Fanfics Brasil - A Carta Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: A Carta

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— Não há nada aqui — disse Gabriel.


Ele e Gideon estavam na sala de estudos. Estava muito escuro, com as cortinas fechadas. Se não tivessem trazido suas pedras enfeitiçadas, estaria escuro como breu. Gabriel apressadamente folheava a correspondência sobre a mesa de Maite, pela segunda vez.


— O que você quer dizer com nada? — Gideon perguntou, de pé ao lado da porta. — Eu vejo um monte de cartas aí. Certamente uma deles deve ser...


— Nada escandalosa — disse Gabriel, fechando uma gaveta — ou muito interessante. Alguma correspondência com um tio em Idris. Ele parece ter a gota.


— Fascinante — Gideon murmurou.


— Não posso evitar, mas me pergunto exatamente no que o Cônsul acredita que Maite está envolvida? Em algum tipo de traição ao Conselho? — Gabriel pegou o maço de cartas e fez uma careta. — Poderíamos tranquilizá-lo de sua inocência se soubéssemos do que ele suspeitava.


— Se eu acreditar que ele quer a prova da inocência dela — Gideon observou — parece-me mais provável que ele está esperando para pegá-la — ele estendeu a mão — dê-me a carta.


— A única de seu tio? — Gabriel estava duvidoso, mas fez como foi pedido.


Ele ergueu a pedra enfeitiçada, que lançou luz sobre a mesa, enquanto Gideon inclinou-se e, depois de pegar uma das canetas de Maite, começou a rabiscar uma resposta ao Cônsul.


Gideon estava soprando a tinta para secar quando a porta da sala de estudos abriu-se de repente. Gideon forçou-se a ficar de pé. Um brilho amarelo derramava-se no cômodo, muito mais brilhante do que a fraca luz da pedra enfeitiçada, e Gabriel levantou a mão para cobrir os olhos, piscando. Devia ter colocado uma runa para visão noturna, pensou, mas ela levava tempo para desaparecer, e ele não queria levantar questões.


No momento em que os olhos de Gabriel se ajustaram, ele ouviu seu irmão exclamar, horrorizado:


— Sophie?


— Eu já lhe pedi para não me chamar assim, Sr. Lightwood — seu tom era frio.


Gabriel, agora com a visão ajustada, viu a empregada de pé na porta, uma lamparina acesa na mão. Ela estava apertando os olhos. Eles se estreitaram ainda mais em Gabriel, que estava com as cartas de Maite ainda na mão.


— Vocês estão... essa é a correspondência da Sra. Branwell?


Gabriel deixou as cartas caírem às pressas na mesa.


— Eu... Nós...


— Vocês estavam lendo as cartas dela?  Sophie olhou furiosa, como uma espécie de anjo vingador, a lamparina na mão.


Gabriel olhou rapidamente para seu irmão, mas Gideon pareceu estar sem fala. Durante toda a vida, Gabriel não se lembrava do irmão dando um segundo olhar mesmo para a Caçadora de Sombras mais bonita. No entanto, ele olhava para esta serva mundana coberta de cicatrizes como se ela fosse o sol nascendo. Era inexplicável, mas também inegável. Ele podia ver o horror no rosto do irmão enquanto a boa opinião que Sophie tinha dele de quebrava diante de seus olhos.


— Sim — Gabriel respondeu — sim, estamos mesmo lendo a correspondência.


Sophie deu um passo para trás.


— Vou buscar a Sra. Branwell imediatamente...


— Não — Gabriel estendeu a mão — não é o que você está pensando. Espere.


Rapidamente, ele contou o que havia acontecido: as ameaças do Cônsul, a ordem para que eles espionassem Maite, e a solução deles para o problema.


— Nós nunca pretendemos revelar o que ela havia escrito de verdade — ele terminou — nossa intenção era protegê-la.


A expressão desconfiada de Sophie não mudou.


— E por que eu deveria acreditar em uma palavra disso, Sr. Lightwood?


Gideon finalmente falou:


— Senhorita Collins. Por favor. Eu sei que desde o desafortunado acidente com os scones você não me tem em alta estima, mas, por favor, acredite. Eu não trairia a confiança que Maite tem depositado em mim, nem recompensaria sua bondade com traição.


Sophie hesitou por um momento, então baixou o olhar.


— Sinto muito, Sr. Lightwood. Eu gostaria de acreditar em você, mas é com a Sra. Branwell que a minha lealdade deve estar.


Gabriel pegou da mesa a carta que seu irmão acabara de escrever.


— Senhorita Collins, por favor, leia esta missiva. Era o que tínhamos a intenção de enviar ao Cônsul. Se, depois de lê-la, você ainda estiver determinada a buscar a Sra. Branwell, então não vamos tentar pará-la.


Sophie olhou dele para Gideon. Em seguida, com uma inclinação rápida da cabeça, ela veio para frente e colocou a lamparina na mesa. Pegou a carta, desdobrou-a e leu-a em voz alta:


"Para: Cônsul Josias Wayland
De: Gideon e Gabriel Lightwood


Caro senhor,
Você tem exibido sua grande sabedoria habitual em pedir-nos para ler as correspondências da Sra. Branwell para Idris. Nós conseguimos as partas particulares e observamos que ela está se comunicando diariamente com seu tio-avô Roderick Perroni. O conteúdo destas cartas, senhor, chocaria e decepcionaria. Ela tem roubado de nós muito de nossa crença no sexo oposto. A Sra. Branwell exibe uma atitude insensível, desumana e pouco feminina em relação aos seus muitos males graves. Ela recomenda a aplicação de menos licor para curar sua gota, mostra sinais de estar divertida por sua doença de hidropisia, e ignora completamente a menção de uma substância suspeita crescendo em seus ouvidos e outros orifícios.


Seria de se esperar sinais do cuidado feminino em seus familiares do sexo masculino, e o respeito que qualquer jovem deveria dar aos mais velhos não há nenhum! A senhora Branwell, tememos, tem enlouquecido com o poder. Ela deve ser parada antes que seja tarde demais e valentes Caçadores de Sombras caiam no esquecimento por falta de cuidados femininos.


Com os melhores cumprimentos,
Gideon e Gabriel Lightwood.”


Houve um silêncio quando ela terminou. Sophie ficou calada durante o que pareceu ser uma eternidade, os olhos arregalados para o papel. Finalmente, ela perguntou:


— Qual de vocês escreveu isso?


Gideon pigarreou.


— Eu.


Ela olhou para cima. Apertou os lábios juntos, mas eles estavam tremendo. Por um horrível momento, Gabriel pensou que ela estava prestes a chorar.


— Oh, Deus. E esta é a primeira?


— Não, houve outra carta — Gabriel admitiu — tratava-se dos chapéus de Maite.


— Dos chapéus?


Uma gargalhada escapou dos lábios de Sophie, e Gideon olhou para ela como se nunca tivesse visto algo tão maravilhoso. Gabriel teve que admitir que ela parecia bastante bonita quando ria, com cicatriz ou sem.


— E o Cônsul ficou furioso?


— Completamente — Gideon confirmou.


— Você vai contar a Sra. Branwell? — Gabriel perguntou, não podendo suportar o suspense mais um segundo.


Sophie tinha parado de rir.


— Não vou — ela respondeu — porque não quero comprometer-lhes aos olhos do Cônsul, e também, acho que essa notícia iria machucá-la, e não haveria um bom final. Espionando-a assim, que homem terrível! — Seu olhar faiscou. — Se quiserem meu auxílio em seu plano para frustrar os esquemas do Cônsul, eu estaria feliz em ajudar-lhes. Deixem-me ficar com a carta, e garantirei que ela será postada amanhã.



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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