Fanfics Brasil - Ela É Minha Prioridade Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Ela É Minha Prioridade

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— Posset? — Gideon perguntou, pegando a caneca fumegante de Sophie. — Eu me sinto como uma criança outra vez.


— Tem especiarias e vinho nele. Vai te deixar bom. Repor seu sangue.


Sophie se moveu para perto, sem olhar diretamente para Gideon enquanto colocava a bandeja que estava carregando no criado-mudo ao lado da cama. Gideon estava sentado, uma das pernas da calça cortada abaixo do joelho e a perna envolvida em bandagens. Seu cabelo ainda estava em desalinho pela luta, e apesar de ter vestido uma roupa limpa, ainda cheirava um pouco a sangue e suor.


— Isso vai repor o meu sangue — ele respondeu, apontando o braço onde duas runas para reposição de sangue, Sangliers, haviam sido desenhadas.


— Quer dizer que você não gosta de posset também? — ela exigiu, uma mão no quadril.


Ela ainda se lembrava de quão irritada ficara pelos scones, mas o tinha perdoado completamente na noite anterior, durante a leitura de sua carta ao Cônsul (que ela não tivera a chance de postar ainda, ainda estava no bolso de sua avental manchado de sangue). E hoje, quando o autômato havia cortado sua perna e ele caíra, sangue escorrendo da ferida aberta, o coração dela preenchera-se com um terror que a surpreendeu.


— Ninguém gosta posset — ele respondeu com um sorriso leve, mas encantador.


— Tenho que ficar e me certificar de que você vai beber e não jogá-lo sob a cama? Porque senão teremos ratos.


Ele teve a graça de olhar envergonhado, e Sophie desejou ter estado lá quando Bridget fora ao seu quarto e anunciou que estava lá para limpar os scones de debaixo da cama.


— Sophie — ele chamou, e quando ela lhe deu um olhar severo, ele tomou um gole apressado do posset — senhorita Collins. Eu ainda não tive a oportunidade pedir desculpas devidamente a você, então deixe-me fazer isso agora. Por favor, perdoe-me por tê-la enganado com os scones. Eu não queria mostrar desrespeito. Espero que não imagine que eu penso menos de você por sua posição na casa, pois você é uma das melhores e mais corajosos damas que já tive o prazer de conhecer.


Sophie deixou as mãos caírem dos quadris.


— Bem... — ela falou. Não foi há muitos cavalheiros que iriam pedir desculpas a uma serva. — Esse é um pedido de desculpas muito bonito.


— E eu tenho certeza de que os seus scones são muito bons — acrescentou apressadamente — eu só não gosto de scones. Nunca gostei de scones. Não são os seus scones.


— Não, por favor, pare de dizer a palavra “scone,” Sr. Lightwood.


— Tudo bem.


— E não são os meus scones, Bridget quem faz.


— Tudo bem.


— E você não está bebendo seu posset.


Ele abriu a boca, em seguida, fechou-a às pressas e ergueu a caneca. Quando ele estava olhando para ela por cima da borda, Sophie cedeu e sorriu. Os olhos de Gideon se iluminaram.


— Muito bem — disse ela — você não gosta scones. Como se sente sobre pão de ló?


•••


Era meio da tarde e o sol estava alto e fraco no céu. Uma dúzia ou mais de Caçadores de Sombras do Enclave e vários Irmãos do Silêncio, estavam espalhados por toda a área do Instituto. Eles haviam retirado Jessamine anteriormente, e o corpo do Irmão do Silêncio morto, cujo nome Cecily não soube. Ela podia ouvir as vozes do pátio, e o barulho de metal enquanto o Enclave vasculhava os remanescentes do ataque autômato.


No escritório, no entanto, o som mais alto era o tiquetaquear do grande relógio de pêndulo no canto. As cortinas estavam puxadas para os lados, e à luz do sol o rosto pálido Cônsul ficou carrancudo, seus braços grossos cruzados sobre o peito.


— Isso é loucura, Maite — disse ele — loucura completa, e baseada nas fantasias de uma criança.


— Eu não sou uma criança — Cecily protestou.


Ela estava sentada em uma cadeira ao lado da lareira, a mesma que Poncho tinha dormido durante a noite há tão pouco tempo atrás. Poncho estava a seu lado, carrancudo. Ele não tinha trocado de roupa. Henry estava com Ucker na enfermaria acompanhado dos Irmãos do Silêncio; Ucker ainda não recuperara a consciência, e só a chegada do Cônsul tinha tirado Maite e Poncho do seu lado.


— E os meus pais conheciam Mortmain, como você bem sabe. Ele pode ser amigo da minha família, do meu pai. Ele nos deu o Solar em Ravenscar  quando meu pai tinha... quando perdemos a nossa casa perto Dolgellau.


— É verdade — Maite confirmou, detrás de sua mesa, papéis espalhados em sua superfície — falei com você neste verão, sobre o que Ragnor Fell me relatou sobre os Herrera.


Poncho puxou os punhos do bolso da calça e enfrentou o Cônsul com raiva.


— Foi uma piada para Mortmain, dar a casa para minha família! Ele brincou com a gente. Por que ele não prolongaria a piada dessa maneira?


— Aqui, Josias — disse Maite, indicando um dos papéis sobre a mesa — um mapa de Gales — há um Lago Lyn em Idris e aqui, lago Tal-y-Llyn, ao pé do Cadair Idris...


— “Llyn” significa “lago” — Cecily explicou em um tom exasperado — e nós o chamamos Llyn Mwyngil, embora alguns chamem de Tal-y-Llyn...


— E provavelmente há outros locais no mundo com o nome Idris — retrucou o Cônsul, antes de parecer perceber que estava discutindo com uma menina de quinze anos de idade, e diminuiu.


— Mas este significa alguma coisa — Poncho respondeu — dizem que os lagos ao redor da montanha não tem fundo, que a própria montanha é oca, e dentro dela dorme o Cwn Annwn, o Cão do Mundo Inferior.


— A Caçada Selvagem — disse Maite.


— Sim — Poncho colocou seu cabelo escuro para trás — nós somos Nephilim. Acreditamos em lendas, em mitos. Todas as histórias são verdadeiras. Que melhor lugar do que montanha oca já associada com magia negra e presságios de morte para esconder a si próprio e as suas engenhocas? Ninguém acharia estranho se ruídos estranhos viessem da montanha, os moradores não se perguntariam. Por que mais ele ainda estaria na área? Eu sempre me perguntei por que ele tomou um interesse particular pela minha família. Talvez fosse a simples proximidade, a oportunidade de infernizar uma família Nephilim. Ele teria sido incapaz de resistir a ela.


O Cônsul estava encostado na mesa, seus olhos no mapa nas mãos de Maite.


— Não é o suficiente.


— Não é suficiente? Não o suficiente para quê? — Cecily perguntou com a voz estridente.


— Para convencer a Clave — o Cônsul se pôs de pé — Maite, você vai entender. Lançar uma força contra Mortmain apenas assumindo que ele está no País de Gales... teremos que convocar uma reunião do Conselho. Não podemos dispensar uma pequena força e correr o risco de sermos superados em número, especialmente por aquelas criaturas... quantas delas estavam aqui esta manhã, quando vocês foram atacados?


— Seis ou sete, sem contar a criatura que sequestrou Anahí — disse Maite — nós acreditamos que elas podiam se dobrar sobre si mesmas e eram, portanto, capaz de se ajustarem dentro dos limites de uma carruagem pequena.


— E acredito que Mortmain não sabia que Gabriel e Gideon Lightwood estavam com você e, portanto, subestimou a quantidade que precisaria. Caso contrário, suspeito que todos você poderiam estar mortos.


— À forca com os Lightwood — murmurou Poncho — acredito que ele subestimou Bridget. Ela fatiou aqueles autômatos como se fossem um peru de Natal.


O Cônsul jogou as mãos para cima.


— Temos que ler os arquivos de Benedict Lightwood. Neles apenas se afirma que a fortaleza de Mortmain é fora de Londres, e que Mortmain pretende enviar uma força contra o Enclave da cidade...


— Benedict Lightwood estava enlouquecendo rapidamente quando escreveu isso — Maite interrompeu — parece provável que Mortmain compartilharia com ele seus verdadeiros planos?


— E o que vem depois? — A voz do Consul era mordaz, mas também mortalmente fria. — Benedict não tinha razão para mentir em seus próprios arquivos, Maite, que você não deveria ter lido. Se não estivesse tão convencida de que deveria saber mais do que o Conselho, teria entregado tudo imediatamente. Tais demonstrações de desobediência não me deixam inclinado a confiar em você. Se quiser, traga esta questão de Gales para o Conselho quando nós nos encontramos, em uma quinzena...


— Uma quinzena? — A voz de Poncho subiu, ele estava pálido, com manchas vermelhas se destacando nas maçãs do rosto. — Anahí foi sequestrada hoje. Ela não tem uma quinzena.


— O Magistrado a queria ilesa. Você sabe disso, Poncho — Maite falou em uma voz macia.


— Ele também quer se casar com ela! Você não acha que ela odiaria mais tornar-se seu novo brinquedo do que odiaria a morte? Ela ia se casar amanhã...


— Ao diabo com isso! — Disse o Cônsul. — Uma garota, que nem Nephilim é... não é, não pode, ser a nossa prioridade!


— Ela é minha prioridade! — Poncho gritou.


Houve um silêncio. Cecily podia ouvir o som da madeira úmida crepitando na lareira. O nevoeiro que se espalhava por fora das janelas era amarelo escuro, e o rosto do Cônsul foi lançado na sombra. Finalmente, ele falou:


— Eu achava que ela fosse noiva de seu parabatai — observou ele com firmeza — não a sua.


Poncho levantou o queixo.


— Se ela é noiva de Ucker, então é meu dever protegê-la como se ela fosse minha. Isso é o que significa ser parabatai.


— Oh, sim — a voz do Cônsul pingava sarcasmo — essa lealdade é louvável — ele abanou a cabeça — Herondales. Teimosos como rochas. Eu me lembro de quando seu pai queria se casar com sua mãe. Nada o dissuadiu, embora ela não fosse candidata a Ascensão. Eu esperava mais amenidade em seus filhos.


— Perdoe-nos se a minha irmã e eu não concordamos — Poncho respondeu — considerando-se que se meu pai tivesse sido mais ameno, como você disse, nós não existiríamos.


O Cônsul balançou a cabeça.


— Esta é uma guerra, não um resgate.


— E ela não é apenas uma garota — Maite replicou — é uma arma nas mãos do inimigo. Estou te dizendo, Mortmain pretende usá-la contra nós.


— Chega — o Cônsul retirou seu casaco das costas de uma cadeira e colocou sobre seus próprios ombros — esta é uma conversa inútil. Maite, veja seus Caçadores de Sombras — seu olhar varreu Poncho e Cecily — eles parecem... excitados demais.


— Vejo que não podemos forçar sua cooperação, Cônsul — o rosto de Maite estava tempestuoso — mas lembre-se de que eu o avisei do perigo desta situação. Se no final estivermos corretos e desastres vierem deste atraso, todas as consequências estarão sobre cabeça.


Cecily esperou que o Cônsul olhasse com raiva, mas ele apenas vestiu o capuz, escondendo sua expressão.


— Isso é o que significa ser Cônsul, Maite.



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Autor(a): Alien AyA

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Sangue. Sangue nas lajes do pátio. Sangue manchando as escadas da casa. Sangue nas folhas do jardim, os restos do que tinha sido o irmão-de-lei de Gabriel deitado na grossa piscina de sangue seco, jatos quentes de sangue espirrando na roupa de combate de Gabriel enquanto a flecha que ele tinha lançado acertou seu pai no olho... — Lamenta ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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