


— E eu deveria ter sabido que você lançaria esse pacote para longe — Poncho falou, sem rancor — isto era... era a coisa loucamente nobre de se fazer. Entendo porque você fez isso.


— Eu estava pensando em Anahí — Ucker dobrou os joelhos e apoiou o queixo sobre eles, em seguida, riu suavemente — loucamente nobre. Esta não é a sua área de especialização? De repente eu sou o único que faz coisas ridículas e você me diz para parar?


— Deus — Poncho concordou — quando nós trocamos lugar?


A luz do fogo refletiu no rosto e cabelo de Ucker quando ele sacudiu a cabeça.


— É uma coisa muito estranha estar apaixonado — ele observou — isso te muda.


Poncho olhou para Ucker, e sentiu mais do que o ciúme. Era o desejo melancólico de se lamentar com seu melhor amigo, para falar dos sentimentos que ele guardava em seu coração. Eles não tinham os mesmos sentimentos? Não amavam da mesma maneira, a mesma pessoa? Mas tudo o que ele disse foi:


— Eu queria que você não se arriscasse.


Ucker levantou-se.


— Sempre desejei isso para você.


Poncho levantou seus olhos, então o sono e o cansaço que chegaram com a cura das runas fez com que ele pudesse ver Ucker apenas como uma figura com uma auréola de luz.


— Você está indo?


— Sim, para dormir — Ucker tocou seus dedos levemente nas mãos se curando de Poncho — repouse, Poncho.


Os olhos de Poncho já estavam fechando, quando Ucker se virou para ir. Ele não ouviu a porta se fechar atrás do amigo. Em algum lugar pelo corredor, Bridget estava cantando, sua voz elevando-se acima do crepitar do fogo. Poncho não encontrou uma música chata como as que normalmente ouvia, era mais como uma canção de ninar, parecida com as que sua mãe cantava para ajuda-lo a dormir.


“Oh, o que brilha mais que a luz?
O que é mais escuro que a noite?
O que é mais afiado que um machado?
O que é mais suave que cera derretida?


A verdade brilha mais que a luz,
A falsidade é mais escura que a noite.
A vingança é mais afiada que um machado,
E o amor, mais suave que a cera derretida.”


— A canção enigma — Cecily disse, sua voz sonolenta — sempre gostei dela. Você se lembra de quando mamãe cantava para nós?


— Um pouco — Poncho admitiu.


Se ele não estivesse tão cansado, poderia não ter admitido. Sua mãe sempre foi de cantar, música enchia os cantos da mansão. Ela cantava enquanto caminhava ao lado das águas no estuário do Mawddach, ou entre os narcisos no jardim. Llawn yw`r coed o ddail a blode, llawn a goriad merch wyf inne.


— Você se lembra do mar? — Ele perguntou, exaustão tornando sua voz pesada. — O lago em Tal-y-Llyn? Não há nada tão azul aqui em Londres quanto essas duas coisas.


Ele ouviu Cecily dar um suspiro profundo.


— É claro que me lembro. Achei que você não lembrasse.


Imagens de sonhos apareceram no interior das pálpebras de Poncho, puxando-o como uma corrente, puxando-o para longe da costa iluminada, até as profundezas do sono.


— Não acho que posso me levantar desta poltrona, Cecy — ele murmurou — vou descansar aqui esta noite.


A mão dela subiu, procurando pela dele, e a apertou frouxamente.


— Então eu vou ficar com você — ela disse, e sua voz tornou-se parte da corrente dos sonhos e do sono que o chamou finalmente e puxou-o para baixo.


Para: Gabriel e Gideon Lightwood
De: Cônsul Josias Wayland


Fiquei muito surpreso ao receber sua carta. Não consigo perceber como eu poderia ter sido mais claro. Quero que me deem os detalhes da correspondência da Sra. Branwell com seus parentes e simpatizantes em Idris. Eu não solicitei qualquer chacota sobre sua modista. Não me importo com sua forma de se vestir, ou com a sua refeição diária.


Me respondam com uma carta contendo informações relevantes. Sinceramente espero que essa carta também seja mais condizente com um Caçador de Sombras e menos com um lunático.


Em nome de Raziel,
Cônsul Wayland




Até Mais!


 



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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